terça-feira, 5 de setembro de 2017


Campotéis e Faculdade do Campo

 

                            Eis faculdade no Aurélio Século XXI (Do lat. facultate. S. f. 1. Capacidade, natural ou adquirida, de fazer alguma coisa. 2. Aptidão inata; disposição, tendência, talento, dom. 3.         Direito, privilégio, 4. Liberdade de agir; permissão, consentimento, licença. 5. Propriedade, virtude. 6. Qualquer setor do conhecimento humano. 7. O conjunto das disciplinas professadas em cada área do ensino de nível superior.  8. P. ext.  O corpo docente que as professa. 9. Escola superior (estabelecimento isolado ou unidade dum conjunto universitário). 10. Os alunos de uma dessas escolas). Tem, então, essas duas acepções que me interessam mais: a) 1. Capacidade, natural ou adquirida, de fazer alguma coisa. 2. Aptidão inata; disposição, tendência, talento, dom. b) 6. Qualquer setor do conhecimento humano. 7. O conjunto das disciplinas professadas em cada área do ensino de nível superior.  8.     P. ext. O corpo docente que as professa. 9. Escola superior (estabelecimento isolado ou unidade dum conjunto universitário).

                            Em resumo, a) capacidade de fazer alguma coisa, que o campo tem e sempre teve; b) a colocação de unidades de ensino superior no campo, na roça, mas não essas escolas agrícolas (que são grandes instituições) e sim uma interface de aproximação e renegociação entre campo e cidades.

                            E os “campotéis”, hotéis-do-campo, não seriam essas fazendas-hotéis que já existem faz algum tempo, seriam HOTÉIS DO CAMPO, hotéis mesmo, com todo gênero de conforto para pessoas de grande exigência e vida urbana antiga, com uma fazenda próxima totalmente funcional, isto é, que opere como tal e possa ser visitada todos os dias o dia todo sem interferir demais nas atividades; que lucre e ganhe com as atividades rurais.

                            Agora teríamos um sistema conjugado:

1.       faculdades da roça ligando o povo das cidades com o povo do campo, ensinando àqueles à investir em terras e em sua melhoria, em renovação, em reconstituição dos solos, em recuperação ampla e irrestrita da natureza um, em preparação de chácaras e sítios, em instalações de qualidade;

2.       hotéis da roça em grande estilo, onde fique hospedada a gente toda, especialmente os investidores (com tudo de pós-contemporâneo: computadores, antenas, DVD, salas de palestras, piscinas, bibliotecas e o que mais houver).

Assim remodelado esse sistema duplo seria levado ao mundo inteiro, todos os países principais, numa grande rede internacional.

Vitória, sábado, 19 de março de 2005.

Bocas Fechadas e Bocas Abertas

 

                            Pode parecer uma questão menor definir quem dorme de boca fechada e quem dorme de boca aberta, mas não é.

                            Os homens (machos e pseudofêmeas; isso permitirá investigação cruzada) viviam fora das cavernas por dias, semanas, meses; naqueles tempos existiam 100 vezes (é fundamental que os tecnocientistas definam PRECISAMENTE isso, porque essa precisão nos dirá como se comportavam as pessoas então e com o quê, principalmente, se importavam) tantos insetos quanto agora; evidentemente eles dormiam de boca fechada. As mulheres (fêmeas e pseudomachos) talvez durmam de boca aberta, por não se preocuparem tanto no ambiente fechado e fumarento das cavernas com tantos insetos. Para os homens não era questão de gosto ou oportunidade dormir de boca fechada, era condição de sobrevivência (daí o ditado: “em boca fechada não entra mosca”), porisso os genes foram, no nosso lado, fortemente implantados. Como estou descasado há bastante tempo (desde dezembro 1994) e sem conviver com as mulheres desde muito antes da observação, não posso prestar atenção.

                            Além do quê os dentes, sobre servirem para rasgar e mastigar fornecem forte barreira (os lábios HUMANOS, sendo macios, não vão impedir a entrada dos insetos; nos primatas os lábios devem ser necessariamente mais grossos e duros, resistentes a penetração) aos intrusos, de modo que os homens vão fechá-los com muita força, até rangerem (como os genes passam de uns a outros, esses terão passado a algumas mulheres, que devem ter o chamado “bruxismo”, no Aurélio Século XXI: De brux-, como em bruxomania, + -ismo. S. m. Med. 1. Ação de ranger os dentes durante o sono). O pavor dos insetos não pode ser visualizado hoje.

