Círculos de Permissão
Devemos arranjar
testes para o Modelo da Caverna, porque ou ele é falso ou verdadeiro e devemos
saber logo.
Um teste seria o
seguinte: se as mulheres coletoras ficavam dentro ou nas proximidades das
cavernas, por oposição/complementação dos homens caçadores que saíam e iam
longe buscar comida, isso deixou marcas em ambos. Tais marcas não podem ter se
transformado em disposições genética nos sapiens, em apenas 50 mil anos, mas
acontece que os pré-sapiens ficaram nas cavernas milhões de anos e nesse tempo
as moléculas podem desenhar.
Veja a lógica: há um
ponto central que é dimensionalmente a caverna, julgada centro de sucessivos
círculos ou áreas que se iam espraiando conforme as mulheres tinham ou não
confiança para sair e colher. No inverno seriam menores, no verão maiores, em
uns lugares menores e em outros maiores, devido à conformação dos terrenos, à
presença mais perto ou mais longe das fontes (folhas, raízes, objetos
recolhíveis, etc.). Podemos ver como círculos de permissão ou como círculos de
restrição, tanto faz: poder ir ou não dá no mesmo, em termos de medição.
Veja que no modelo
temos pessoambientes (PESSOAS: indivíduos, famílias, grupos e empresas;
AMBIENTES: municípios/cidades, estados, nações e mundos – na atualidade legal,
no passado espaçotempo dos hominídeos), isto é, FIGURAS HUMANAS NOS CENÁRIOS.
Enquanto os seres humanos mudam os ambientes de modo a eles se parecerem com
nossas almas ou aspirações, os ambientes também nos modelam.
Assim sendo, SE
ESSES CÍRCULOS EXISTIRAM MESMO enquanto medo ou coragem de ir deixaram marcas
em nossos procedimentos, quer dizer, rastros que podem ser medidos por
instrumentos convenientes, isto é, pela Dialógica geral, lógica-dialética. Se
colocarmos as áreas iguais dos anéis crescentes em perspectiva logarítmica as
respostas moleculares e neuroquímicas em termos de medo crescente devem
aparecer, quer dizer, quanto maior for a distância da caverna-centro maior será
o medo, a resposta condicionada posta molecularmente dentro dos seres humanos,
em particular nas mulheres, porque nos homens caçadores a resposta deve ser
contrária, quer dizer, ficar em volta da caverna é não conseguir as proteínas
necessárias para a expansão rápida da tribo, é candidatar-se a morrer, de modo
que nos homens a resposta será inversa, como esperamos.
As mulheres podem ser
testadas, agora que podemos medir no sangue a presença de traços químicos
despejados pelas glândulas, para sabermos se com o aumento da distância o medo
aumenta e em que proporção. Há um crescimento volumétrico dos venenos químicos
glandulares na corrente sanguínea, na medida em que as mulheres se afastam de
suas casas atuais?
Elas ficam cada vez mais inquietas? E se isso
for testado com mulheres que não tenham treinamento recente contra o medo? De
que modo poderiam ser programados os testes? Os psicólogos talvez possam
responder. Obviamente isso é importante para a produçãorganização e para os
índices de consumo (porque distâncias muito grandes de supermercados poderiam
inquietar as mulheres).
Vitória,
segunda-feira, 17 de novembro de 2003.
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