sexta-feira, 30 de junho de 2017


A Soma dos Páleo-Mundos

 

                            Como já vimos em As Páleo-Fozes e a Soma do Rio com o Mar, neste Livro 85, e em vários outros textos, determinar os páleo-cenários é fundamental. Se pudéssemos em ordem de grandeza definir a quantidade de páleo-vida de cada horizonte de milhão de anos poderíamos estimar as dimensões dos depósitos que foram feitos como carcaças (ficto e zooplancto até organismos muito maiores) desde as lâminas d’água ideais (oceanos, mares, lagoas e lagos) até as páleo-fozes. Sugeri fazer para a América do Sul, que é onde estamos, mas isso pode ser estendido ao mundo inteiro.

                            Idealmente produziríamos páleo-globos com aqueles horizontes de milhão de anos, ou seja, desde o início da Vida há 3,8 bilhões de anos 3.800 mapas; desde a explosão do Cambriano 600 mapas; desde a separação da África 280 mapas e desde a intensificação dessa separação 70 mapas, na realidade 70 globos que se sucederiam na tela. Essa mudança continental, das placas tectônicas que andam e mudam os cenários, haverá de encantar os que apreciam a forma; porém, mais que isso, deliciará os que buscam o conteúdo poder ver os depósitos se intensificando na vertical como gráficos cilíndricos, representando os volumes ideais projetados.

                            A soma de todos os páleo-globos - digamos onde se situa o Espírito Santo hoje - seguramente ajudaria a busca de depósitos; e teria um valor tremendo para a Sete Irmãs, a Petrobrás, a Pemex (petroleira mexicana), as companhias argentinas e outras do mundo inteiro. Elas ficariam agudamente fissuradas, alucinadas, doidas mesmo. Isso seria vendável a peso de ouro. Poderíamos fornecer as informações sob demanda, antes que o método se banalizasse; enquanto isso já teríamos avançado mais um passo, até o ponto em que poderíamos indicar precisamente todas as áreas da Terra. Depois, claro, seria o esgotamento, esperando-se que em tempo já se houvesse descoberto outra fonte. Uma espécie de refresco nas tensões internacionais.

                            Vitória, quinta-feira, 01 de julho de 2004.

A Segunda Maior de Todas e do Outro Lado a Mãe e a Irmã que a Criaram

 

                            Como no artigo deste Livro 85, A Lagoa que Era Isso Aqui, veja os dois crátons, o Planalto Brasileiro e o Planalto das Guianas (dividido em duas ilhas), como a Mãe e a Irmã, a Segunda Maior fazendo referência à grande-ilha dos Andes, que então ia do norte ao sul, ou vice-versa, serpenteando por oito mil quilômetros, segundo a medida com o a Ferramenta de Medição do Atlas Mundial Encarta 2000 e pouco mais de oito mil quilômetros com o medidor de distâncias ASI (Swiss Made). Então, entre oito e nove mil quilômetros.

                            Evidentemente os dois planaltos como que empurraram (na realidade, a Placa da América do Sul toda foi andando para a esquerda, para baixo, sudoeste, desde a África, que foi para noroeste) a base para o Oeste, aquilo que se tornou depois os Andes, a partir de então um imensa ilha só menor que sua congênere, a grande-ilha das Montanhas Rochosas, nos México/EUA/Canadá, ainda mais comprida, creio (fui medir e tem mais ou menos a mesma distância, oito mil quilômetros do México ao Alaska, mas manterei o título, porque é possível que haja uma primeira em qualquer parte e o título é engraçado).

                            Bem, agora temos definidas três ilhas, ou quatro, duas pequenas nas Guianas, uma grande no Brasil, todas arredondadas, e uma compridíssima no Oeste. Isso persistiu por milhões de anos, muito antes de os seres humanos terem sido formados. Se os primatas estão aí há 100 milhões de anos, foi pouco depois deles começarem a se formar; se os hominídeos aí estão há 10 milhões de anos, fui muito antes. Devemos olhar as três ilhas (quatro) como estáveis por dezenas de milhões de anos. Por todo esse tempo, entre 70 milhões de anos e “pouco antes” de agora, por não se sabe quanto tempo, essa foi a realidade no horizonte. Todo esse tempo deveria ser trabalhado entre mapas iniciais e finais, com espaços-de-folha de um milhão de anos. Como os cenários e as figuras que nele viviam se desenvolveram nesse ínterim? Como podemos pensar, isso é importantíssimo para todos nós. Desenvolver os cenários antigos autorizará o futuro, o nosso existir de agoraqui, que terá então sustentação no passado profundo. E habilitará os pesquisadores-paleontólogos a buscar nos lugares mais ou menos certos.

