Já vimos que devem
existir duas medicinas, dois governantes, duas polícias, dois de muitas coisas,
um representando os homens (machos e pseudofêmeas) e outro as mulheres (fêmeas
e pseudomachos).
Aqui também temos
dois.
As mulheres se tocam
o tempo todo (será um modo de identificar os pseudomachos), constituindo isso
uma espécie de linguagem a decifrar e uma REDE de apoio ou amparo psicológico,
uma tramurdidura que LIGA a todas e cada uma, sob comando da Mãe Dominante e
seu grupinho de superaproveitamento.
Os homens detestamos
(é um modo adicional de identificar as pseudofêmeas, elas vão sentir a mesma
repugnância) que nos toquem. É fácil saber porque: se os homens foram
guerreiros hominídeos por dez milhões de anos qualquer toque é tomado como
início de batalha, daí o tapinha nas costas, que é toque que indica intimidade
e confiança de quem recebe, mas é tão rápido que não configura ofensa. Abraçar
só em caso de amizade provada e boca-de-dentes beijando a face, então, será
escandaloso, a menos que um grande amigo esteja fazendo, alguém a quem se
confiaria a vida.
As mulheres podem se
tocar o tempo todo porque não são várias, como a Rede Cognata mostra, são NÓS,
uma-geral, e, portanto, o toque é comunicação interna; mas se uma pseudofêmea
tocar já será sexual, com frisson, com grande emoção, convidando para transada
ou trepada. Elas estarão se acalmando, dizendo que a rede está em andamento e o
mesmo acontecerá com seus filhos e filhas, estas tendo continuidade como
mulheres. A questão toda, como visto, é que OS GAROTOS, os filhos SOFREM o rito
de passagem de meninas a homens aos 13 anos, passam a outra língua falada e
devem sentir repugnância em relação aos toques, o que significa que uma outra
ordem de hormônios deve atuar, algo a ser detectado. As meninas não sofrem
solução de continuidade, seguem com os toques pela vida afora. Assim, se dois
corpos femininos se tocam e não há emoção são fêmeas, mas se houver uma é fêmea
e uma é pseudofêmea; se um corpo feminino e um masculino se tocam e não há
emoção se trata de uma fêmea e um pseudomacho. Por outro lado, se dois corpos
masculinos se tocam e não há repugnância um é macho e um é pseudomacho.
Vitória,
terça-feira, 27 de janeiro de 2004.