terça-feira, 4 de abril de 2017


Crescimento Humano

 

                            Conversando com Joemar Dessaune (JD), chegamos à conclusão de que o nome certo para a ONG (organização não-governamental) que queremos criar é Crescimento Humano.

                            DUAS COISAS BOAS

·       Pelo lado do humano: engloba homens e mulheres, crianças e adultos, pretos, brancos, amarelos e vermelhos, toda classe social, toda condição de educação, todos os seres humanos, mesmo;

·       Pelo lado do crescimento: embora se diga que desenvolvimento é melhor, na realidade estamos colocando algo mais amplo, e com isso a discussão da negatividade.

Aí podemos constituir a ONG como sociedade limitada no novo Código Civil, de que podemos adquirir um CD nas bancas ou um livro, e registrar nos cartórios, que já têm o formulário básico. Podemos operar de modo maciço, colocando uma porta em cada bairro (são dois ou três milhões no mundo inteiro), como as igrejas evangélicas estão fazendo, recebendo doações, prestando contas aos governempresas, pública e privadamente, tanto às PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) como aos AMBIENTES (municípios/cidades, estados, nações e mundo), tanto em papel quanto em disquete comprável e recarregável e ainda através da Internet e da mídia (TV, Revista, Jornal, Livro, Rádio – quando der).

Eleger um bom gerente financeiro, que seja sobretudo honesto e propenso a essa contínua prestação de contas. Enfim, ser o contrário absoluto desses picaretas enganadores, não como propaganda, mas de coração mesmo, completamente entregue.

E não hostil às igrejas, mesmo quando elas atacarem por imaginarem um competidor, mas francamente a favor delas, inclusive seguindo o ensinamento do Baha’i, cujo traço é universalista. Publicando em todas as línguas futuramente, o que se deseja é usar aquele potencial espontâneo de vontade de ajudar, seja através de que modo for, com dinheiro ou trabalho, em mutirão ou não, para apoiar as obras dos governos, das empresas, das instituições e introduzir elementos novos.

Vitória, sábado, 15 de novembro de 2003.

Consequências da Elevação da Mulher

 

                            Desde a década dos 1960, principalmente, a posição das mulheres melhorou substancialmente (inclusive no sexo, êpa!).

                            Agora, com o Congresso Mundial da Mulher, proposto para Oslo, capital da Noruega (como se poderá ler no texto do Livro 46, As Mulheres e os Modos Políticos; Livro 48, Projeção Mundial da Mulher, e muitos outros), o que está posto é o avanço radical, o salto final para igualdade total do homulher, o par fundamental.

                            Isso não se dará sem alguns sustos e resistências, mormente à medida que o teórico se transformar no prático de enormes exigências que a igualdade fatalmente colocará na ordem do dia. Tanto as mulheres derraparão no uso e no abuso de seu novo e nunca antes havido poder quanto os homens reagirão com alguma brutalidade. Mas é assim mesmo entre as que devem subir e os que devem subir ainda mais em relação à sua posição confortável e sem competidores mais antiga.

                            Pois se as mulheres vão se elevar, os homens deverão fazer um esforço gigantesco, porque o lado masculino não tem competidores há milênios, estes todos (50 mil sapiens e 10 mil de civilização) em que nos reconhecemos históricos ou letrados. A CIVILIZAÇÃO É MAJORITARIAMENTE CONSTRUÇÃO MASCULINA e não há o que rever nisso. Os avanços dependem de reconhecermos isso, tanto o lado bom quanto o lado ruim do crescimento unilateral.

                            Não só não encontramos competidores em relação aos fungos, às plantas, aos animais e aos antropóides, como também não em relação ao lado feminino do duplo corpomente homulher. E agora, pela primeira vez, iremos nos ver no espelho, refletidos ao contrário, quer dizer, COM CRÍTICAS, e críticas duras de iguais. Ora, isso é doloroso, nós não estamos acostumados.

                            Assim sendo, é preciso pré-dispor aconselhamento psicológico para os homens em nossas posições ameaçadas, a menos que os governempresas desejem conflitos pavorosos. É preciso treinamento constante, através de toda mídia (TV, Rádio, Revista, Jornal, Livro e Internet) e de modo muito sério, usando o riso e a comédia para demolir as posições extremadas de ambos os lados.

