terça-feira, 5 de setembro de 2017


A Invenção da Limpeza e a Catinga dos Homens

 

                            Evidentemente (veja neste Livro 111 o artigo Mutações Sem Pêlo e os Homens Fora da Caverna) a invenção da pele sem pêlos pelas mulheres levou a condição de melhoria geral da aparência delas, como podemos notar até hoje (quando começaram inclusive a artificialmente raspar as axilas, as pernas e a região da vagina/ânus, o púbis, prosseguindo a mutação natural-biológica através da mutação artificial-psicológica).

                            Os homens (machos e pseudofêmeas; essa divisão poderá testar o modelo) caçadores indo largamente - em distância e área - ao mundo, podiam sempre espalhar as sujeiras sem que isso os contaminasse ou ameaçasse, ao passo que as mulheres (fêmeas e pseudomachos; idem) coletoras vivendo sempre no mesmo ponto-caverna tiveram de mudar seu comportamento primata durante a fase hominídea, convertendo-se à limpeza TOTAL, porque as cavernas eram sempre diminutas para o tanto de gente que nascia e começou a expansão sapiens (neandertal e cro-magnon). Ademais, elas passaram a limpar DIANTE DA CAVERNA, no terreiro defronte, como fazem até hoje na roça e mesmo nas cidades nas calçadas e ruas diante de casa. Passaram a arrumar até as árvores e os objetos, numa compulsão inacreditável que virou valor de sobrevivência. Tudo à volta da caverna elas limpavam. Dentro, então, era demais, como é até hoje; as mulheres sentem essa necessidade irrefreável de limpar (o que poderá ser testado para enquadramento na Curva do Sino).

                            Bom, enquanto isso os homens iam a áreas que multiplicavam o raio da andada por πr; assim, um quilômetro de andada logo se tornava 3,141592 km2 de área, muito lugar para defecar e urinar sem responsabilidade de limpar. Além disso, enquanto as mulheres perderam progressivamente o pêlo os homens não o fizeram, pois servia de proteção contra o sol inclemente, contra o frio, contra os insetos (as mulheres não perderam todos os pêlos), contra as espetadas dos espinhos, contra as madeiras das árvores, contra a água.

                            A combinação de pêlos com intempéries com insetos mortos com ácaros com suor e tanta coisa mais só podia resultar numa catinga inacreditável, que as mulheres obviamente mal conseguiam suportar; como tudo converge à esquerda e à direita para a média os homens foram pegando os genes das mulheres, principalmente depois do assentamento nas primeiras pós-cavernas, pré-cidades e cidades (a primeira das quais Jericó, de 11 mil anos atrás).

                            Ora, essa catinga que antes do assentamento não pôde nunca ser tratada a gosto e levou seguramente as mulheres a identificar inconscientemente fedor com masculinidade. Não estou pregando o retorno dos homens à fedentina, mas será verdade, cristalinamente, que as mulheres tenderam a preferir para acasalamento homens com alguns resquícios dos tempos pré-civilizados (peludos, catingudos, truculentos, etc.), embora isso as ferisse conscientemente, na medida em quem nos primórdios foram inventando a civilização.

                            O CONTRATE

·       Dentro das cavernas as mulheres (fêmeas e pseudomachos), os meninos xodozinhos delas, as meninas detestadas como competidoras e todos os dependentes sempre limpinhos e sem pêlos (os meninos até o limite de libertação, aos 13 anos);

·       fora, os homens (machos e pseudofêmeas) peludos, sujos, grosseiros, cagando e mijando em qualquer lugar, cuspindo de banda, batendo e apanhando, tudo que elas conscientemente detestavam e de que inconscientemente dependiam como símbolos da espécie (não é à toa que as menininhas candidatas a vasos de depósito vão tanto às academias – não é só para malhar e ficar em forma, é para ver os homens em seu estado pretérito de potência; casadas elas rarearão muito nas academias, menos as aventureiras e as que não estejam dos maridos recebendo os depósitos constantes).

Enfim, eram dois mundos antagônicos que precisavam viver juntos para produzir futuro e que tiravam dessa distância certo prazer.

Vitória, terça-feira, 15 de março de 2005.

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