sexta-feira, 3 de março de 2017


Olhando a Universidade

 

                            A UFES, Universidade Federal do Espírito Santo, não é das maiores entre as, segundo soube pela Internet, seis mil que existem no mundo, pelo contrário, é pequena, visto o tamanho atual do mundo. É de dependência federal e custa muito todo ano mantê-la. Por erro de construção e de escolha do lugar, mais uma série história de lamentáveis deturpações, considero-a feia, diante de outras que podemos ver pelo cinema, pela TV, por fotografias em revistas, em documentários, em livros.

                            Mas, indo lá, a gente respira a liberdade.

                            O mundo está se rebentando em conflitos em toda parte, mas lá só as folhas das árvores murmuram docemente.

                            E é assim mesmo que deve ser.

                            Aliás, nos três níveis (federal, estadual e municipal/urbano, para não falar no mundial) os políticos do Legislativo, os governantes do Executivo, os juizes do Judiciário e os empresários de empresas de todos os tamanhos deveriam fazer cursos sobre o papel das universidades, enquanto interface de transferência e ampliação do Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática). Continuamente deveriam tentar compreender o que elas fazem e o que poderiam fazer a mais, se fossem apoiadas (isso não significa necessariamente dinheiro e recursos materiais, pode ser apenas um tapinha nas costas, uma demonstração de apreço, uma indicação de que se está apreciando o esforço alheio) constantemente.

                            Os governempresas deveriam montar escolas só para ensinar o que é a Escola geral, em particular a Universidade, para oferecer uma visão em dimensão aproximadamente completa do que elas fizeram e fazem e todo o espaçotempo terrestre.

                            Vitória, quarta-feira, 25 de junho de 2003.

O Ser Humano

 

                            A tese do Altamiro (Borges Pires) é que o ser humano, de centro que era, foi progressivamente alienado pelo aparecimento das ciências e dos conhecimentos todos, que no modelo chamaríamos de Conhecimento (genericamente Magia-Arte, Teologia-Religião, Filosofia-Ideologia, Ciência-Técnica e Matemática).

                            A Filosofia quer que só haja humanidade sancionada por ela, a Economia diz que só é humano o que for econômico e produtivo, a Religião só aceita como válido o que tiver sido indexado por ela (as palavras são minhas) e assim por diante.

                            A tese não só é muito boa, não só é verdadeira, como é a mesma do modelo, postas as diferenças: pois este prega a existência de um EIXO DO FALAR, de uma só fala, de um só ser humano, em nome do qual foram feitas todas as coisas como culminação, isto é, para o cristal na ponta da flecha da Criação (por enquanto, até que venha o além-do-ser-humano), naquele sentido teilardiano de preocupação mor do Nous, a esfera-racional, através da qual Deus, digamos assim, opera.

                            A motivação, que seria a humanização, perdeu-se nalgum ponto perverso, e ficou apenas o conhecer como motivo, o conhecer pelo conhecer, alienado, posto fora do ser humano. No mundo pervertido não é o conhecimento que serve o humano, é o humano que acumula para o conhecimento.           

                            De fato, o modelo também prega que pela aceitação do eixo único sejamos capazes de recuperar a Fala primeva, o primitivo expressar total, o dizer completo, inteiro, não apenas da união dos pares polares de opostos/complementares, como a centralização indubitável que escorraçará o falar descentrado, excêntrico, alienado, distanciado dos valores mais úteis e verdadeiros.

                            Aí nossos dizeres começam a convergir, o modo dele falar e o meu, pois não se deve ter um centro na Psicologia, outro no Direito, outro na Física, cada um querendo ser O CENTRO, pois este deve ser apenas um, como qualquer um pode entender. Paremos de falar em causa própria e falemos na causa geral.

                            Vitória, sexta-feira, 18 de julho de 2003.

O Custo do Conhecimento

 

                            Veja o custo crescente do Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia e Ciência/Técnica, no centro a Matemática). Veja-o também na pontescada tecnocientífica, em especial na científica (Física/Química, Biologia/p.2, Psicologia/p.3, Informática/p.4, Cosmologia/p.5, Dialógica/p.6).

