sábado, 28 de outubro de 2017


As Três Lentes Gigantes da Austrália

 

                            No quadro do NASA World Wind anexo a Austrália foi colocada de cabeça para baixo: nele uma superbacia está no centro (Grande Bacia Australiana), uma à direita (Austrália do Oeste) e uma acima na Grande Baía Australiana.

                            NA POSIÇÃO CORRETA NORTE-SUL ESTA REGIÃO


                            A Austrália é tão especial porque toda ela foi retirada do fundo do oceano arcano, puxada pelos meteoritos; talvez exista mais um, ou mais dois deles, talvez não, é questão de procurar detidamente – pois eles sempre caem em grupo ou freqüentemente o fazem. Assim, temos garantia de que havia petróleo em baixo, por ela estar então no fundo do mar; ao caírem os meteoritos a pressão, a tempestade de fogo, o carbono dos óleos, tudo isso contribuiu para formar pelo menos três lentes diamantíferas gigantes, que podem ter partido ou não; se não, restaram intactas no fundo, abaixo da vitrificação das pedras, do derretimento e esfriamento posterior das rochas que formaram o que chamei de Grande Bacia de Vidro, onde está a Grande Bacia Australiana.

A POSIÇÃO DA AUSTRÁLIA

1.       em cima desertos (porque por baixo é vitrificado – os geólogos vão dizer se há condições das nascentes aparecerem;

2.       os vários meteoritos (são pelo menos três), com grandes massas trazidas por eles;

3.      intermediariamente as rochas vitrificadas;

4.      embaixo as lentes diamantíferas;

5.      mais para dentro ainda, resíduos não queimados de petróleo e gás;

6.      por baixo de tudo o manto quente.

E há a vantagem de uma lente estar no mar, não é preciso escavar, é possível descer diretamente até ela. O que pode existir melhor que isso? Pouca gente, muita organização e riqueza, cooperação dos países de língua inglesa, a Riqueza Comum (Commonwealth) apoiando irrestritamente.

Pelas condições de evolução esse país é único na face da Terra em muitos sentidos (população pequena, ligações sócio-políticas e econômicas, povo industrioso, momento da geo-história terrestre com dominância americana, isolamento territorial e vários outros índices). O que vão fazer com todos esses favores eu não sei.

Vitória, agosto de 2005.

As Placas Levam o Petróleo até o Hiperarco

 

                            Vou chamar de hiper-arco o grande arco de 2,0 a 2,4 mil km por 15 mil km que vai do oeste da África até o leste da Ásia, englobando o Saara na esquerda até os desertos asiáticos na direita.

ESSA FAIXA DAÍ


A importância disso, é claro, é que o petróleo está em grande parte aí. A razão de estar é menos evidente: as placas são como folhas de papel girando sobre uma esfera; são finas e quase imperceptíveis – elas se sobrepõem às formações prévias dos grandes buracos, os panelões que vão fundo no manto e formam e re-formam sempre as mesmas cadeias conforme passam por cima. Como estiveram no fundo do mar, onde é formado o petróleo, elas carregam o óleo formado para cima das mesmas cadeias de montanhas, neste caso do hiperarco.

O petróleo de formou algures ou alhures nos oceanos de 200 milhões de anos atrás e como as placas vão se movendo elas levam os fundos dos mares para os altos das megamontanhas desenhadas no manto pelos meteoritos, mas só os supergigantes, que são fixos (no caso dos panelões pequenos as placas levam os buracos consigo). Assim, o petróleo que está nessa faixa foi levado do fundo dos oceanos, do sul para o norte.
Vitória, agosto de 2005.

A Sabedoria de Pol Pot no Final das Contas

 

                            Pol Pot foi um canalha consumado.

                            Num texto aí para trás intuí que se no Oriente o budismo diz que reencarnamos, se for verdade que se devem pagar os crimes, então Pol Pot tendo ordenado a morte de em média uns três milhões deve reencarnar três milhões de vezes. Assim, ao fim de tantas reencarnações talvez ele se torne um sábio. Ou não. Ao final, depois de pagar todas as contas, talvez sim.

                            Mas isso rende um bom argumento para filme, dado que o roteiro poderia ir passando de vida em vida assassinada, com todas as dificuldades de cada uma, uma pilha para trás e para frente de, digamos, um gângster.

