domingo, 30 de julho de 2017


As Formas dos Lobatos

 

                            Se estamos certos há 10 Lobatos em terras emersas.

                            Naturalmente nenhum é igual a outro, mas qual é a forma de cada um? O LA, Lobato da Austrália, está na posição vertical, o LEU, Lobato da Eurásia na posição horizontal. Uns são mais largos e outros mais estreitos, uns mais compridos e outros mais curtos, uns são mais profundos e outros mais rasos, uns tiveram mais lagos e outros menos. Estão em várias fases de composição. Os arcos de montanhas podem ser também mais estreitos e mais largos, mais altos e mais baixos, há uma infinidade de variações.

                            Embora sejam somente dez, variam grandemente.

                            Há aí divertimento de décadas para os geólogos, até que as formas finais sejam determinadas definitivamente.

                            Naturalmente os conjuntos (PESSOAS: indivíduos, famílias, grupos e empresas; AMBIENTES: cidades/municípios, estados, nações e mundo) que se confrontam com eles quererão saber a FORMA EXATA. Não basta saber vagamente, como agora sabemos, que está lá; isso é pouco, as pessoambientes precisam dos detalhes, que os tecnocientistas em suas pesquisas saberão apontar. Só na América do Sul há 13 nações, não se sabe quantos estados e províncias ou quantas cidades/municípios interessados no LAS, Lobato da América do Sul. A toda essa gente não bastará dizer que é algo entre o arco de montanhas e o Planalto Brasileiro e o Planalto das Guianas; de modo algum, ela quererá saber com muito maior precisão NO QUE ESTÁ (literalmente) PISANDO.

                            E isso deve ser feito para cada milhão de anos desde o SG-273 (supergrande de 273 milhões de anos atrás) em 273 mapas universais, o que não é de modo algum pouco trabalho. Definir (273 x 10 =) 2.730 mapas não é fácil: a) longitude, b) latitude, c) altitude de cada ponto, d) onde cada conjunto se situa em relação ao Lobato. Eis aí uma tarefa que não desejo para mim, porque tomará tempo demais, ocupando milhares de pessoas no mundo inteiro - uma tarefa hercúlea que necessita de muito engenho e empenho humano, dedicados e interessados.

                            Porém, alguém precisa fazer.

                            Os governempresas deverão se coligar para essa tarefa espantosa, nunca antes tentada em tão alto grau de cooperação universal.

                            Vitória, sábado, 09 de outubro de 2004.

As Flechas de Vênus

 

                            No livro A Mais Bela História da Terra (As Origens de Nosso Planeta e os Destinos do Homem), Rio de Janeiro, Difel, 202 (sobre original francês de 2001), vários, na p. 116 um dos entrevistados diz: “ (...) a Terra é, aliás, o único planeta que modifica suas paisagens dessa maneira” (com a tectônica de placas – sequer fala das flechas, quer dizer, dos meteoritos e dos cometas).

                            Não pode ser assim.

                            Primeiro, os mecanismos são gerais, inespecíficos, não visam A ou B, tal ou qual planeta privilegiado; as estruturas são, nesse nível, físico-químicos, não especificando nenhum objeto celeste. Segundo, os planetas interiores ou terrestróides são todos do mesmo tipo, porisso mesmo são chamados de terrestróides, isto é, que possuem a forma da Terra. E não só a forma, o conteúdo também.

                            O que poderia ser diferente?

                            Bem, a termomecânica (e não termodinâmica) seria. Para começar, do Sol para fora Mercúrio, a Lua e Marte não possuem atmosfera e assim, consistentemente, todos estão presentemente esburacados, porque a erosão pela Bandeira (pelo ar, pela água, pela própria terra/solo em suas convulsões e choques, pelo fogo/energia, pela vida, pela vida racional) não se dá. No caso de Vênus, onde não existe vida nem muito menos vida-racional estas não erodem o planeta, mas na Terra sim, fortemente.