                            Na Magia/Arte “qualquer um”, desde que tenha o dom, desde que seja dotado, pode produzir obras expressivas, com quase nada de recursos materiais e humanos adicionais. Progressivamente, de 1, Magia/Arte, passando a 2, a 3 até chegar a 4, Ciência/Técnica, o preço vai crescendo, até o ponto em que são necessários centenas e mesmo milhares de engenheiros de todos os tipos e demais trabalhadores para construir o supercolidente de supercondutividade, ao custo de, digamos, vários bilhões de dólares, sem falar das superequipes que trabalham na Biologia/p.2 (veja que a Informática/p.4 do modelo não é esta de agora, é uma que constrói almas, seres-novos pós-racionais – é outra a geo-história).

                            O preço vai crescendo estrondosamente, mas as vantagens também. Cada vértice, em cada patamar, produz muito para a humanidade, mas a Ciência/Técnica produz muito mais por unidade de aplicação (de recursos inertes, materiais, ou de recursos humanos). O conhecimento mágicartístico não pode ser partilhado enquanto PRATEORIA DE CRIAÇÃO senão aos iniciados, ou seja, ele não é público, é privado, ao passo que o tecnocientífico torna-se coletivo, para todo e qualquer que deseje tê-lo e faça força de aprendizado. É claro que precisamos de todos eles, de todos e de cada um, porque cada um dos cinco cegos tem lá seu papel na construção. O conhecimento matemático é o mais barato, a pessoa só precisa de caneta e papel para transcrever seu laboratório mental, no grande ato de criação, ao passo que quanto mais para baixo se vá mais caro fica processar a matemática residual, em grandes computadores.

                            Como sempre, a Academia perdeu tempo, não avaliou objetivamente esse CUSTO COMPARADO nos municípios/cidades, nos estados, nas nações e no mundo.

                            Vitória, terça-feira, 01 de julho de 2003.

Newton Milionário

 

                            No mesmo livro de Simmons, p. 27, ele diz:

                            “Ao morrer, Newton deixou um valioso acervo de trabalhos inéditos, que somavam mais de 1 milhão de palavras sobre o estudo esotérico e místico da alquimia. Desenvolvera pesquisas profundas durante vários anos, por meio de experiências pelas quais, esperava, por exemplo, transformar metais comuns no ‘mercúrio dos filósofos’. Suas pesquisas na alquimia, embora sem o racionalismo cuidadoso que dedicou à física, vêm perturbando os estudiosos há muito tempo. John Maynard Keynes, que comprou e estudou seus documentos sobre alquimia, acabou chamando-o de ‘mágico’ e não de cientista – o que é uma colocação interessante, vinda de um economista”, negrito e colorido meus.

                            Pela Rede Cognata (veja Rede e Grade Signalíticas, Livro 2), mercúrio = MODELO = MÁGICO, etc., filósofos (se F = S) = PI = CHAVE (S), modelos das chaves, mágico = ASTUTO = ESTUDO = ESCURO = MODELO, etc. Vejo que Newton era realmente um espírito superior, estava buscando a solução final, sem se contentar com menos, e que a zombaria de Keynes era a de um espírito menor.

                            Olhe só, levando em conta a média de palavras por página (70 toques x 33 linhas, 70 x 33 = 2.310 letras e vazios; tomando seis toques como compondo uma palavra, teríamos 2.310/6 = 385 palavras – numa página), supondo 4.102 palavras/página, em 106 palavras teremos 2,5.103 ou 2,5 mil páginas, o que é um livro alentado. Newton (inglês, 1643 a 1727, um dos maiores do mundo) não conhecia tantas coisas, que depois permitiram compor o modelo, a que poderia facilmente ter chegado; não sabia da força eletromagnética, que deveria esperar por James Clerk Maxwell (inglês, 1831 a 1879), nem das forças fraca e forte, que demandariam o século XX, e tantas outras, como a Biologia/p.2, a Química, e tudo mais. É de admirar que pudesse fazer tanto e ser tanto num tempo tão recuado. Que, sendo admirado cientista, tivesse tido coragem de fazer outras investigações. Onde Keynes teria aí uns 60 ele tinha mais de um milhão. Não se envergonhou de jogar contra sua reputação, o que tantos temem. Não é à toa que Newton disse: “Platão e Aristóteles são meus amigos, mas meu melhor amigo é a verdade”.

                            Palmas entusiásticas para Newton, vaias para Keynes.

                            Vitória, segunda-feira, 30 de junho de 2003.

