sábado, 4 de março de 2017


Os Dez que Fizeram a Felicidade de Temer

 

TODA A IMPRENSA NOTICIOU

Ex-executivo da Odebrecht: dinheiro foi entregue em escritório de amigo de Temer. Em delação, Cláudio Melo Filho afirma que repasse em escritório de José Yunes fazia parte de R$ 10 milhões negociados entre Temer e Marcelo Odebrecht, para campanha de 2014. REDAÇÃO ÉPOCA 12/12/2016

Temer, agora presidente e partícipe da conspiração sobre a qual espero poder escrever a seguir, pegou somente para si ou também para os seus?

PERGUNTANDO A TEMER, ÀS INVESTIGAÇÕES E À GEO-HISTÓRIA

BENEFÍCIO AMBIENTAL.
Benefício mundial.
Em intenção diz, como os políticos, governantes e juízes, querer ajudar estes níveis.
Benefício nacional (Brasil).
Benefício estadual.
Benefício urbano-municipal.
BENEFÍCIO PESSOAL.
Benefício empresarial (não sei se tem empresas; em todo caso quer dar 105 bilhões nossos às teles e mais 2.500 bilhões a outras).
Benefício grupal (favorecimento aos amigos e companheiros de jornada pelo apossamento do que é dos outros, do povo brasileiro).
Benefício familiar (ele tem seis filhos, dois com a Marcela, 43 anos mais jovem e mais exigente).
Autobenefício, individual (aproveitamento só dele).

São 10 milhões. Todos eles dizem que é para a campanha política, mas aí estará também o orgulho (poder, riqueza, fama-glória, beleza) de estar em evidência como impulso.

Vamos levar séculos, pelo menos décadas para amortecer com tremenda raiva essas traições indecentes (se é que alguma não seria) dos vende-pátria.

E agora, como o cara-de-pau ficará na coletividade?

Como todos eles ficarão, os que usam óleo de peroba como perfume ou loção pós-barba? E os brasileiros devem perdoar? Jesus diz isso, devemos, mas não precisamos esquecer, de modo nenhum, pois Clarice Lispector falou com as palavras dela que “a memória é o que nos separa do caos”.

Lembrar e aplicar as penalidades.

Julgar e, se condenados, encarcerar, seja quem for, pelos anos máximos, sem fiação, pois foram cúmplices do assassinato lento de milhões nos hospitais, nas estradas, no uso de produtos ruins do Estado.

Vitória, sábado, 4 de março de 2017.

GAVA.

sexta-feira, 3 de março de 2017


As Traduções Cognatas

 

                            De várias passagens do livro de Jorge Luis Borges e Alicia Jurado, Buda, 3ª edição, Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 1987, original de 1977.

·        p. 100: “o engodo da morte” = A PIRÂMIDE DO MODELO;

·        p. 68: “O universo é ilusório e viver é, precisamente, sonhar. Shakespeare73 diria muito mais tarde: We ar such stuff as dreams are made on (Tempest, IV 1)74”, na nota 74: “Somos feitos da matéria dos sonhos” = SOMOS FEITOS DO MODELO DE PI. Por outro lado, “o universo é ilusório” = O PAI É SONHO, se V e L são vazios, mas se são V = L = B, então O PODER É DEUS. Aparentemente pi = 3,142592... é um estoque de personalidades e de objetos, a partir do qual tudo é feito;

·        p. 96: “Recordemos a parábola hindu do viajante que, ao percorrer o deserto durante o verão, encontra-se com outro viajante e lhe diz que está morto de cansaço e de sede e que busca uma fonte. O outro lhe indica o caminho. Essa indicação não sacia a sede nem alivia o cansaço, pois é necessário que o viajante chegue pessoalmente ao manancial”. Manancial = MODELO, e mais uma vez “engodo da morte” = PARÁBOLA DO MODELO, morte = APARENTE = NEGADO = NEGRO = ESCURO, etc.;

·        p. 57: “Famoso é, da mesma forma, o Sermão do Fogo, pregado em Uruvela a mil ermitãos: ‘Tudo, ó discípulos, está em chamas’” = TUDO, Ó DISCÍPULOS, ESTÁ EM PI.