                            Estar diariamente prevenido contra o predador e atento à caça, e de noite contra os insetos, estar constantemente aflito predispõe o espírito contra o ambiente, ao passo que para as mulheres o viver em coletividade com certa segurança e sem maiores preocupações conduz a outro gênero de espírito, outra postura diante do mundo. Só os pesquisadores & desenvolvedores teóricos & práticos da tecnociência vão poder estabelecer com segurança, mas a lógica nos conduz. Uma lógica mais apurada e fina é necessária, porém mesmo uma abordagem inicial como esta já nos diz algo.

                            A simples observação de quem dorme com a boca trancada e de quem eventualmente a abre durante o sono já nos diz muito.

                            Vitória, terça-feira, 15 de março de 2005.

As Duas Línguas, Falada e Escrita

 

                            Já vimos desde o início do Modelo da Caverna para a Expansão dos Sapiens que as mulheres (fêmeas e pseudomachos) coletoras e os homens (machos e pseudofêmeas) caçadores tinham duas línguas distintas, a Língua das Mulheres e a Língua dos Homens, que depois chegamos à conclusão serem respectivamente de palavras, de sons da fala, e de sinais, depois transcritos como grafos em vários meios ou transportadores – mas essa transferência só se deu bem tardiamente, quando depois de terem as mulheres inventado a agropecuária inicial as cavernas esborraram, transformando-se em pós-cavernas, em pré-cidades e em cidades, a primeira das quais Jericó. Então, os sinais da escrita começaram a surgir quando surgiu Jericó há 11 mil anos, não antes disso; o que havia antes eram alguns sinais gravados em árvores e no chão.

                            Na Rede Cognata falada # ESCRITA, quer dizer, são anticognatos, opostos totais (mas complementares na oposição). As mulheres dominavam a fala, que os meninos aprendiam até os 13 anos, mas não as falas secretas; e depois prosseguiam esquecendo, quando se tornavam guerreiros, adotando então os sinais distintivos dos homens (que NUNCA eram comunicados às mulheres – de fato, isso se deu porque elas exerceram a mais duradoura das ditaduras durante cinco milhões de anos).

                            Hoje em dia não podemos pensar em língua-falada separada (= SEPARADA, na RC) de língua-escrita, porém o modelo está dizendo insistentemente que eram diferentes. A língua-falada das mulheres era abastada, muito rica em substantivos e adjetivos separadores, extraordinária na quantidade e na qualidade, enquanto a dos homens era muito pobre, parca, simplória, de algumas centenas de gestos, porque também não havia tanta coisa assim a designar na caçada, enquanto as mulheres deviam denominar milhares de objetos (árvores e seus frutos, cascas, raízes, tubérculos, folhas, canas e gramas, rios e córregos, inúmeras pessoas – 80 a 90 % da tribo -, os mortos e relações de parentesco, os filhos de cada uma, os estoques e a quem pertenciam, um milhão de coisas, literalmente).

                            Ora, essas duas línguas estão misturadas, mas terem estado separadas quer dizer que deixaram RASTRO DE SEPARAÇÃO que os tecnocientistas poderão perseguir, através de pesquisas identificando uma e outra nos primórdios.
                            Vitória, segunda-feira, 21 de março de 2005.

Argumento Geral para Todas as Métricas

 

                            Já vimos no texto Métrica Universal, Livro 109, que 8π deve estar na base de todas as métricas, porque leva até a área da esfera (V = 4πr3/3) por integração.

                            MÉTRICAS ESPAÇOTEMPORAIS

·       Métricas de massa;

·       Métricas do tempo;

·       Métricas do espaço:

1.       Para volumes;

2.       Para áreas;

3.      Para linhas (não faz sentido para pontos, pois todos são um e o mesmo).

MÉTRICAS PARA AS PIRÂMIDES: multiplicadores (múltiplos) e divisores (sub-múltiplos)

·       Micropirâmide:

1.       Campartícula fundamental (só múltiplos);

2.       Subcampartículas;

3.      Átomos;

4.      Moléculas;

5.      Replicadores;

6.      Células;

7.       Órgãos;

8.      Corpomentes;

·       Mesopirâmide:

PESSOAS

1.       Indivíduos;

2.       Famílias;

3.      Grupos;

4.      Empresas;

AMBIENTES

5.      Cidades/municípios;

6.      Estados;

7.       Nações;

8.      Mundos;

·       Macropirâmide:

1.       Planetas;

2.       Sistemas estelares;

3.      Constelações;

4.      Galáxias;

5.      Aglomerados;

6.      Superaglomerados;

7.       Universos;

8.      Pluriverso (só submúltiplos).

Por exemplo, se tivesse havido uma cultura antiga avançada o que nos legariam? Vimos no artigo deste Livro 111, 6 5 4 3 2 1, que há um sistema que nesses números escolheu (6 x 5 x 2 =) 60 e (4 x 3 x 1 =) 12 na Suméria como números preferenciais de lá.

Eles não escolheriam nada da micro nem da macropirâmide, porque não haveria referência a elas até muito tarde (mas talvez esperassem justamente esse efeito, contando com certos avanços; os tecnocientistas vã ode de rastrear fazendo nas máquinas todas as contas). Uma escolha natural seria mirar pessoas e ambientes, das pessoas os indivíduos, dos ambientes o mundo, indo de um extremo a outro, já que os elementos intermediários não seriam visíveis.

ESCOLHA PRESUMIDA

·       Indivíduo;

·       Mundo.

O volume e a área da Terra são de difícil medição, mas o comprimento do círculo máximo, não; daí a circunferência, C, que seria dividida por 8π, dando um determinado valor, C/8π, tornado unidade, construindo-se as demais, múltiplos e sub-múltiplos, nas bases (2, 4, 8, 10, 12, 60, o que fosse). Então, é apenas o caso de ver se na Terra existem, dentro da lógica, medidas como estas. A mais usada das bases, 10, está ligada à soma de dedos de nossas duas mãos, porisso teria preferência.

Como o raio da Terra é de 6.372 km, a circunferência C = 40.036 km; daí, C/8π = 40.036/8π = 1.593 m aproximadamente (que está perto do valor da milha).

A BÁSICA E SUB-MÚLTIPLOS (não pode sair das trilhas da lógica) – no sistema de base 10, decimal.

·       1.593 m

·       159,3 m

·       15,93 m

·       1,593 m

·       0,1593 m

·       0,01593 m (e assim por diante)

Ou qualquer coisa que desejassem transferir. Pois deveriam pegar algo que os povos daquela época de modo algum pudessem conhecer (o comprimento do círculo máximo da Terra e o número 8π, que por integração leva à esfera).

Devemos proceder assim: estabelecer a lógica e procurar no passado, porque de outro modo não vai (não é bom, não é certo ficar arranjando aqui e acolá). Por mais contas que façamos não devemos sair da lógica, porque estamos em busca de um sistema universal.

Vitória, segunda-feira, 21 de março de 2005.

A Poderosa Memória das Mulheres

 

                            Do Modelo da Caverna para a Expansão dos Sapiens despontou uma realidade muito maior do que a que vinha sendo displicentemente apresentada a nós durante todas essas décadas desde a descoberta das cavernas onde habitaram nossos antepassados, a partir de quando seus moradores espertíssimos passaram a ser chamados de “trogloditas” (no Aurélio Século XXI: Do gr. troglodytes, pelo lat. troglodyta. Adj. 2 g. 1. Que vive debaixo da terra ou em cavernas. g. 2.  Pessoa que vive sob a terra. 3. Membro de comunidade pré-histórica que habitava em cavernas; no Houaiss digital:   adjetivo e substantivo de dois gêneros relativo a ou indivíduo dos trogloditas, povos da África que habitavam em cavernas, em especial os habitantes da Troglodítica), com a conotação desprezível de atrasados, primitivos. Não eram, de modo nenhum, até porque não podiam ser, estavam no limiar do seu tempo, faziam o máximo de esforço, enfrentavam dificuldades espantosas com valentia e garbo.