Modelador de Ondas

 

                            Se olharmos tudo como composto de ondas poderemos pensar em modeladores de ondas como a simplificação máxima do olhar: quando cortamos a casca de uma laranja é a faca-modeladora que está cortando a laranja-modelada. Ondas separando ondas, ondas juntando ondas, tudo ondas em variadíssimas composições.

                            Casas sendo construídas, navios circulando na água, quadros sendo pintados, tudo, ondas, ondas, ondas.

                            AS ONDAS DA MICROPIRÂMIDE

·        Campartícula fundamental (o verdadeiro átomo grego)

·        Subcampartículas

·        Átomos

·        Moléculas

·        Replicadores

·        Células

·        Órgãos

·        Corpomentes

AS ONDAS DA MESOPIRÂMIDE (pessoambiental)

·        Indivíduos

·        Famílias

·        Grupos

·        Empresas

·        Municípios/cidades

·        Estados

·        Nações

·        Mundos

AS ONDAS DA MACROPIRÂMIDE

·        Planetas

·        Sistemas estelares

·        Constelações

·        Galáxias

·        Aglomerados

·        Superaglomerados

·        Universos

·        Pluriverso

Poderemos ver SUCESSIVOS NÍVEIS de afinamento, de precisão da composição ou criação geral, e pensar nos instrumentos-onda que os modelarão com cada vez maior sensibilidade, segundo as necessidades civilizadas.

Um cinzel geral, C (i), com o qual o ourives trabalhe as jóias-ondas com seus aparelhos-onda. Ora, uma onda é um campartícula, partícula-campo que interfere na realidade e a constrói, SE CONSTRÓI, se autoconstrói indefinidamente, por todo o espaçotempo, em particular na Psicologia (ondas de figuras ou psicanálises, ondas de objetivos ou psico-sínteses, ondas de produções ou economias, ondas de organizações ou sociologias, ondas de espaçotempos ou geo-histórias) as ondas indo e vindo, se chocando e produzindo resultados. Há uma partícula-modeladora e um campo-modelado, a primeira sendo a energia incidente, a segunda sendo a superfície de incisão.

Com tão alto grau de abstração, poderíamos usar livremente a Estatística de Gibbs para tratar todos os fluxos de ondas, e não apenas aqueles da termodinâmica (na realidade termomecânica), que foi mais fácil de ver. Recuaríamos o bastante para achar as semelhanças entre uns e outros conjuntos estatístico-probabilísticos.

Vitória, quarta-feira, 02 de julho de 2003.

Medindo as Massas

 

                            No mesmo livro de Simmons, página 34, ele diz:

                            “Já em 1911, Einstein havia preconizado que a Luz de uma estrela, passando perto do Sol, poderia ser desviada devido à grande massa deste. Em seguida percebeu que a quantidade de curvatura era calculável. Assim, a estrela teria uma posição verdadeira, mas vista da Terra haveria uma posição aparente devido ao empenamento do espaço causado pela massa solar. A física clássica, tomando o espaço como plano, daria um valor diferente para a curvatura da luz, que seria a metade daquela apontada pela relatividade geral”.

                            Observe que os físicos dizem que A MASSA DE REPOUSO do fóton é zero (mas a massa relativista - do limite de velocidade, que é justamente a sua velocidade, c, no vácuo, de cerca de 300 mil km/s, como se sabe - não é). Passando perto de um ponto ideal gravitacional ela é deslocada uns tantos graus. Assim, se há uma estrela E diante de nós, ela desvia Eδ (i) a luz que vem de trás dela e nos atinge.

MOVIMENTO PRÓPRIO DAS ESTRELAS (vistas da Terra, em Isaac Asimov, Alpha Centauri, Rio de Janeiro, Francisco Alves, 1981, original americano de 1976) em segundos de arco

ESTRELA                                     MOVIMENTO

Alpha Centauri                           3,682

Sirius                                             2,287

Acturus                                        1,324

Procyon                                       1,242

Altair                                             0,659

Pollux                                           0,623

Capella                                         0,437 (e segue, não importa)

Veja, se Sirius percorre 2,287” (segundos de arco) por ano, para percorrer um círculo inteiro (360 graus x 60 minutos x 60 segundos = 1.296.000”/2,287 levaria quase 570 mil anos, e nós não temos esse tempo para observar. Isso seria uma LINHA DE OCULTAMENTO das estrelas colocadas por detrás, quer dizer, Sirius ocultará milhares de estrelas de magnitudes variadas, e cada vez menores, conforme as distâncias, que se dão em graduações de uns quatro anos-luz na periferia galáctica da Via Láctea, onde estamos. Assim sendo, as luzes de muitas estrelas serão ocultadas sucessivamente, e TODAS AS MASSAS DELAS PODERÃO SER MEDIDAS, pois suas posições podem ser medidas antes e depois do ocultamento. Como em todas as direções do céu teremos estrelas que se movem, colocadas idealmente no lado de dentro de superfícies sucessivas de esferas, podemos medir as massas de todos os objetos do céu, com alguma paciência.

