domingo, 7 de maio de 2017


As Chagas Expostas da América Latina

 

                            Publicado pela primeira vez em 1970 As Veias Abertas da América Latina é um livro excepcional de Eduardo Galeano (Uruguai, 1940 -) que tem corrido o mundo e feito sucesso. Expõe como a Europa predou a América Latina impiedosamente. É certo que não concordo com as teses dele, porque as acredito unilaterais; como a soma é zero no modelo a Europa tanto deu quanto tirou, ou irá fazê-lo, até que sem intenção, mas acontecendo de fato.

                            Agora o Brasil vem de se inscrever novamente para o Oscar (um sonho nacional idiota, dentre tantos) com Carandiru, mais uma chaga exposta no pior sentido, daquele mendigo que fica nas calçadas da vida ganhando a existência exibindo suas mazelas à piedade dos passantes, sem lutar para GANHAR A VIDA, porque pela natureza das propostas ela deve ser ganha na raça, não her/dada nem simplesmente dada como esmola. É vergonhoso, porque só mostram as condições de pobreza, como esse episódico e triste Cinema Novo/Velho vem de fazer desde a década dos 1950, pedindo ao mundo doações para nossa pobreza-miserável.

                            As elites cinematográficas não mostram os podres das elites financeiras e econômicas (agropecuárias/extrativistas, industriais, comerciais, dos serviços e bancárias), só divulgam a pobreza dos pobres, as chagas, o pus, o carnegão, as feridas abertas, a dor, a destruição, a favelização, a prostração; não expõe, não arreganham a revolta, a resistência efetiva dos quilombos, o novo Brasil que está se fazendo nos subterrâneos – nunca apontam CONDIÇÕES DE EMANCIPAÇÃO, de vitória. Sempre divulgam os revolucionários caçados, a população pisoteada, sempre o lado ruim.

                            As elites do Cinema geral nacional não disputam com as elites da riqueza, do TER, do superter brasileiro. São franguinhas, são mulherzinhas, não agüentam uma briga, estão sempre acovardadas. Expõe o povo em condições subumanas, em situações de estraçalhamento, de redução, de diminuição até o nível animal (os estrangeiros festejam e aplaudem! - o que Isso me deixa furioso).

Esses cineastas são umas merdinhas.

                            Vitória, quarta-feira, 28 de janeiro de 2004.

Amigas dos Pássaros

 

                            Olhando os dez milhões de anos dos hominídeos podemos ver a crescente ocupação das cavernas gerando os predecessores dos sapiens, tanto quanto eles as geraram, quer dizer, modificaram, pois dizer pessoambientes é o mesmo que afirmar das pessoas os ambientes e vice-versa. Então, no Modelo da Caverna dos homens (machos e pseudofêmeas) que saíam para caçar e das mulheres (fêmeas e pseudomachos) que ficavam coletando, a tropa que restava (crianças de ambos os sexos, velhos e velhas, doentes, aleijados, anões e anãs, gatos e as demais posses) ficava sob administração ou controle feminino.

                            Além de ter os gatos que vigiavam as crianças, as mulheres deviam ter mais aliados, por exemplo, os pássaros, que têm um cérebro pequeno, com poucas opções de aprendizado; porém, ao longo de um tempo muito grande podem-se recompensar as atitudes desejadas, fazendo sobreviver e proliferar os apontamentos de apoio, certa gritaria quando da aproximação de inimigos. Importa menos saber quais eram estes do que os pássaros que se tornaram aliados, pois as mulheres devem ter selecionado uma linha simbiótica, servindo-se dos pássaros e eles delas, estrita camaradagem e confiança (mas não com relação aos homens, que os viam como proteínas). De modo que devemos esperar que certos pássaros possam ser chamados pelas vozes das mulheres, porém não pelas dos homens. Assim, devemos esperar na Língua das Mulheres uma subseção que atraia os pássaros. Será que sob hipnose as mulheres podem despertar esse sentido e essa partição da língua? Seria possível as frações mais atrasadas da humanidade, os índios (no caso, as índias) ainda se recordarem desses estrilos e trinados característicos? Teriam elas, aquelas mulheres (pois certamente passou às humanas, depois dos sapiens, embora a utilidade tenha se perdido) uma espécie de LÍNGUA DOS PÁSSAROS? Porque seria preciso distinguir se são tais ou quais inimigos, se existe comida em tal ou qual árvore, se os homens estão voltando, etc.