                            Vitória, segunda-feira, 28 de junho de 2004.

A Restauração do Guerreiro

 

                            Vi notícia de que, pelo menos em Jardim da Penha, Vitória, ES, os companheiros antigos é que mais batem nas mulheres, mais de 60 %. De qualquer modo espancar mulheres e crianças é horrível, é um dos índices mais depressivos da des-humanidade.

                            Antes que algum idiota avance a hipótese devo dizer que não estou justificando, de modo algum, entretanto é o caso de não só evitar o negativo como instrumentar o positivo. Neste caso, o Modelo da Caverna diz que saímos espaçotempo dos homens (machos e pseudofêmeas) caçadores e das mulheres (fêmeas e pseudomachos) coletoras para um mundo de assentamentos no qual as mulheres, postas na relação monogâmica, querendo assegurar depois da coleta de esperma a manutenção de si e dos filhos e filhas pelo futuro todo, procuraram engordar ou cevar os homens, através de administrações de cereais e de toda gordura que aumenta o peso relativamente à massa muscular, evitando doravante dos guerreiros suas saídas (para caça e OUTROS depósitos de esperma). Isso levou a um punhado de aborrecimentos e à contenção, que vai se acumulando irremediavelmente, até que um dia derrama ou vaza. Tal vazamento não se dá apenas com a pancadaria e sim com toda forma de tumulto cujo centro seja o homem destemperado. Evidentemente, como nem todos tem autocontrole a maior parte perde as estribeiras, desorienta-se, até porque não há, para a grande maioria, ajuda psicológica profissional (ou amadora, fora a dos padres). O resultado é esse descalabro.

                            Uma solução larga, alta e profunda seria a RECONSTRUÇÃO DO GUERREIRO, de sua personalidade-forte, que possa vazar através de catarse, como a solução dos videogames que se encontrou para os jovens e adolescentes. Uma forma parecida de violência simbólica que responde aos antigos instintos enquanto eles não são (se é útil serem) descartados. E, de todo jeito, a reconstrução da forma, por exemplo, do corpo, tirando o excesso de gordura, devolvendo a autoestima, seria muito boa. Tudo isso deveria ser planejado pelos governempresas. É claro que quem faz é culpado de si, 50 %, porém o modelo me ensinou a ser cuidadoso e não-unilateral, pelo menos bilateral, talvez multilateral, pois há nuances. Assim, pelo menos 50 % pertencem ao coletivo, que deve ensinar e conduzir. Essa RG é equivalente a restaurar os casamentos, não só em favor de pais e mães como, principalmente, em favor dos filhos.

                            Vitória, quinta-feira, 24 de junho de 2004.

                    

A Língua que as Mulheres Inventaram

 

                            Como vimos no Modelo da Caverna, as mulheres (fêmeas e pseudomachos) coletoras ficavam com 80 a 90 % de todos os humanos sob sua guarda, enquanto os homens (machos e pseudofêmeas) caçadores iam com 20 a 10 % à caça. Era assim assimétrico pelas razões apontadas: a) mulheres, 50 %, b) crianças (garotos, excluídas as meninas, que já contaram no outro grupo; seriam, até os 13 anos, metade, grosso modo, porque os machos adultos viviam pouco, até os 25 ou 30 anos, em média), 25 %; c) velhos e velhas; d) inválidos; e) anões e anãs; f) gatos e cachorros de boca pequena, que não contam como humanos, apesar do Magri, mas mesmo assim formavam com o grupão. Somando temos (50 + 25 + X = mais de 75 %, necessariamente, independentemente de X, velhos e velhas). Assim, a Língua das Mulheres atendia a um público maior, de 80 a 90 % de todos, em qualquer caverna.

                            E era, como vimos também, língua cheia de quantificadores (substantivos, pois o volume e área a que devia servir era imenso, relativamente à LINHA DE CAÇA e ao PONTO FOCADO, a presa) e qualificadores (adjetivos), para dar nuança (no Aurélio Século XXI digital: S. f.  1. Cada uma das diversas gradações de uma cor; cambiante, matiz, tom, tonalidade; meio-tom:  2.      Diferença delicada entre coisas do mesmo gênero. 3. Grau de força ou de doçura que convém dar aos sons) ou dilatar a realidade da mente ao encontro da realidade do mundo, acoplando a primeira maximamente à segunda. Os homens faziam o mesmo, mas inicialmente para distinguir um número menor de elementos. Só depois, quando passaram a ficar mais tempo nos grandes campos de caça a necessidade de ampliação apareceu. E mais ainda quando se apoderaram da agropecuária e da irrigação, inventadas também pelas mulheres.