Como é sabido, a luz é um DENOTADOR TEMPORAL, ela mostra o tempo e não o espaço, quer dizer, ela mostra como Andrômeda era há dois milhões de anos; porisso a medição será sempre das MASSAS ANTIGAS, digamos da massa de Andrômeda há dois milhões de anos (o tanto que ela já ejetou, até se eventualmente explodiu como supernova ou buraco branco, nós não saberemos). Sabendo a massa da estrela saberemos também, pela subtração de sua quantidade de rotação ou movimento angular, quanto de massa existe no restante do sistema, concentrada no conjunto de planetas e satélites. Mais ainda, como tudo é onda, tanto para o infravermelho quanto para as ondas de rádio, X e as demais, sempre poderemos fazer tais cálculos; e o universo é mais permeável a essas ondas que à luz.

Com ápice do cone na Terra, retração do espalhamento para um e outro lado em dimensões marcadas por anos-luz (um ou mais), enquanto curvas de nível, veremos as distâncias e as massas das estrelas, podendo pelas equações deduzir outros dados físicos, e compor os mapas celestes.

Vitória, segunda-feira, 30 de junho de 2003.

Marx Matou 100 Milhões?

 

                            No seu desastroso livro, As 100 Maiores Personalidades da História (5ª. Edição, Rio de Janeiro, Difel, 2002) Hart diz, falando de Karl Marx (economista e político judeu-alemão, 1818-1883) na página 181 e seguintes, diz na p. 182: “As atividades daqueles partidos marxistas – atividades que envolviam propaganda, assassinatos, terrorismo e revoluções, como meios de chegar ao poder, e mais guerras, repressão brutal e perseguições sangrentas após a tomada do poder – mantiveram o mundo em agitação durante décadas e causaram aproximadamente 100 milhões de mortes! Não houve filósofo na história que tenha provocado no mundo impacto tão devastador quanto no século que se seguiu à publicação de suas idéias”, negrito e colorido meus.

                            Então os fabricantes de facas são responsáveis pelos esfaqueamentos? Os canhões não têm outro uso que não o disparar petardos contra as pessoas e as construções, mas isso ainda depende DA DECISÃO DE USAR, porque a gente poderia comprar um canhão apenas para expô-lo com símbolo do estágio ridículo de atraso da humanidade. É A DECISÃO QUE MATA! Cristo é responsável pelas destruições praticadas em seu nome? Gandhi o é? E os iluminados todos, que dizer deles? As pessoas inclinam-se à esquerda e à direita. Embora o desenho do universo, conforme está no modelo, seja de (2,5 + 47,5 + 47,5 + 2,5) % e fatalmente metade esteja inclinada a consumir e consumir-se, é verdade que cada um deve optar, diante das oportunidades. Metade faz a opção de não agredir.

                            No centro da liberdade doada está o arbítrio, a escolha de fazer ou não fazer. Evidentemente Marx pregava a luta de classes e as lutas fazem-se sempre à custa de sangue, ele não era inocente; entrementes, fê-lo porque a burguesa matava E MATA rápida e lentamente, tanto terminando a Vida (de fungos, de plantas, de animais, de primatas e humanos) quanto a depauperando, isto é, mata tanto os corpos quanto as mentes – veja-se os 30 % de miseráveis e 50 % de pobres excluídos em vários níveis de representação no Brasil.

                            Diante dos milênios de exploração ele fez sua escolha, inclinou-se, mas os 100 milhões de mortes não foram ocasionados diretamente por ele, as ordens vieram dos Stalin da existência. Hart não é diferente dos que crucificaram Cristo; continua fazendo-o, só que com palavras, de longe. Pelo menos Longinus teve coragem de lanceá-lo.

                            Vitória, quinta-feira, 26 de junho de 2003.