Não significa
proposta de construção real de uma casa assim, porém a indicação de conflitos
que se estabeleceram entre os seres humanos (PESSOAS: indivíduos, famílias,
grupos e empresas) e seus sucessivos ambientes (municípios/cidades, estados,
nações e mundo, na rede legal de produçãorganização, e antes disso no
espaçotempo pré-histórico de evolução), entre homens caçadores e mulheres
coletoras no Modelo da Caverna (q.v), entre cada ser e seu ambiente, entre os
cenários antigos e os recentes, etc.
Por exemplo, veja
esse caso do contraste entre os antigos e os atuais cenários. Vivíamos desde
milhões de anos os antropóides e mesmo os sapiens de 50 a 10 mil anos passados
dentro de cavernas ou nas suas imediações (o que está refletido em nossas
casas), sempre pequenos, e agora vivemos em grandes aglomerações – é certo que
os ambientes antigos estão dentro de nós EM CONTRASTE ou em oposição a esses de
agoraqui. Estes ambientes em que vivemos, embora projeções daqueles que estão
impressos em nossos programas, são diferentes, ainda que não tanto assim. Mas
são, um pouco que seja, são.
Se as mulheres
viveram milhões de anos em cavernas, que são maciças, que se situam dentro de
montanhas, que oferecem a segurança de metros e metros de pedra dura e
resistente entre o SER feminino e suas crias e o mundo exterior predador e
violento, cheio de pelos e dentes (inclusive os homens), evidentemente as
mulheres são sensíveis em suas almas a exposições e a desproteções, digamos
assim, a terem entre elas (e os protegidos) e o ambiente um quase nada, um
vidro, matéria transparente. Nada pode provocar mais medo, mais angústia, mais
insegurança que uma coisa dessas – e, se for verdade, pode ser testado nos
restos psicológicos das figuras femininas. As mulheres de todas as idades e
culturas podem ser postas dentro de casas de vidro, para testar a validade da
hipótese. Se for verdadeiro que adquirimos dentro das cavernas essa ideia de
segurança, estar em casas de vidro significará total desproteção e dor, medo
pânico, tormentos indizíveis, fonte de psicopatias. A transição feminina para
as casas não deve ter sido fácil e deve ter levado milhares de anos para que os
homens as convencessem a mudar para as cavernas artificiais.
Vitória, domingo, 16
de novembro de 2003.
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