quarta-feira, 28 de dezembro de 2016


O Jogo do Demônio

 

                            Conforme eu já disse algumas vezes, o demônio não quer apenas fazer o mal às pessoas (indivíduos, famílias, grupos e empresas), porque isso qualquer um é capaz; lhe interessa, sobretudo, tornar cada um propagador ou vetor do mal, endemoniar as criaturas.

                            Mas, onde é o campo de jogo do Demônio (em maiúsculas conjunto ou grupo ou família de demônios)?

                            É em todos e em cada um, especialmente naqueles que se julgam livres de posse ou domínio = DEMÕNIO, na Rede Cognata. Especialmente nestes, nos orgulhosos, nos que se acreditam distantes de qualquer orientação.

                            Racionalmente essa coisa de demônio existe?

                            Observe que há o dicionárienciclopédico, que se divide em dicionário e em enciclopédia - aquele de palavras, esta de figuras. O dicionário, por sua vez, se divide em dois, também, o lado claro e o lado escuro. Neste há a perversidade de fundo humano, que os seres podem praticar – ou seja, há uma gradação e uma graduação do mal – e aquilo que estaria além de nós, mas seria racionalidade ainda, pelo menos em potência? Por exemplo, na pontescada temos Física/Química, Biologia/p.2, Psicologia/p.3, Informática/p.4, Cosmologia/p.5 e Dialógica/p.6, todas sendo ciências. Daí vamos ao Conhecimento geral: Matemática, Ciência/Técnica, Filosofia/Ideologia, Teologia/Religião e Magia/Arte. É vasto. Ora, mesmo que o ser humano seja ainda psicologia, razão humana, há EM POTENCIAL o Mal absoluto, de grau superior, perto do Infinito. Acontece que, da totalidade das inteligências ou conceitos ou estruturas humanas, agindo no interior das formas ou superfícies ou sentimentos, uma parte vai fazendo, mesmo se não conduzindo organizada e organicamente a sua construção, caótica que seja, e operando como frações daquela potência máxima em Mal. Então, por via de conclusão, devemos esperar que vetores (mais ou menos extensos) possam ser considerados construtores ou operadores daquele Mal potencial máximo, absoluto. QED, o Mal existe. E opera através dos seres humanos. DE TODOS os seres humanos, menos um, que ele não consegue vencer, por mais que faça. Veja que o Demônio tentou Cristo no deserto. Tentou, mas não conseguiu.

                            Ainda assim tentou.

                            Se Cristo foi tentado, que dirá dos seres humanos?

                            Devemos concluir que cada ser humano é campo de jogo do demônio, que opera em bilhões de linhas ao mesmo tempo, muito além daquele filme de Al Pacino. Como não existem nem passado nem futuro, ele pode livremente alterar as linhas de programação do presente, a seu bel prazer.

                            E aqui não estou falando misticamente, de modo algum. É raciocínio lógico-dialético, dialógico, PORQUE deve haver 50 % que operam desconstrutivamente, quer dizer, ao contrário – a ferrugem da Máquina.

                            Vitória, quinta-feira, 12 de setembro de 2002.

O Desprezo das Pessoas por Deus

 

                            Em seu livro, Infinito em Todas as Direções (do gene à conquista do universo), São Paulo, Best Seller, s/d (original de 1988), capítulo 2, Borboletas e Supercordas, p.33, Freeman Dyson diz:

                            “Agora Hawking formulou uma equação que se parece muito com a equação de Planck. A de Hawking é S = kA, onde S é a entropia de um buraco negro, A é a área de sua superfície e k é a constante que hoje denominamos de constante de Hawking. Entropia significa aproximadamente o mesmo que a capacidade de calor de um objeto. É medida em unidade de calorias por grau. A é medida em centímetros quadrados. A equação de Hawking diz que a entropia é, de fato, o mesmo que área. A conversão entre área e entropia é dada pela constante de Hawking, que é, aproximadamente, 1041 calorias por centímetro quadrado. Esse fator de 1041 mostra o quanto um buraco negro dista das unidades compreensíveis e familiares ao homem. Mas o que realmente significa dizer que entropia e área são a mesma coisa? Estamos tão longe de compreender isso quanto Max Planck estava de compreender a mecânica quântica em 1900”, negritos e coloridos meus.

                            Vejamos o projeto de ELI, Natureza/Deus, Ela/Ele.

