sábado, 1 de julho de 2017


O Trabalho Celestial Quando Eles Estavam Àtoa

 

                            Por os celestiais não realizarem trabalho braçal eles sempre pareciam nada estar fazendo, pareciam estar permanentemente àtoa, de folga, gozando a vida, porque os servos não entendiam o que faziam. Então, quando estavam desenvolvendo as máquinas, ou Adão construindo os corpos e os artefatos, tudo soava como divino, mágico; e quando os adâmicos posteriores ficavam desenvolvendo as fórmulas matemáticas, tal atividade era extraordinária para os servos, os desenhos feitos em toda parte, em papel, em máquinas, no chão, nas paredes como que em quadros negros.

                            A Matemática é a mesma em todo o universo, os gráficos de geometria são os mesmos em toda parte, porisso os contemporâneos irão entender. Os atlantes devem ser mostrados fazendo as operações, mas escrevendo em outra língua; quando os estudantes atuais forem ao cinema, se emocionarão, porque pensarão que tudo aquilo era real, dado que a Matemática comporta essa realidade chamada abstração. Os celestiais adultos serão mostrados ensinando às crianças deles num ritmo muito rápido. Os alunos de matemática (quase todos os seres humanos) de hoje se identificarão com os grafos supostos antigos e a partir daí quererão estudar mais.

                            Os servos não entendiam patavina.

                            Os humanos que vieram depois e se debruçaram mais perto de seus amos e senhores puderam aprender alguma coisa, que usaram depois na Suméria, chamada Babilônia, nos milênios e séculos do porvir. Contudo, os servos sapiens passavam longe. Por dias e meses, por anos e décadas, por séculos e dois mil anos (de 3,75 a 1,75 mil antes de Cristo) os augustos fizeram sua matemática incompreensível diante dos embasbacados servos e humanos. Esse foi um separador muito pesado, pois os humanos aprenderam alguma coisa, que vazou para os egípcios e depois para os gregos, ao passo que os sapiens nunca entenderam absolutamente nada e evitavam até procurar saber. Desse jeito a matemática foi um separador entre as duas humanidades desde o princípio.

                            E foi assim que na remota Antiguidade ficou um lamento incompreendido de Matemática, compondo as lendas de uma Idade de Ouro em que os “deuses” estiveram entre nós e praticaram alta matemática (que, lembre-se, está emparedada com eles, em suas cabeças, dentro dos sarcófagos postos dentro das pirâmides).

                            Vitória, quinta-feira, 01 de julho de 2004.

O Tempo Rapidíssimo que Passava Muito Lentamente

 

                            Como a hora tem 60 minutos, o minuto 60 segundos, numa hora há 3.600 segundos. Podemos usar esse multiplicador, reduzindo 150 dias de 24 horas numa única das nossas, de modo que tudo fique multiplicado por 3,6 mil, o que é uma escolha numérica, mas arbitrária, dada por arbítrio ou escolha. Esse tempo muito rápido continua a escoar na base de um segundo de cada vez, mas essa compressão nos permitiria colocar os 70 milhões de anos da migração mais recente da Placa da América do Sul em 19,5 mil dias, pouco mais de 53 anos, o que está dentro de uma vida humana. Tal artifício muitos já usaram, a novidade estaria apenas na escolha de 3,6 mil como divisor.

                            Isso, num documentário, permitirá dar grandes saltos, multiplicando tudo por 3,6 mil e ao mesmo tempo de vez em quando freando para o segundo, observando como as criaturas se comportavam, na computação gráfica ou modelação computacional. Tudo que for irrelevante ou já sabido seria saltado e tudo que merecer um olhar mais atento focado, detalhado. Uma pessoa de 53 anos pode ser usada como metro do desenvolvimento sulamericano das bases de nossas vidas presentes: como os páleo-ambientes vieram dar nos ambientes contemporâneos? Como as páleo-figuras que existiam viveram e morreram?

Se construído um retângulo, com o tempo mais recente no lado de cima, o lado mais antigo em baixo, por faixas podemos colocar os vários desenvolvimentos, plotando os pontos onde se poderia clicar para expandir as abordagens segundo a segundo, tudo mais passando a grandes velocidades. Sucessivos mapas da América do Sul, a cada milhão de anos, seriam coalhados de pontos abordados segundo a segundo nas grandes ilhas, conforme está em A Segunda Maior de Todas e do Outro Lado a Mãe e a Irmã que a Criaram, neste Livro 85. Seria estocados como gavetas num armário, puxando-se para abrir aquele milhão de anos engavetado.

                            Conforme fossem descobertas novas versões elas seriam introduzidas no documentário de base, que também poderia ir mudando segundo novos cenários; a comparação entre o primeiro e o mais recente daria a quantidade e a qualidade dos avanços do conhecimento.

