A Vida nos Arcos
NOS
ARCOS DA VÉIA
(porque os arcos são muito mais velhos que os Lobatos, embora mais novos que os
crátons). À esquerda os Andes, arco de montanhas da América do Sul; à direita o
cráton, Planalto Brasileiro. No centro o Lobato.
|
Os geólogos poderão realizar medições
muito mais precisas paralelo por paralelo. Contudo, suponhamos que elas fiquem
entre 1,5 mil em baixo e 2,5 mil quilômetros em cima, desde a linha da costa do
Pacífico no oeste até as sucessivas posições do cráton.
Quando o cráton estava caminhando para
o oeste e só ele existia acima do nível do mar tudo mais estava submerso; foi
preciso que aparecesse uma primeira ilha, depois uma segunda e assim foi indo
até todo o arco ter aparecido e se configurado como atualmente, na forma alta
atual, que está em transição contínua. Antes não existiam montanhas, só ilhas
ao nível do páleo-oceano. A vida quase toda (99 %) da Terra tinha sido extinta
pelo SG-273 (supergrande de 273 milhões de anos atrás), justamente porque, como
imaginei, ele caiu no cráton brasileiro (que então estava na África)
empurrando-o no sentido sudoeste.
Que gênero de vida surgiu nos arcos,
não apenas neste, mas em todos? Isso é do máximo interesse, porque já se tinham
passado muitos anos da Explosão Cambriana, talvez 416 milhões de anos, se o
modelo está certo. Vida nova desde zero não iria surgir. Os peixes teriam
reevoluído para sair até as novas terras emersas? Improvável. Mas, em todo
caso, é de se pensar que fosse proliferação nova, nova irradiação a partir do
que sobrou. Assim, os altos das montanhas dos Andes devem estar cheios de
páleo-vida, de vida fóssil daqueles tempos: 273, 272, 271 milhões de anos ou de
quando começou, de quando apareceu a primeira ilha. Pelos restos deixados
poderá ser determinado, talvez, quais foram tais primeiras ilhas. A datação
determinará com o tempo a seqüência do aparecimento das ilhas, enquanto se
poderá também saber que animais estavam convivendo uns com os outros.
Toda uma atividade febril dos
páleo-biólogos começará, demandando muito trabalho. Acho que estamos na
efervescência de uma nova era também nisso. Quando os páleo-mapas estiverem
prontos poderemos apreciar em modelação computacional cenários MUITO
CONSISTENTES do surgimento e elevação das ilhas milhão após milhão de anos.
Vitória, sexta-feira, 08 de outubro de
2004.
Nenhum comentário:
Postar um comentário