terça-feira, 27 de dezembro de 2016


A Morte dos Homens

                           

                            Há duas coisas surpreendentes na relação entre homens e mulheres: 1) em todo conjunto deles e delas, qualquer que seja o espaçotempo ou geo-história, em toda cidade/município, estado, nação e no mundo, o número de uns e de outras é aproximadamente igual, mesmíssima ordem de grandeza, 50/50 = 1,00tuvwxyz ou próximo disso, para algo que é tomado como aleatório; 2) os homens morrem sistematicamente cinco anos mais cedo. São duas coisas a estudar profundamente, fazendo as contas para todos os conjuntos dos quais possuamos dados fidedignos e cotejando todas as vidas e mortes, duas a duas. Não seria possível fazer isso antes, mas agora é.

                            Da segunda constatação desponta que, digamos a cada 60 anos, os homens doam às famílias e às mulheres, em termos de proteção e segurança, cinco anos, ou seja, 1/12 de suas vidas potenciais, o que está longe de ser pouco, em termos de devoção, para quem diga o contrário. Para quem passa por egoísta e irresponsável aí está um indicador poderoso. Isso quer dizer que só nesta geração de seis bilhões de seres humanos, três bilhões de homens, 3 x 5 = 15 bilhões de anos serão doados (o que é a idade do universo). O que faz um grupamento ser tão leal? É claro que isso foi uma das coisas que criou a humanidade enquanto grupamento que prospera, ainda que a duras penas.

                            Evidentemente as mulheres fizeram doação igual, senão maior, só de terem e criarem os filhos, que somos todos os devotados devedores. Mas esse mérito ninguém nega, ao passo que a tarefa dos homens é desconsiderada e aviltada.

                            Se isso não merece estudos, não sei o que mereceria.

                            Observe que tal se dá em toda parte, sistematicamente. Em todo o universo humano os homens morrem mais cedo, desde a pré-história. Ser homem é candidatar-se a morrer mais cedo. Qual é o significado disso? É que criar família, prender-se em lugar de se soltar para a caça e a diversão do não-compromisso deve ter um valor extraordinário mesmo para a Natureza.

                            Vitória, quarta-feira, 04 de setembro de 2002.

A Métrica da Seção Áurea

 

                            Como visto no artigo Livros e Seção Áurea, Livro 8, a equação leva a que x = 1,62y, e se y = 8, lado menor, x = 12,94, aproximadamente 13. Se y = 8 for equiparado a 3, x será 4,86. No caso da seção reta α = arco tangente de 3 / 4,86 = 31,69º, enquanto β = arcotangente de 4,86 / 3 = 58,31º, somando 90º, claro. Não são precisamente 30 e 60°, mas chegam perto.

                            SE FOSSEM ou se pudessem ser, a esfera que definissem teria como raio uma medida padrão do universo, aceita em qualquer lugar. Como me desviei da Matemática, não sei calcular, estando a fazer outras coisas. Essa medida não depende de nada, de nenhum bairrismo terrestre de definir o metro como 1/40.000.000 dum meridiano (o círculo máximo que passa pelos pólos); não dependeria do raio do planeta, nem de qualquer medida do sistema estelar.

                            Se você colocasse Z.A (digamos 2,97. A, esse 2,97 seria o padrão e A a altura do racional dominante). Mas conservar qualquer relação com o dominante ainda seria bairrismo. Portanto, é melhor adotar tantos pulsos do radônio ou do xenônio, ou o que fosse. Mas, para quê colocar o Z, em primeiro lugar? Por quê não apenas “r” pulsos do radônio? As pessoas entenderiam perfeitamente que é o nosso metro. Ou π = 3,141592..., que é absolutamente universal, ou e = 2,718..., valor da base dos logaritmos naturais como saudação? Nem PI nem e podem ser adotados porque são transcendentais e como tais se alongam indefinidamente, ao passo que Z é fração, obtenível até tantas casas decimais. Se for colocado Z vezes tantos comprimentos de onda do hidrogênio, digamos, qualquer um reconheceria como uma mensagem racional. Z é fácil de desenhar na esfera e o H é o primeiro átomo, presente em toda parte. Daí Z. (m) H (múltiplo de H x Z, para dar a medida) seria o nosso metro, e eles muito poderiam deduzir a partir disso.