                            A macropirâmide (pluriverso, universo, superaglomerados, aglomerados, galáxias, constelações, sistemas estelares, planetas), a mesopirâmide (mundo, nações, estados, municípios/cidades, empresas, grupos, famílias, indivíduos) e a micropirâmide (corpomentes, órgãos, células, replicadores, moléculas, átomos, subcampartículas, campartícula fundamental) constituem um desenho portentoso, dessa entidade que denominamos Deus, desse talento excepcional.

                            Na equação E = mc2, sendo c = 3.108 m/s, temos que para a energia organizar a matéria em informação-controle ou materenergia precisamos dum ligativo da ordem de 108, o que significa ALTO RENDIMENTO no projeto d’ELI e pequena margem de negociação com a ineficiência e o erro. PARA DAR CERTO e haver conversão dentro de um universo de margem TÃO ESTREITA, é evidente que os talentos d’ELI são extraordinários mesmo. Estourando no Big Bang (Barulhão, Grande Explosão, precedida do Grande Estresse) e antes que as coisas se consumam na presumida morte térmica o metaprogramáquina pluriversal deve ser re-montado.

                            Se entropia e área são a mesma coisa, o que quer dizer isso? Que há uma pressão de conversão entre a energia que é degradada para as condições de temperatura mínima próxima de 0º K, donde não é possível extrair diferença alguma de potencial gerador de movimento organizador das partículas de energia inercial em relação aos campos ou agrupamentos materiais gravitacionais, e a organização material que ela proporciona. Ou seja, se virmos a energia como uma área, dela sairá uma flecha de organização da matéria. É como a fórmula de pressão, P = F/A, uma força (ou campartícula, quer dizer, as partículas ou energias) agindo para desorganizar os campos materiais numa determinada área, forçando para rompê-los.Do mesmo modo, no BN (buraco negro), os campos estão sendo rompidos. É como um transformador, recompondo os potenciais energéticos pela dissociação material. Há uma disrupção geral, quando são rebentadas todas as organizações materiais, tudo sendo reconduzido à forma básica de energia, as partículas sendo as menores possíveis, mais próximas daquelas que existiram no infinitésimo após a maior das pressões de dissociação no Big Bang. Os potenciais particularizantes ou energizantes tornam-se quase máximos no BN, conforme as dimensões deste. Então, nos poços potenciais (planetas, estrelas, estrelas de nêutrons, BB’s) os potenciais são dilatados. E aquele índice, de 1041 no diz que as flechas materiais que entram no horizonte do BN são elevadas até altos potenciais energéticos, para futuro trabalho, quando os BN’s se transformarem nos BB’s, buracos brancos. Nos BN’s a energia está sendo recomposta para altos potenciais de manipulação da matéria. Enfim, os BN’s são transformadores, como esses que temos perto de nossas casas, só que muito maiores. São os transformadores d’ELI. Vistas as coisas desse modo, há que respeitar, não é mesmo?

                            No modelo coloquei que negentropia, a negação da entropia, é igual a entropia, com o sinal trocado, ou seja, ∑ = 0 = E – N (ou, colocando em grego, ξ – η = 0, quer dizer, E = N). No mesmo instante em que a energia está sendo gasta, outra está sendo construída no centro de planetas, estrelas, estrelas de nêutrons e buracos negros. Menos um infinitésimo, que garante que em algum tempo a entropia prevalecerá e tudo será reconduzido ao Big Crunch, o Grande Esmigalhamento, ou Abração, recomeçando do Nada, a plena Soma Zero.

                            Se a entropia é aquele estado em que não se pode mais extrair energia, ela equivale a uma área de máxima disseminação da matéria (cada pedacinho estando tão longe que jamais será atraído para outro, não se acumulando como poço de potencial, ou transformador gravitacional), de máximo congelamento da energia, nenhuma matéria podendo gerar via centralização por gravidade nova energia ou inércia. Na relação entre 1041 e 108 deve estar a margem de desenho do pluriverso. Algum fator de segurança deve haver, ou muito trabalho se perderia. Em 1041 toda a matéria estaria dispersa em máxima área. Em 108 está a taxa de conversão energética, o operador inercial, o cinzel de construção da estátua ou modelo. Nessa relação ou ordem de grandeza de 1033 estaria a operacionalidade do cinzel energético sobre a matéria a esculpir, da micro à macropirâmide. Dizendo de outro modo, cada partícula em cada hólon koestleriano ou partodo ou todoparte constrói o nível superior de organização ou matéria. Por exemplo, as partículas empresariais constroem os campos municipais/urbanos, nisso perdendo potência ou inércia ou flecha ou dinâmica, que se transforma em “impotência” ou gravidade ou área ou estática, no todo, de energia em matéria, ou de negentropia em entropia, de polarizações (de pólos opostos/complementares) em centros, em convergência de desenho ou informação-controle (ou comunicação), a onda fazendo amortecer os extremos no eixo, que é o Desenho do Pluriverso, na Prancheta de ELI.