Quando a programáquina de decifração estiver pronta poderemos ler todos os textos (e as figuras também, convertendo-as em textos) e entender melhor o que está sendo dito. Essas coisas que são faladas vêm lá de trás, de um plano muito mais alto que o mero falar humano, mas pode ser decifrado.

Vitória, domingo, 20 de julho de 2003.

Arquitetura do Caos

 

                            No livro de Guitta Pessis-Pasternak, A Ciência: Deus ou o Diabo? São Paulo, UNESP, 2001, p. 39 e seguintes, a autora entrevista David Ruelle, título Os Paradoxos do Caos. Na página 41 ele diz:  “(...), mas, em certas doenças graves do coração, observamos, em contrapartida, um movimento regular. Uma maneira de interpretar esses fenômenos seria dizer que um movimento ‘caótico’ corresponde à situação fisiológica normal, e que um movimento regular corresponde a uma patologia”

                            Pensando agora em como os incas construíam seus muros que sobreviveram a centenas de anos de terremotos, instalando pedras divergentes em lugar de superordenadas à maneira européia, podemos raciocinar que o caos redireciona as tensões (compressões e distensões) para sua anulação NATURAL, ao passo que o modo ordenado força o caos a se exprimir em direções e sentidos PREFERENCIAIS que sobretensionam centos pontos escolhidos (racional ou sentimentalmente).

                            Além disso, a sobreposição ocidental levou a que as retas se destacassem às curvas, que foram quase que suprimidas em nome da eficiência e dos tempos mínimos, das racionalidades, por contraposição aos sentimentos e emoções, quase que totalmente afastados. Ou seja, o superracional levou a palma, se tornou vitorioso, exigindo que entre dois pontos esteja sempre a reta, esta que é o programa contrário ao da Natureza. Nem tanto à terra nem tanto ao mar, fiquemos na praia onde podemos ter o melhor dos dois mundos: nem segurança demais do solo nem insegurança excessiva da água.

                            Os projetos de arquitetura e de engenharia, de arquiengenharia em geral, projetos formestruturais, levam a subutilização das formas ou das estruturas, com prejuízo de um ou de outro lado, ou de ambos, exatamente por não juntar as DUAS CULTURAS, esquerda e direita, curvo e reto, círculo e linha em circulinha ou onda ou campartícula. Como vimos, se o coração ou a criação está em ritmo falso-caótico está sarado e se está em extrema ordem está doente, como deve estar TODA A TECNARTE DO PROJETO, tanto ocidental quanto oriental.

                            Seria preciso introduzir na arquiengenharia, como foi feito na geometria, o caos, quer dizer, tornar o caos CO-OPERANTE da ordem, permitir que coabitem o mesmo espaçotempo ou geo-história humana.

                            Vitória, terça-feira, 29 de julho de 2003.

Apelo Sexual

 

                            Segundo dizem a média mundial de relações sexuais POR SEMANA é de duas, o que seria considerado baixo e até afrontoso para os brasileiros. Mas se considerarmos que é média e que envolve tantos os que estão começando quando os que estão terminando, pode ser isso mesmo, dois em sete dias. Não se gasta mais de uma hora de cada vez, em média, embora os jovens demorem muito mais, ainda que o ato sexual em si não leve mais que quinze minutos. Tomando uma hora como média, seriam duas horas por semana, que tem 7 x 24 = 168 horas, relação de 168/2 = 84/1. O sono, por exemplo, consome 7 x 8 = 56, relação de 168/56 = 3/1, muito mais avantajada. É claro que pensamos em sexo muito mais tempo, porém de pensar a fazer vai uma grande distância, como todos sabemos.

                            Se olhássemos apenas aritmeticamente poderíamos dizer que o sexo não seria tão importante assim. A alimentação consome mais, o trabalho toma (para os operários brasileiro) 44 horas semanais sem as horas extras, o transporte até quatro horas por dia por cinco dias (vinte horas semanais), estar em frente do TV muito mais, também. Enfim, há um sem número de atividades que nos levam mais tempo que a atividade sexual.