                            Quando pudermos ligar os faróis baseados na proposta de velocidades superluminais, conforme está escrito em Dewar Eletromagnético e Teleporte, ambos artigos do Livro 7, então devemos indicar que estamos aqui e que despertamos para a racionalidade mais-que-planetária, além do planeta, no sentido do sistema estelar e do cosmos mesmo.

                            Como mandaremos tal mensagem?

                            Penso que pode ser escolhido isso.

                            Vitória, terça-feira, 3 de setembro de 2002.

Importância de Gutenberg

 

                            Johannes Gensfleisch, dito Gutenberg (alemão, entre 1394 e 1399 a 1468, 69 a 74 anos entre datas) foi o reinventor ocidental dos tipos móveis em 1440, muito depois dos chineses. Por volta de 1448 imprimiu a Bíblia de 42 Linhas.

                            Estando Jesus na base de todo desenvolvimento ocidental, sendo ele o motivo real de toda abertura ou liberdade do Ocidente, portanto, a sustentação da socioeconomia vitoriosa do Oeste, que verdadeiramente “levou a palma”, elevando-se acima de todas as outras em glória imorredoura, reconhecendo-se que Jesus foi inegavelmente de longe o primeiro, muito depois eu colocarei Gutenberg como o segundo, e o mais importante ser humano no que tange a proporcionar os instrumentos para a libertação de toda a humanidade.

                            Porque, como eu já disse, infelizmente não houve na China a necessidade funda de libertar a espécie humana da escravidão da ignorância, de difundir as letras e a cultura, de expandir PARA TODOS o Conhecimento geral. De ir além do prêmio exclusivista das elites, ir até o ponto em que o povo e as massas são amplamente libertados. De acabar com a servidão a China não foi capaz. Embora muito precoces, creio que da dinastia Chin, depois de 300 d.C., as elites chinesas não viram utilidade em o povo ter conhecimento que fosse além daquele que sustenta o cativeiro. Mesmo se o budismo prega a tolerância, o amor ao próximo, a benevolência, e mesmo tendo muito tempo adiante, a China não soube dar o largo passo.

                            Pelo contrário, com sua reinvenção num espaçotempo muito mais propício à divulgação dos saberes - o que acabou por levar à predominância da Filosofia/Ideologia e da Ciência/Técnica (e com elas da Teologia/Religião e da Magia/Arte) ocidentais, via Renascimento, Iluminismo, as revoluções industriais e o resto -, Gutenberg colocou o Ocidente acima de todas as regiões do mundo.

                            Cristo, primeiro, com sua compaixão adorável, sua sensibilidade ao próximo, e depois Gutenberg, o funil ao contrário de onde partiu a ampla divulgação dos valores ocidentais.

                            Não contando Jesus, que é Deus, Gutenberg vem logo em seguida. Não São Paulo, não São Pedro, que têm também ambos enorme importância, mas, senão o doador da Palavra, que foi Deus, digamos assim, pelo menos o veículo que a levou à imensidão das gentes. O criador secundário do Ocidente. E isso está longe de ter sido pouco.

                            Vitória, quinta-feira, 05 de setembro de 2002.

A Felicidade das Crianças

 

                            Escrevi alhures noutras palavras que o bebê é o mais apto de todos os que lutam pela sobrevivência, usando tanto os artifícios plenamente honestos quanto os completamente desonestos, entre eles a mentira, os subterfúgios, a competição acirrada por posse e domínio, etc.

                            Bom, agoraqui é preciso investigar uma outra faceta, a saber, responder a esta pergunta: quanto do que aplicamos na felicidade das crianças vemos como investimentos de alto arrastamento socioeconômico ou como investimento em nossa própria felicidade?

                            Os americanos e os europeus, e depois por cópia e iniciativa própria os japoneses cristianizados, foram os que responderam mais por e foram mais longe nesses investimentos. E ainda é muito pouco, pois não há, digamos, um Ministério da Infância. Há uma quantidade de departamentos dispersos promovendo uma série de alocações de recursos humanos e materiais, mas não algo de focado, inteiramente dirigido a esses cidadãos (de pleno direito).

                            Naturalmente quase toda tristeza vem de sermos adultos, ao passo que quase toda alegria vem de sermos crianças ainda os que já velhos continuam de alma leve e sorridente.A garantia de que o mundo não se perca em violências inauditas vem quase só do que aplicamos na abertura de nossas mentes recém nascidas, de quanto o funil da Criação se abre em aspirações de ser e estar, e de ter também, mas um ter não-centrado em possessividades.

