sábado, 1 de abril de 2017


Arqueo/Loja

 

                            O povelite/nação ou cultura toda sente interesse pelo seu passado, pela geo-história de antes, ou até quando não havia psicologia ou alma ou racionalidade humana, desde os tempos paleontológicos e arqueológicos, quando não geológicos, de modo que os governempresas deveriam financiar de suas verbas muito mais à Arqueologia geral, incumbindo a Academia (universidades e institutos) geral das pesquisas & desenvolvimentos teóricos & práticos correlatos.

                            Um modo de conseguir chamar a atenção é replicando os objetos, tanto os que estão no Brasil quanto os que podem ser conseguidos no estrangeiro, a serem colocados em LOJAS DE ARQUEOLOGIA junto às instituições de ensino, sejam universidades ou escolas isoladas. As pessoas poderiam comprar não os objetos arqueológicos, que são muito caros, sejam privados ou públicos, mas suas réplicas, suas cópias autorizadas, gerando todo um subsetor de reproduções seladas pela legalidade. Poderiam colocar sobre móveis ou em paredes, em protetores apropriados, sentindo a presença da antiguidade do mundo.

                            Isso, por sua vez, carrearia dinheiro para P&D prateórica tanto em solo brasileiro quando no estrangeiro. A arqueologia não precisaria pleitear apenas dinheiro dos governempresas – ela se tornaria relativamente independente. Com produtos do México e América Central, do Peru, do Egito, do Oriente Médio, do Oriente, e de toda parte, mais a ajuda insistente da mídia (TV, Revista, Jornal, Livro, Rádio e Internet), haveria uma espécie de cruzada nacional pró-arqueologia, dela participando tanto PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) quanto AMBIENTES (municípios/cidades, estados, nação brasileira, e talvez todo o mundo).

                            As pessoas pensam que tudo já foi descoberto, mas novidades que aparecem ano após ano mostram que estamos longe do esgotamento. Há sem dúvida muito por descobrir. O dinheiro arrecadado com essas vendas multiplicaria as atividades da arqueologia brasileira por 10 ou 100, sei lá.

                            Vitória, terça-feira, 11 de novembro de 2003.

A Riqueza dos Homens

 

                            Os resultados impressos das sugestões deste artigo devem embasar as do outro, Homens, Brancos, Cristãos, deste Livro 49.

                            De vários textos chamados A Riqueza do Homem (indicando humanidade) derivei este texto, porque quero explicitar o que é produzido pelos homens, pelo sexo masculino, não detratado por todos (muitos idiotas) nos tempos mais recentes, nessa forma ERRADA de introduzir o muito justificável desejo de igualdade, com maior liberdade para as mulheres.

                            Observado com vagar a gente pode perceber que a riqueza foi gerada pelo lado masculino em toda parte, as mulheres recolhidas aos lares, não só devido a uma suposta fraqueza que moral não é, é de corpo, e vem das condições de gravidez, evidentemente fundamental para toda a humanidade. Não é que não respeitemos demais as mulheres, é que está havendo demasiado desapreço pelos homens, o que vem do período de perversidade generalizada pela qual está passando este planeta. Do jeito que estão fazendo fica parecendo que os homens são errados em tudo, o que não são, nem podem ser. Dêem uma folga, ô! Já está enchendo o saco, mesmo.

                            Na realidade os homens é que fazem. Na maior parte das vezes as mulheres milionárias e bilionárias são herdeiras de pais, de maridos, de irmãos, de tios - sempre homens. Quando elas fazem é para si e seus filhos e filhas, quase nunca repartem com o nosso lado.

                            Que se faça um levantamento meticuloso.

                            Assim, para quem é, segundo as falas, cruel e desalmado, o lado masculino tem sido bastante generoso, trabalhando de Sol a Sol para sustentar os bilhões de famílias que já existiram em 50 mil anos de labuta sapiens. Na realidade a doação masculina é bem grande: alta, larga e profunda, um volume inacreditável de trabalho. Ainda que todo tipo de bandalheira tenha também acontecido, mesmo quando vários abandonaram suas famílias e simplesmente foram embora, um tanto apreciável ficou e carregou nos ombros um mundo inteiro de construções - e há algum aplauso meu para essa fração da espécie.

                            Porisso quero essa investigação, para justa apreciação das tarefas desse lado da moeda.

                            Vitória, quinta-feira, 06 de novembro de 2003.