                            Agora, colocando S/A = k e F/A = P, vemos que a entropia é a anulação da força ou campartícula ou infocontrole ou onda de desenho na área A, a pressão deformativa P tendendo a zero (se F º 0 então P º 0, S º máx quando k tender a 1041). Temos que 1041 elementos devem se reunir para produzir uma unidade de criação. Ou, de outro modo, 1041 partes do universo são zeradas entropicamente para produzir ordem. Como relações diretas que são, é preciso que 1/k seja Pf (formativo) ou Pf = k-1 para representar entidades formativas. Quer dizer, k deve ser substituída por uma outra unidade, anti-k, que é Pf, ou k = anti-Pf, Pf-1. Se P é deformativo, então anti-P é formativo, isto é, a quantidade de ordem que emerge da área A (A-1/S-1= 1/k-1, saindo na área A a negentropia num pacote energético da ordem de 1/1041) sendo o ordenamento energético de uma quantidade material qualquer em IC ou info-controle. A taxa de conversão de matéria e energia em ME ou IC, info-controle. A entropia é deformação estabelecida do potencial de formação local. A pressão é o índice da deformação que será produzida, enquanto a entropia é o índice da deformação já produzida. A pressão vem do futuro, produz desagregação, a entropia é a separação já posta no passado. Deveriam ser uma e a mesma flecha. Sob máxima entropia toda capacidade do pluriverso gerar IC estará degenerada, descriada. Entropia é a paralisação total da energia, a incapacitação de a energia manipular a matéria para construir os níveis de relação e percepção. Podemos ver uma flecha F emergindo da área A para construir como anti-P, antidesagregação, qualquer IC. Então na área Abn está sendo re-produzida a energia organizadora Ebn, que é negentrópica ou negadora da entropia, negadora do fim. Nos buracos negros, novos potenciais de formação estão sendo produzidos, estão sendo extraídos do horizonte do BN. Eventualmente, através do Buraco Branco, da megaexplosão do BN, essa energia formadora será reinjetada no universo, em suas proximidades, para novas construções, e assim sucessivamente. Como área é o quadrado, √1041 = L = aproximadamente 1021, que elevado ao cubo (para volume) dará a ordem de grandeza em que a energia que emergirá do BB e contaminará o ambiente circundante (= aproximadamente 1063 qualquer coisa). A matéria, que estava esgotando seu poder construtor, é elevada de novo pelo alto poder separador ou transformador do BN a níveis incompreensíveis, e pode continuar operando no universo como energia ou partículas modeladoras. Gravidade do BN transformada em inércia construtora.

                            Em resumo, ELI (ou Deus, como preferirem chamar) não é só simples, é tremendamente complexo (a) também. É algo de admirar, é ou não é? Você pode não gostar de nomes, chame de Desenho de Mundo, ou como preferir, ou não dê nome nenhum, pense como Conhecimento. Parece que o desprezo de alguns por isso tudo foi muito prematuro.

                           Vitória, segunda-feira, 09 de setembro de 2002.

O Conceito de Matéria é Ultrapassado?

 

                            Em seu livro Infinito em Todas as Direções (do gene à conquista do universo), São Paulo, Best Seller, s/d (sobre original de 1988), Freeman Dyson diz à p. 16:

                            “Falando como um físico, considero a matéria como um conceito impreciso e um tanto ultrapassado. Grosso modo, matéria é a maneira como as partículas se portam quando um grande número delas se aglomera”.

                            Não é, de modo algum, ultrapassado ou impreciso.

                            Formando par polar oposto/complementar com a energia, o terceiro é a materenergia, como denominei, a informação, compondo então uma tríade. Depois, ao falar do fim da matéria, Dyson dá a chave de sua continuação, a saber, que a matéria é O COMPORTAMENTO DE UM GRANDE NÚMERO DE PARTÍCULAS de energia. As partículas constituem, cada uma, um pacote de energia, vibrando num ritmo próprio e definidor. A matéria, campo, é um conjunto de partículas, que é o menor pacote EM NÍVEL PRÓPRIO do campo. Juntas formam o campartícula ou ONDA INFORMACIONAL.

