terça-feira, 5 de setembro de 2017


Bocas Fechadas e Bocas Abertas

 

                            Pode parecer uma questão menor definir quem dorme de boca fechada e quem dorme de boca aberta, mas não é.

                            Os homens (machos e pseudofêmeas; isso permitirá investigação cruzada) viviam fora das cavernas por dias, semanas, meses; naqueles tempos existiam 100 vezes (é fundamental que os tecnocientistas definam PRECISAMENTE isso, porque essa precisão nos dirá como se comportavam as pessoas então e com o quê, principalmente, se importavam) tantos insetos quanto agora; evidentemente eles dormiam de boca fechada. As mulheres (fêmeas e pseudomachos) talvez durmam de boca aberta, por não se preocuparem tanto no ambiente fechado e fumarento das cavernas com tantos insetos. Para os homens não era questão de gosto ou oportunidade dormir de boca fechada, era condição de sobrevivência (daí o ditado: “em boca fechada não entra mosca”), porisso os genes foram, no nosso lado, fortemente implantados. Como estou descasado há bastante tempo (desde dezembro 1994) e sem conviver com as mulheres desde muito antes da observação, não posso prestar atenção.

                            Além do quê os dentes, sobre servirem para rasgar e mastigar fornecem forte barreira (os lábios HUMANOS, sendo macios, não vão impedir a entrada dos insetos; nos primatas os lábios devem ser necessariamente mais grossos e duros, resistentes a penetração) aos intrusos, de modo que os homens vão fechá-los com muita força, até rangerem (como os genes passam de uns a outros, esses terão passado a algumas mulheres, que devem ter o chamado “bruxismo”, no Aurélio Século XXI: De brux-, como em bruxomania, + -ismo. S. m. Med. 1. Ação de ranger os dentes durante o sono). O pavor dos insetos não pode ser visualizado hoje.

                            Estar diariamente prevenido contra o predador e atento à caça, e de noite contra os insetos, estar constantemente aflito predispõe o espírito contra o ambiente, ao passo que para as mulheres o viver em coletividade com certa segurança e sem maiores preocupações conduz a outro gênero de espírito, outra postura diante do mundo. Só os pesquisadores & desenvolvedores teóricos & práticos da tecnociência vão poder estabelecer com segurança, mas a lógica nos conduz. Uma lógica mais apurada e fina é necessária, porém mesmo uma abordagem inicial como esta já nos diz algo.

                            A simples observação de quem dorme com a boca trancada e de quem eventualmente a abre durante o sono já nos diz muito.

                            Vitória, terça-feira, 15 de março de 2005.

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