A Distância do Feio

 

                            Como quando alguém diz: “vi um cara feio demais! ”, significando que está longe demais dele, pois ninguém acha feio o próprio pai e a própria mãe, ou filhos e filhas, que na convivência permitem ver qualidades que estão além do julgamento de belo e feio.

                            Evidentemente o par polar oposto/complementar existe mesmo, podendo ser distinguido por qualquer racional, que já vem com o equipamento mental básico para gerar os programas classificatórios. Sabemos que há uma Curva do Sino ou de Gauss ou das Distribuições Estatísticas, que podemos colocar como sendo de (2,5 + 47,5 + 47,5 + 2,5) %. Sabemos a partir dos raciocínios que a feiúra é absoluta, é ausência de beleza, com um zero de partida, e que a beleza é relativa, ela pode ser sempre acrescentada, como a riqueza, de modo que a beleza é como a riqueza: TER que se pode dispor, vender (mas ninguém venderia feiúra), como as prostitutas de rua e de papel (Playboy e outras) fazem.

                            Como a CS se desloca para a direita, rumo ao TER e à Beleza, ela carrega consigo a conformação básica da Curva, de modo que muitos que são julgados bonitos se não se atualizarem passam a ser feios, porque constituirão retas verticais paradas enquanto a Curva se move e as pessoas se distanciam ainda mais dos feios. O que as manteria perto dos que se mudam, senão o Amor geral? O que diminui o distanciamento é a coligação, estar próximo, como quando Cristo disse: “amai-vos uns aos outros como eu vos amei”, isto é, divinamente. De outro modo: “des-enfeiai-vos uns aos outros como eu vos des-enfeei”. Embelezai-vos como eu vos embelezei.

                            A exclusão é possível, mas não seriam todos e um feio segundo algum critério? Pode ser que os ricos sejam belos pelo critério do TER, mas não pelo da sabedoria ou da santidade ou disso e daquilo. Pode ser que os intelectuais sejam ricos em saber, mas não em humildade, restando-lhes a soberba como julgamento de feiúra. E assim por diante.

                            Não é conveniente a todos e a cada um amar mais?

                            Vitória, sexta-feira, 07 de novembro de 2003.

A Arrumação da Caverna

 

                            Por quê as mulheres se encaminham “naturalmente” para a arrumação das coisas e os homens não? As pessoas darão as respostas mais esfarrapadas: 1) que é da natureza delas; 2) que a preocupação com os filhos coloca isso; 3) que se os homens não fazem sobra para as mulheres fazerem, etc.

                            Deve haver uma RESPOSTA DIALÓGICA, quer dizer, lógica-dialética, tanto direta quanto de relações, relações com os ambientes. Em toda parte, em cada quadradinho (1º x 1º, 111 km x 111 km) angular do mundo as mulheres fazem a mesma coisa, mas a separação sapiens se fez há 50 mil anos para os SS, e há 200 mil com a EVA MITOCONDRIAL e o ADÃO Y para os sapiens, inclusive neanderthais, sei lá, os antropólogos que digam.

                            OS AMBIENTES MODELAM respostas físico/químicas, biológicas/p.2, psicológicas/p.3 e as demais. Os ambientes exigem que as pessoas respondam em termos moleculares, de replicadores, celulares, orgânicos, corpomentais enfim. Eles redesenham as PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) e aos outros AMBIENTES (municípios/cidades, estados, nações e mundo) – em termos psicológicos/p.3.

                            Então, se as mulheres coletoras viviam nas cavernas e os homens caçadores fora delas, faz sentido os homens não arrumarem a sujeira, porque nunca vão estar no mesmo ambiente duas vezes talvez no decorrer de toda a sua vida, dado que as caças mudam constantemente de lugar, ou a visita se dará com pelo menos o distanciamento de um ano, ou uma estação. Em todo caso demora um tempo para voltar ao mesmo lugar.

                            Ao passo que as mulheres estarão na caverna DIA APÓS DIA, todos os dias de sua vida, e devem cuidar para que não haja cheiro de urina e de fezes (faria todo sentido selecionar os gatos que enterram suas fezes) que atraia predadores. Porisso, se elas faziam suas necessidades fisiológicas nas cavernas isso deve ter se dado em lugares privilegiados (que podem ser rastreados), no fundo delas, ou em qualquer lugar que pudesse ser recoberto, ou em água que ocultasse o cheiro (devem ter sido elas a inventar as primeiras latrinas). Já os homens e os cachorros seus acompanhantes podem cagar e mijar em qualquer lugar, sem falar em cuspir, porque vão demorar a voltar ali e passado esse tempo a catinga denunciadora terá sido extinta. Daí que escarrar nas antigas escarradeiras não fosse senão afirmação de masculinidade, de presença de homens adultos no local.

