Hiperconexão
pela Fala
No MCES,
Modelo da Caverna para a Expansão dos Sapiens, vimos que 80 a 90 % de todos
ficavam nas cavernas com as mulheres e 20 a 10 % iam no grupo de caça dos
homens, relação de 4/1 a 9/1. Fosse dentro com elas ou fora com eles - neste
caso bem menos, proporção acima entre falar/calar (não faz sentido ficar tagarelando
na caça ou na pesca, ou vira presa ou perde o peixe) -, todos falavam. A fala é
o elemento central da civilização. Nas cavernas, nas pós-cavernas, nas pré-cidades,
nas cidades, nas casas os seres humanos por proteção ou por proximidade longamente
treinada (desde quando os primatas entraram nas cavernas e lá tiveram seus
grupamentos moleculares-genéticos modificados para a dependência do instrumento
central civilizatório-cultural), a fala (sonora ou escrita) dominava.
DEPENDEMOS PESADAMENTE DISSO, o ser humano
foi capturado pelo coletivo-gregário através do falar contínuo, seja
conversando, seja escrevendo-lendo.
Nisso, e da conclusão 9/1 ou 4/1, decorre
algo:
1) Para as mulheres
quase não deve haver distância ou retardo entre o pensar e o falar, PORQUE
DEVIAM FALAR MUITO para estabelecer plano de convivência (o que quer dizer que
a diplomacia delas tem muitos mais reverências e perigo de ir retardando o
confronto que a nossa) entre elas (menininhas, mulheres, mães, mães-mortas ou
avós), com os menininhos, com os anões, com os deficientes, com os guerreiros
em processo de recuperação, com os velhos, etc. Isso quer dizer, PRONTIDÃO DO
FALAR, não há contraponto para elas, pensar-falar é a mesma coisa, há um
plano-esfera repleto de novos dizeres prontos para sair, inclusive podendo
manter várias conversas ao mesmo tempo, essa é a lógica-dialética, dialógica;
2) Para os homens, ao
contrário, o pensar se separa do falar, é linear-pontual, cada palavra será
analisada antes de ser respondida, porque o silêncio-de-pensamento se impõe, o
que chamei de cérebro-predador projetivo (os 150 g a mais nos cérebros
masculinos) DEVE PENSAR antes de dizer, deve investigar o que dizer, o que é
problema gravíssimo para os meninos que até os 13 anos falavam pelos cotovelos
com as mulheres nas cavernas e no rito de passagem criança-adulto garotinho-guerreiro
devem PERDER A LÍNGUA, uma diminuição a mais, adquirindo a quietação tão
necessária à masculinidade (nada é pior que sujeito falador).
MULHERES.
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HOMENS.
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Pensar-falar é a mesma coisa, elas podem
manter várias conversas ao mesmo tempo (significando várias memórias-de-fala,
sem falar nas outras que identifiquei).
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Pensar e falar são distintos, há um tempo
entre eles, uma demora notável, mensurável, denotando que os homens se
sentirão incomodados se obrigados a falar atropeladamente.
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Testes podem e devem ser feitos.
E TODOS os seres humanos são altamente
dependentes da fala (se não pudermos falar vamos enlouquecer; pelo menos, falar
conosco mesmos é fundamental).
Vitória, terça-feira, 02 de agosto de 2016.
GAVA.
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