                            Ora, ali estavam milhares de elementos que mostrar, que explicar a um grande número de pessoas TODOS OS DIAS, de modo que a memória é crucial nisso, expandindo-se nelas. Quanto o círculo aumenta (πr2) com o raio? Quanto o volume (4πr3/3)? Um cresce com o quadrado, outro com o cubo, ao passo que a linha masculina é de pressa, de ir e vir correndo atrás da presa e com medo do predador. Não dá tempo para prestar atenção em nada. E a correria faria com que os garotos, dos 13 aos 25 ou 30 anos, esquecessem a maior parte das palavras, de modo que, se isso é verdade, deve ter subsistido até hoje nos jovens machos uma sensação de perda, que pode ser rastreada pelos testes de laboratório.

                            Vitória, quarta-feira, 30 de junho de 2004.

A Língua dos Servos

 

                            No filme A Múmia (Nos anos 20, uma arqueóloga e seu irmão se unem a um aventureiro para encontrar um lendário tesouro, mas terminam por trazer uma múmia de volta à vida, libertando sua ira. Com direção de Stephen Sommers (Tentáculos) e Brendan Fraser, Rachel Weisz e John Hannah no elenco), a múmia ouve o personagem falar e se volta, dizendo que é a língua dos servos (supostamente o hebraico, falado pelos servos judeus dos egípcios no antigo Egito).

                            Não é o que se mostrará em ASC (Adão Sai de Casa), porque pela Rede Cognata (veja Livro 2, A Construção da Rede e da Grade Signalíticas) sânscrito = SCT = SECRETO = PADRE = SERVO = SINAGOGA = PIRÂMIDE, etc. Então, podemos pensar que os servos na Cidade Celestial falavam o sânscrito (sem-escrita, uma língua baixa depois tornada sagrada = SECRETA). Então, os atores deverão aprender sânscrito quando forem falar como servos da Casa Grande, da Cidade do Céu lá em Uruk, onde Adão e Eva e os adâmicos viviam – o que por si só será uma aventura. Mas, felizmente, o sânscrito permaneceu vivo, é falado ainda hoje. Em especial os atores e atrizes deverão ser supertreinados, para falar tudo mesmo, inclusive as interjeições, ou seja, devem se emocionar em sânscrito. Devem se acostumar tanto a ponto de falarem em casa, como se fosse a língua principal. De preferência contratar brâmanes para atuarem com as impecáveis roupas dos servos (porque, veja só, eles tinham a maior satisfação de servir aos “deuses”).

                            Vitória, quarta-feira, 30 de junho de 2004.


A letra é de Joaquim Osório Duque Estrada (1870 - 1927) e a música é de Francisco Manuel da Silva (1795-1865)




