sábado, 1 de julho de 2017


Páleo-Mapas do Espírito Santo

 

                            Já contei várias vezes que olhando o alinhamento das lagoas de Linhares, norte do Espírito Santo, pensei que havia ali antigamente um lago de dois mil quilômetros quadrados (que medi com papel quadriculado, contando os quadradinhos e os meios-quadrados), do que falei à Petrobrás, que enviou um geólogo para provar que eu estava errado em pensar haver ali debaixo petróleo.

                            Bem depois, já em 2002, comecei estes textos, que já vão no conjunto 85 (x média de 50). Neles raciocinei ainda mais sobre as condições antigas de formação, como está posto em vários, especialmente no 84 e neste 85. Em particular, é claro, interessam as condições do Brasil e muito especialmente as do Espírito Santo. Já contei que o Luís Perin e o Lobão (não é o artista, claro) fizeram tempos atrás um levantamento meticuloso do ES. Pois bem, é hora de fazer um outro, ainda mais cuidadoso, das páleo-condições, por milhão de anos, de preferência desde o começo da Vida há 3,8 bilhões de anos, da explosão Cambriana há 600 milhões de anos, da separação da África há 280 milhões de anos, da aceleração há 70 milhões de anos, rendendo 3.800, 600, 280 e 70 mapas, respectivamente. Pode ser que para os nossos recursos seja demais, mas podemos pegar carona naquele levantamento maior, já proposto, conseguindo o daqui como benefício associado. O fato é que não conhecemos as profundezas do ES. Mal e mal a superfície, onde estamos. O que parecia muito de já feito na verdade mal atingiu a superfície.

                            Tocando o mundo e o Brasil, pegando carona neles, o 1/1600 da produçãorganização atual do ES pode avantajar-se bastante, conseguindo “de lambuja” favores desse tipo de conhecimento que não poderíamos pagar (nem convenceríamos os governempresas a produzir).

                            Vitória, quinta-feira, 01 de julho de 2004.

Nenhum comentário:

Postar um comentário