                            Devemos todos dar muita atenção a isso, especialmente as mulheres congressistas do CMM de Oslo. A coisa é realmente muito séria, particularmente nos países de terceiro, quarto e quinto mundos.

                            Vitória, domingo, 16 de novembro de 2003.

Conhecimento Policial

 

                            O modelo mostrou clara e taxativamente que o par polar oposto/complementar violência/não-violência é parte do universo e que ele jamais se desfará com a construção do “novo homem”, como sonharam antes, até Aldous Huxley, depois de Marx. O par 50/50 de soma zero jamais se dissolverá por obra e graça de nada, ele é do Desenho do mundo, mesmo, do Plano da Criação.

                            Depois, a escolha da Curva do Sino ou de Gauss ou das Distribuição Estatísticas de 100 % distribuídos como (2,5 + 47,5 + 47,5 + 2,5 %) nos diz que a metade, 50 % de violentos, se separará em 2,5 % ou 1/40 daninhos, o que hoje corresponderia a uns 150 milhões de indivíduos que precisam ser dissuadidos de cometer crimes. E assim iremos, na seqüência de (1/40), até (1/40)5 de superdaninhos, 60 indivíduos que cometerão crimes mesmo dormindo, mesmo amarrados, mesmo contra velhinhos indefesos. Então, nós precisaremos sempre de vigilância, de modo a proteger os fracos, os indefesos.

                            Daí que a Polícia geral deva ser melhorada, o que significa afinação através do Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática) geral, levando a aprimoramentos sucessivos, até que se vá além das forças policiais inglesas, que já não usam armas, nem sequer cassetetes e, no entanto, são das mais eficientes do mundo. A Polícia deve ser elevada até se tornar pela sutileza dos seus métodos incapaz do mal do qual está necessariamente próxima, isso constituindo inclusive um teste de grandeza dos homens e mulheres que nela estarão nos resguardando.

                            Só o Conhecimento pode tornar essas forças (futuramente desarmadas) tão elevadas a ponto de já não haver nelas senão gente boa, com grande tolerância por todos e grande zelo pelos cidadãos produtivos. Pensar que brutalizar a Polícia por ela está perto dos brutos nos defenderá do mal só poder advir da mais extrema ignorância e estupidez.

                            Vitória, terça-feira, 18 de novembro de 2003.

Círculos de Permissão

 

                            Devemos arranjar testes para o Modelo da Caverna, porque ou ele é falso ou verdadeiro e devemos saber logo.

                            Um teste seria o seguinte: se as mulheres coletoras ficavam dentro ou nas proximidades das cavernas, por oposição/complementação dos homens caçadores que saíam e iam longe buscar comida, isso deixou marcas em ambos. Tais marcas não podem ter se transformado em disposições genética nos sapiens, em apenas 50 mil anos, mas acontece que os pré-sapiens ficaram nas cavernas milhões de anos e nesse tempo as moléculas podem desenhar.

                            Veja a lógica: há um ponto central que é dimensionalmente a caverna, julgada centro de sucessivos círculos ou áreas que se iam espraiando conforme as mulheres tinham ou não confiança para sair e colher. No inverno seriam menores, no verão maiores, em uns lugares menores e em outros maiores, devido à conformação dos terrenos, à presença mais perto ou mais longe das fontes (folhas, raízes, objetos recolhíveis, etc.). Podemos ver como círculos de permissão ou como círculos de restrição, tanto faz: poder ir ou não dá no mesmo, em termos de medição.

                            Veja que no modelo temos pessoambientes (PESSOAS: indivíduos, famílias, grupos e empresas; AMBIENTES: municípios/cidades, estados, nações e mundos – na atualidade legal, no passado espaçotempo dos hominídeos), isto é, FIGURAS HUMANAS NOS CENÁRIOS. Enquanto os seres humanos mudam os ambientes de modo a eles se parecerem com nossas almas ou aspirações, os ambientes também nos modelam.

