A Primeira
Superpopulação da Forquilha
Naturalmente
superpopulação é apenas o nome para a falta de conhecimento (mágico-artístico,
teológico-religioso, filosófico-ideológico, científico-técnico e matemático),
ou seja, para a falta de competência. Onde há conhecimento pleno não há falta
nem excesso. Assim, falar de superpopulação é falar de falta/excesso: falta
para uns e excesso para outros. A superpopulação da Terra, hoje, diz respeito
ao superapossamento dos recursos por uns, do primeiro e segundo mundos, e o
subapossamento deles por outros, do quarto e quinto, o terceiro estando na
interface.
“Superpopulação”,
sobre ser julgamento que favorece os que estão na frente e não querem
participar os recursos, é flagrante denúncia de incompetência.
AS
SUPERPOPULAÇÕES DA FORQUILHA AFRICANA (sucessivas levas, durante não sei quantos milhões de
anos, desde quando os primatas chegaram pela primeira vez às cavernas)
·
Superpopulações
primatas;
·
Superpopulações
hominídeas;
·
Superpopulações sapiens:
1. Superpopulações do Escravismo;
2. Superpopulações do Feudalismo;
3. Superpopulações do Capitalismo (em
quatro ondas, estando a gente na Terra atual na terceira onda de incompetência).
Cada caso tem características únicas.
Os primatas já tinham das PESSOAS
(indivíduos, famílias, grupos e empresas) criado os dois primeiros níveis,
enquanto os hominídeos inventaram os dois últimos. Nos primeiros 50 milhões de
anos, talvez, estavam não-distinguidos, indistintos, não-separados do ambiente
primata original, porisso não houve superpopulação, dado que nenhuma
frente-de-conhecimento distinto foi criada. Ainda eram os mesmos primatas
originais. Só quando os primatas que vieram dar em nós criaram os primeiros
instrumentos que os distinguiram dos demais é que a primeira superpopulação
aflorou. Então os primatas enviaram as primeiras ondas para longe da Forquilha.
Porém, isso não foi importante por 40
milhões de anos ainda, porque os primatas jamais saíram da África. Os
hominídeos, nos mais recentes 10 milhões de anos, sim. Artificialmente colocando
também na metade, a primeira superpopulação ou crise alimentar dos hominídeos
deve ter se dado há cinco milhões de anos, quando partiram os primeiros para
fora da Forquilha que tinham tomado para si, indo além, migrando para fora da
África, como está em vários textos deste Livro 98.
Então, a primeira crise-alimentar se
deu há uns cinco milhões de anos. Por incompetência sua o “excesso” de gente,
revelando incompetência tecnocientífica hominídea, junto com alguma seca
repentina ou outro evento, empurrou os hominídeos além do continente de origem.
Os primatas não poderiam ir porque ser hominídeo quer dizer não estar mais no
AMBIENTE NATURAL biológico/p.2, é ter passado ao AMBIENTE ARTIFICIAL
psicológico/p.3, é ter se distinguido irremediavelmente da primeira natureza, é
ter criado a segunda natureza. Ser hominídeo significa basicamente LEVAR
CONSIGO O AMBIENTE. Os primatas estavam presos ao ambiente que ali existia, mas
os hominídeos, não, eles reinventavam o ambiente aonde iam.
Então, o mundo-reinventado PARA ALÉM
DA ÁFRICA começou há cinco milhões de anos, quando deve ter acontecido a
primeira crise de superpopulação, quando os hominídeos encontraram o primeiro
limite à sua existência (evidentemente vencendo-o, senão não estaríamos aqui,
porque mesmo quando não sejamos descendentes dessa onda e sim de outras muito
posteriores, ela abriu caminho que outros seguiram).
Vitória, domingo, 10 de outubro de
2004.
Nenhum comentário:
Postar um comentário