                            Assim, para os três planetas citados (a Lua é, com toda certeza, um planeta que orbita a Terra), os buracos das flechas ainda são visíveis, o que será muito útil, como já vimos. Para Vênus e Terra a erosão varreu quase tudo, especialmente em Vênus, onde é mais quente em média uns 430 graus Celsius, com enorme efeito estufa que obnubila ou escurece tudo. Onde não há atmosfera para conter o calor enviado pelo Sol este vaza rapidamente para o espaço e com ele vai o calor interior gerado pelo decaimento radiativo; na Terra e em Vênus o calor flui para fora muito mais lentamente. Na Terra a estase termomecânica se dá a 90 metros de profundidade e em Vênus deve ser mais para baixo ainda, de forma que o manto em Vênus deve estar muito mais longe da superfície, bem derretida, como os tecnocientistas demonstraram.

                            Assim, na Terra as placas estão secas e frias, mas em Vênus estão “molhadas” e quentes, elas FLUEM COM UMA INTENSIDADE SEM PAR. Lá existem crátons fumegantes, arcos de montanhas imensas e Lobatos de fogo, ao contrário da Terra, onde tudo é delineado e facilmente visível. Não existe lugar no sistema solar onde as crateras possam ser tão espetaculares. Elas não desaparecem tão rapidamente quanto na Terra, porque em Vênus operam apenas quatro dos seis elementos da Bandeira Elementar.

                            Onde caem flechas operam os dois efeitos:

PARA TE ENCONTRAR FIZ COISAS QUE VOCÊ NÃO ACREDITA (canta Roberto Carlos)

·       Efeito vertical que incrementa energia no sistema planetário, além de rebentar a crosta em placas, compondo os cenários na vertical;

·       Efeito horizontal que empurra as placas e as faz rodar, compondo os cenários de superfície.

Assim, onde caíram flechas rebentaram as crostas em placas, e mexeram-se estas, criando várias composições continentais. Caíram flechas em todos os planetas, inclusive na Lua. O que há de diferente na Lua, em Mercúrio e em Marte é que eles ressecaram há muito tempo, e congelaram, as placas endureceram, movendo-se mais devagar – mas continuam se movendo, compondo os arcos de montanhas, os Lobatos, os oceanos, as fissuras meso-oceânicas. Se caíram as flechas em todos, em todos há; a questão é somente de que tipo e quanto. Nos três, menos, na Terra mais e em Vênus ainda mais.

                            Não é só na Terra, nem de longe. Em todos os terrestróides há; há nos satélites dos jupiterianos; e há nos jupiterianos, só que durando quase nada, porque são planetas gasosos.

                            Os autores estão enganados.

                            Vitória, sexta-feira, 08 de outubro de 2004.

                           

                            AS FLECHAS DE VÊNUS (na Internet)

The first image shows the Venusian impact crater Danilova as seen by the Magellan spacecraft. The crater has a central peak, a crater wall, a crater floor, an ejecta blanket, and crater outflow deposits. The second image is a geologic sketch map of the crater. (Copyright Calvin J. Hamilton)

A Vida nos Arcos

 

NOS ARCOS DA VÉIA (porque os arcos são muito mais velhos que os Lobatos, embora mais novos que os crátons). À esquerda os Andes, arco de montanhas da América do Sul; à direita o cráton, Planalto Brasileiro. No centro o Lobato.


Os geólogos poderão realizar medições muito mais precisas paralelo por paralelo. Contudo, suponhamos que elas fiquem entre 1,5 mil em baixo e 2,5 mil quilômetros em cima, desde a linha da costa do Pacífico no oeste até as sucessivas posições do cráton.

Quando o cráton estava caminhando para o oeste e só ele existia acima do nível do mar tudo mais estava submerso; foi preciso que aparecesse uma primeira ilha, depois uma segunda e assim foi indo até todo o arco ter aparecido e se configurado como atualmente, na forma alta atual, que está em transição contínua. Antes não existiam montanhas, só ilhas ao nível do páleo-oceano. A vida quase toda (99 %) da Terra tinha sido extinta pelo SG-273 (supergrande de 273 milhões de anos atrás), justamente porque, como imaginei, ele caiu no cráton brasileiro (que então estava na África) empurrando-o no sentido sudoeste.

