domingo, 1 de janeiro de 2017


Montador Racional

 

                            A mesopirâmide (PESSOAS: indivíduos, famílias, grupos, empresas, e AMBIENTES: municípios/cidades, estados, nações, mundos) constitui o que chamei de MONTADOR RACIONAL, surgindo um dominante (em nosso caso o homo sapiens sapiens, HSS) que começa o processo de construção a partir do PAR FUNDAMENTAL, que para nós apareceu mais ou menos há duzentos mil anos, com diferença espacial pequena, pouca distância uma do outro, a EVA MITOCONDRIAL do ADÃO Y, as descendências de ambos se fundindo e fazendo emergir o HSS finalizado.

                            Devemos ver mesopirâmides maiores e menores, nunca exatamente iguais à nossa. Memória, inteligência e controle, do lado do SER, proporcionando determinado acesso à matéria, energia e informação, do lado do TER. Esse par polar oposto/complementar SER/TER, como se dá em cada cenário planetário? Essa tríade (memória, inteligência e controle), cada pólo indo, digamos, de 1 a 100 %, poderiam nos dar um largo espectro de 1 x 1 x 1 = 1 a 100 x 100 x 100 = 1.000.000. Talvez nos situemos na média ou não, ou mais próximo de qualquer extremidade. Aqui, como em tudo mesmo, vale a Curva de Gauss ou do Sino, que é como um ômega (Ω). Uns terão montado mais rápido que nós, outros mais lentamente. Pode ser que alguns já tenham reconstituído a Mensagem geral desde as primeiras centenas de milhões de anos, enquanto outros ainda demorarão bilhões de anos, só conseguindo lá pelo final.

                            E como se parecerá o MR em cada planeta? Como eu já disse, em termos de replicadores, basta que estes existam e levem ao processo de acumulação quando do aparecimento dos corpomentes gêmeos do par fundamental, em nosso caso o/a homulher. Depende do espectro solar, de uma série de fatores, inclusive aquelas que serão localmente consideradas as CNTP’s, condições normais de temperatura e pressão. Isso dá margem a uma quantidade ilimitada de modelações computacionais.

                            Vitória, segunda-feira, 21 de outubro de 2002.

Modelos Moleculares em Museus

 

                            Os americanos têm isso, não é? - de colocarem museus de tudo, no quê estão certíssimos. Não sei se europeus e japoneses os seguem nesse exemplo fundamental, mas pelo menos vemos nos filmes e documentários museus de tudo nos EUA.

                            Nesse todo estão os museus com modelos moleculares.

                            Se não há a grande piscina com o trampolim altíssimo, como as pessoas se sentirão estimuladas a saltar? Não há como realizar grandes saltos de um trampolim de três metros de altura - é até ridículo. Portanto, criando os modelos moleculares na Química e na Física, especialmente na primeira, é possível empurrar as crianças PARA ALÉM, porque ninguém irá produzir o que já existe, pois seria vaiado.

                            Não admira mesmo nada que o Prêmio Nobel seja agora um encontro anual de americanos, mais alguns penetras.

                            Sendo a Química essa extraordinária potência, dividida em Química Orgânica e Química Inorgânica, podemos ter dois supersetores. Podemos falar de Química S18, S19, S20 e S21, compreendendo os séculos, mais uma Química pré-18, que englobaria o resto. Computadores, documentários, maquetes de plantas de fábricas, o que elas produzem, a indústria do petróleo e dos plásticos (inclusive Tupperware e correlatos), as escolas no Brasil e fora, os anos de formação, a grade curricular, os ganhos, as escolas de farmácia e bioquímica, a genética química, o Projeto Genoma Humano, os outros genomas, o ADRN – assuntos não faltarão.

                            E creio mesmo que os estados todos deveriam montar cada um seu espaço, convidando os professores a dar palestras todos os dias, levando os alunos das escolas, recebendo empresários, enfim, fazendo prosperar a Química a níveis estratosféricos.

                            Essa é a diferença entre a prosperidade americana e o atraso geral do mundo, menos de alguns que os copiam de perto: os americanos popularizam, tornam o conhecimento um gosto, uma alegria, um contentamento PÚBLICO, para o povo. Isso é verdadeira democracia, e não aqueles anúncios dela, feitos da boca para fora. Com atos concretos. Isso, sim, nós podemos aplaudir.

                            Vitória, sexta-feira, 11 de outubro de 2002.