                            Assim, tome os indivíduos. Juntos constituem o que Rupert Sheldrake chamaria de campo morfogenético e eu reapelidei de campartícula psicológico, digamos. Um indivíduo é uma partícula psicológica, vários constituem um campo. A família, que é a reunião de indivíduos, é o campo psicológico dos indivíduos. O indivíduo é a partícula da família. A família é a partícula do grupo, enquanto este é o campo da família. Famílindivíduo é um campartícula, ou hólon, conforme Koestler disse de outro modo. Um parte-todo, partodo ou todoparte, nos termos do modelo.

                            O fato de que possamos agora ver em E = mc2 a reunião de matéria e energia, através do conectivo ou ligativo c2, não nos diz que matéria e energia desapareceram. O par polar oposto/complementar continua presente e sendo útil. Se, lá para dentro, quanto mais o campo é particionado até tornar-se partícula menos vamos vendo matéria, e mais energia, em sentido contrário quanto mais vamos juntando partículas mais estas se tornam imóveis, dotadas de gravidade. A matéria é gravitacional, a energia é inercial, juntas elas são gravinerciais ou materenergéticas ou informacionais, construção ou desenho do metaprogramáquina universal. Nem porisso as coisas desaparecem.

                            SE, falando como físico, Dyson vê a matéria desaparecendo e se tornando um conceito impreciso, é porque os físicos não conseguem enxergar o grande cenário. Os brutos também amam e os físicos também erram. Não é a matéria que desapareceu, é o Dyson que não consegue ver. A Clarice Lispector indicou assim (a frase exata não será esta): “o que não vejo, todavia não existe?”.

                           Vitória, segunda-feira, 09 de setembro de 2002.

O Canto Solar

 

                            No livro de Alberto Delerue, O Sistema Solar (viagem ao reino do Sol através das mais recentes conquistas espaciais), Rio de Janeiro, Ediouro, 2002, p. 30, ele diz: “Uma das descobertas mais recentes, e curiosas, é que o Sol emite uma espécie de canto, ou melhor, vibrações sonoras que não conseguem atravessar o espaço interplanetário. O que seriam? Como são produzidas essas ondas acústicas?”

                            Em primeiro lugar, lembremos que Pitágoras diziam poder ouvir a música das esferas. Depois, não sei se foi Olavo Bilac que falava: “Ora, direis, ouvir estrelas”, certamente inspirado em seu predecessor de 2,5 milênios.

                            Em todo caso, bem antes de saber disso (veja, a edição é de 2002), num texto das posteridades (número 2, 09.09.1998), chamado Unidade de Conceitos para a Utilização de Superondas em Toda a Largura do Espectro, falei da busca da unicidade descritiva de todas as ondas (cores, sons, paladares, olfatos, tato, etc.). No texto 2 (10.09.1998), denominado Para Tocar o Sol (Um Pi/grama Musical), falo justamente da possibilidade de não apenas o Sol como cada objeto celeste e cada objeto terrestre terem sua sonoridade característica, a qual poderia ser medida e, pior ainda, servir à sua desintegração por contramodulação.

                            Não pode ser senão assim mesmo.

                            Pois o resumo de todas as vibrações de um corpo (que, via medição do calor, ou seja, a soma estatística de tais vibrações, seria sua massa relativa à radiação de fundo) poderíamos tomar como sua identidade vibracional, seu tom característico. Você, eu, todos temos essa identidade. Uma pessoa superafinada talvez pudesse ouvir nossa música. E se essa identidade pudesse ser medida também sua alterações poderiam sê-lo; umas constituiriam sinais de doença e outras de saúde, ou harmonia, os harmônicos do corpo e da mente. Cada órgão, cada célula teria seu harmônico, seu tom perfeito, sadio.

                            Conforme soubéssemos identificá-los, por uma tabela de referência em programáquina, poderíamos tratá-los também, curá-los de quaisquer doenças. Então umas músicas seriam saudáveis, enquanto outras nos adoeceriam. Eis aí o fundamento (filosófico) da musicoterapia. Evidentemente quando isso for conhecido será usado tanto para o bem quanto para o mal, apenas porque este par polar oposto/complementar bem/mal existe no Dicionário. Inevitavelmente. Inescapavelmente. Inquestionavelmente, sem dúvida alguma.