                            Quanto riem as crianças?

                            Quanto festejam?

                            Por esses índices poderemos saber se uma civilização está se encaminhando para a ditadura ou para a liberdade, para a tirania ou a democracia participativa. Há alguma secretaria no governo do ES dedicada a olhar pelas crianças exclusivamente? Não há; daí deduzimos que viver no ES não é tão bom quanto poderia ser. Se as crianças são abandonadas tudo de melhor que a humanidade tem e pode ter está mergulhando na indignidade do tratamento subumano. É porisso que o futuro do Brasil que abandonou suas crianças nas décadas dos 1970, dos 1980 e dos 1990 só pode ser algo de muito difícil, senão trágico.

                            Onde no Brasil as tecnartes (da visão: dança, moda, pintura, desenho, fotografia, poesia, prosa, etc.; da audição: música, discurso, etc.; do paladar: comida, bebida, pasta, tempero, etc.; do olfato: perfumaria, etc.; do tato, sentido central: cinema, teatro, esculturação, paisagismo/jardinagem, decoração, tapeçaria, urbanismo, arquiengenharia, etc.) festejam as crianças? Muito pouco, não é? Pouco demais, o que me faz estremecer. Que tipo de maldade profunda nos fez abandonar nossas crianças?

                            O investimento mais proveitoso em liberação, em nacionalidade, não é militar de defesa das fronteiras, não é de produçãorganização governempresarial, não é em educação sequer, não é em hospitalização, não é nada disso, embora tudo seja necessário; o fundamental é a felicidade das crianças. Disso virá tudo mais, no futuro. E crianças significam muitas praças, muitas festas.

                            Ora, há o investimento interno (que é pessoal: dos indivíduos, das famílias, dos grupos e das empresas) e o investimento externo (que é dos ambientes: dos municípios/cidades, dos estados, das nações, do mundo) nas crianças. O II que fique a cargo das pessoas, e deve ser grande. O IE, a cargo dos governos (executivos, legislativos, judiciários), deixa muito a desejar. Onde estão as praças, onde gente treinada para vigiar e defender as crianças, onde as festas, onde as diversões nas férias, onde o brilho?

                            Não vejo nada disso.

                            Onde estará o bom futuro se não há lá crianças felizes, só adultos amargurados?

                            Vitória, quinta-feira, 05 de setembro de 2002

A Chave do Sucesso

 

                            Michio Kaku cita em seu livro Visões do Futuro (como a ciência revolucionará o século XXI), Rio de Janeiro, Rocco, 2001, p. 169, uma frase de Winston Churchill: “Sucesso nada mais é que ir de fracasso em fracasso com inquebrantável entusiasmo”, o que nos diz bem do caráter daquele estadista, de sua resistência interior à derrota provisória, e de sua visão de mundo.

                            Há aí muitas chaves do sucesso:

a)       Aprender a conviver com o fracasso sem se deixar quebrantar;

b)       O ir em frente;

c)       O aprendizado do sucesso na sucessão de fracassos, quer dizer, a alteração de si e do mundo;

d)       A persistência ilimitada;

e)       A confiança em si;

f)        O entusiasmo para com tudo;

g)       A eleição de uma meta indeclinável, etc.

Contudo, se estas são verdadeiras, há outras. Podemos dividir as condições de sucesso em formais e estruturais, ou de imagem e de conteúdo.

As de imagem, como eu já disse de outra forma, são aquelas do que poderíamos chamar de GEOMETRIA DAS APLICAÇÕES, ou seja, as analogias monetárias, a repartição dos investimentos, não colocar os ovos todos no mesmo cesto, sujeito a queda e quebra, como está posto em Atuação Separada das Firmas, Livro 6, em Salvando a Riqueza, Livro 5, e outros.

As de conceito ou estrutura, por outro lado, constituiriam a idéia de ímpeto, como colocarei num texto, tendo tempo. Deve haver uma “energia” dentro da pessoa (indivíduo, família, grupo, empresa) que a leve a projetar-se nos ambientes (municípios/cidades, estados, nações e mundos, até, no caso, agoraqui apenas a Terra). Chamei a isso de ÍMPETO porque não há senão quatro energias e estão todas na Física/Química, nenhuma na Biologia/p.2, nem na Psicologia/p.3. Ímpeto é arrojo, afoiteza, ousadia, risco, impulso, ardor, garra, arrebatamento, entusiasmo, calor, dinamismo, vitalidade, agitação de espírito.

