domingo, 30 de julho de 2017


A Primeira Superpopulação da Forquilha

 

                            Naturalmente superpopulação é apenas o nome para a falta de conhecimento (mágico-artístico, teológico-religioso, filosófico-ideológico, científico-técnico e matemático), ou seja, para a falta de competência. Onde há conhecimento pleno não há falta nem excesso. Assim, falar de superpopulação é falar de falta/excesso: falta para uns e excesso para outros. A superpopulação da Terra, hoje, diz respeito ao superapossamento dos recursos por uns, do primeiro e segundo mundos, e o subapossamento deles por outros, do quarto e quinto, o terceiro estando na interface.

                            “Superpopulação”, sobre ser julgamento que favorece os que estão na frente e não querem participar os recursos, é flagrante denúncia de incompetência.

AS SUPERPOPULAÇÕES DA FORQUILHA AFRICANA (sucessivas levas, durante não sei quantos milhões de anos, desde quando os primatas chegaram pela primeira vez às cavernas)

·       Superpopulações primatas;

·       Superpopulações hominídeas;

·       Superpopulações sapiens:

1.       Superpopulações do Escravismo;

2.       Superpopulações do Feudalismo;

3.      Superpopulações do Capitalismo (em quatro ondas, estando a gente na Terra atual na terceira onda de incompetência).

Cada caso tem características únicas.

Os primatas já tinham das PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) criado os dois primeiros níveis, enquanto os hominídeos inventaram os dois últimos. Nos primeiros 50 milhões de anos, talvez, estavam não-distinguidos, indistintos, não-separados do ambiente primata original, porisso não houve superpopulação, dado que nenhuma frente-de-conhecimento distinto foi criada. Ainda eram os mesmos primatas originais. Só quando os primatas que vieram dar em nós criaram os primeiros instrumentos que os distinguiram dos demais é que a primeira superpopulação aflorou. Então os primatas enviaram as primeiras ondas para longe da Forquilha.

Porém, isso não foi importante por 40 milhões de anos ainda, porque os primatas jamais saíram da África. Os hominídeos, nos mais recentes 10 milhões de anos, sim. Artificialmente colocando também na metade, a primeira superpopulação ou crise alimentar dos hominídeos deve ter se dado há cinco milhões de anos, quando partiram os primeiros para fora da Forquilha que tinham tomado para si, indo além, migrando para fora da África, como está em vários textos deste Livro 98.

Então, a primeira crise-alimentar se deu há uns cinco milhões de anos. Por incompetência sua o “excesso” de gente, revelando incompetência tecnocientífica hominídea, junto com alguma seca repentina ou outro evento, empurrou os hominídeos além do continente de origem. Os primatas não poderiam ir porque ser hominídeo quer dizer não estar mais no AMBIENTE NATURAL biológico/p.2, é ter passado ao AMBIENTE ARTIFICIAL psicológico/p.3, é ter se distinguido irremediavelmente da primeira natureza, é ter criado a segunda natureza. Ser hominídeo significa basicamente LEVAR CONSIGO O AMBIENTE. Os primatas estavam presos ao ambiente que ali existia, mas os hominídeos, não, eles reinventavam o ambiente aonde iam.

Então, o mundo-reinventado PARA ALÉM DA ÁFRICA começou há cinco milhões de anos, quando deve ter acontecido a primeira crise de superpopulação, quando os hominídeos encontraram o primeiro limite à sua existência (evidentemente vencendo-o, senão não estaríamos aqui, porque mesmo quando não sejamos descendentes dessa onda e sim de outras muito posteriores, ela abriu caminho que outros seguiram).

Vitória, domingo, 10 de outubro de 2004.

Nenhum comentário:

Postar um comentário