Páleo-Praias e
Páleo-Divertimento
Como os brasileiros
são tão chegados a praias isso pode ser usado como ajuda psicológica pela
Petrobrás (ou quem se interessar) no sentido de atrair atenção para o trabalho
da geologia, contaminando de aceitação os espíritos, preparando-os para a
absorção favorável dos assuntos. Falar de páleo-praias nos mares interiores da
antiga “América do Sul” (coloco aspas para referir a mudança de forma, muito
acentuada) ou à beira dos páleo-lagos ou das páleo-fozes dos antigos rios e
lagos, predisporá as almas para olhar atentamente, com um pouco de carinho e
com uma intimidade que atrairá e focará as atenções. O que estavam fazendo as
páleo-figuras nessas praias? Como os seres usavam os páleo-mangues para se
alimentar? Que serviços tais páleo-mangues, páleo-charcos, páleo-pantanais
prestaram à humanidade (as pessoas farão ligação instantânea com o presente).
Pode-se começar o
documentário chegando trivialmente a uma praia, como se fosse recente, depois a
câmara subindo cada vez mais para mostrar um páleo-mapa de, digamos, 35 milhões
de anos atrás na América do Sul e no mundo inteiro, depois voltando à praia, ao
ter enquadrado o tempo; passando ao espaço, exploraríamos os arredores daquela
praia em particular, para indicar a vida que por ali estava, em círculos
concêntricos caminhando para dentro na terra e para fora no mar. De onde está
vindo aquela água? Poderíamos mostrar o páleo-rio e como ele se transformou no
rio recente. Vendo de cima, seria mostrada a linha antiga e onde ela terminava;
contraposta a ela a mais atual e onde termina hoje. Isso irá ensinar sobre
mutabilidade ambiental; porém, mais importante, dará aos paleontólogos no
Brasil e aos arqueólogos, onde houve civilização prévia, embasamento sobre onde
buscar os resíduos ou restos. Clicando no ponto o mapa apontaria a que
profundidade do solo atual se encontrava o páleo-rio ou páleo-lago – um aporte
formidável em toda pesquisa de campo, inclusive para buscadores de petróleo e
gás, e de gemas ou veios compostos por antigos cursos. Mineradoras haveriam de
gostar demais desses traçados. Tais informações privilegiadas poderão, claro,
ser vendidas.
Vitória,
segunda-feira, 28 de junho de 2004.
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