segunda-feira, 9 de janeiro de 2017


Ensinando aos Anjos

 

                            Há uma série de TV que se chama O Toque de um Anjo (em inglês creio que Touched by Angel, cuja tradução correta desconheço) em que anjos estão na Terra para ajudar as pessoas. São os tais “anjos de guarda”. “Toque” tem também o sentido de indicação, de ajuda, de auxílio (“vou te dar um toque”).

                            Os anjos vão de vida em vida colocando-as no que seria, supostamente, o caminho certo.

                            Como já vimos em textos desta série, Deus é o que está na Tela Final, depois do poço infinito que o separa de todos os racionais. SÓ UM consegue saltar ao não-finito, existindo, portanto, uma separação não-finita entre esse UM e todos os demais, inclusive os anjos, os amados, os amidas, os santos, os soldados de Deus. Não é senão porisso que os anjos, mais extremados de todos os seres, do outro lado do precipício, admiram eternamente a Deus, que eles, mesmo em sua extrema potência, não conseguem compreender. Como se sabe o último que tentou, Lúcifer, o Portador da Luz, foi banido e está lá na prisão há bilhões de anos, lentamente erguendo-se para ser perdoado.

                            Ora, por quê a Obra de Deus precisaria de reparos? É até ofensivo pensar que os anjos são necessários para fazer isso e aquilo que corrija rumos de uma Obra que, então, estaria “indo mal”. Se Deus é onipotente (todo-potente), onisciente (todo-sabedor), onividente (vê tudo), por quê precisaria de auxílio?

                            Então, essa atividade é decisão única, isolada, destacada, independente, autônoma dos anjos. Sendo autônoma é pretensão, é idéia idiota de que a Obra precisaria ser reparada aqui e ali, é o pensamento de que o menor pode saber o que Deus não saberia fazer. É absurda pretensão. Ora, seriam os anjos que estariam sendo ensinados, não os seres humanos. São eles que ainda precisariam passar por um sem número de situações até saberem que a Obra não necessita ajuda nenhuma. ESTA conformação daria uma série MUITO MAIS interessante.

                            Vitória, quinta-feira, 28 de novembro de 2002.

Enciclopédia de Exploração

 

                            Sempre tive grande predileção por ler geo-histórias de aventuras, de gente que se lança a explorações. Tradicionalmente têm sido homens, mas no futuro, como em tudo, devemos esperar a presença de mais mulheres. É o tal do empreendedor, que está longe de ser apenas o que cria empresas. Empreendedor é quem empreende, faz qualquer tentativa, realiza. E isso pode ser basicamente qualquer coisa, se lançar a uma aventura, explorar o fundo dos mares, subir montanhas, ir ao espaço, abrir redes de esgotos, mapear como fez Rondon.

                            O certo seria criar um dicionárienciclopédico de exploração, dicionário junto com enciclopédia, o primeiro definindo os termos, o segundo as figuras ou agentes.

                            Imagine só que material fartíssimo, desde os alvores da civilização, há 10 mil anos. Deveria cada contagem começar pela pessoa (indivíduo, família, grupo, empresa) parada em seu ambiente, isto é, aparentemente igual a todas as demais que ficarão presas; e então contar a psicologia (figura ou psicanálise, objetivos ou psico-sínteses, produções ou economias, organizações ou sociologias, geo-histórias ou espaçotempos) que se lançou à diferença, ao distinto, ao diverso, que decidiu sair do conforto em busca do que estivesse dentro do desconhecido. O que leva alguém a sair de seu relativo conforto e confrontar os ambientes que potencialmente podem ser hostis? O que a deixa insatisfeita, dentro ou fora dela? Quais as expectativas de ganho?

                            Como é que a pessoa enfrenta o desequilíbrio proporcionado pela remoção de seu lugar presente? Como é que se prepara para os novos ambientes? Que forças tão grandes a lançam aos novos descobrimentos a ponto de colocar sua vida em risco? Que tipo de gente é essa? No que é diferente dos que ficam? Fico apaixonado pelas personalidades que afrontam as dificuldades, que se lançam sem dó nem piedade, virando do avesso por suas crenças inabaláveis.

                            Vitória, quarta-feira, 27 de novembro de 2002.

Densidade Civilizatória

 

                            Em seu livro, A Vingança do Terceiro Mundo (título em tudo infeliz), Rio de Janeiro, Espaço e Tempo, 1989 (original de 1987 na França), Jean-Claude Chesnais diz, página 293: “Colonizada muito cedo, a França chega à Idade Média completamente habitada. Há muitos séculos que todo o seu espaço está explorado; no século XVIII, a densidade de ocupação de seu solo é muito superior à dos outros países europeus, onde ainda existem vastos territórios selvagens e amplas possibilidades de expansão. A França é o país mais populoso da Europa; de Luís XIV a Napoleão, esta potência demográfica alimenta as ambições hegemônicas de seus dirigentes (que acabaram no desastre que conhecemos). Sem dúvida alguma, este apogeu demográfico coincide com uma dominação total: econômica, financeira, militar, política e cultural, que só podem ser neutralizadas por estratégias de aliança estabelecidas por seus rivais”.