                            Aquelas coisas das lendas e dos livros e filmes de ficção estão retornando, todas elas, ao que pude perceber. Era tudo verdade, mesmo. E, naturalmente, as músicas acalmarão as feras.

                           Que, no final das contas, são os seres humanos.

                            Aliás, como será ouvir o Canto do Sol?

                            Certamente logo lançarão a Música do Sol no mercado.

                            Vitória, terça-feira, 17 de setembro de 2002.

Nova Sócioeconomia

 

                            Em seu livro, As Profissões do Futuro, São Paulo, Publifolha, 2000, Gilson Schwartz diz à página 42: ” A filosofia, a sociologia e a antropologia são cada vez mais requisitadas na análise e no desenho de sistemas tecnológicos complexos, em processos de fusão e aquisição de empresas ou na formulação de estratégias de mercado”, e logo mais abaixo: “Em processo de fusão ou de aquisição de empresas, em geral ocorrem verdadeiros choques culturais. Para administrar o choque e permitir a transição a uma nova cultura organizacional comum, são contratados especialistas em antropologia”.

                            Bem, não deveria ser só isso.

                            Todos os conhecimentos deveriam (e deverão, nas nossas empresas) estar presentes: especialistas e generalistas em Magia/Arte, especialistas e generalistas em Teologia/Religião, especialistas e generalistas em Filosofia/Ideologia, especialistas e generalistas em Ciência/Técnica e especialistas e generalistas em Matemática. Das ciências, a Psicologia é obviamente muito importante: E/G (especialistas/generalistas) em psicanálise de figuras, E/G em psico-síntese de objetivos, E/G em economia/produção, E/G em sociologia/organização, para relocação em espaçotempos ou geo-histórias. Enfim, DESENHISTAS DE ALMAS, almas novas, novas concepções, novos sentimentos. Como as figuras em cenários novos se vestirão? Que apelos farão às tecnartes? Como falarão (Qual é a Nova Língua Empresarial) umas com as outras? Como partilharão espaçotempo?

                            Não indica alto valor de contemporaneidade que isso tenha sido visto e sim o atraso constante, permanente, de todas as pessoas (indivíduos, famílias, grupos, empresas) e ambientes (municípios/cidades, estados, nações, mundo) quanto à amplitude das transições.

                            Pois se uma Nova Economia está sendo traçada, desenhada, ENTÃO se segue que tudo será renovado: nova psicanálise (com novas figuras), nova psico-síntese (com novos objetivos), nova economia (como nova produção), nova sociologia (com nova organização) e nova geo-história, com deslocamento espaçotemporal. Como se fará essa transição, essa passagem de nível? Pode ser no sacolejo, pode ser na marra, pode ser na porrada – ou pode ser macia, mole, flexível, afável, branda, polida, aveludada, sossegadamente.

                            Que tão tardia é essa chamada às disciplinas! Que ignorantes foram os governempresas que não viram isso antes! É um descalabro, uma notícia bem ruim, e não prova de avanço. Mas, como dizem, antes tarde do que nunca.

                            Pelo menos estão vendo as almas sendo mudadas de cenário a cenário, de desenho governempresarial a desenho governempresarial, percebendo que empresas são matrizes de almas, de espíritos, de sentimentos e razões, de conceitos, de formestruturas. Antes até muito tarde do que muito nunca.

                            Felizmente o despertar não é apenas a visão das coisas, mas a operação ou o deslocamento delas. Ainda que tardio esse conhecimento (incompleto) é útil para amaciar as relações futuras. Benza Deus!

                            Vitória, quarta-feira, 11 de setembro de 2002.

Música e Dança

 

                            Num programa de TV dos canais Discovery mostraram pessoas dançando com música, sugerindo que esta pode ser convertida naquela. No texto Unidade de Conceitos para a Utilização de Superondas em Toda a Largura do Espectro, número 2 das posteridades, de 09.09.1998 (estou colocando a data para mostrar que não copiei ninguém), eu disse que todos os sentidos podem ser convertidos uns nos outros, ou seja, sons podem ser representados por cores, por sabores, por cheiros, por pressões, e vice-versa, livremente.