                            Vitória, segunda-feira, 28 de junho de 2004.

O Mundo Perfeito no Final de Tudo

 

                            Supondo o UM que dá o salto não-finito para a integração total pós-Godel, em que todos os elementos são integrados EM SI, isto é, quando Deus dá o salto não-finito e se torna TAMBÉM Natureza, compondo Natureza/Deus, Ela/Ele, ELI = ABBA = ALÁ, deve haver na ordem das proposições um mundo-prefeito (na Rede Cognata, MODELO-PIRÂMIDE, o perfeitamente desenhado) em que ELI se compraz com sua própria Criação, vendo-se naquilo que criou, podemos contar que nele sem integradas as almas mais altas, digamos assim, aquelas pelas quais ELI sinta apreço. De pronto, o modelo diz na soma zero 50/50 que 50 % não irão, os irredimidos, e isso deve ser um sofrimento indizível, não-comungar com ELI na visão do MP, mundo-perfeito. Que castigo seria pior que esse?

                            Vitória, sábado, 03 de julho de 2004.

Novo Euclides

 

A GEOMETRIA DE EUCLIDES (elementos do reitor da Escola de Alexandria) – Internet compactada. Site na Internet

DOS SEIS PRIMEIROS LIVROS, DO UNDECIMO E DUODECIMO
DA VERSÃO LATINA DE
FREDERICO COMMANDINO
 
COIMBRA
Imprensa da Universidade.
1855.
Com Previlegio Real.
OCR, Scans, HTML Design e Artwork de César Páris & Adriano Esteves
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Os Elementos são - a seguir à Bíblia - provavelmente, o livro mais reproduzido e estudado na história do mundo ocidental. Foi o texto mais influente de todos os tempos, tão marcante que os sucessores de Euclides o chamavam de "elementador". Esta obra é considerada um dos maiores best-sellers de sempre.
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EUCLIDES DA GEOMETRIA (Barsa digital 1999)

O espaço euclidiano, imutável, simétrico e geométrico, metáfora do saber na antiguidade clássica, manteve-se incólume no pensamento matemático medieval e renascentista. Somente nos tempos modernos puderam ser construídos modelos de geometrias não-euclidianas. ©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.

Enquanto compilador em si mesmo Euclides foi apenas um funil por onde escorreu o conhecimento do seu tempo. Porém o sistematizador não é somente isso, nem de longe, porque ele deve dominar o que faz; não é uma simples colagem, pedaços rasgados de tecido cuja única ordem é, digamos, a de serem todos quadrados ou retângulos, como numa colcha. Pelo contrário, ele deve entender profundamente do que está falando. Ademais, deve compactar tudo e oferecer de um modo agradável, perfeitamente lógico, fácil de acessar, como que numa apostilha, com tudo ordenadinho. Não é à toa que Euclides foi chamado de “elementador” (na Rede Cognata, CENTRADOR, o que produz centro, absoluto, convergência total).

Precisamos de um novo Euclides em nossos tempos, pois dizem que 100 mil teoremas de Matemática estão surgindo por ano e se ninguém dá um jeito a maioria nem saberá do que se está falando, até que surja a super-MICA (memória, inteligência e controle artificial), capaz de varrer tudo e colocar em ordem. Enquanto isso precisamos de um novo Bourbaki.

BOURBAKI (na Barsa digital 1999)

Bourbaki, Nicolas - Não se sabe com certeza como surgiu o nome Bourbaki. Acredita-se que se trate de uma homenagem ao general francês Charles-Denis Sauter Bourbaki, figura de certo destaque na guerra franco-prussiana. ©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.

Negros e Índios que Olham o Mundo e o Círculo do Oriente

 

                            Quando a gente repara em brancos, negros, vermelhos e amarelos vemos que os branco-europeus, mercê da crença dilatadora em Cristo, fizeram pelo mundo nos vários milhares de anos, especialmente nos mais recentes 500 anos, grande bem, apesar de tudo, e dando de si construíram amplamente. Quase tudo de mais significativo no Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e matemática) é devido a eles, enquanto nas últimas décadas os orientais têm feito muito, como tinham feito antigamente.

                            OS QUE MAIS FIZERAM

                            1º) branco-europeus;

                            2º) amarelo-asiáticos;

                            3º) negro-africanos;

                            4º) vermelho-americanos.

Os índios, particularmente, foram amplamente trucidados física e culturalmente (nacionalmente) de norte a sul das Américas, do Alasca à Terra do Fogo, num arco de mais de 20 mil km, creio (pelo menos as duas cordilheiras, Rochosas e Andes, montam 8 mil km cada). Não há, até onde nossa mente pode alcançar, nenhum índio que tenha projeção no Conhecimento. Pelo menos os negros se projetam nas artes e nos esportes e alguns começam a aparecer nas forças armadas e nas ciências, quando não em outros setores, numa notável recuperação nos últimos séculos, dando um salto de quase a idade da pedra até o espaço (como consta numa propaganda visual, penso que do Discovery, em que se vê um menino dançando e depois um astronauta negro).