O GLAMOUR DOS GANGSTERES (na Rede Cognata glamour = CRIMINOSO = CARIDOSO – claro, é com o dinheiro dos outros, é fácil dar o que não é seu; o cinema americano vive de louvar os mafiosos, tornando-os atrativos para os jovens, justificando suas vidas com a aderência do espectador ao “menos pior” e assim por diante; na realidade tudo isso de nossas almas tortas é pura porcaria)


O cinema deve parar de proceder assim. Deve cessar isso de justificar com base em infâncias ruins (muitos tiveram infâncias ruins, mas nem porisso deixaram de vencer seus medos, inclusive o medo de amar).

Vitória, agosto de 2005.

 

                            NOTÍCIAS DO FRONT (a grande luta é contra gente como ele)

Pol Pot (1928-1998), militar e político cambojano, responsável pela devastação do Camboja e líder dos khmers vermelhos. Depôs Lon Nol em 1975. Evacuou as cidades, obrigando praticamente toda a população do país a trabalhar no campo. Microsoft ® Encarta ® Encyclopedia 2002. © 1993-2001 Microsoft Corporation. Todos os direitos reservados.
CAMBOJA
O exterminador
Pol Pot, o sanguinário líder do Khmer Vermelho, morreu. Ou não
A informação foi divulgada na quinta-feira 6: Pol Pot, o sanguinário líder do Khmer Vermelho que dirigiu o Camboja entre 1975 e 1979 e foi responsável por um dos maiores genocídios da história, teria morrido de malária.

A Redivisão do Bolo

 

                            Na década dos 1970 vários “jornais de oposição” (inclusive o chamado “hebdomadário” – que significa justamente “semanal” - O Pasquim) como Opinião, Movimento, Zero Hora e até um local do Espírito Santo falavam mal dos militares, da dívida externa e do processo de acumulação da burguesia, que queria fazer crescer o bolo de Delfin Netto para depois repartir, ao passo que os jornais apelavam para a redivisão logo. Segundo os suíços os militares brasileiros roubaram à nação US$ 20 bilhões nos 21 anos que ficaram (a base é de um bilhão de dólares por ano de presidência; depois com os civis não melhorou, só fez piorar). Como já relatei, em 1984 escreveram nos muros de Linhares, ES: “vamos trocar 20 anos de ditadura por 10 anos de merda pura”. Só erraram no anúncio dos 10 anos, porque até agora, contando de 1985 (fim da ditadura) até 2005 foram outros 20 anos de merda pura.

                            Bem, vieram os civis e tudo ficou pior, mais debochado, é um “pega para capar” sem tamanho, sem qualquer freio, sem o mínimo de decência. Pelo menos os militares (que sempre detestei) tinham alguns projetos grandiosos que animavam o povo, ao passo que os civis nem isso têm, só querem mesmo é roubar, como os escândalos sucessivos de Sarney, Collor, FHC e Lula vem demonstrando sobejamente.

                            Então, fomos enganados por aqueles jornais.

                            Esperei todos esses anos para poder dizer isso.

                            Eles redividiram o bolo sim, mas somente entre eles, apenas entre eles. De qualquer forma nunca disseram que o povo iria participar. Nós é que imaginamos.

Vitória, agosto de 2005.

                                         

                            JORNAL OPINIÃO

 
OPINIÃO 1972-1973. OS LIMITES REGRADOS DA OPOSIÇÃO
Eduard Marquardt (*)
UM NOVO SEMANÁRIO NACIONAL
Um jornal que não defende interesses pessoais, não pertence a nenhum partido, não é porta-voz de qualquer ideologia e se recusa a aceitar um volume de publicidade que ultrapasse a 20 por cento de sua receita. Esses são os princípios básicos de OPINIÃO, semanário que começa a circular no próximo dia 6 de novembro, segunda-feira.

A Realidade a Caminho do Fácilturo

 

                            A Veja edição 1.920 ano 38 nº. 35, 31 de agosto de 2005, traz nas páginas 68 e ss. matéria com o título China, O Vôo do Dragão, da Miséria à Riqueza, onde o autor Tales Alvarenga faz previsões.

                            O quadro da página 70 coloca em diagramas de bolas os percentuais estimados ou projetados, que rearranjarei.

                            UM NOVO COMEÇO DE ERA (diz a música)            

                            A) 2004 = 100

PAÍS OU CONJUNTO
PERCENTUAL NO ANO
EUA
28
União Européia
34
Japão
12
China
4
Índia
2
outros
20

                            B) 2025 (+ 21 anos)

EUA
27
96
Europa
25
74
Japão
7
58
China
15
375
Índia
5
250
outros
21
105

                            C) 2050 (+ 46 anos)

EUA
26
93
Europa
15
44
Japão
4
33
China
28
700
Índia
17
850
outros
10
50

Isso é mero exercício numérico.