Microtransportes

 

                            Há uma piada assim: “Senhores passageiros, aqui quem vos fala é o comandante Jonas. A temperatura a bordo permanecerá nos 21º C, o tempo estimado de chegada é de seis horas e quarenta minutos. O avião comporta três andares, no superior ficando as salas de observação, de passeio, os restaurantes, os bares. No médio ficarão confortavelmente sentados três mil e quinhentos passageiros. No nível inferior está o estádio, o ginásio, piscinas e outros confortos. O avião dispõe de 250 toneladas de combustível. Senhores passageiros queiram afivelar os cintos e permanecerem sentados que eu vou tentar levantar essa merda do lugar”.

                            Enfim, o gigantismo dos objetos é risível.

                            Os meios de transporte eram grandes, obrigatoriamente, porque deviam comportar PELO MENOS o piloto, o motorista, o condutor. Agora, que existem os GPS, os computadores, a telemática, a cibernética, qual a razão disso? Então, lá nas patentes, comecei a pregar a construção de aparelhos pequenos, conduzidos desde longe. Podemos imaginar o tempo em que um lado conduzirá metade e pouco mais do trajeto, enquanto outro receberá com protocolo de passagem, termo de transferência na metade e mais um pouco, durante uma faixa ambos estando no controle, por exemplo, entre Brasil e França.

                            Os meios de transporte só levariam mesmo suas cargas e a computação embarcada, indo a velocidades muito maiores, não pressurizados, quase uma grade voadora, no caso de aviões, com uma cobertura que apenas livre do calor do Sol, lugar somente para as cargas. Trens, caminhões, navios, aviões, o que for, podem ir livres de seres humanos, estes sim, ido em aviões e transportes comuns, sem cargas.

                            Veja só que economias formidáveis seriam geradas!
                            Vitória, quarta-feira, 09 de outubro de 2002.

Língua Final

 

                            No livro de Giovanni Reale e Dario Antiseri, História da Filosofia, vol. São Paulo, Paulinas, 2000, na página 622, os autores dizem em duas passagens: “(...) a ‘navalha de Ockham’ abre caminho para um tipo de consideração ‘econômica’ da razão (...)”, e adiante, (...) libertar nosso pensamento da fácil confusão entre entidades lingüísticas e entidades reais, entre os elementos do discurso e os elementos da realidade. Substancialmente, o que Ockham defende é que não devemos atribuir aos sinais, necessários para descrever e comunicar, nenhuma outra função senão a de representação ou símbolo, cujo significado está em assinalar ou indicar realidades diversas deles”.

                            Qual seria a consideração mais econômica da razão?

                            É aquela da solução minimax, conseguindo o máximo de todos os máximos com o mínimo de todos os mínimos na Tela Final, onde ELI, Natureza/Deus, Ela/Ele, consegue fechar = ACHAR (na Rede Cognata) a Equação do Mundo. Esta é, certamente, a consideração mais econômica de todas.

                            Ora, essa razão mais econômica dentre todas liberta o Ser geral e em especial o ser humano da confusão entre entidades lingüísticas e entidades reais, mostrando a simultaneidade ou fusão dos pares de opostos/complementares, por exemplo, entre real e lingüístico, ou virtual, aquilo que denominei virturreal. Daí que, se Ockham está certo na primeira parte, está erradíssimo na segunda.

                            E essa FUSÃO TOTAL, perfeitíssima, é a Língua Final = PI = UNIVERSAL = PRIMEIRA = EIXO, é aquele mesmo eixo em volta do qual tudo mais gira, aquele Centro = ABSOLUTO, o núcleo mesmo onde todas as essências são existências, e vive-versa. Daí que a Língua Final seja mesmo a Língua Universal.

                            Vitória, segunda-feira, 21 de outubro de 2002.

Língua dos Golfinhos

 

                            O Houaiss eletrônico possui um recurso, “vozes dos animais”, que naturalmente é muito interessante. As baleias bufam, as ariranhas regougam, os bisões bramem ou mugem, os burros azurram ou relincham, os caburés piam ou silvam, os flamingos roncam, os pavões gritam ou pupilam, os sapos coaxam ou grasnam, e assim por diante. Entrementes, distintamente, não há a voz do golfinho.

                            Contudo, na Rede ou Língua dos Cognatos, percebi que todos os seres falam realmente a mesmíssima língua, seja na Terra seja a 200 milhões de anos-luz. Conseqüentemente golfinhos e seres humanos falamos a mesma Língua universal, com torções daqui e dali – como que dialetos da mesma língua pai-e-mãe.

