Jornal do
Município/Cidade
Já escrevi várias
vezes sobre isso, mas agora vou juntar características mais interessantes.
Estimei que de
bairros e distritos devem existir de dois a três milhões no mundo, digamos 10
em média por município/cidade, que seriam então de 200 a 300 mil. Imagine a
quantidade de jornais que podem ser feitos por uma grande empresa, digamos a
Globo, que poderia então ser realmente global, a primeira empresa planetária do
setor, ultrapassando DE LONGE toda similar dos países centrais, inclusive
jornais como o Asashi Shimbun (se é assim que se escreve), com seus 30 a 40
milhões de exemplares diários.
Pequenas gráficas,
por grupos de municípios/cidades, digamos 10 deles ou somando 150 mil
habitantes (no ES, segundo o primeiro critério, caberiam oito, em relação ao
segundo 20) em cada M/C ou em bairros (na Grande Vitória, com 1,3 milhão de
habitantes agora, caberiam nove, enquanto em Copacabana, com dois milhões,
ficariam pelo menos 13), falariam metade das notícias locais, do bairro ou
distrito, metade de fora, esta uma seleção na base de três ⅓,
quer dizer, para contemplar o estado, a nação e o mundo, cada uma por sua vez
seguindo os setores da ECONOMIA (agropecuária/extrativismo, indústrias,
comércio, serviços e bancos), dentro da PSICOLOGIA (figuras ou psicanálises,
objetivos ou psico-sínteses, produções ou economias, organizações ou
sociologias, espaçotempos ou geo-histórias), abordando GH’s PESSOAIS (de
indivíduos, de famílias, de grupos e de empresas) localmente, dentro do bairro ou
distrito, e AMBIENTAIS (de municípios/cidades próximas, de estados próximos, de
nações próximas, do mundo) externamente.
Haveria diversidade
local e unidade ampla.
Com isso um fundo de
info-controle seria obtido PARA TODOS OS BAIRROS E DISTRITOS DO MUNDO, com um
supercomputador (desses de Campinas/SP) em cada distrito ou bairro ligado por
banda larga ao mundo inteiro. Por meio dessa rede seria iniciada a fusão de
todos os elementos da mundialidade, para além da
nacionalidade, construindo-se o verdadeiro SER (memória, inteligência, controle
ou comunicação) cosmopolita.
A extração de dados
seria total.
Teríamos a mídia
(TV, Rádio, Revista, Jornal, Livro/Editoria e Internet) associada criando um
FUNIL DE DADOS rumo a um determinado centro, cuja triagem por um programáquina
específico permitiria construir esse FUNDO CULTURAL UNIVERSAL esperado. Cada
jornal pontual seria instado a sobreviver sozinho, cada gôndola desse
supermercado de notícias administrando-se para o lucro e a sustentação do todo,
com gerentes-clientes tendo aulas de coletividade de notícias em subcentros e
os supergerentes no centro.
REDE UNIVERSAL DE
NOTÍCIAS, RUN, correndo e rodando o mundo inteiro em suas línguas locais, todos
falando uma língua universal, o português mesmo, ajudando a preservar os
dialetos e as línguas, dando emprego a todas elas (são oito mil no planeta),
reunindo mitos e lendas, pesquisando os mistérios, escavando arqueológicamente
nas redondezas tanto o solo quanto o repositório de palavras. Criando um
coletivo jornalístico de dependência comum. Ouvindo, escutando de pertinho, em
voz baixa, de amigos, apoiando as causas locais, falando da Grande Causa
mundial de união, respeitando e estimulando os costumes, passando aquelas outras
propostas, por exemplo, TV de Patentes
e TV Empresarial (ambos Livro 26).
Enfim, veja só, a
RUN (maior muita coisa que a CNN) no centro, enquanto em volta estariam, em
ritmo crescente até atingir em potência os dois ou três milhões, as sucursais -
em equivalente número de bairros e distritos - interessadas na sua gente, em
primeiro lugar, e depois remotamente na união, mas tendendo cada vez mais a
ela. Megacentro RUN no Brasil, supercentros para o primeiro, para o segundo,
para o terceiro, para o quarto mundo. Em cada país um centro, em cada estado um
subcentro, nas microrregiões microcentros, digamos, em Linhares, em São Mateus,
em Nova Venécia, em Barra de São Francisco, em Colatina, em Venda Nova dos
Imigrantes, em Vitória, em Cachoeiro do Itapemirim, em Castelo, uns 10 no ES.
Isso se une com a proposta da Redemocratização
do ES e Um Projeto Completo para o
ES (ambos Livro 29).
Ora, eis que pela
primeira vez vemos realmente um projeto mundial, que começa pela mídia, apoiada
na Rede Globo, que já tem no nome um auspício.
Nem de longe os jornais
locais divergentes devem ser obstados, pelo contrário, devem ser estimulados,
até aprendendo com a RUN, porque, como ficou dito, deve-se estimular a
concorrência, até aderindo a ela, até estimulando-a, depois se comprando ou não
algo substancialmente melhorado.
E os micro-RUN devem
ser estimulados à originalidade, à criação independente, à rebeldia até,
evitando-se cair na acomodação da diretiva única, embora os casos de
destrutividade total devam ser cortados, quando se voltem contra a coletividade
irremediavelmente (porque podem ser chamadas à conscientização).
Vitória, domingo, 20
de abril de 2003.