Pela projeção dele ou de outros o Japão reduziria a 1/3, a Europa a menos da metade e os “outros” países todos juntos, quase 200, reduziriam à metade em 46 anos (quase duas gerações, 60 anos). Como já referi várias vezes, na década dos 1970 certo camarada projetou que o Japão se tornaria mais adiante o “número um”, ultrapassando os EUA; mesmo com a ajuda da superconversão do iene por Reagan/Regan na década dos 1980, lá por 1985, o Japão tendo sua economia multiplicada por quase três, ainda ficou bem atrás dos EUA, agora ¼. Se projeções assim valessem retornando de 2005 21 anos teríamos as previsões de 1984, antes da entrada da China do Caminho de Duas Vias, que mostravam para aquele país situações vexatórias mais adiante. Ou, pior ainda, 46 anos, 1959, pouco antes de Herman Kahn prever em 1967 as condições deploráveis para nossos países, inclusive o Brasil. Logo depois, em 1971, começou o “milagre brasileiro” que catapultou bastante nossa economia.

Há a pressão dialética a favor e contra.

A Mulher Troca de Pele

 

                            A Rede Cognata proporciona por vezes traduções extraordinárias; por exemplo, embrulho = SUPERFÍCIE = PELE = FOLHA = PODER = POLÍTICA = PARTÍCULA = ENERGIA (quer dizer que a partícula é matéria colapsada como uma pele, uma superfície, um embrulho, uma folha, não tem nada dentro; a política, por outro lado, não quer dizer mesmo nada, é uma falsificação cercando o vazio, uma diversão, um engano, um embuste – ela não se destina a nada, não tem substância).

                            De outra parte, a mulher troca de pele todos os dias, em alguns dias várias vezes no decorrer das horas. Ela faz propaganda de si, ela se embrulha em novas peles para atrair os machos. A fruta é sempre a mesma biologicamente, mas psicologicamente, não; psicologicamente muda a figura ou psicanálise, mudam os objetivos ou psico-sínteses, mudam as produções ou economias, mudam as organizações ou sociologias, mudam o espaçotempos ou geo-história, MUDAM AS PROMESSAS MENTAIS. É a mente que é a chave, ela precisa ser alimentada todos os dias. O Modelo da Caverna para a Expansão dos Sapiens (MCES) diz que a mulher é cíclica, ela não precisa de alimento visual, de imagens, de superfícies; é o homem que é extremamente dependente de mudanças, porque saía para caçar e estava sempre vendo coisas novas. Então, a mulher MUDA A NATUREZA PSICOLÓGICA, ela oferta outras superfícies, outras peles, outros embrulhos nos mesmos corpos.

                            Elas precisam nos aprisionar para o projeto de superacumulação delas, porisso a cada dia mudam, ficam aflitas por isso; sempre colocando pinturas e batons úmidos na boca imitando a boceta molhada, trocando de pele, renovando-se constantemente, porque o macho fabricado pela Natureza precisa revigorar constantemente a fonte de alimento mental.

                            Enfim, ela se embrulha DE NOVO todos os dias. Os homens não sentem essa ansiedade, pois para elas a renovação não é tão insistentemente importante, não é fundamental.

Vitória, agosto de 2005.

                           

                            A FLOR PROCURANDO ATRAIR A PRESA [atrair o fecundador para se                                transformar em fruto]


A Morte que nos Cerca e o que Dentro do Cerco Fazemos

 

                            DUAS JANELAS DA CASA

o lado acidental, inesperado, abrupto, casual, episódico, brusco.
o lado calculável, esperável, previsível, proposital, corrigível
Quatro ou cinco mil doenças genéticas, mais os acidentes de percurso.
Participação na construção dos cenários e dos eventos, com choques.
50 %
50 %
Acidentes, assassinatos e mais um zilhão de elementos contrários ou favoráveis.

Nascer é estar cercado de armadilhas e de ajudas.

No serviço, até onde não seria necessário, até onde se esperaria que todos estivessem caminhando juntos, muitas armadilhas são preparadas. Por tudo e por nada as arapucas são dispostas no caminho, a morte nos cerca e dentro do cercado devemos agir.

A CURVA DO SINO DAS DIFICULDADES (uns mais e outros menos todos são sufocados por problemas e dificuldades; uns têm problemas demais, outros quase nenhum, a maioria está na média).


É O QUE FAZEMOS quando estamos cercados pelos que se puseram como inimigos que é interessante observar. É isso que nos distingue (separa dos outros e nos coloca em evidência) e nos mostra as grandes construções e as construções frágeis.

Vitória, agosto de 2005.