                            Isso me fez pensar no título.

                            Poderíamos determinar a densidade civilizatória de uma nação numa planilha de quesitos, de questões?

·        Área (a tomar conta)

·        População

·        Rede de esgoto

·        Alunos das escolas, nas séries certas pela idade

·        Creches

·        Parques e praças

·        Perfil das classes do TER (A, B, C, D)

·        Posição no perfil dos mundos (primeiro a quarto)

·        Produção (por produtos)

·        Desperdícios como lixo e rejeitos (e lixões a céu aberto)

·        Conflitos, furtos, roubos, agressões a mulheres, crianças e velhos

·        Conflitos raciais

·        Tortura, estupros, pedofilia

·        Fome aparente e subnutrição

·        Destruição de espécies

·        Preservação ecológica

·        Pesquisa & desenvolvimento teórico & prático

·        Patentes e registros gerais

·        Parques aquáticos, praças esportivas

·        Enquetes de felicidade (superficiais e profundas)

·        Locais de diversão

·        Aprovação e desaprovação dos governempresas

·        Desvio de verbas

·        Sonegação

·        Tratamento dentário

·        Atendimento aos doentes e ausência de idas a hospitais

·        Divertimento popular

·        Saúde comunitária, etc.

A ONU tem o IDH, Índice de Desenvolvimento Humano. Quem o estabeleceu e por quê? Que tecnocientistas e pesquisadores do Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática) geral se debruçaram sobre ele? Todos os países se pronunciaram? O que é “desenvolvimento”? O que é “humano”? O que é “índice”? O que é importante para os seres humanos (segundo as quatro raças, os quatro sexos, os quatro modos de ter, os quatro labores, as quatro economias)? Suponho que seja uma discussão dificílima, porém até onde sei o IDH foi simplesmente estabelecido, não se sabe por quem. Não houve nenhuma celeuma notável, nenhuma disputa de método ou modelo, não debateram publicamente a coisa – alguém dentro da ONU disse que isso e aquilo era importante de mensurar e pronto, estava feito. Desde então seguem fazendo daquele jeito, com pequenas alterações. Classificam uns países como civilizatoriamente densos, como a Noruega, que está em primeiro lugar e outros como atrasados, o que só faz pesar sobre estes.

Contudo, o que é civilização? Como definiremos com propriedade isso? Como definiremos com total propriedade? Não é fácil, não, como qualquer pesquisador pode atestar, pensando apenas um tiquinho. Não obstante, alguns tecnoburocratas da ONU o fizeram, zás, trás. Há qualquer coisa de errado aí.

Vitória, terça-feira, 03 de dezembro de 2002.

Culto Faustiano da Personalidade

 

                            Fausto foi personagem histórico, provavelmente nascido em Knittlingen, Suábia, Alemanha, por volta de 1480, tendo morrido em torno de 1540, uns 60 anos entre datas, deixando a lenda de ter feito pacto com o demônio para conseguir seus conhecimentos, como conta a Barsa eletrônica. Um anônimo fez a História do Dr. Fausto, de 1587, depois veio o inglês Marlowe em 1604 com A Trágica História do Dr. Fausto, a seguir O Mágico Prodigioso, do espanhol Calderón de La Barca em 1637, mais adiante uma peça inacabada de 1684 do alemão Lessing, a primeira parte do poema dramático do alemão Goethe, de 1808, o musical A Danação de Fausto do francês Berlioz, de 1846, a ópera Fausto, do francês Gounod, além de Schumann, Wagner e List, e sabe-se lá quem mais, terem tratado o tema. Foi filmado e refilmado inúmeras vezes, o tema é mesmo apaixonante.

                            O resultado é que Fausto está no imaginário popular.

                            O Faustão é o programa domingueiro da Rede Globo e deriva seu nome de Fausto Silva, seu apresentador. Seja este, seja a produção ou a política interna da Globo, o fato é que todo domingo um artista (cantor, ator ou atriz, o que for, sempre da Rede, para propaganda, em especial de alguma novela que esteja sendo lançada – e então eles passam à tarde no Vale a Pena Ver de Novo alguma mais antiga que tenha os mesmos artistas, quase todos).

