Páleo-Mapas do
Espírito Santo
Já contei várias
vezes que olhando o alinhamento das lagoas de Linhares, norte do Espírito
Santo, pensei que havia ali antigamente um lago de dois mil quilômetros
quadrados (que medi com papel quadriculado, contando os quadradinhos e os
meios-quadrados), do que falei à Petrobrás, que enviou um geólogo para provar
que eu estava errado em pensar haver ali debaixo petróleo.
Bem depois, já em
2002, comecei estes textos, que já vão no conjunto 85 (x média de 50). Neles
raciocinei ainda mais sobre as condições antigas de formação, como está posto
em vários, especialmente no 84 e neste 85. Em particular, é claro, interessam
as condições do Brasil e muito especialmente as do Espírito Santo. Já contei
que o Luís Perin e o Lobão (não é o artista, claro) fizeram tempos atrás um
levantamento meticuloso do ES. Pois bem, é hora de fazer um outro, ainda mais
cuidadoso, das páleo-condições, por milhão de anos, de preferência desde o
começo da Vida há 3,8 bilhões de anos, da explosão Cambriana há 600 milhões de
anos, da separação da África há 280 milhões de anos, da aceleração há 70
milhões de anos, rendendo 3.800, 600, 280 e 70 mapas, respectivamente. Pode ser
que para os nossos recursos seja demais, mas podemos pegar carona naquele
levantamento maior, já proposto, conseguindo o daqui como benefício associado.
O fato é que não conhecemos as profundezas do ES. Mal e mal a superfície, onde
estamos. O que parecia muito de já feito na verdade mal atingiu a superfície.
Tocando o mundo e o
Brasil, pegando carona neles, o 1/1600 da produçãorganização atual do ES pode
avantajar-se bastante, conseguindo “de lambuja” favores desse tipo de
conhecimento que não poderíamos pagar (nem convenceríamos os governempresas a
produzir).
Vitória,
quinta-feira, 01 de julho de 2004.
Nenhum comentário:
Postar um comentário