                            As mulheres não podiam se dar a esse luxo e assim devem ter se tornado obsessivas com limpeza, passando-a por treinamento às meninas que iam se tornar mulheres, e aos meninos enquanto estes não se tornavam guerreiros, quer dizer, homens. Isso pode ser rastreado PORQUE ao fazerem a transição de meninos para homens aos 13 anos ou o que for os convertidos devem passar por RITOS DE LIBERAÇÃO de sua “errada” feminilidade imposta pelas mães. Como resultado disso, oferecer nos supermercados produtos de limpeza aos homens não é frutuoso, sequer de bom tom: homens gostarão de espaços abertos, sujos, fedorentos, livres. Mulheres de espaços fechados, limpos, cheirosos, livres. A repugnância dos meninos às regras femininas deve poder ser rastreada.

                            Por outro lado, as mulheres durante a sangria das regras vazam sangue no ambiente, o que atrai as feras. Não podem ter sido os homens (que nem sabiam o que estava se passando - sendo apenas recusados durante o período mensal-lunar) a introduzirem as leis de “impureza” e sim as próprias mulheres, que levantaram tabus; as outras deviam escorraçar aquelas em período de sangramento, porque estas colocavam o lado feminino da tribo em perigo. Com certeza as colocavam de banda nalgum lugar remoto das cavernas, onde fumaças e fogos deviam servir para ocultar o chamamento do sangue.

                            Se as mulheres têm essa tendência forte, dominante, de arrumar, isso nada tem de natural, foi coisa construída de um lado pelos ambientes pelos quais passamos. A dialética ambiente-pessoa possibilitou essa forte disposição, que viceja hoje, quando os tempos são de outra arrumação socioeconômica. As mulheres não vão conseguir vencer o instinto, a não ser em muito tempo.

                            Vitória, segunda-feira, 10 de novembro de 2003.

Volume de Pesquisa

 

                            Os pesquisadores do Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática) geral fazem pesquisas teóricas & desenvolvem produtos práticos, inclusive de laboratório, publicando seus resultados em revistas e jornais, o mais das vezes científicos e filosóficos, mas não temos um quadro de quesitos com que medir sua eficácia e significância.

                            ELEGENDO ALGUNS CRITÉRIOS

·       População do país (para quantos estão resolvendo os problemas?);

·       PIB e PIB percapita (qual é a complexidade do coletivo?);

·       Novidade do tópico deslindado;

·       Emanação ou “saição” teórica, aquilo que se desdobra em outras propostas no primeiro ano, no segundo, etc.;

·       Aplicabilidade (utilidades locais, nacionais e internacionais da solução); etc.

VOLUME DA PESQUISA

·       Altura: qualidade civilizatória (integração dos conhecimentos anteriores; indução; formação de quadro com os retalhos anteriores);

·       Largura: quantidade social (emprego da pesquisa como sucedâneo prático; dedução; aplicação pelos modos inferiores);

·       Profundidade: Q/Q cultural ou capacidade coligativa do povelite/nação (movimento dedutivindutivo que correlacione os elementos dos conjuntos – PESSOAS: indivíduos, famílias, grupos e empresas; AMBIENTES: municípios/cidades, estados, nações e mundo).

O fato é que, para tanta gente que é paga para presumidamente pesquisar & desenvolver não temos critérios objetivos/subjetivos significativos de avaliação, ficando só no número de artigos ou “papers” publicados em revistas, o que é muito pouco, porque existem os enganadores, que vão colando dos outros e que refazem o mesmo artigo inúmeras vezes.

Eleger um grupo-tarefa para construir os critérios e aplicá-los internacionalmente é condição de continuar em frente com mais rapidez.

Vitória, quinta-feira, 30 de outubro de 2003.

Vita Sergis

 

                            Sérgio Roberto Vieira da Motta, o Serjão, ministro das telecomunicações do ex-governo Fernando Henrique Cardoso, nasceu em São Paulo em 1940 e morreu em 1998. Era conhecido como “trator”, não só como referência à grande obesidade como principalmente ao fato de que pretendia “tratorar” (passar por cima, arrancando as raízes e arrasando tudo – na nova gíria adotada pelos petistas, do PT, Partido dos Trabalhadores) os opositores da reeleição de FHC. Já era e ficou mais amigo deste.