Cuidado na preservação da riqueza é importante, ou de que valeu tanto esforço? Mas, primariamente, se não houver o poder ou energia transformadora do que seria somente recurso, como em primeiro lugar a riqueza surgirá para ser guardada? Claro, qualquer necessidade de guardar vem de que há algo para ser guardado. Conseqüentemente, há que produzir a riqueza, o que remete àquele ímpeto, como disse Churchill. Ímpeto ou impulso indestrutível, continuado, arrostando ou enfrentando todas as dificuldades - e serão sempre muitas e renovadas, devido à natureza inercial e à inveja dos circunstantes, o que também é esperável. As pessoas sentem inveja do que é dos outros e enquanto houver essa detestável distância entre os seres humanos, a inveja sempre estará presente.

Como vimos, temos dois grupos de chaves, um estático e outro dinâmico a compor a mecânica do sucesso, o primeiro grupo sendo o mais importante, fundamental mesmo, o das qualidades humanas que se transformação em quantidades materiais guardáveis, a verdadeira riqueza sendo a têmpera da alma. Caráteres lassos, moles, frouxos, só farão perder as riquezas acumuladas.

Vitória, quinta-feira, 05 de setembro de 2002.

Vida nos Cometas

 

                            Com a hipótese da Panspermia (vida em toda parte), “hipótese proposta em 1906 pelo físico e químico Svante Arrhenius (1859-1927), segundo a qual a vida deve existir no espaço em forma de esporos, sendo transplantada de um corpo celeste a outro por meio da radiação de pressão”, p. 602 do livro de Ronaldo Rogério de Freitas Mourão, Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica, Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1987, temos a idéia de que a Vida surgiu fora da Terra.

                            Bom, vamos raciocinar.

                            A Bandeira Elementar (ar, água, terra/solo e fogo/energia) tem em seu centro a Vida, e no centro do centro a Vida-racional. Onde há mais de cada um? Não adianta ter muito de um e nada de outro, como a Lua ou Marte; para ser vivo, planeta, um mundo deve ter proporções elevadas de cada um. Júpiter é imenso, mas tem grandes quantidades de hidrogênio e nenhuma superfície que se possa tomar como tal. E assim por diante. Por outro lado, todo satélite que tenha ar e água e alguma superfície com metais e minerais em geral, recebendo energia do Sol ou das tempestades eletromagnéticas planetárias, poderá desenvolver algum gênero de vida.

                            Por quê devemos imaginar que no frio inacreditável do espaço distante do Sol, com temperaturas que estão apenas algumas dezenas de graus acima do zero absoluto, vai surgir vida? Com qual energia? Não seria mais simples supor que ela vá aparecer nos satélites jupiterianos, em Marte, na Terra, na Lua, em Vênus e em Mercúrio? Para quê essas idéias estranhas, procurando no espaço profundo o que pode estar aqui no nosso quintal?

                            É mais fácil pensar que a vida surja sempre nos planetas e vá para o espaço através da ejeção de material por meteoritos e cometas incidentes, do que pensar que nas condições adversas do espaço vazio os tijolos vão se combinar para produzir a casa ao acaso, sem qualquer mecanismo de travamento de retorno, como que uma válvula koestleriana, que ele chamou hólon.

                            E mais difícil ainda é o cometa, porque pelo menos o espaço existe em volta da Terra e até bem próximo do Sol, com muito calor, neste caso, ao passo que os cometas estão na Nuvem de Oort, a 0,5 ano-luz, metade de 365,25 x 24 x 3.600 x 300.000 km; cometas que só vem ao Sol, quando vem, de éon em éon.

                            Nós devemos pensar na Vida como uma árvore de probabilidades, que dizer, de encruzilhadas, percorrendo as pirâmides do modelo. Quanto mais energia mais chance haverá de os tijolos se chocarem para combinarem dois a dois e permanecerem unidos. Mas a energia não deve ser tão intensa que formado o par ele seja imediatamente desfeito, ou de outro modo damos um passo adiante e outro atrás. Depois de formados os pares, devemos ter quádruplas, mas com aquela válvula K, de tal modo que os níveis superiores não sejam rebentados logo a seguir, crescendo a composição em complexidade. E assim por diante, subindo a Escada geral, até os níveis superiores de organização.

                            Como é que as JUNÇÕES COMPLEXANTES (chamemos assim) se darão, na ausência de energia? A probabilidade de não aparecer a Vida seria tão alta que nem a existência de um bilhão de universos seria suficiente.