                            Creio que abordaram erradamente a questão, tentando achar os vocábulos próprios e a sintaxe que constrói as frases do golfinhês, por assim dizer. Ou seja, formas e conceitos, imagens e estruturas, formestruturas. Palavras do dicionário e imagens da enciclopédia. As palavras do Dicionário têm de coincidir, é claro, são conceitos tirados do mesmo e único Universal. Contudo, cada um introduz o caos de imagens em sua forma particular de língua, seu dialeto animal. As baleias falam horas seguidas, nunca repetindo uma nota.

                            Como eu disse no texto número dois das posteridades, Unidade de Conceitos para a Utilização de Superondas em Toda a Largura do Espectro, e no três, Para Tocar o Sol (Um Pi/grama Musical), devem existir quatro notas musicais centrais, duas pseudonotas montadoras e um centro de onde tudo sai, ou seja, a chamada NOTA FUNDAMENTAL, que é centro do espalhamento das ondas, o zero de referência. Estou afirmando isso no vazio, não tenho como mostrar, o que é um teste terrível do modelo.

Para as baleias, devemos converter as notas em letras, através da Rede Cognata, e então ler as palavras, ligando-as às imagens que elas querem mostrar. Já os golfinhos guincham, ou seja, lá o que for, porisso sua língua é direta mesmo, vocálica; deveremos achar as quatro letras, comparando-as com as nossas, segundo as séries numéricas esperadas. Depois disso será fácil. E pensar que estivemos matando esses companheiros racionais!
                            Vitória, sexta-feira, 11 de outubro de 2002.

Josèphine

 

                            Marie-Josèphe Rose Tascher de La Pagerie, dita Josèphine (em português Josefina). Imperatriz francesa, esposa de Napoleão, nasceu em 1763 (tinha talvez apenas 26 anos em 1789, na Revolução Francesa) e morreu em 1814. Desposou em 1779 (no máximo 16 anos) o visconde de Beauharnais, morto no cadafalso em 1794, e o ainda general Bonaparte em 1796.

                            Ouvi numa entrevista de Isabela Rosselini (filha de Ingrid Bergman e Roberto Rosselini) que Josèphine possuía, ao morrer, SEIS MIL peças de roupas. Deviam ser vestidos, não existiam blusas naquele tempo, pelo menos para as elites (o povo veste o que está disponível e isso sempre se torna moda depois). Isabela vai representá-la em algum filme. Disse ela que a Josèphine dava grande valor à imagem, e isso servirá para comentarmos o par polar oposto/complementar formestrutural. Isto é, formas ou imagens de um lado e estruturas ou conceitos de outros.

                            Evidentemente há dois dicionários, o bom e o ruim, mas há realmente quatro dicionários, juntando-se àqueles dois outros dois, dos pares polares. Então há uma forma-boa, a beleza, e há uma forma-ruim a feiúra, e certamente a viscondessa, depois imperatriz, não iria optar por peças feias de roupas. Tinha o melhor que sua época poderia oferecer, sendo imperatriz, e ainda por cima na França, centro de moda europeu e, portanto, mundial, na época como agora.

                            Imelda Marcos tinha, ao sair junto com Ferdinand Marcos das Filipinas, TRÊS MIL pares de sapatos.

                            O que faz certas pessoas prezarem tanto a evidenciação da forma (enquanto do outro lado há alguns que extremizam para o conceito)? Quanto a forma participa do info-controle, como servem-se as pessoas (indivíduos, famílias, grupos, empresas) e ambientes (municípios/cidades, estados, nações, mundos) dela para dominar as pessoambientes? Como essas formas foram selecionadas para seus efeitos presumidos sobres as almas ou psicologias através da geo-história ou espaçotempo humano? Como lutaram e sobreviveram a luta pela sobrevivência das formas mais aptas? Como é que tal ou qual vestido, posto nesta ou naquela ocasião, favorece esta ou aquela postura dos circunstantes e das próprias usuárias?

                            Josèphine, como Imelda e tantas outras e outros, como esses iuppies das décadas dos 1980 e 1990, sabiam instintivamente o que estavam fazendo, e como esses protestantes que vestem linho estavam explorando o belo, e o que ele permite obter como aceitação no meio, onde se dá a troca de IC, na rede de comensais. Trata-se, evidentemente, de um oportunismo formal, através de imagens. Como é que esse jogo serve à manutenção do poder, desviando as atenções das tomadas de decisões e seus (fatais) deletérios efeitos para (sempre) determinada porção da comunidade?