                            Fiquei como raiva dele e escrevi um artigo defendendo o grande arquiteto Jaime Lerner (curitibano, 1937 -), prefeito de Curitiba, Paraná, em três ocasiões diferentes (1971 a 1974 e 1979 a 1983, durante a ditadura, e de 1989 a 1992), depois governador do estado (1995 a 1999, reeleito 1999 a 2003).

                            Como mérito conjunto de FHC e de Serjão está o terem aberto a telefonia brasileira em relação ao monopólio estatal que nos agrilhoava e submetia a vexames continuados, de modo que no Espírito Santo a VIVO (ex-Telefonica) anunciou hoje que há dela para 3,2 milhões de habitantes 500 mil celulares, ou seja, um para cada seis pessoas; só dela, fora a CLARO (ex-ATL), a TIM e outras, e fora os aparelhos de linha ou convencionais, não-móveis, de modo que qualquer empregada doméstica (não por ser empregada e sim por ganhar pouco, 240 reais ou uns 80 dólares de salário mínimo) pode ter e pagar a mensalidade de celular, fora o telefone comum, que também tem em sua casa.

                            Toda biografia deveria ser moeda de duas faces contando o certo e o errado. Mesmo que FHC e Serjão tenham capitaneado o Capital estrangeiro e dito nacional nessa nova aventura acumulativa de longo curso e enriquecimento rápido e estrondoso, ainda foi um favor ao Brasil, onde antes não se via nada, e creio interessante a publicação de uma biografia pormenorizada de Serjão (já saiu uma, não li, mas não será qualificada assim: como ele pegou a telegonia brasileira, como a deixou, como ela é hoje e como promete ser).

                            Vitória, quinta-feira, 30 de outubro de 2003.

Vilmetal

 

                            “Vil-metal” é como os brasileiros denominam o dinheiro, com a conotação especial de ser dinheiro suspeito, e de qualquer forma criticável.

                            Aproveitando essa característica, criar um BANCO SELVAGEM - com esse nome registrado em cartório de títulos e documentos e na Junta Comercial, bem com o domínio na Internet - destinado a todo tipo de riscos, pequenos e altos (mas com belos mecanismos de defesa desconhecidos dos outros), no limite das tarefas bancárias, lá onde os demais não se arriscam colocando AGENTES BANCÁRIOS trafegando pelo mundo indo colher os co-aventureiros, os que se lançarão junto conosco, que serão 2,5 % ou 1/40 da humanidade (não é pouco, para os 6,3 bilhões estimados de agora cerca de 158 milhões; tirando as crianças, metade, tirando as mulheres – que ainda temem as aventuras –, outra metade, e considerando apenas 20 % de ricos e médios altos, ainda seriam quase oito milhões de aventureiros, dos quais 1/40 no Brasil, 200 mil que querem porque querem aventuras perigosas e perigosíssimas; desses, pelo modelo, 1/40 está abarrotado de dinheiro, cinco mil indivíduos homens adultos no limite da adrenalina, com dinheiro esburrando pelo ladrão). Um banco de crescimento ultra-rápido, que deve permanecer sempre pequeno em endereços reais quase ocultos e virtuais visíveis, mas inúteis; com tremenda agilidade, da qual se valerá.

                            Uma nova espécie de banco.

                            O velociraptor dos bancos, um predador nato que avance, faça sua tarefa e entregue a nova presa-participante aos co-sócios (a palavra não é inútil: são sócios colaterais, que não estarão no negócio principal conosco, apenas morderão do banquete, sem confraternização posterior), para as tarefas ulteriores. Ele não pode nunca parar, não pode se deter para nada; uma vez que tenha conquistado deve deixar a pseudo-rapina (a adesão do futuro pretendente a participante do conglomerado) aos que sabem fazer a reconstrução. Circulará pelo mundo inteiro, absorvendo tudo que for absorvível, com gente supertreinada, porém consciente de sua verdadeira tarefa, que é pegar empresas de grande futuro, retransformá-las, mantendo seus antigos proprietários como sócios minoritários.

                            Imagine um centro com centenas desses agentes superespertos indo a campo para identificar, dominar e trazer as presas, que serão modificadas num laboratório. A oferta é dupla: aos emprestadores a participação nos negócios imediatos e às empresas de que nos apoderarmos a sociedade.

                            Vitória, terça-feira, 04 de novembro de 2003.