sábado, 1 de julho de 2017


Palestras de Matemáticos

 

                            A MATEMÁTICA NA BARASA DIGITAL 1999

O mundo moderno é, sem dúvida, dominado pela ciência e pela tecnologia e por isso se explica, em boa medida, pela matemática. A história da ciência revela que as várias disciplinas aplicadas se valem cada vez mais dos procedimentos matemáticos e estes, em contrapartida, se inspiram em questões trazidas pela prática para progredir. ©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.

                            Como os matemáticos mortos não podem falar por si e os grandes do presente dificilmente estariam dispostos a se mover, em virtude dos inúmeros compromissos de pesquisa e ensino, a proposta é de os matemáticos que estejam dispostos a se inscrever darem palestras abordando o assunto, segundo o modelo, classificando por pessoambientes (PESSOAS; indivíduos, famílias, grupos, empresas; nascimento nos AMBIENTES: municípios/cidades, estados, nações e regiões do mundo).

                            APRESENTAÇÃO DOS MATEMÁTICOS

1.       Biografia;

2.      Bibliografia;

3.      Locais onde trabalharam (universidades, faculdades, institutos, governos, empresas, etc.);

4.     Produção;

5.      Dimensão estimada de suas construções;

6.     Aplicações de suas teorias;

7.      Quanto deixaram escrito (Euler foi o que mais escreveu, mais de 40 mil páginas de “densa matemática”);

8.     Sites ou sítios a consultar;

9.     Outras abordagens.

Podem ser vendidos livros, CD’s, documentários – uma verdadeira festa, para renovar o interesse pela Matemática.

Vitória, quinta-feira, 01 de julho de 2004.

Páleo-Turismo

 

                            Um momento muito bom é prometido com a junção da tecnociência - especialmente da geologia, da paleontologia, da arqueologia e da antropologia – com a computação gráfica (CG); caso da TC modelação computacional (MC) dirigida aos seus fins específicos.

                            Por exemplo, consulte o artigo do Livro 84, Os Crátons que Foram para o Oeste e os Páleo-Lagos e Páleo-Rios que Nunca Mais Foram Vistos, e neste Livro 85 Visitando Todos os Páleo-Lugares e Páleo-Tempos, para visualizar as oportunidades de construção, especialmente em 3DRV (3D, três dimensões, e RV, Realidade Virtual). Passear pelo “mundo antigo”, quer dizer, pelas nossas idéias falhas de como eram os antigos cenários, os páleo-cenários, seria ótimo, assim como se fosse um SIM’s. Seria excepcional poder ver do solo, da água, de pouca altura, de muito alto as conformações, conforme elas fossem passando, talvez cada quadro valendo 10 anos (como há num filme 24 quadros/segundo e 3,6 mil segundos numa hora num segundo passariam 240 anos, numa hora de exposição 864 mil anos; se fosse aumentada a relação para 100 anos, 8,64 milhões de anos; se para 1.000 anos, 86,4 milhões de anos, num documentário de uma hora valendo por toda a evolução dos últimos 70 milhões de anos). Com os tais óculos 3DRV se poderia passear pelos cenários, com o computador ensinando sobre as páleo-vidas e os páleo-acidentes geográficos. Em resumo, seria muito bonito. Continentes se levantariam ou afundariam, as cordilheiras se mostrariam, os lagos antigos, as fozes antigas (comparadas com as novas) poderiam ser tremendamente ilustrativas. Idealmente poderíamos ter o Globo Geológico mudando sob nossas vistas, em programáquinas dedicadas ou cativas ou não. As pessoas iriam às salas de exposição passear nos tempos antigos, inclusive de outros planetas, quando conhecidos, ou do sistema solar em formação, toda uma série de diversões muito novas e muito elegantes.

                            A adesão das pessoas aos programas de prospecção daquelas quatro profissões seria instantânea e total, exigindo-se dos governos muito maiores verbas na fase inicial, até que os garotos e as meninas chegassem à idade adulta e ao poder de orientarem eles e elas mesmas os recursos para as buscas.

                            Vitória, quinta-feira, 24 de junho de 2004.