                            Em especial, como já vimos repetidas vezes, os homens caçadores (machos e pseudofêmeas; num grupo pequeno havia pouquíssimas destas, se havia alguma, pois é estatístico – amas é interessantíssimo que a Natureza tivesse preparado essa válvula que não está superafirmada nas outras espécies) eram somente 10 a 20 %, enquanto as mulheres coletoras (fêmeas e pseudomachos) administravam o grupão de 80 a 90 % (logo para começar, 50 % de mulheres; 25 % de garotos; velhos, guerreiros em processo de cura, aleijados, anãos e anãs; cachorros de boca pequena, gatos e a criação inicial, fora a coleta e as plantações primitivas). Nas relações percentuais teríamos de (90/10 =) 9/1 a (80/20 =) 4/1, fora a posição de todas as árvores de frutas, de casca, de madeira, todos os locais de coleta de tubérculos, os rios e córregos das redondezas, as estações, as relações de dominância com a mãe dominante e seu grupinho, tudo que foi colhido e armazenado e assim por diante uma quantidade espantosa de dados a catalogar.

                            Assim sendo, a memória delas não é como a nossa, é muitíssimo mais poderosa, de um modo que não podemos saber. Logo para começar é mimética, imita a inteligência intuitiva dos homens, é o que chamei de inteligência-memória, a especialização que só existe em nossa espécie, porque as mulheres dominaram a humanidade pelo menos uns cinco milhões de anos durante a fase hominídea (de 10 milhões), durante a faixa dos NEMAY (neandertais de EMAY, Eva Mitocondrial + Adão Y) desde 200 mil anos passados e grande parte dos 80 a 70 mil anos dos cro-magnons, até que houve o assentamento nas cidades, a primeira das quais Jericó, de 11 mil anos atrás. Talvez elas tenham começado a perder o poder quando aceitaram (e foram obrigadas a aceitar em vista do crescimento que introduziram, tendo mais filhos e fazendo-os sobreviver mais) sair das cavernas para as pós-cavernas, as pré-cidades e as cidades. Então os homens tomaram o poder, que tem no máximo algumas dezenas de milhares de anos.

                            Assim, nós homens não sabemos mesmo o que é essa memória.

                            Ela não se assemelha a isso que é o nosso “recordar”, a memória masculina, que é lembramento pobre e canhestro das coisas, memória como “coisa que se apresenta em um dado momento”, é muito mais – é essencialmente planejamento e conspiração, é vir de trás, estar agoraqui superantenada e ir para frente, é compromisso, é muita coisa que os pesquisadores descobrirão.

                            Não tem nada a ver com essa coisinha fraca do nosso lado.

                            É instrumento de sobrevivência da espécie para 80 a 90%.

                            É com isso que estamos lidando sem saber.

                            Vitória, domingo, 20 de março de 2005.

A Língua que Nos Protege

 

                            A Rede Cognata parece ser uma tradução válida da chamada “língua simultânea de Deus”; muito ainda deverá ser feito para chegarmos a confiança perto de total nos dispositivos, mas alguma coisa já podemos ver.

·       Existir = MATAR: não há jeito de existir sem matar. Não admira mesmo nada que os monges orientais tentem evitar a todo custo pisar nos bichinhos, pois o objetivo não é não-matar, dado que isso é impossível, mas apenas o de matar-menos, porque menos estaremos sendo mortos também. Inclusive nadar = MATAR (já que o ficto e o zôoplancto estão sendo mortos);

·       Existe = MOSTRAR = APONTAR: “não aponte com o dedo” (que as mães insistem em dizer) = NÃO MOSTRE COM O DEDO = NÃO MATE COM O DEDO;

·       Oráculo = GUIA = GUARDADOR;

·       Não-evidente = não-geométrico = não-Cristo;

·       Superpoder de paisano (gíria brasileira) = ENERGIA DE PI (deveria existir uma “primeira energia”, PI), maior que todas as outras, a energia fundamental mesmo;

·       Madrugada = NOITE. Madrugada é o fim da noite, começo da manhã, mas é noite também – existiriam três noites, a primeira logo no começo, que não tem nome, a do meio (que é a noite propriamente dita) e a terceira, a do fim, a madrugada;

·       Pele = PROTETORA = SUPERFÍCIE = POLÍTICA = PADRE = PASTOR = PIRÂMIDE.

Desponta uma outra coisa.

Por exemplo, GERAL pode ser transformado em CAMPO com a agregação de uma letra do par contrário/complementar; assim, se torna o CAMPO uma aplicação do GERAL, uma particularização. Do mesmo modo o contrário de G = 0/T, T = O/G, tem sua transformação com agregação para TS ou TM; assim, TODO = EQUILÍBRIO (o equilíbrio ou todo é sem-tempo) seria particularizado como TOMO (no grego, “divisão”, que é cognato) = TEMPO; fica parecendo que o Pluriverso é aberto numa particularização.