                            Está bem claro que o conjunto de manipulações formais é coadjuvante do poder e de tudo que ele tem a dar de bom e ruim para uns e outros. O que nós precisamos fazer é estudar melhor COMO ISSO SE DÁ, em cada ponto de troca, em cada pontinstante em que há transferência de IC. Naturalmente isso proporcionará a tecnocientifização das demandas e ofertas de transferência de IC, o que é ao mesmo bom e ruim para o Conhecimento geral dos governempresas frente aos objetos e às pessoambientes a que servem, ou deveriam servir.

                            Vitória, domingo, 13 de outubro de 2002.

Inteligibilidade do Universo

 

                            Einstein dizia que o maior mistério não era entendermos o universo, mas que ele fosse inteligível. Na realidade isso é um pseudo-dilema, um dilema falso, uma falsa encruzilhada, desde quando já ser é ser o que entende, mesmo no nível mais baixo do existir.

                            As pirâmides são o desenho de subsistência do pluriverso.

                            Micropirâmide (campartícula fundamental, subcampartículas, átomos, moléculas, replicadores, células, órgãos, corpomente); mesopirâmide (indivíduos, famílias, grupos, empresas, municípios/cidades, estados, nações, mundos), enquanto programáquina decifrador; macropirâmide (planetas, sistemas estelares, constelações, galáxias, aglomerados, superaglomerados, universos, pluriverso), enquanto extremo aonde ir. Em conjunto vão do mínimo ao máximo, necessariamente, pelo menos num dos pontos do infinito. Em algum dos infinitos universos, UM pelo menos monta a partir da Natureza ao acaso o necessário Deus, do par oposto/complementar natureza/Deus, Ela/Ele, ELI.

                            Ora, havendo uma natureza haverá dentro dela evolução, revolução, reevolução – avanço, salto, re-avanço. Pode ser que o racional dominante tenha esse desenho que temos, que pode estar na média, abaixo dela ou acima dela. Haverá acumulação. Talvez chegue o racional dominante a um beco sem saída, mas num caso qualquer nalgum universo, pelo menos em um, certamente em 2,5 %, a mensagem será construída e re-construída.

                            Criado o ambiente, a pessoa dentro dele o entenderá.

                            Pois o ser humano não é mais o cérebro único, longe disso, muito longe disso. Através das pessoas (indivíduos, famílias, grupos e empresas) nos ambientes (municípios/cidades, estados, nações e mundo) uma FORMESTRUTURA COMPREENSIVA vai sendo montada. Ela mesma luta pela sobrevivência, selecionando o ambiente, sendo selecionada pelo ambiente, selecionando-se, a F/E-C vai se completando, agoraqui com esses seis bilhões de seres humanos, mais o apoio biológico/p.2, e todo gênero de memória.

                            Nós entendemos o universo. E ele é inteligível PORQUE somos um contramolde seu, em “total” paralelo com ele, em diálogo-de-mundo através dos sentidos externinternos. O universo também nos entende. Nós o mensuramos com o nosso fazer e ele nos mensura também, em correspondência biunívoca, “pau-a-pau”, como diz a gíria. Talvez seja uma dupla-linha que vai corretamente do começo ao fim, talvez ela se curve sobre si e nunca alcance a compreensão final. Talvez seja uma linha minimax, talvez até uma linha minimax total, o maior rendimento possível, indo do começo ao fim em tempo mínimo.

                            Independente de ser ou não, SEMPRE o universo vai ser entendido, mais ou menos. Porque estar vivo, SER, já é entender. Não entender é não-ser, e isso também existe, 2,5 % do tempespaço. Há possibilidades no Espaço de Configurações que nunca viram surgir universos. Toda vez que eles surgem, nos casos em que o SER emergir haverá fatalmente entendimento, porque entendimento é colado a SER. Os vombates não entendem o universo? Claro que sim, à maneira vombatiana. E os társios? E as équidnas? E os pica-alpinos? E os ocapis? E as zebras?

                            Portanto, entender o universo é o mesmo que SER. Entrementes, nem todos são suficientemente espertos para entender COMPLETAMENTE o universo. É aí que entram os maiores criadores, como Einstein e outros. A alegria vem tanto de existir uma base que trabalha para os que acima estão tenham tempo de compreender, quanto quando estes entendem que compreendem por aqueles também.

                            Vitória, domingo, 13 de outubro de 2002.