                            Portanto, de um lado temos a Bandeira Elementar em estrita combinação, na FAIXA DE MINIMAX PROBABILIDADE, em relativa proteção, excluído o bombardeio original que no princípio ajudou. Por aí podemos ver que é um encadeamento tremendo. Como é que ele poderia se dar no vazio ou nos cometas? É possível surgir algo de relevante numa ilha minúscula, mas a chance maior estará nos grandes continentes. O ser humano poderia perfeitamente ter surgido numa ilha qualquer, mas apareceu na África, que é enorme.

                            SE a vida tivesse emergido num minúsculo pedregulho espacial necessitaria não de um bilhão (a Terra aglomerou-se há 4,6 bilhões de anos e a primeira vida encontrada data de apenas 0,8 bilhão de anos depois, há 3,8 bilhões de anos) de anos, mas de dezenas de bilhões. Porque surgiria, mergulharia no torpor da falta de energia, viria ao Sol, esquentaria, desenvolveria mais um pouco, cairia no sono novamente, etc.

                            Pode ser provável, mas não é razoável.

                            O que parece mais certo é que ela tenha surgido nos planetas mesmo, onde ela se encontra agora.

                            Vitória, terça-feira, 20 de agosto de 2002.

Válvula K

 

                            Arthur Koestler (escritor judeu húngaro naturalizado inglês, 1905 a 1983, 78 anos entre datas - ele se suicidou) falou dos hólons (do grego: holo, todo, e on, parte – todo-parte, ou partodo, como redenominei, ou circulinha, ou campartícula, um par polar oposto/complementar), como já coloquei várias vezes.

                            No modelo a micropirâmide (campartícula fundamental, subcampartículas, átomos, moléculas, replicadores, células, órgãos e corpomente), a mesopirâmide (indivíduo, família, grupo, empresa, município/cidade, estado, nação e mundo) e a macropirâmide (planeta, estrela, constelação, galáxia, aglomerado, superaglomerado, universo e pluriverso) constituem três grupos ou pontescadas através das quais o pluriverso vai se autoconstruindo, enquanto programáquina fechado.

                            Pois bem, ao passar do nível de replicador para célula temos um hólon – os replicadores (existe mais que um, em geral reconhecendo-se o ADRN) são as partes, enquanto a célula é o todo; mas se tomarmos o par célula-órgão, as células são as partes e o órgão é o todo. Pois bem, o que constitui isso que denominei VÁLVULA K (de Koestler, naturalmente), VK? Pois algo deve impedir a degeneração, o retorno, o refluxo, a queda num nível inferior de complexidade. Digamos, na casa o que impede a queda dos tijolos unidos para o nível de tijolos separados é a massa (cimento, barro, areia, água) interposta, a cola que há entre eles, mais certas amarrações em baixo, dos lados e em cima, depois a argamassa, a tinta, tudo isso.

                            O que é equivalente em cada par dos sucessivos hólons, em todas as micropirâmides? O que cimenta ligações? O que cimenta a família com os indivíduos dentro dela? Como tenho visto cada nível como fitas de heranças, o que liga a FH da família com a FH dos indivíduos dentro dela? Evidentemente, como tudo é informação-e-controle (ou comunicação), info-controle, IC, então as fitas são FHIC, fitas de herança de infocontrole. Mas que fragmento tem dominância sobre a FH? Evidentemente, também, o ADRN é uma FH.

                            Só que cada FH deve ter sua cola, seu cimento, seu conectivo, sua capacidade de aderência para baixo e para cima, sua válvula K.

                            Enfim, qual é a VK (FTICijkt), ou seja, a válvula K da fita de herança de IC nas coordenadas espaçotemporais? Você está percebendo que esta é a pergunta mais funda que pode ser feita, numa fórmula muito curta estabelecendo todos os parâmetros ou a necessidade deles. Ou seja, como os universos são desenhados? Como são estabelecidos os conjuntos e suas colas? Claramente tudo é a mesma coisa, isto é, tudo é superdesenho do campartícula fundamental, o que denominei campartícula gravinercial espaçotemporal, o mesmo bloquinho servindo para inumeráveis composições.

                            É ou não é formidável?

                            Não é atoa que Natureza/Deus, Ela/Ele, ELI é denominado (a) Grande Arquiteto.

                            Vitória, terça-feira, 20 de agosto de 2002.