                            Assim sendo, SE ESSES CÍRCULOS EXISTIRAM MESMO enquanto medo ou coragem de ir deixaram marcas em nossos procedimentos, quer dizer, rastros que podem ser medidos por instrumentos convenientes, isto é, pela Dialógica geral, lógica-dialética. Se colocarmos as áreas iguais dos anéis crescentes em perspectiva logarítmica as respostas moleculares e neuroquímicas em termos de medo crescente devem aparecer, quer dizer, quanto maior for a distância da caverna-centro maior será o medo, a resposta condicionada posta molecularmente dentro dos seres humanos, em particular nas mulheres, porque nos homens caçadores a resposta deve ser contrária, quer dizer, ficar em volta da caverna é não conseguir as proteínas necessárias para a expansão rápida da tribo, é candidatar-se a morrer, de modo que nos homens a resposta será inversa, como esperamos.

                            As mulheres podem ser testadas, agora que podemos medir no sangue a presença de traços químicos despejados pelas glândulas, para sabermos se com o aumento da distância o medo aumenta e em que proporção. Há um crescimento volumétrico dos venenos químicos glandulares na corrente sanguínea, na medida em que as mulheres se afastam de suas casas atuais?

                             Elas ficam cada vez mais inquietas? E se isso for testado com mulheres que não tenham treinamento recente contra o medo? De que modo poderiam ser programados os testes? Os psicólogos talvez possam responder. Obviamente isso é importante para a produçãorganização e para os índices de consumo (porque distâncias muito grandes de supermercados poderiam inquietar as mulheres).

                            Vitória, segunda-feira, 17 de novembro de 2003.

Casa de Vidro

 

                            Não significa proposta de construção real de uma casa assim, porém a indicação de conflitos que se estabeleceram entre os seres humanos (PESSOAS: indivíduos, famílias, grupos e empresas) e seus sucessivos ambientes (municípios/cidades, estados, nações e mundo, na rede legal de produçãorganização, e antes disso no espaçotempo pré-histórico de evolução), entre homens caçadores e mulheres coletoras no Modelo da Caverna (q.v), entre cada ser e seu ambiente, entre os cenários antigos e os recentes, etc.

                            Por exemplo, veja esse caso do contraste entre os antigos e os atuais cenários. Vivíamos desde milhões de anos os antropóides e mesmo os sapiens de 50 a 10 mil anos passados dentro de cavernas ou nas suas imediações (o que está refletido em nossas casas), sempre pequenos, e agora vivemos em grandes aglomerações – é certo que os ambientes antigos estão dentro de nós EM CONTRASTE ou em oposição a esses de agoraqui. Estes ambientes em que vivemos, embora projeções daqueles que estão impressos em nossos programas, são diferentes, ainda que não tanto assim. Mas são, um pouco que seja, são.

                            Se as mulheres viveram milhões de anos em cavernas, que são maciças, que se situam dentro de montanhas, que oferecem a segurança de metros e metros de pedra dura e resistente entre o SER feminino e suas crias e o mundo exterior predador e violento, cheio de pelos e dentes (inclusive os homens), evidentemente as mulheres são sensíveis em suas almas a exposições e a desproteções, digamos assim, a terem entre elas (e os protegidos) e o ambiente um quase nada, um vidro, matéria transparente. Nada pode provocar mais medo, mais angústia, mais insegurança que uma coisa dessas – e, se for verdade, pode ser testado nos restos psicológicos das figuras femininas. As mulheres de todas as idades e culturas podem ser postas dentro de casas de vidro, para testar a validade da hipótese. Se for verdadeiro que adquirimos dentro das cavernas essa ideia de segurança, estar em casas de vidro significará total desproteção e dor, medo pânico, tormentos indizíveis, fonte de psicopatias. A transição feminina para as casas não deve ter sido fácil e deve ter levado milhares de anos para que os homens as convencessem a mudar para as cavernas artificiais.

                            Vitória, domingo, 16 de novembro de 2003.

Audácia Humana

 

                            Tendo feito já coisas extraordinárias os engenheiros se propõem agora ultrapassar até a ficção de anos atrás (que deve agora se esforçar desmesuradamente para extrapolar minimamente a Ciência e a Técnica).