                            Poderiam os psicólogos descobrir isso?

                            Vitória, sábado, 31 de janeiro de 2004.

Adão se Defende das Feras

 

                            Imagine-se chegando um planeta em que os racionais ainda não começaram o crescimento acelerado, a acumulação exponencial civilizada, em que os 100 milhões de anos primatas pouco destruíram, um pouco mais os 10 milhões de anos hominídeos e mais ainda os 100, 50 ou 35 mil anos sapiens, mas não tanto quanto o fariam os seis mil anos humanos, depois da escrita. Foi o caso de Adão e sua Turma, quando no AZEA (ano zero da Era Adâmica) aterrissaram, há 5,75 mil anos, lá por 3,75 mil antes de Cristo.

                            Ali estão fungos, plantas, animais, primatas e sapiens hostis, todos potencialmente mortais, venenosos ou atacantes, de modo que seria preciso organizar uma linha inviolável de defesa (uma coisa é gostar dos bichos e outra muito diferente é ser mordido por eles). Tudo pode furar, tudo pode meter os dentes, tudo pode envenenar, há esporos no ar, tudo é mortal e perigoso. Em nível muito maior é como os soldados que vão para territórios estrangeiros, especialmente os mais atrasados e sem recursos.

                            Como se defender das feras e das semiferas humanas de seis mil anos passados? Acho que antes de tudo se deve construir muros. Penso que os adâmicos (=ATLANTES) treinaram os padres e estes aos operários (agindo como capatazes dos “deuses”) para construir IMENSOS MUROS – é a lógica. Muros muito grandes, mesmo, que devem estar em toda parte em que iam.

                            Podemos imaginar a cena: a nave devia descer num centro livre de tudo, um círculo central bastante amplo e assinalado, em volta do qual estariam os muros muito altos. Estes devem ser ciclópicos, titânicos, para todo tipo de fera, mesmo as maiores. Já não existiam dinossauros, mas os elefantes (e talvez alguns mamutes remanescentes) podem causar bastante estragos, especialmente contra os warkianos, que eram tão frágeis. Como a nave viam supostamente de cima e devia ser dotada de antigravidade, descia na vertical, de modo que devemos procurar muros circulares muito altos, muito largos, muito profundos, enfiados na terra, resistentes a todo tipo de embate. Porém, muros não defendem de voadores, de modo que aí seria de esperar a colocação de redes (o que leva a pensar em postes fincados nos muros como suporte – as redes e os postes desapareceram, mas não os buracos nas pedras). Mesmo redes não defendem de viroses e bactérias e aí os cuidados já seriam outros.

                            Vitória, quinta-feira, 29 de janeiro de 2004.

Adão Prepara a Mudança

 

                            Suponhamos que seja certo (veja coletânea Adão Sai de Casa) que Adão tivesse sido expulso de casa e devesse ir para outro planeta; como vimos, escolheria um atrasado no qual pudesse construir o domínio que necessitavam ele e Eva para enfrentar posteriormente o Serpente e seus descendentes.

                            O que ele deveria fazer?

                            Ninguém coloca a mudança em cima do caminhão e sai por aí, indo morar em qualquer lugar; primeiro escolhemos o local e comprada a casa ou feito o contrato de aluguel, tudo muito bem firmado, vamos, com dor ou alegria de estar saindo do antigo lugar.

                            Ou Adão (não era o nome verdadeiro dele, apenas o rastro na Rede Cognata, o quadro da língua simultânea de Deus) conhecia bem a Terra sem nunca ter vindo - o que é difícil de imaginar, porque de longe só dá para saber através de linhas espectrais a composição da atmosfera e por determinados índices se há vida ou não, embora não com esta tecnociência que temos por enquanto – ou veio, uma ou mais vezes, preparar o terreno.

                            Quanto os homens vão procurar novo local, outra caverna, pelo menos na Terra que derivou dos primatas e dos hominídeos, os sapiens homens vão à frente e sozinhos, depois mulher e filhos. Estamos particularizando, claro, elaborando premissas, mas como não temos nada, qualquer ponto de partida vale, porque pode esta nossa reta cruzar com a da verdade e teremos ao menos um ponto.