Páleo-Praias e Páleo-Divertimento

 

                            Como os brasileiros são tão chegados a praias isso pode ser usado como ajuda psicológica pela Petrobrás (ou quem se interessar) no sentido de atrair atenção para o trabalho da geologia, contaminando de aceitação os espíritos, preparando-os para a absorção favorável dos assuntos. Falar de páleo-praias nos mares interiores da antiga “América do Sul” (coloco aspas para referir a mudança de forma, muito acentuada) ou à beira dos páleo-lagos ou das páleo-fozes dos antigos rios e lagos, predisporá as almas para olhar atentamente, com um pouco de carinho e com uma intimidade que atrairá e focará as atenções. O que estavam fazendo as páleo-figuras nessas praias? Como os seres usavam os páleo-mangues para se alimentar? Que serviços tais páleo-mangues, páleo-charcos, páleo-pantanais prestaram à humanidade (as pessoas farão ligação instantânea com o presente).

                            Pode-se começar o documentário chegando trivialmente a uma praia, como se fosse recente, depois a câmara subindo cada vez mais para mostrar um páleo-mapa de, digamos, 35 milhões de anos atrás na América do Sul e no mundo inteiro, depois voltando à praia, ao ter enquadrado o tempo; passando ao espaço, exploraríamos os arredores daquela praia em particular, para indicar a vida que por ali estava, em círculos concêntricos caminhando para dentro na terra e para fora no mar. De onde está vindo aquela água? Poderíamos mostrar o páleo-rio e como ele se transformou no rio recente. Vendo de cima, seria mostrada a linha antiga e onde ela terminava; contraposta a ela a mais atual e onde termina hoje. Isso irá ensinar sobre mutabilidade ambiental; porém, mais importante, dará aos paleontólogos no Brasil e aos arqueólogos, onde houve civilização prévia, embasamento sobre onde buscar os resíduos ou restos. Clicando no ponto o mapa apontaria a que profundidade do solo atual se encontrava o páleo-rio ou páleo-lago – um aporte formidável em toda pesquisa de campo, inclusive para buscadores de petróleo e gás, e de gemas ou veios compostos por antigos cursos. Mineradoras haveriam de gostar demais desses traçados. Tais informações privilegiadas poderão, claro, ser vendidas.

                            Vitória, segunda-feira, 28 de junho de 2004.

Páleo-Mapas do Espírito Santo

 

                            Já contei várias vezes que olhando o alinhamento das lagoas de Linhares, norte do Espírito Santo, pensei que havia ali antigamente um lago de dois mil quilômetros quadrados (que medi com papel quadriculado, contando os quadradinhos e os meios-quadrados), do que falei à Petrobrás, que enviou um geólogo para provar que eu estava errado em pensar haver ali debaixo petróleo.

                            Bem depois, já em 2002, comecei estes textos, que já vão no conjunto 85 (x média de 50). Neles raciocinei ainda mais sobre as condições antigas de formação, como está posto em vários, especialmente no 84 e neste 85. Em particular, é claro, interessam as condições do Brasil e muito especialmente as do Espírito Santo. Já contei que o Luís Perin e o Lobão (não é o artista, claro) fizeram tempos atrás um levantamento meticuloso do ES. Pois bem, é hora de fazer um outro, ainda mais cuidadoso, das páleo-condições, por milhão de anos, de preferência desde o começo da Vida há 3,8 bilhões de anos, da explosão Cambriana há 600 milhões de anos, da separação da África há 280 milhões de anos, da aceleração há 70 milhões de anos, rendendo 3.800, 600, 280 e 70 mapas, respectivamente. Pode ser que para os nossos recursos seja demais, mas podemos pegar carona naquele levantamento maior, já proposto, conseguindo o daqui como benefício associado. O fato é que não conhecemos as profundezas do ES. Mal e mal a superfície, onde estamos. O que parecia muito de já feito na verdade mal atingiu a superfície.

                            Tocando o mundo e o Brasil, pegando carona neles, o 1/1600 da produçãorganização atual do ES pode avantajar-se bastante, conseguindo “de lambuja” favores desse tipo de conhecimento que não poderíamos pagar (nem convenceríamos os governempresas a produzir).

                            Vitória, quinta-feira, 01 de julho de 2004.

Os Gestos dos Celestiais

 

                            Como a mente dos augustos funcionava muito melhor que a de qualquer humano, devemos pensar que em tudo colocavam sua inteligência, tanto na expressão por palavras quanto por gestos ou imagens, compondo com estas últimas tão esmeradamente quanto compunham com as primeiras; podemos ver restos disso entre os orientais, com aquelas danças do Laos e do Camboja.