Que gênero de vida surgiu nos arcos, não apenas neste, mas em todos? Isso é do máximo interesse, porque já se tinham passado muitos anos da Explosão Cambriana, talvez 416 milhões de anos, se o modelo está certo. Vida nova desde zero não iria surgir. Os peixes teriam reevoluído para sair até as novas terras emersas? Improvável. Mas, em todo caso, é de se pensar que fosse proliferação nova, nova irradiação a partir do que sobrou. Assim, os altos das montanhas dos Andes devem estar cheios de páleo-vida, de vida fóssil daqueles tempos: 273, 272, 271 milhões de anos ou de quando começou, de quando apareceu a primeira ilha. Pelos restos deixados poderá ser determinado, talvez, quais foram tais primeiras ilhas. A datação determinará com o tempo a seqüência do aparecimento das ilhas, enquanto se poderá também saber que animais estavam convivendo uns com os outros.

Toda uma atividade febril dos páleo-biólogos começará, demandando muito trabalho. Acho que estamos na efervescência de uma nova era também nisso. Quando os páleo-mapas estiverem prontos poderemos apreciar em modelação computacional cenários MUITO CONSISTENTES do surgimento e elevação das ilhas milhão após milhão de anos.

Vitória, sexta-feira, 08 de outubro de 2004.

As Cavernas e os Vulcões

 

                            Como já vimos, as criaturas vivem em volta dos vulcões não apenas porque há maior fertilidade como também porque há maior quantidade de radiação e ali surge vida nova, que por não ter competidores prolifera com uma velocidade incrível; os racionais são predadores de todos os predadores, inclusive de si mesmos.

                            Então, a sequência é esta:

1.       Vulcões, derrame de lava, radiação a mais que o normal, mutações, irradiação;

2.       Plantas novas, animais novos, predação nova;

3.      Depois que surgiram os primatas há 100 milhões de anos, os hominídeos há 10 milhões e os sapiens há 100, 50 ou 35 mil anos, todos da Forquilha Africana, eles começaram a migrar para as regiões de vulcões, que devem ser mapeados, não apenas os que estão ativos agora, como os inativos (porque há bastante radiação residual em volta deles) de hoje, os ativos do passado e os inativos de então;

4.      As cavernas das redondezas devem ser mapeadas, porque os racionais se dirigiriam preferencialmente a elas (os primatas nunca saíram da África; os hominídeos, sim, mas eles ainda estão sendo rastreados);

5.      Os primatas, os hominídeos e os sapiens em migração sempre foram para cavernas, porque desde a origem primata tinham sido acostumados a elas.

Veja, os vulcões-cavernas são um par de formadores da humanidade. Onde existirem cavernas restos humanos devem ser buscados; e onde estiveram os vulcões, a humanidade tendeu a estar também. Os racionais deviam, pela necessidade lógica, buscá-los em toda e qualquer parte. Assim, onde houve ou ainda há vulcões os humanos vão estar por perto, em toda parte, seja na região de surgimento em torno da Forquilha, seja nos outros continentes. Mas onde não existiram uns e outros não encontraremos HUMANOS FORMADORES (não os de hoje, porque o fogo vulcânico foi criado artificialmente e isso marcou a saída das cavernas). Aliás, agora eu esperaria que as cavernas mais cobiçadas fossem aquelas onde havia algum gênero de contato com o fogo vulcânico mantido perpetuamente.

É preciso re-ordenar a busca, reelaborar os programas ou paradigmas, reorientar as verbas de pesquisa.

VULCÕES NA MICROSOFT ENCARTA ENCYCLOPAEDIA DE LUXE 2004


EM BUSCA DAS CAVERNAS


Esse pareamento vulcão-caverna é a PRIMEIRA RACIONALIDADE, o zero de partida da nova busca.

Os vulcões e as cavernas da Forquilha Africana são os mais importantes de todos, porque lá estarão as cavernas primordiais, aquelas que formaram nossos ancestrais primatas e hominídeos, para não falar da EVA MITOCONDRIAL e do ADÃO Y e os que nos deram origem direta.

