A Invenção da Limpeza
e a Catinga dos Homens
Evidentemente (veja
neste Livro 111 o artigo Mutações Sem
Pêlo e os Homens Fora da Caverna) a invenção da pele sem pêlos pelas
mulheres levou a condição de melhoria geral da aparência delas, como podemos
notar até hoje (quando começaram inclusive a artificialmente raspar as axilas,
as pernas e a região da vagina/ânus, o púbis, prosseguindo a mutação
natural-biológica através da mutação artificial-psicológica).
Os homens (machos e
pseudofêmeas; essa divisão poderá testar o modelo) caçadores indo largamente -
em distância e área - ao mundo, podiam sempre espalhar as sujeiras sem que isso
os contaminasse ou ameaçasse, ao passo que as mulheres (fêmeas e pseudomachos;
idem) coletoras vivendo sempre no mesmo ponto-caverna tiveram de mudar seu
comportamento primata durante a fase hominídea, convertendo-se à limpeza TOTAL,
porque as cavernas eram sempre diminutas para o tanto de gente que nascia e
começou a expansão sapiens (neandertal e cro-magnon). Ademais, elas passaram a
limpar DIANTE DA CAVERNA, no terreiro defronte, como fazem até hoje na roça e
mesmo nas cidades nas calçadas e ruas diante de casa. Passaram a arrumar até as
árvores e os objetos, numa compulsão inacreditável que virou valor de
sobrevivência. Tudo à volta da caverna elas limpavam. Dentro, então, era
demais, como é até hoje; as mulheres sentem essa necessidade irrefreável de
limpar (o que poderá ser testado para enquadramento na Curva do Sino).
Bom, enquanto isso
os homens iam a áreas que multiplicavam o raio da andada por πr; assim, um quilômetro de andada logo
se tornava 3,141592 km2 de área, muito lugar para defecar e urinar
sem responsabilidade de limpar. Além disso, enquanto as mulheres perderam
progressivamente o pêlo os homens não o fizeram, pois servia de proteção contra
o sol inclemente, contra o frio, contra os insetos (as mulheres não perderam
todos os pêlos), contra as espetadas dos espinhos, contra as madeiras das
árvores, contra a água.
A combinação de
pêlos com intempéries com insetos mortos com ácaros com suor e tanta coisa mais
só podia resultar numa catinga inacreditável, que as mulheres obviamente mal
conseguiam suportar; como tudo converge à esquerda e à direita para a média os
homens foram pegando os genes das mulheres, principalmente depois do
assentamento nas primeiras pós-cavernas, pré-cidades e cidades (a primeira das
quais Jericó, de 11 mil anos atrás).
Ora, essa catinga
que antes do assentamento não pôde nunca ser tratada a gosto e levou
seguramente as mulheres a identificar inconscientemente fedor com
masculinidade. Não estou pregando o retorno dos homens à fedentina, mas será
verdade, cristalinamente, que as mulheres tenderam a preferir para acasalamento
homens com alguns resquícios dos tempos pré-civilizados (peludos, catingudos,
truculentos, etc.), embora isso as ferisse conscientemente, na medida em quem
nos primórdios foram inventando a civilização.
O CONTRATE
·
Dentro
das cavernas as mulheres (fêmeas e pseudomachos), os meninos xodozinhos delas,
as meninas detestadas como competidoras e todos os dependentes sempre limpinhos
e sem pêlos (os meninos até o limite de libertação, aos 13 anos);
·
fora,
os homens (machos e pseudofêmeas) peludos, sujos, grosseiros, cagando e mijando
em qualquer lugar, cuspindo de banda, batendo e apanhando, tudo que elas
conscientemente detestavam e de que inconscientemente dependiam como símbolos
da espécie (não é à toa que as menininhas candidatas a vasos de depósito vão
tanto às academias – não é só para malhar e ficar em forma, é para ver os
homens em seu estado pretérito de potência; casadas elas rarearão muito nas
academias, menos as aventureiras e as que não estejam dos maridos recebendo os
depósitos constantes).
Enfim, eram dois mundos antagônicos
que precisavam viver juntos para produzir futuro e que tiravam dessa distância
certo prazer.
Vitória, terça-feira, 15 de março de
2005.
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