I
Ouviram do Ipiranga às margens plácidas
De um povo heroico o brado retumbante.
E o sol da liberdade, em raios fúlgidos,
Brilhou no céu da pátria nesse instante.
Tradução: Às tranquilas margens do rio Ipiranga foi ouvido, ao longe, o grito de um povo heroico. E, naquele instante, o sol da liberdade, com raios que faiscavam muito, brilhou no céu do Brasil
E o penhor desta igualdade
Conseguimos conquistar com braço forte.
Em teu seio, ó liberdade,
Desafia o nosso peito a própria morte!
Ó pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Tradução: A garantia da igualdade foi conquistada com nossas próprias mãos. Por você, que nos deu liberdade, nós desafiamos a própria morte. Ó país amado, idolatrado, salve, salve!
Brasil, um sonho intenso, um raio vívido
De amor e de esperança à terra desce,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido
A imagem do cruzeiro resplandece.
Tradução: Brasil, quando a imagem do Cruzeiro do Sul brilha no céu limpo e alegre, um sonho intenso, um raio de amor e de esperança desce até a Terra
Gigante pela própria natureza,
És belo, és forte, impávido colosso,
E o teu futuro espelha essa grandeza.
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu Brasil
Ó pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada, Brasil!
Tradução: A própria natureza fez você grande, você é belo, forte, um gigante sem medo. E no seu futuro você continuará a ser grande, ó terra que amamos. Entre tantos outros é você, Brasil, o país que amamos. Você á a bondosa mãe dos que nascem aqui, amada terra natal, Brasil!
II
Deitado eternamente em berço esplêndido
Ao som do mar, e à luz do céu profundo.
Fulguras, ó Brasil, florão da América,
Iluminado ao sol do novo mundo!
Tradução: Deitado para sempre em um berço grandioso, banhado pelo som do mar e pela luz do céu, você se destaca, ó Brasil, preciosidade da América, banhado pelo sol que ilumina os novos continentes
Do que a terra mais garrida,
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores
Nossos bosques tem mais vida,
Nossa vida no teu seio mais amores.
Ó pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Tradução: Seus alegres e lindos campos têm mais flores até do que a terra mais produtiva. Assim como nossas florestas, que são mais belas e vivas, nossa vida, quando estamos aqui, é mais feliz. Ó país amado, idolatrado, salve, salve!
Brasil, de amor eterno seja símbolo
O lábaro que ostentas estrelado
E diga o verde-louro dessa flâmula
- Paz no futuro e glória no passado.
Mas, se ergues da justiça a clava forte,
Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu Brasil
Ó pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!
Tradução: Brasil, que para sempre sua bandeira, cheia de estrelas, seja símbolo de amor eterno. E que o verde-amarelo da bandeira diga "Paz no futuro e glória no passado." Mas se um dia você erguer sua arma da justiça em uma guerra, verá que um filho seu não foge da luta. E verá também que quem o adora não tem medo nem da própria morte. Entre tantos outros é você, Brasil, o país que amamos. Você á a bondosa mãe dos que nascem aqui, amada terra natal, Brasil!

quinta-feira, 29 de junho de 2017


“(...) classificar todas as partes da existência humana (...)”

 

Esta frase incompleta é parte da completa, constante do livro de André Campos Mesquita, Comte, Sociólogo e Positivista, da coleção Pensamento & Vida, São Paulo, Escala, 2012, página 30, onde diz: “A filosofia, para Comte, tem por objetivo classificar todas as partes da existência humana, para que se possam reduzi-las a uma única verdadeira unidade”.

Fiz isso de muitos modos.

COPIADO O QUADRO DE ‘A ESCOLA DAS PESSOAMBIENTES’ (ao produzir todos aqueles enquadramentos, diversos outros podem deles derivar: este deriva das pessoambientes)

ESCOLAS AMBIENTAIS.
Educação do mundo.
Educação das nações (193, segundo a ONU)
Educação dos estados (no Brasil são 26 + DF, mas no mundo chutei uns 4,0 mil).
Educação das cidades-municípios (escolas para C/M, quem já ouviu falar?): no Brasil seriam 5.570 alunos.
ESCOLAS PESSOAIS.
Educação das empresas para seu novo papel.
Educação e reabilitação dos grupos.
Educação cruzada das famílias (não se parece com as outras, porque a família geral é a base de tudo).
Educação dos indivíduos (retrato geral das pessoambientes e de si).

Entretanto, não uso para REDUZIR as partes à unidade: a unidade, quando produzida e vista em integridade, AMPLIA a humanidade à sua unidade, que lhe é natural quando são afastadas as travas dos olhos ou antolhos que obstaculizam nosso pensar e comunhão (veja Comunhão e Solidariedade Pessoambiental) pretendida.

Como já vimos, Comte produziu incompletudes em suas classificações.

A DOIDEIRA SUPERPARTIDA DERIVADA DE COMTE (Comte outra: pretendendo a unidade, produziu a dispersão)

https://terrabrasilis.revues.org/docannexe/image/298/img-1-small580.jpg

Em vez de produzir unidade, levou a humanidade a mais fragmentação.

Como posso pensar que com o MP Modelo Pirâmide será diferente?

Não há garantias.

Tudo depende de participação das pessoas, que não pode ser imposta, não pode vir de cima, do juízo suposto superior de quem quer que seja, eu inclusive. “Classificar todas as partes da existência humana” só pode ter um começo, digamos o do MP; não pode ter um fim, não quero uma verdade que seja minha, quero A Verdade – se, como é a lógica-dialética, não podemos ter A Verdade, que é somente e inequivocamente de Deus, pelo menos que tenhamos um vislumbre, mais e mais confiável, dependendo das sucessivas experiências e pensamentos de todos e cada um, inclusive ou principalmente das contestações.

Vitória, quinta-feira, 29 de junho de 2017.

GAVA.