Parece que há uma lógica subjacente nas composições.

E a Língua tenderia a nos proteger, se soubéssemos finalmente decifrá-la a contento.

Vitória, segunda-feira, 14 de março de 2005.

A Invenção da Limpeza e a Catinga dos Homens

 

                            Evidentemente (veja neste Livro 111 o artigo Mutações Sem Pêlo e os Homens Fora da Caverna) a invenção da pele sem pêlos pelas mulheres levou a condição de melhoria geral da aparência delas, como podemos notar até hoje (quando começaram inclusive a artificialmente raspar as axilas, as pernas e a região da vagina/ânus, o púbis, prosseguindo a mutação natural-biológica através da mutação artificial-psicológica).

                            Os homens (machos e pseudofêmeas; essa divisão poderá testar o modelo) caçadores indo largamente - em distância e área - ao mundo, podiam sempre espalhar as sujeiras sem que isso os contaminasse ou ameaçasse, ao passo que as mulheres (fêmeas e pseudomachos; idem) coletoras vivendo sempre no mesmo ponto-caverna tiveram de mudar seu comportamento primata durante a fase hominídea, convertendo-se à limpeza TOTAL, porque as cavernas eram sempre diminutas para o tanto de gente que nascia e começou a expansão sapiens (neandertal e cro-magnon). Ademais, elas passaram a limpar DIANTE DA CAVERNA, no terreiro defronte, como fazem até hoje na roça e mesmo nas cidades nas calçadas e ruas diante de casa. Passaram a arrumar até as árvores e os objetos, numa compulsão inacreditável que virou valor de sobrevivência. Tudo à volta da caverna elas limpavam. Dentro, então, era demais, como é até hoje; as mulheres sentem essa necessidade irrefreável de limpar (o que poderá ser testado para enquadramento na Curva do Sino).

                            Bom, enquanto isso os homens iam a áreas que multiplicavam o raio da andada por πr; assim, um quilômetro de andada logo se tornava 3,141592 km2 de área, muito lugar para defecar e urinar sem responsabilidade de limpar. Além disso, enquanto as mulheres perderam progressivamente o pêlo os homens não o fizeram, pois servia de proteção contra o sol inclemente, contra o frio, contra os insetos (as mulheres não perderam todos os pêlos), contra as espetadas dos espinhos, contra as madeiras das árvores, contra a água.

                            A combinação de pêlos com intempéries com insetos mortos com ácaros com suor e tanta coisa mais só podia resultar numa catinga inacreditável, que as mulheres obviamente mal conseguiam suportar; como tudo converge à esquerda e à direita para a média os homens foram pegando os genes das mulheres, principalmente depois do assentamento nas primeiras pós-cavernas, pré-cidades e cidades (a primeira das quais Jericó, de 11 mil anos atrás).

                            Ora, essa catinga que antes do assentamento não pôde nunca ser tratada a gosto e levou seguramente as mulheres a identificar inconscientemente fedor com masculinidade. Não estou pregando o retorno dos homens à fedentina, mas será verdade, cristalinamente, que as mulheres tenderam a preferir para acasalamento homens com alguns resquícios dos tempos pré-civilizados (peludos, catingudos, truculentos, etc.), embora isso as ferisse conscientemente, na medida em quem nos primórdios foram inventando a civilização.

                            O CONTRATE

·       Dentro das cavernas as mulheres (fêmeas e pseudomachos), os meninos xodozinhos delas, as meninas detestadas como competidoras e todos os dependentes sempre limpinhos e sem pêlos (os meninos até o limite de libertação, aos 13 anos);

·       fora, os homens (machos e pseudofêmeas) peludos, sujos, grosseiros, cagando e mijando em qualquer lugar, cuspindo de banda, batendo e apanhando, tudo que elas conscientemente detestavam e de que inconscientemente dependiam como símbolos da espécie (não é à toa que as menininhas candidatas a vasos de depósito vão tanto às academias – não é só para malhar e ficar em forma, é para ver os homens em seu estado pretérito de potência; casadas elas rarearão muito nas academias, menos as aventureiras e as que não estejam dos maridos recebendo os depósitos constantes).

Enfim, eram dois mundos antagônicos que precisavam viver juntos para produzir futuro e que tiravam dessa distância certo prazer.

Vitória, terça-feira, 15 de março de 2005.