Já os orientais, se marcássemos círculos em volta de um indivíduo, veríamos faixas em que eles se tornam cada vez mais produtivos quanto mais se chega ao presente dia, ainda que mais na Economia (agropecuária/extrativismo, indústrias, comércio, serviços e bancos) e não tanto no Conhecimento, onde copiam mais (fazer uma lista do Nobel e outros prêmios seria significativo). Nas faixas mais próximas a presença deles se tornaria mais densa. Seria interessante ver.

Em resumo, olhando sem paixão, apenas contando, os europeus e os brancos são mercê de Cristo os ganhadores da corrida, por enquanto.

Vitória, sábado, 03 de julho de 2004.

Jornal dos Estudantes

 

                            Quando estávamos no Diretório Acadêmico Dido Fontes, da Engenharia na UFES, lá por 1976 publicamos um folhetim, que nem era diário nem tinha feitio de jornal, mas chamávamos assim, Jornal da Engenharia, destinando-o aos estudantes.

                            Não é disso que estou falando, nem de revistas educativas, nem de nada que seja do lado dos pais e das mães, nem do interesse dos governempresas, nem dos professores, funcionários, do lado da pedagogia, da direção, seja de quem for, além do interesse mesmo dos estudantes.

                            CRÍTICA FAVORÁVEL E DESFAVORÁVEL

·        A pais e mães (e irmãos e irmãs);

·        A professores, diretores, funcionários;

·        Aos métodos pedagógicos;

·        Às instalações e salas de aula;

·        Às apostilhas e livros;

·        Às PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) envolvidas com educação e ensinaprendizado, nos AMBIENTES (cidades/municípios, estados, nações e mundo);

·        Investigação das chaves e bandeiras do modelo;

·        Falando de Internet e Web; de computadores; de roupas; de locais de encontro; de projetos de graduação; de custo dos objetos; de financiamento durante o curso; de empresas jovens; de um milhão de assuntos.

ESTUDANTE (no Aurélio Século XXI digital)

·        S. 2 g.  1. Pessoa que estuda; discípulo; aluno, escolar (olhe só que pobrezinho, que curtinho!)

ESTUDANTE (no Houaiss digital)

·        Adjetivo e substantivo de dois gêneros que ou o que freqüenta regularmente curso (de ensino fundamental ou médio, universitário etc.) em alguma instituição ou qualquer outro curso livre, no qual se pode adquirir alguma habilidade e/ou conhecimento.

Veja só que pouco para tudo que o estudante é e para tanto que precisamos dele no primeiro, segundo, terceiro graus; no mestrado, no doutorado, no pós-doutorado.

Repare só que oportunidade formidável, pois são vários bilhões no mundo inteiro, com tanto assunto!

Vitória, sexta-feira, 02 de julho de 2004.

Eu Que Bebi de Todo Aquele Cansaço

 

                            PEGUEI UM PARA REPRESENTAR (na Barsa digital 1999)

Alceu Amoroso Lima: Crítico literário e pensador católico que sempre se envolveu com a política e as questões sociais, Alceu Amoroso Lima partiu de uma posição muito conservadora para chegar ao fim da vida como um intelectual progressista, em luta contra as transgressões à lei e a censura que o regime militar de 1964 iria impor ao Brasil. ©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.

                            O fato é que nós bebemos como leitores, como espectadores, como qualquer um que se beneficia do trabalho dos escritores e outros que trabalharam por todos e cada um, daquelas longas horas trabalhadas. Não bebemos do suor dos que se divertiram nas praias, nos bares, em todo lugar onde o prazer foi a recompensa somente de quem o teve.

                            Sempre e por toda parte aproveitamos o trabalho.

                            Todos esses livros que existem no mundo, as peças de teatro, as leis científicas achadas, a Matemática re-produzida, tudo isso veio dos corajosos que por anos e décadas nos deram diariamente uma dose de cansaço. Todo o prazer que foi tido ficou no passado, ao passo que todo cansaço alcançou o futuro. A soma é quase zero. Quase. O que nos dá futuro ou aptidão é o cansaço, o mourejar contínuo, a luta diária pela sobre-vivência. Nos programas de computador, nas pontes, nos prédios, em tudo que nos dá futuro está o cansaço de homens e mulheres dos quais e das quais o suor escorrido é a água que nos dá de beber e é o sal que nos alimenta.

                            A Alceu de Amoroso Lima e todos os que como ele e outros lutarem para produzir conhecimento novo, futuro novo, nosso agradecimento.

                            Vitória, domingo, 27 de junho de 2004.