                            Se veio em 3,75 mil antes de Cristo em definitivo e antes disso para avaliar, viajar entre os planetas deve ser uma coisa trivial, corriqueira, o que exige um supermotor (veja o texto O Motor que Trouxe Adão), porque são distâncias interestelares. Como eu já disse ninguém (fora astronautas, que passam 20 anos treinando para isso) suporta mais que quatro ou cinco horas viajando, de modo que era nave que devia necessariamente vencer 200 ou 300 ou mais anos-luz nesse tempo, e não em 200 ou 300 ou mais anos – o que implica velocidades hiperluminais, acima da velocidade da luz no vácuo muita coisa. Naturalmente todo governo na Terra daria o que tem e o que não tem para obter essa coisa.

                            Porisso, mesmo sendo hipótese e ainda que raie o absurdo os governos darão o máximo de atenção a isso (apenas para o caso da suprema alegria de remotamente existir).

                            Vitória, sexta-feira, 30 de janeiro de 2004.

Adão Faz as Malas

 

                            Quando se vai de mudança em definitivo deve-se levar os índices faltantes de sobrevivência; se vamos para um AMBIENTE (cidade/município, estado, nação ou mundo) esperamos que lá estejam as coisas que vamos necessitar. Por exemplo, se alguém vai mudar do Espírito Santo para Minas Gerais sabe que lá existem municípios e cidades organizadas, com padarias, com supermercados, com costureiras, com lojas de roupas, com oficinas de consertos de carros e objetos, etc. Mas se vamos para um lugar muito primitivo, cidades que mal estão começando, como algumas no interior da Amazônia brasileira, devemos fazer listas mais completas. SE Adão veio mesmo de fora da Terra, quando chegou em 3,75 mil antes de Cristo nada encontrou, salvo autóctones que sabiam fazer fogo e curtir umas peles, levantar umas paredes de tijolos e coisas banais, até porque ele escolheu mesmo um planeta atrasado, como vimos. Então, se segue que ele teve de trazer TUDO que um civilizado (mais ele e os seus naquela época, seis mil anos atrás, que nós agora, dado que supostamente vieram numa nave capaz de andar a velocidades hiperluminais, o que quer que seja isso).

                            Olhando a Bandeira Elementar, teve de trazer depuradores de ar (pois a atmosfera da Terra poderia conter elementos nocivos), filtros de água (por mais pura que ela fosse ainda conteria bacilos e germens daninhos à fisiologia alien), analisadores de terra/solo (dado que, se pretendiam plantar para obter seus alimentos, precisavam saber o que continham as porções) e, PRINCIPALMENTE, usinas de fogo/energia, porque o fogo disponível aqui era apenas o básico do elementar, saber atear fogo com pederneiras, e isso não bastaria, eles necessitariam de usinas de força. Tais usinas de geração de energia não são as nossas, bastante avançadas, eram necessariamente MUITO MAIS AVANÇADAS que as nossas, como pude detectar com o uso da Rede Cognata (veja no Livro 2 o texto Rede e Grade Signalítica e na coletânea Adão Sai de Casa, o texto Transparências, Livro 24): que Adão plantou pelo menos uma usina no Japão (por quê lá?), quase com certeza debaixo donde está hoje uma cidadezinha de lá (veja Círculos de Wakkanai, Livro 62), Kitani-Esachi, a 45º Norte.

                            Enfim, ele veio cheio de tralhas, lotado mesmo, com todo tipo de coisa para passar não dois ou três dias, mas milhares de anos (seus descendentes, os adâmicos, viveram aqui 2,15 mil anos).

                            Vitória, sexta-feira, 30 de janeiro de 2004.

Adão Escolhe um Planeta

 

                            Já calculamos que para o caso de Canopus ter sido o planeta de origem de Adão e Eva e estando ele a 323 anos-luz da Terra, no cubo ideal que tivesse aquela estrela no centro e aresta de 373 anos-luz existiriam - para a densidade estimada de estrelas da Via Láctea – nada menso que 360 mil estrelas. Por quê Adão viria logo para a Terra?