                            Pois bem, no Faustão é aquela chatice de todo domingo termos de ver a vida dos artistas, como eles foram maravilhosos, como são amados, como há tanta veneração por seus trabalhos, como são simples e dedicados, etc. Os cantores, os músicos são mais comedidos, mas seja por obrigação contratual ou por vontade de aparecer mais ainda, o fato é que os atores e atrizes vão lá chorar e se emocionar, seja fingido ou não. É o culto à personalidade, que o pseudo-socialismo encarnou no século passado, o 20, de forma tão desastrosa. É uma coisa demoníaca ver toda semana aquela gente chorando e falando com ex-professoras velhinhas, com amigos que não vêem há 30 ou 40 anos, com parentes, isso é tão tremendamente chato, aporrinhador, azucrinante, cacete! É aborrecido demais, é coisa de embrulhar o estômago.

                            Uma coisa assim tão horrível não pode ser humana, porisso penso que é coisa do demônio, algum pacto impublicável do Fausto.

                            Vitória, domingo, 01 de dezembro de 2002.

Criação Especial

 

                            A dialética teria nos dito, sem necessidade de consultarmos as medições de campo, que o excesso de pressão dos tecnocientistas sobre o mundo, em especial a nação maciçamente mais desenvolvida, os EUA, acabaria por levar ao contrário. A excessiva tecnocientifização dos Estados Unidos, como antes da Grã-Bretanha, levou a resistências dos demais pólos do quadrado do Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia e Ciência/Técnica, no centro a Matemática) geral, que se sentem ameaçados de desaparecimento.

                            Os religiosos, mais que os teólogos (que são racionais e, portanto, frios), reagiram com uma dureza nunca vista, de modo que em alguns estados de lá estão ganhando posição e até proibindo o ensino da evolução. Quanto mais os tecnocientistas debocham mais eles se aferram a suas posições firmes e irredutíveis da chamada CRIAÇÃO ESPECIAL, quer dizer, que Deus criou especialmente, como a Bíblia o diz, dentro da evolução darwiniana, ou até que, extremadamente, a ED não existe, absolutamente, apesar das numerosíssimas provas em contrário. Vi um programa em que estudantes de segundo graus, eles mesmo, sem intervenção dos pais e das mães, e até contra as opiniões destes, pediram numa escola que a CE fosse ensinada em paralelo com a ED.

                            Creio que seja necessário não apenas isso, mas QUATRO PEDAGOGIAS, como pedi noutro texto deste Livro. Não apenas pedagogias adaptadas às raças (4), como adaptadas também aos modos de conhecer (4). Como são arranjos, valendo AB diferente de BA, pois a dominância está no primeiro, digamos NEGRO + CIENTISTA (negro que preza mais a militância, estando disposto a abandonar a Ciência caso esta a ameaçasse) # CIENTISTA + NEGRO (o que se sente prioritariamente cientista, só depois prestando atenção a sua cor de pele), devemos ter 4 x 4 = 16 pedagogias, em termos de refinamento.         E aí se seguem os argumentos do modelo, veja o artigo Arte de Fusão, neste Livro 14.   

                            Vemos que deveríamos ter a Criação Segundo os Magos/Artistas, a Criação Segundo os Teólogos/Religiosos (aqui se abre em inúmeras facções, pois cada religião diz algo distinto), a Criação Segundo os Filósofos/Ideólogos e a Criação Segundo os Cientistas/Técnicos, sem falar dos matemáticos. Haverão quatro criações diferentes? Não, claro que não, mas há quatro modos de ver, todos eles verdadeiros. É possível que filósofos e cientistas compartilhem a sua, embora magos e religiosos tendam a divergir.

                            Tal disputa entre criacionistas e tecnocientistas nos lembra quão intolerantes nós somos, o que nos lembra as 14 mil guerras que, diziam os antigos soviéticos, travamos em dez mil anos de geo-história. O que poderia acontecer de mais danoso para o futuro que a separação das pessoas nessas seitas antagônicas dos diversos conhecimentos que, não obstante todas as diferenças, deveriam estar procurando convergir?

                            Os tecnocientistas procederam mal, agora, como os teorreligiosos haviam feito antes. É deplorável. Tal pressão, totalmente indevida, tal chacota, tal avacalhação disruptiva, essa fratura teve a resposta que merecia. Creio que nem foi forte o bastante, os T/C deveriam (e devem, ainda) ser balançados mais um pouco, para ver se despertam do seu pesadelo racional. É irritante demais ver como o orgulho pode ameaçar um projeto inteiro de realizações.

                            Reponham as coisas nos lugares, abrindo espaços para as quatro pedagogias (subdivididas quantas vezes for necessário, nunca esquecendo o centro). Humilhem-se, peçam perdão.
                            Vitória, domingo, 01 de dezembro de 2002.

Corpo e Espírito

 

                            Em primeiro de novembro de 2002 meu irmão mais velho, Ary José Gava, foi barbaramente assassinado, de uma forma nojenta que me faz querer ir embora deste lugar para sempre. Nenhum assassinato é justificado, nem os que se dão na guerra. Quatro tiros pelas costas por dois assassinos contratados numa moto e ninguém descobre coisa alguma.

