O Tempo Rapidíssimo
que Passava Muito Lentamente
Como a hora tem 60
minutos, o minuto 60 segundos, numa hora há 3.600 segundos. Podemos usar esse
multiplicador, reduzindo 150 dias de 24 horas numa única das nossas, de modo
que tudo fique multiplicado por 3,6 mil, o que é uma escolha numérica, mas
arbitrária, dada por arbítrio ou escolha. Esse tempo muito rápido continua a
escoar na base de um segundo de cada vez, mas essa compressão nos permitiria
colocar os 70 milhões de anos da migração mais recente da Placa da América do
Sul em 19,5 mil dias, pouco mais de 53 anos, o que está dentro de uma vida
humana. Tal artifício muitos já usaram, a novidade estaria apenas na escolha de
3,6 mil como divisor.
Isso, num
documentário, permitirá dar grandes saltos, multiplicando tudo por 3,6 mil e ao
mesmo tempo de vez em quando freando para o segundo, observando como as
criaturas se comportavam, na computação gráfica ou modelação computacional.
Tudo que for irrelevante ou já sabido seria saltado e tudo que merecer um olhar
mais atento focado, detalhado. Uma pessoa de 53 anos pode ser usada como metro
do desenvolvimento sulamericano das bases de nossas vidas presentes: como os
páleo-ambientes vieram dar nos ambientes contemporâneos? Como as páleo-figuras
que existiam viveram e morreram?
Se construído um retângulo, com o
tempo mais recente no lado de cima, o lado mais antigo em baixo, por faixas
podemos colocar os vários desenvolvimentos, plotando os pontos onde se poderia
clicar para expandir as abordagens segundo a segundo, tudo mais passando a
grandes velocidades. Sucessivos mapas da América do Sul, a cada milhão de anos,
seriam coalhados de pontos abordados segundo a segundo nas grandes ilhas,
conforme está em A Segunda Maior de
Todas e do Outro Lado a Mãe e a Irmã que a Criaram, neste Livro 85. Seria
estocados como gavetas num armário, puxando-se para abrir aquele milhão de anos
engavetado.
Conforme fossem
descobertas novas versões elas seriam introduzidas no documentário de base, que
também poderia ir mudando segundo novos cenários; a comparação entre o primeiro
e o mais recente daria a quantidade e a qualidade dos avanços do conhecimento.
Vitória,
segunda-feira, 28 de junho de 2004.
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