                            Então, o que é o sexo, realmente, para ter tão obsessiva presença em nossas vidas?          

                            Bom, não é atividade biológica, pois ela não é assim tão freqüente ou está tão presente entre os animais não-sociais. É seguramente psicológica. A Psicologia (figuras ou psicanálise, objetivos ou psico-síntese, produções ou economias, organizações ou sociologias e espaçotempos ou geo-histórias) diz respeito a esses cinco vértices e é uma construção da segunda natureza, a natureza psicológica/p.3. É uma exigência psicológica, não biológica, porque não visa principalmente ou sequer visa mais a procriação. É uma PODEROSA PRESSÃO PSICOLÓGICA que mira a constituição das figuras dos seres racionais, a manifestação de objetivos ou desejos ou metas PSICOLÓGICAS, a produção de objetos, a organização das gentes, a regulação dos espaçotempos ou geografias históricas. O apelo sexual é, na realidade, um apelo psicológico, racional, por produçãorganização das PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) e dos AMBIENTES (municípios/cidades, estados, nações e mundos). É o CINZEL DA RAZÃO, o que esculpe a natureza psicológica ou humana. Não tem nada mais de biológico.

                            Vitória, quinta-feira, 24 de julho de 2003.

Afrontas

 

                            As pessoas que estão dentro sempre se justificam, enquanto as que estão fora querem entrar, tanto nas mamatas quanto em qualquer grupo de benefício, menos em cemitérios. Entretanto, quem está MUITO DE FORA em relação à racionalização pode desalienar-se e colocar uma visão alternativa em relação ao erro geral.

                            Estou falando agoraqui dos carros.

                            Eles trafegam com um indivíduo apenas, quando existem lugares para quatro ou cinco. O peso do veículo é geralmente de mais de uma tonelada para transportar 4 x 70 = 280 ou 5 x 70 = 350 kg. Contudo, essa uma tonelada leva quase sempre apenas 70 kg, na desproporção de 1.000/70 = 14/1 ou mais. Estamos trabalhando CONTRA A NATUREZA FÍSICA ao gastar desproporcionalmente energia, no caso combustível, gasolina ou álcool ou óleo, quando poderíamos perfeitamente ter veículos para uma pessoa apenas, inteiramente proporcional, dentro de nossas possibilidades tecnocientíficas. Um mínimo de envoltório que possibilitasse o transporte do indivíduo. Carros de uma cadeira só, como propus, e já estão surgindo por aí, embora não do mesmo modo.

                            Vejamos o Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática), nele a pontescada tecnocientífica, nela a pontescada científica: Física/Química, Biologia/p.2, Psicologia/p.3, Informática/P.4, Cosmologia/p.5 e Dialógica/p.6. Estamos afrontando o mundo não apenas em termos físico-químicos e biológicos-p.2 quanto também psicológicos-p.3, pois as criaturas sofrem com esse sobre-uso da matéria e da energia. Onde deveríamos estar poupando ou distribuindo para mais gente, nossas imperfeitas tecnociências psicológicas/p.3 estão a desejar, e não é pouco, ao afrontarem o mundo tão acintosamente.

                            O que esse uso desmedido pode trazer de bom?

                            Uma relação negativa de 14/1 irá nos ajudar em algo?   

                            É difícil de crer.

                            Vitória, quinta-feira, 24 de julho de 2003.

A Potência das Ideias

 

                            São de duas ordens as idéias: as práticas e as teóricas, aquelas relativas aos objetos e às formas, estas aos conteúdos ou conceitos ou estruturas. Qual delas tem mais potencial de desdobramento? Evidentemente a idéia conceitual de Newton de unir o terrestre e o celeste através da força da gravidade (pré-anunciada por outros) foi de uma potência frutificadora ímpar e os desdobramentos do cálculo são tantos e tão grandes que não é possível realmente avaliar com justeza.