                            Tal é esta nação assassina, o Brasil.

                            Bom, fiquei ateu dos 18 aos 43 anos, 25 anos. Aí, vendo racionalmente que Natureza e Deus, ELI, Ela e Ele constituem necessariamente um e o mesmo, voltei a acreditar que há um Ente não-finito além do poço que ninguém pode atravessar.

                            Bom, vi também que o Dicionário geral, com seus pares polares de opostos/complementares na Rede de Cognatos compondo tríades verdadeiras, por exemplo, bem e mal (antônimos) e 0/BEM = CAOS, daí BEM # CAOS sendo anticognatos, TODOS OS PARES DEVEM EXISTIR, isto é, implicam em realidades funcionais, uma real e outra virtual.

                            O que é real?

                            O corpo é, ele é concreto, absoluto, é forma, é figura, é imagem, é coisa de pegar, é substancial. Então o espírito (= MORTO), seu antônimo, é virtual. Corpo = CAOS, anticognato de BEM, como vimos. BEM estaria associado a ESPÍRITO, como o Sumo Bem (= PRIMEIRO BEM, ou espírito ou modelo) platônico. Não existe realmente o espírito. O corpo, uma vez disfuncional, está finado para sempre, está absolutamente acabado, não serve para a ressurreição, é inútil conservá-lo (se a ressurreição for possível, será por algum tipo de ADRN contido no espírito). Mas, onde está a outra parte, o seu complemento? Uma vez que é virtual não subsistiria, a menos que haja um relativo que o sustente. Esse relativo, justamente, é Deus, que está na Tela Final, o UM que conseguiu dar o salto por sobre o abismo até o não-finito, de onde faz nascer os mundos nas Grandes Explosões. Só UM relativo é ao mesmo tempo absoluto, só UM virtual é ao mesmo tempo real, é Deus, o complemento de Natureza, sua Razão superior. Em Deus se reúnem os pares polares como complementação da oposição.

                            Só dessa forma o que não está mais no corpo de meu irmão subsistiria, mergulhando novamente em Deus. Esse mergulho, como já falei, é necessariamente obediente à pareação, quer dizer, pode dar-se de dois modos, mantendo ou não a consciência (o que, de passagem, acaba com a polêmica de se a imersão em Deus é personalista ou não, quer dizer, se conserva a personalidade de quem submerge; como vimos, ambos os lados, esquerdo e direito, são verdadeiras em Deus). Assim, a menos que Deus não exista, Ary está vivo, pessoal ou impessoalmente, conforme seus méritos.

                            Vitória, quinta-feira, 28 de novembro de 2002.

Competição Total

 

                            Conforme já disse, a vida é solução de problemas. O conjunto que parar de solucionar problemas morrerá. É assim para pessoas (indivíduos, famílias, grupos, empresas) e para ambientes (municípios/cidades, estados, nações, mundo).

                            As maiores cidades são as que resolveram os maiores problemas, ou estão prestes a resolvê-los, pela pressão dos que exigem soluções, digamos os moradores de favelas. Se as grandes cidades se recusarem a resolver os problemas de seus cidadãos elas começarão a morrer, como qualquer organismo. Irão esvaziando até mais nada restar, até virarem cidades fantasmas, das quais sobram só os esqueletos. Depõe contra os moradores e os governantes dali que a cidade tenha esvaziado até restar somente seu esqueleto acusador ao sol.

                            Conjuntos que crescem são conjuntos que aceitam os desafios da realidade e propõe-se encontrar as soluções compatíveis. Cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, as maiores do Brasil, não ficaram com seus tamanhos atuais à custa de nada; tornaram-se assim tão imensas porque sua gente é operosa, batalhadora, e seus líderes proporcionaram, até agoraqui pelo menos, as melhores soluções. Cidades como Linhares/ES não são pequenas apenas porque começaram mais tarde e sim porque sua gente não trabalha tanto e seus governantes não a abrem tanto ao futuro. Cidades muito mais jovens tornaram-se muito maiores exatamente porque tanto as pessoas quanto os ambientes foram atraídos pela quantidade e pela qualidade de suas soluções.

                            Então, o melhor que podemos fazer visando o crescimento é abrir-nos TOTALMENTE à competição à esquerda, à direita, para frente e para trás, para cima e para baixo. No caso, o Brasil não pode se furtar nem ao Mercosul, nem à ALCA, nem à Europa, nem a nenhuma competição internacional. Pelo contrário, quanto mais se abrir à competição e à competitividade mais se alteará, atingindo uma classe nova e mais alta de problemas e de soluções, no centro mesmo deste mundo.

                            Vitória, quarta-feira, 27 de novembro de 2002.