OS ÍNDICES DA BUSCA NOVA

1.       Vulcões, especialmente os ativos;

2.       Cavernas próximas deles, em particular aquelas onde havia fogo jorrando das entranhas (com muita radiação junto);

3.      Água corrente dentro, ou próxima;

4.      Defesa natural;

5.      Vida abundante.

Isso é bem diferente de sair catando aleatoriamente.

Procurar com meta, com delineamento anterior é muito mais proveitoso do que sair colhendo de qualquer jeito.
Vitória, sexta-feira, 08 de outubro de 2004.

A Topologia Trófica: Até Onde os Hominídeos Foram?

 

                            Veja neste Livro 98 Trilhas Tróficas para compreender que os caminhos seguidos por hominídeos e sapiens foram aqueles da RACIONALIDADE TRÓFICA, quer dizer, são caminhos que serviram à alimentação humana SEGUNDO A RACIONALIDADE humana. Não são quaisquer caminhos, são os das preferências humanas, das prioridades psicológicas, pois as energias de que os humanos podem se apossar não são todas, não são quaisquer umas, são aquelas e somente aquelas que nos servem, ao nosso conjunto molecular e às vontades das PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) e dos AMBIENTES (cidades/municípios, estados, nações e mundos). Fazemos escolhas. As trilhas que foram cavadas foram trilhas-de-energia, das energias humanamente aproveitáveis. Ora, isso coloca uma particular topologia entre as pessoas humanas e os ambientes transformados para serem o contramolde dessas preferências – uma certa invariância ou fixidez é exigida e estabelecida.

                            Debaixo das atuais trilhas devem estar as outras mais antigas.

                            TRILHAS SUPERFIRMADAS (rumo ao passado)

·       Trilhas contemporâneas (até 1789);

·       Trilhas modernas (de 1789 a 1453);

·       Trilhas médias (de 1453 a 476);

·       Trilhas antigas (até 476);

·       Trilhas até Jericó (primeira cidade aceita);

·       Trilhas sapiens (de 35, de 50 e até de 100 mil anos passados);

·       Trilhas hominídeas (durante milhões de anos).

As pessoas tendem a passar pelos mesmíssimos lugares, cavando fundo no chão, cada passagem reforçando a anterior, até que algo seja mudado; quando é ainda remanesce ou sobra o passado, enterrado por níveis e níveis posteriores de rejeição. Está lá. Seguindo as trilhas poderemos saber quem passou e quando. Deve haver uma rede mundial, uma quantidade bem incrível de caminhos seguidos pelos hominídeos. Não são só esqueletos de gente que se deve buscar, mas também esqueletos de entradas.

Vitória, sábado, 16 de outubro de 2004.

A Soma dos Sons no Espaço e no Tempo

 

                            COORDENA/SONS (Descartes espaçotemporal)                 

                            Espaço


 

 

 


                                                                       Tempo                                                                                                  


 

 


                            No espaço (E) estão os instrumentos, no tempo (T) os segundos, de modo que em cada segundo estão montadas todas as “vozes”, quer dizer, todos os instrumentos. Desde que vi (dois mil e quinhentos anos depois de Pitágoras) serem os sons números que podem ser somados, pude começar a compreender o processo de COM-POSIÇÃO como o de com-por os sons, pô-los juntos, co-ligados como somas (Σs), somas-de-sons, em cada segundo as vozes estando montadas. Em cada segundo podemos ver uma Curva do Sino ou de Gauss ou das Distribuições Estatísticas; a distribuição estatística ficando por conta do complexo RE (razão-emoção) do compositor.

                            Podemos obter as somas parciais em cada segundo, em cada linha temporal que se abre no espaço, para cima, onde estão colocadas as vozes; e podemos ver a soma de todas as somas, a soma das curvas, das CS. Evidentemente, quando os sons forem postos como ondas físicas, com amplitude e freqüência transformadas em números-portadores, poderemos somá-los no tempo ou distribuí-los no espaço – a partir daí as linhas verticais no tempo terão sua homogeneidade e harmonia MATEMÁTICAS estudadas e compreendidas. Com isso se poderá não apenas mapear todas as composições de que se tem notícia como futuramente para muito maior prazer produzir GRAUS DE HARMONIA MATEMÁTICA que irão de 00 a 100 %, neste caso perfeitas em tudo, e quanto mais se aproximem daquele outro extremo, mais deploráveis, como se verá que são tantas. Poderemos não apenas somar as melodias puras como as vozes humanas melódicas, quer dizer, a melodia implícita no falar humano.