                            Chegando aqui há 5,75 mil anos (3,75 mil antes de Cristo) encontrou algo em andamento:

a)     A Vida geral das algas tinha 3,8 bilhões de anos;

b)     As plantas começaram a tomar a Terra talvez há 400 milhões de anos;

c)     Pelas minhas estimativas os primatas viveram 100 milhões de anos;

d)     E os hominídeos dez milhões de anos;

e)     Os cientistas dizem que os sapiens estavam aí há 100, 50 ou 35 mil anos;

f)      Finalmente, quando presumivelmente os adâmicos chegaram tudo isso estava em curso há bastante tempo, pois eles pegaram menos de seis mil anos desse tempo todo.

Se você for a um dos mais atrasados países da Terra - o Djibuti, que tem apenas 23,2 mil km2 (51 % da área do Espírito Santo) e 600 mil habitantes em 2001, menos de 1/5 da nossa população, PIB de pouco mais de 500 milhões de dólares, uma insignificância – e diz: “olha, gente, eu sou deus e tenho aqui um programa que vai ocupar vocês milhares de anos...”, qual é a chance de não ser corrido com varas? Se Adão e Eva, mesmo vindo de Paraíso (como estou chamando o planeta deles, Jardim do Éden = TRONO DO ETERNO, na Rede Cognata), chegassem a qualquer planeta um pouco mais avançado a chance de conseguirem a atenção e a cooperação entusiasmada dos locais estaria declinando diretamente com o desenvolvimento dos moradores. Teriam mesmo de escolher um planeta atrasado. E a ser verdadeiro que vieram de outro mundo podemos deduzir indiretamente, mas com grande certeza, que há um grande número de planetas mais civilizados que o nosso.

Eles escolheram a Terra de propósito por se tratar de um planetazinho roscofe, bem atrasado, no alvorecer da civilização, nos primórdios mesmo, pouco mais que nada. Era difícil encontrar algo ainda mais atrasado que ainda fosse útil.

Vitória, quarta-feira, 28 de janeiro de 2004.

Acesso Humano ao Conhecimento Adâmico

 

                            Aqueles 2,15 mil anos que vão de 3,75 a 1,60 mil antes de Cristo, quando Adão e Eva e Set inicialmente, depois os adâmicos (= ATLANTES) seus descendentes estavam entre os humanos descendentes dos sapiens devem ter sido de um deslumbramento que não poderemos aquilatar, porque já não há em nosso tempo tanto desconhecimento de nossa parte que pudesse mergulhar no Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática) com tanta gula, com tanta ganância, com tanta sofreguidão.

                            Talvez tenham sido os anos mais belos da humanidade.

                            Não é àtoa que foram tidos como os da Idade Áurea ou Idade de Ouro, a fase paradisíaca, que os padres mais que todos privaram (CIUMENTAMENTE, diga-se de passagem; com grande exclusivismo, a sobreafirmação da exclusividade, colocando os demais para fora, exceto poucos, que choravam de alegria, certamente, ao serem admitidos). Imagine gente mal saída da Idade da Pedra para entrar na Idade dos Metais e da metalurgia, da escrita, das dinastias, da civilização, da construção de cidades – uma festa que não podemos conhecer, nem mesmo nestes anos maravilhosos da Ciência, desde 1500 para cá, e, mais ainda, porque eles podiam conviver com os “deuses”, os anjos do Céu, que tinham certamente um conhecimento mais avançado que o nosso. Deve ter sido deslumbrante, algo de formidável demais para descrever. Com segurança podemos afirmar que os padres faziam DE TUDO para não sair das pirâmides-igrejas e outros lugares de culto e aprendizado, ficando todas as suas vidas em estado de beatitude, aprendendo os rudimentos do Conhecimento adâmico.

                            Não é como agora, em que já estamos acostumados com todo dia ser descoberta uma coisa nova, nem soando mais como surpreendente; era do tempo em que se desconhecia quase tudo, fora as coisas mais insignificantes dos primitivos. Que dádiva! Claro, eles não tinham escova de dente nem fio-dental, mas puderam ver os infinitos objetos de uma civilização mais avançada, ainda que só em fotografias, talvez, fora o que Adão e Eva trouxeram em seu bota-fora (Deus botou os dois a correr para fora de casa, com grande choque deles).

                            Vitória, domingo, 01 de fevereiro de 2004.