                            Como os surdomudos têm um alfabeto de gestos, eles tinham gestos para tudo; podiam elaborar complexas conversas com esses gestos, numa rapidez inacreditável, o que deve ser mostrado nos filmes, com muito apuro, todos que conheçam o conjunto podendo decifrar as conversas. E eles, quando não queriam que outros atlantes participassem, para não ferir seus ouvidos com sons desnecessários na fase em que estavam todos de bem e depois para que não soubessem mesmo, usavam a linguagem gestual, como se faz com a gíria hoje, quando não se deseja que os penetras saibam das coisas de foro íntimo.

                            Isso era usado nas suas apresentações teatrais e os servos sapiens - mais que os humanos, que algo percebiam - nada entendiam, ficavam boiando mesmo. Achavam incompreensível, como era mesmo; mal podiam perceber a língua principal, destinada aos servos, tendo grande dificuldade de compreender a língua fechada dos senhores. Achavam maravilhosa a língua gestual, mas inacessível. As mãos e as nádegas oscilando, a barriga avançando e recuando, a cabeça, os cotovelos, os joelhos, tudo simbolizava (seria preciso calcular quantos símbolos podem ser construídos com essas opções e calcular uma língua-imagem para usar no filme, com lingüistas como apoio). E como eles tinham todas aquelas centenas de anos para estudar variações a linguagem gestual pôde avançar até se tornar um primor, tanto mais incompreensível quanto mais eram produzidas nuanças. Com tanto tempo para trabalhar, ela se tornou intrincada e sutilíssima, difícil até mesmo para eles; com tanta complexidade assim acabou por perder-se e não foi herdada pelo futuro, exceto como assombrado modo arremedado.

                            Será muito lindo uma verdadeira língua-imagem gestual (LIG), quando reconstruída, ser progressivamente re-usada nas séries.

                            Vitória, sexta-feira, 02 de julho de 2004.

Os Genes da Fala

 

                            Depois de ter sido anunciado - em 1985 ou 1986 - o Projeto Genoma Humano, que estava prometendo a publicação dos dados para 2004 ou mais tarde, antecipou-se e lá por 1999 deu a público antecipação das informações do desvendamento, de modo muito precoce. Em vez dos 100 mil genes, baixaram a expectativa para 30 mil e finalmente viram que eram 27 mil. Carl Sagan, que morreu em 1996, já tinha conhecimento do andamento e disse (p. 229) em seu livro, Bilhões e Bilhões (Reflexões sobre Vida e Morte na virada do Milênio), São Paulo, Cia. das Letras, 1998, entre outros, que partilhamos com os chimpanzés 99,6 % dos genes.

                            Depois de raciocinar intensamente concluí que o instrumento mais poderoso de humanização da humanidade foi a linguagem, a capacidade de verbalizar e não as mãos ou o andar ereto ou qualquer outro fator isolado ou conjunto. A Língua é o acumulador por excelência. Toda a potência que a humanidade é hoje se deve quase exclusivamente à capacidade da Língua de armazenar, dentro e fora de nós. NÓS SOMOS UMA CONSTRUÇÃO DA LÍNGUA, inequivocamente.

                            Assim, aqueles 0,4 %, multiplicados por 10 mil anos e pelo trabalho (segundo fator mais importante) de bilhões, trouxe-nos onde estamos. Quando mais a linguagem melhorar rápido e melhor, com maior rendimento por unidade de tempo, acumularemos. Evidentemente (27 mil x 0,4 %) 108 genes é pouquíssimo e a fala não pode dizer respeito a apenas 108 genes de diferença, de modo que os chimpanzés estão PREPARADOS, totalmente preparados para falar. Nem deve ser questão de conformação das cordas vocais – pequenas alterações deveriam bastar. Apenas aconteceu que alguns macacos começaram a falar, inicialmente a grunhir, a capacidade de acumulação ou memória deles já sendo grande e se desenvolvendo ainda mais nos hominídeos. Se os chimpanzés e os primatas chegaram depois de 90 milhões de anos de permanência a 10 milhões de anos passados, quando começaram os hominídeos, conduzindo até 100, 50 ou 35 mil anos atrás, quando começamos, tinham seguramente todas as condições. O cérebro deve ter aumentando apenas como um armazém descomunalmente maior, onde se poderia armazenar a MEMÓRIA CORRELATIVA DA FALA, porque falar é memorizar e organizar o que é sabido. Primeiro o armazém interno da memória, depois o armazém externo da escrita, memória ainda mais poderosa, que acelerou extraordinariamente tudo.