                            Vitória, sábado, 09 de outubro de 2004.

A Primeira Superpopulação da Forquilha

 

                            Naturalmente superpopulação é apenas o nome para a falta de conhecimento (mágico-artístico, teológico-religioso, filosófico-ideológico, científico-técnico e matemático), ou seja, para a falta de competência. Onde há conhecimento pleno não há falta nem excesso. Assim, falar de superpopulação é falar de falta/excesso: falta para uns e excesso para outros. A superpopulação da Terra, hoje, diz respeito ao superapossamento dos recursos por uns, do primeiro e segundo mundos, e o subapossamento deles por outros, do quarto e quinto, o terceiro estando na interface.

                            “Superpopulação”, sobre ser julgamento que favorece os que estão na frente e não querem participar os recursos, é flagrante denúncia de incompetência.

AS SUPERPOPULAÇÕES DA FORQUILHA AFRICANA (sucessivas levas, durante não sei quantos milhões de anos, desde quando os primatas chegaram pela primeira vez às cavernas)

·       Superpopulações primatas;

·       Superpopulações hominídeas;

·       Superpopulações sapiens:

1.       Superpopulações do Escravismo;

2.       Superpopulações do Feudalismo;

3.      Superpopulações do Capitalismo (em quatro ondas, estando a gente na Terra atual na terceira onda de incompetência).

Cada caso tem características únicas.

Os primatas já tinham das PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) criado os dois primeiros níveis, enquanto os hominídeos inventaram os dois últimos. Nos primeiros 50 milhões de anos, talvez, estavam não-distinguidos, indistintos, não-separados do ambiente primata original, porisso não houve superpopulação, dado que nenhuma frente-de-conhecimento distinto foi criada. Ainda eram os mesmos primatas originais. Só quando os primatas que vieram dar em nós criaram os primeiros instrumentos que os distinguiram dos demais é que a primeira superpopulação aflorou. Então os primatas enviaram as primeiras ondas para longe da Forquilha.

Porém, isso não foi importante por 40 milhões de anos ainda, porque os primatas jamais saíram da África. Os hominídeos, nos mais recentes 10 milhões de anos, sim. Artificialmente colocando também na metade, a primeira superpopulação ou crise alimentar dos hominídeos deve ter se dado há cinco milhões de anos, quando partiram os primeiros para fora da Forquilha que tinham tomado para si, indo além, migrando para fora da África, como está em vários textos deste Livro 98.

Então, a primeira crise-alimentar se deu há uns cinco milhões de anos. Por incompetência sua o “excesso” de gente, revelando incompetência tecnocientífica hominídea, junto com alguma seca repentina ou outro evento, empurrou os hominídeos além do continente de origem. Os primatas não poderiam ir porque ser hominídeo quer dizer não estar mais no AMBIENTE NATURAL biológico/p.2, é ter passado ao AMBIENTE ARTIFICIAL psicológico/p.3, é ter se distinguido irremediavelmente da primeira natureza, é ter criado a segunda natureza. Ser hominídeo significa basicamente LEVAR CONSIGO O AMBIENTE. Os primatas estavam presos ao ambiente que ali existia, mas os hominídeos, não, eles reinventavam o ambiente aonde iam.

Então, o mundo-reinventado PARA ALÉM DA ÁFRICA começou há cinco milhões de anos, quando deve ter acontecido a primeira crise de superpopulação, quando os hominídeos encontraram o primeiro limite à sua existência (evidentemente vencendo-o, senão não estaríamos aqui, porque mesmo quando não sejamos descendentes dessa onda e sim de outras muito posteriores, ela abriu caminho que outros seguiram).

Vitória, domingo, 10 de outubro de 2004.