                            Por outro lado, embora nitidamente um objeto não tenha essa capacidade multiplicadora, o conjunto deles tem, e a simples modificação de uma passagem, a invenção do clipe, o aparecimento do elevador de Otis e outros inumeráveis objetos transformaram TANTO o nosso ser que não poderíamos igualmente avaliar. Se não fosse o aparecimento dos objetos novos poderíamos perfeitamente acomodar TODO O CONHECIMENTO TEÓRICO nos marcos do Feudalismo ou mesmo do Escravismo inicial, se aquele Conhecimento pudesse lá surgir, como foi previamente anunciado pelos gregos. Em si mesmas as fórmulas newtonianas em nada mudariam o mundo, ao passo que a convivência com os objetos sim. O que é que efetivamente construiu o mundo moderno? Foram os objetos introduzidos um pouco antes de 1453 até 1789. Do mesmo modo o que produziu o mundo contemporâneo foram os objetos inventados um pouco antes de 1789 até 1991 (quando, eu digo, a Queda da URSS trouxe-nos ao mundo pós-contemporâneo).

                            Idéias teóricas ficam apenas nas cabeças das pessoas e o mundo não precisa mudar externamente para acomodá-las, nem mesmo às idéias políticas. As pessoas poderiam ter passado ao Capitalismo (já em sua terceira onda no primeiro e no segundo mundo) sem qualquer rebuliço, não fosse a ampliação proposta pela presença dos objetos. No final das contas as coisas mais simples, os objetos, é que nos transformaram. As idéias práticas mais desprezadas mostraram-se como as mais importantes, porque as idéias teóricas teriam ficado apenas nas cabeças das elites, sem contaminar o povo. São os objetos que doam liberdade ao povo. Compreende-se porque as elites brasileiras recusam-se consistentemente a investir na descoberta e no patenteamento dos objetos. Elas são por natureza antidemocráticas e antipopulares.

                            Vitória, quarta-feira, 30 de julho de 2003.

A Pequena Perfeição

 

                            Em pessoas que supostamente crêem em Deus é espantoso ver como elas se apegam ao material e dão brilho aos ladrilhos, aos granitos, aos mármores, enceram as madeiras, rebuscam nas tintas, enfeitam-se não para o que chamam pomposamente O Senhor, mas para si. Na realidade elas não “amam a Deus sobre todas as coisas” e não oferecem suas ricas-pobres vidas miseráveis ao Senhor Incomensurável, como dizem. Louvam e beneficiam somente a si mesmas. Vestem roupas caras, jóias que diante de Deus-Pai não passam de bugigangas, engalanam-se todas de precárias riquezas humanas.

                            Para pessoas que “temem a Deus” (para mim essa idéia de temor é muito esquisita, porque se nada se fez de errado, por que não amar, apenas?) elas distinguem-se muito no mundo de trevas. Se Deus é onipotente, onipresente, onividente e tem tantas outras capacidades-limite, que interesse teria para ele o que não fosse a oferta do livre-arbítrio? Se Deus-Natureza, Ele/Ela, ELI = ABBA = ALÁ dá a liberdade de opinar e divergir, A OFERTA DAS OBRAS é que é bem-vinda e não o engrandecimento inútil de si através dos apuros humanos que não passam de ridícula ostentação. E a oferta não depende da grandeza da obra, mas da sinceridade do doador. Para a GRANDE PERFEIÇÃO o que valem as perfeições pequenas e finitas? Se Deus faz perfeitamente, além de qualquer empenho racional, no trans-finito, faz sempre o melhor e o mais alto, com o que as obras humanas não podem ser comparadas. Ora, sendo assim, a única oferta válida não é o amor? E principalmente o amor a Deus? É porisso que está lá: “amai a Deus acima de TODAS as coisas”.

                            Quando nos voltamos para as coisas mesmas estamos nos alienando de ELI, mirando a forma sem ver o conteúdo, pois a forma existe para que a ultrapassemos e cheguemos até o conteúdo.

                            Mas há tanta gente que se detém nas formas e não passa disso, não vai além do bezerro de ouro, o deus de ouro!

                            Vitória, quinta-feira, 24 de julho de 2003.