                            Pois inventaram uma ponte entre Nova Iorque, nos EUA, Londres na Inglaterra e Paris na França que teria a bagatela de 5.400 km, maior que qualquer distância em linha reta dentro do Brasil, que nos extremos comporta apenas 4,5 mil quilômetros, fora engano. Para meu espanto calcularam que precisam de somente 54 mil módulos de 100 metros cada de concreto e aço (faça as contas, dá certinho!), colocados debaixo do mar, 100 metros ou mais na vertical e presos por imensos cabos ao fundo do Atlântico, de tal modo que - fique pasmado - os trens possam circular não a 500 km/h como os trens-bala, mas a OITO MIL KM/H, seis vezes a velocidade do som, que é de 1,3 mil km/h.

                            Não que isso possa ser tecnocientificamente realizado agora, nem que a socioeconomia planetária comporte (alguém calculou, naturalmente na base do chute, que custaria a ninharia de 30 trilhões de dólares, tanto quanto a produção de todo o mundo num ano inteiro). Estaria sujeito a tantos problemas que não compensaria todas as perdas o ganho de tempo de viagem. Mas, se fosse feito, a humanidade aprenderia horrores tanto no bom quanto no mal sentido.

                            Entrementes, que as pessoas possam falar disso e que alguns levem realmente a sério é que nos causa o maior espanto de todos. Veja que a humanidade está numa condição ímpar, de já nessa idade fazer projetos planetários (não vá tentar uma nova Torre de Babel, a Torre do Orgulho), de engenharia que engloba o mundo inteiro. Não é formidável? É sim, mas creio que, por mais apreço que eu tenha pelos engenheiros, há umas coisas bem grandes que podem ser feitas pela porção desfavorecida da humanidade. No modelo mesmo existem umas gigantescas e muito mais proveitosas para todos.

                            Vitória, quinta-feira, 13 de novembro de 2003.

As Mulheres e os Alimentos

 

                            Gabriel, com aquele grande poder observador dele, reparou que as mulheres no restaurante falam constantemente de comida e conversando discutimos o Modelo da Caverna, de mulheres coletoras presentes e de homens caçados ausentes.

                            Não faria muito sentido caçadores, que devem comer as carnes cruas ou assadas em fogo - observando sempre em volta outros predadores maiores (que existiam às centenas e aos milhares; os homens caçando os pequenos e os grandes caçando os homens), constantemente atentos para não serem de repente comidos num salto inesperado – ficarem reparando ou “assuntando”, como diz o povo, nas propriedades dos alimentos, se estão eles bons ou ruins, desde que carne colhida recentemente não tem chance de ter apodrecido; se são deste ou daquele tipo, porque carnes nunca são (ou raramente são) venenosas, ao passo que faz todo sentido as mulheres estarem atentas a frutas (observavam os pássaros, com isso necessitando de memória deles, tornando-se, portanto, argutas observadoras), saberem reconhecer raízes e folhas e pequenos seres mortos, mas ainda comestíveis, desde que não estivessem degenerando, e outras ações ligadas à alimentação.

                            Ficando em volta das cavernas deveriam mesmo prestar toda atenção, conversando muito, passando as impressões. É pela lógica que devemos seguir e com isso vemos essas diferenças entre as posturas de homens na caça e de mulheres na coleta. “O que você achou desta fruta? ” “O que você pensa desta raiz? ” Homens não vão fazer essas perguntas: vão pegar e correr, fugir o mais depressa possível num mundo coalhado de assassinos fortes e dentuços. Isso explica as atitudes dos homens nas compras em supermercados e em centros de compra: é pegar e correr. Não é covardia. Se você não procedesse assim não deixaria descendentes, pois logo ali estavam os dentes de sabre, os leões, os tigres, as panteras, todo tipo de matador. Até os grandes herbívoros poderiam pisotear os pequenos macacos peludos que éramos.

                            Já as mulheres tinham todo tempo do mundo para conversar e ir acumulando memória de milhares de alimentos diferentes que estavam ao redor. Faz todo sentido a observação de Gabriel.

                            Vitória, sexta-feira, 14 de novembro de 2003.