                            Mais que isso, lembre-se de que os antigos, principalmente no Oriente, dançam ritualmente, interpretando o espaçotempo ou geo-história ou psicologia deles. A música é pausada, exatamente como mostrado no documentário. É possível que, indo ao Oriente e filmando as danças de lá e convertendo para essa nova modalidade de estudos ocidentais, venhamos a ver que há milhares de anos eles já faziam isso intuitivamente, emocionalmente, sem raciocinar tecnocientificamente sobre o assunto.

                            É claro que não se trata de avanço racional, mas é definitivamente avanço sentimental sobre o Ocidente. É coisa que foi praticada da mesma forma, decaindo cada século um pouco mais, até perder totalmente a memória, tornando-se um ritual. A questão é se foi memória advinda de alguma razão e o quê a teria proporcionado?

                            Agora, no Ocidente se trata de descobrir as quatro notas básicas, as quatro cores básicas, os quatro ritmos básicos de dança e de movimento em geral, etc. Uma forma científica de ver as expressões artísticas estaria nascendo. Por outro lado, quando descobrirmos exatamente as unidades básicas de movimento e dança, veremos que muitos ritmos ocidentais atuais podem mostrar-se extremamente desgraciosos ou até ofensivos, em termos de representação.

                            Vitória, quarta-feira, 11 de setembro de 2002.

Livros e Seção Áurea

 

                            Durante muito tempo pensei em como publicar meus livros menos extensos, até que lembrei da seção áurea, um retângulo em que o lado maior, X, está para o lado menor, Y, assim como o lado menor está para a diferença (X-Y), ou seja: x/y = y/(x-y), resultando em x2- xy – y2 = 0, donde sai por Pitágoras x = [y + (√y2+4y2)]/2 = y (1+√5)/2 = 1,62y. Deve ser portátil, para ser carregado a toda parte e lido, se a pessoa quiser fazer isso. Um caderninho fica apertado, mas uma máquina de calcular entra perfeitamente. Medi, ela tem oito centímetros no lado menor, então o maior deve ficar com 12,96 cm, quase 13 cm.

                            Contei quatro artigos, deu uma média de 3,5 mil espaços. Se uma lauda tem 30 linhas por 72 toques, isso dá 2,1 mil espaços. Dividindo 3,5/2,1 dá cerca de 1,7 página, que podemos tomar por duas. Como fiz questão de escrever 50 artigos por livro (menos o primeiro e o segundo, que tem 47 e 53 respectivamente), um livrinho teria 100 páginas, 50 folhas, bem pequeno. Como um livro comum teria, grosso modo, quatro páginas desse pequeno de 8 x 13 cm, ficaríamos com 200 folhas, o que é bem confortável, isso já incluindo as capas, o começo e o fim, ou talvez 220 folhas.

                            Quanto ao índice, eu o colocaria no começo e no fim, ou seja, na segunda capa mais uma página, e na terceira menos uma página. E faria dois índices, um de títulos e outro de assuntos. Por exemplo, A Cura do Câncer seria o título, enquanto Câncer seria o assunto.    

Por outro lado, tanto faria o livro com leitura na vertical quanto na horizontal, no primeiro caso passando as folhas da direita para a esquerda e no segundo de baixo para cima, enquanto no Oriente seria ao contrário.

                            Na primeira capa estaria uma Estrela de Davi ou Selo de Salomão, para indicar o equilíbrio que a gente busca – tendo no centro o número do Livro. Na quarta capa ficaria um triângulo retângulo com meu nome familiar dentro.

                            No início, na introdução eu colocaria uma Precaução, indicando que não busco polêmica, nem muito menos substituir a consciência alheia, que pode estar mais correta, pela minha. Apenas se trata de tentativa de ajudar, se for útil.

No alto da página, logo abaixo do título, ficaria uma sinopse, um resumo muito breve mesmo, para introduzir o assunto. Se a pessoa se interessar, ela prossegue. Mesmo sendo só em geral duas páginas, o tempo hoje é muito curtinho.

                            O miolo seria em cores alternadas nas bordas, por exemplo, verde e azul, ou qualquer par, de modo que pessoa vá direto aos artigos, se assim desejar, as cores alternadas servindo para mostrar os saltos. Como usual, letras mostrariam os conjuntos alfabéticos de artigos. Se facilitar a publicação, no sentido de conseguir financiamento, as páginas centrais ficariam reservadas a propagandas.

                            As capas seriam duras, para dar maior durabilidade, feitas de papelão, com bordas arredondadas para não ferir os bolsos.

                            Vitória, terça-feira, 3 de setembro de 2002.