                            Os genes da fala não são esses 108, nem de longe, nem se deve atribuir importância excessiva a eles. Não são místicos, nem poderiam fazer muito, a Língua é cumulativa DE CONJUNTO. Assim, os GENES DA FALA já estão incipientemente presentes nos animais e devem ser procurados neles, mas a Língua, não, esta é exclusivamente humana, porque é um estágio avançado da construção, somando MEMÓRIA HUMANA (gigantesca, perante as outras, tanto a primitiva, interna, quanto muito mais a mais avançada, da escrita, dos desenhos, de tudo) com INTELIGÊNCIA HUMANA (que se foi aprimorando enquanto DIALÓGICA DO FAZER) para fazer o controle ou verbalização humana, que vem da conjunção das duas anteriores.

                            Como tudo no modelo, há exterior e interior.

                            DUAS FALAS E QUATRO FALAS

·        A FALA INTERIOR (individual):

1.       A mente e o gerador de autoprogramas (GAP), a mente-que-fala, interna;

2.      O aparelho fonador, externo, instrumentos de fonação, que obedece aos comandos.

·        A FALA EXTERIOR (plural):

1.       A MOTIVAÇÃO PARA FALAR (não é passiva, é a idéia de crescimento, que foi pelas mulheres atribuída aos homens), interna ao coletivo;

2.      O ouvinte, igualmente preparado, externo ao coletivo – o OUTRO MUNDO.

Tudo está ficando assustadoramente mais sério a cada dia que passa e mais complexo. Com toda certeza tudo aquilo do passado deve ser revisto.

Vitória, domingo, 27 de junho de 2004.

O Trabalho Celestial Quando Eles Estavam Àtoa

 

                            Por os celestiais não realizarem trabalho braçal eles sempre pareciam nada estar fazendo, pareciam estar permanentemente àtoa, de folga, gozando a vida, porque os servos não entendiam o que faziam. Então, quando estavam desenvolvendo as máquinas, ou Adão construindo os corpos e os artefatos, tudo soava como divino, mágico; e quando os adâmicos posteriores ficavam desenvolvendo as fórmulas matemáticas, tal atividade era extraordinária para os servos, os desenhos feitos em toda parte, em papel, em máquinas, no chão, nas paredes como que em quadros negros.

                            A Matemática é a mesma em todo o universo, os gráficos de geometria são os mesmos em toda parte, porisso os contemporâneos irão entender. Os atlantes devem ser mostrados fazendo as operações, mas escrevendo em outra língua; quando os estudantes atuais forem ao cinema, se emocionarão, porque pensarão que tudo aquilo era real, dado que a Matemática comporta essa realidade chamada abstração. Os celestiais adultos serão mostrados ensinando às crianças deles num ritmo muito rápido. Os alunos de matemática (quase todos os seres humanos) de hoje se identificarão com os grafos supostos antigos e a partir daí quererão estudar mais.

                            Os servos não entendiam patavina.

                            Os humanos que vieram depois e se debruçaram mais perto de seus amos e senhores puderam aprender alguma coisa, que usaram depois na Suméria, chamada Babilônia, nos milênios e séculos do porvir. Contudo, os servos sapiens passavam longe. Por dias e meses, por anos e décadas, por séculos e dois mil anos (de 3,75 a 1,75 mil antes de Cristo) os augustos fizeram sua matemática incompreensível diante dos embasbacados servos e humanos. Esse foi um separador muito pesado, pois os humanos aprenderam alguma coisa, que vazou para os egípcios e depois para os gregos, ao passo que os sapiens nunca entenderam absolutamente nada e evitavam até procurar saber. Desse jeito a matemática foi um separador entre as duas humanidades desde o princípio.

                            E foi assim que na remota Antiguidade ficou um lamento incompreendido de Matemática, compondo as lendas de uma Idade de Ouro em que os “deuses” estiveram entre nós e praticaram alta matemática (que, lembre-se, está emparedada com eles, em suas cabeças, dentro dos sarcófagos postos dentro das pirâmides).

                            Vitória, quinta-feira, 01 de julho de 2004.