terça-feira, 7 de fevereiro de 2017


Acoplamento do ADRN

 

                            Veja que agora com o Projeto Genoma Humano e os demais projetos do Genoma geral podemos passar a uma pergunta mais profunda do que a compreensão da ligação denominada ECOSSISTEMA, o sistema de ecobalanceamento da Vida geral na Terra.

                            Pois, veja, para além da compreensão relativamente superficial de que os organismos se encontram em ligação uns com, e na dependência, uns dos outros, isto é, que seres humanos dependem dos níveis tróficos inferiores para alimentação, e de todos os vértices (fungos, plantas, animais e hominídeos) do quadrado da Vida para proteção biológica/p.2, para não falar do quadrado da Vida-racional para proteção psicológica/p.3, temos a indagação mais interna de COMO É O MAPA ESPAÇOTEMPORAL de todos os ADRN’s do planeta, isto é, COMO E QUANDO SE DÁ A TROCA DE MENSAGENS da fita de herança B/p.2?

                            Veja artigo Pressão Mutacional dos Insetos, neste Livro 27, para raciocinar, se já não o fez, sobre a transferência horizontal-vertical (poderíamos denominar verticorizontal) de mensagens genéticas. Então, pensemos que há uma REDE DE LINHAS de transferência de info-controle ou comunicação de ponto-a-ponto, entre todos eles, numa complicada manifestação da construção da Natureza. Como é que se dá esse entrelaçamento, em termos moleculares? Como é que as moléculas dos besouros estão ligadas ao restante do sistema? Veja que agora saímos da visão exterior, espantadamente mágica, com grande admiração e susto, para uma visão interior, mais cristalinamente científica, de maior arrebatamento e assombro. Imagine os saltos entre umas e outras moléculas, o entrelaçamento maravilhoso, a sustentação de umas pelas outras, em grande grau de potência e liberdade - que de fora é essa permissão conhecida, de as árvores serem fábricas de várias coisas, por exemplo, os abacateiros de abacates, com vitaminas, com gordura, com fibras que nos sustentam -, em todas as suas multíplices interações?

                            Chega a dar estremecimento na gente, um frenesi de compreensão, não direta, mas pelo menos de um novo e muito maior terreno para a exploração, como quem chegando ao Brasil, pensando-o Ilha de Vera Cruz (depois Terra de Santa Cruz) descobre-o continente, abrindo-se inúmeros quartos novos na Mansão. Não é mesmo lindo?

                            Vitória, domingo, 23 de março de 2003.

A Lógica do Dilúvio

 

                            Vimos no artigo É a Lógica, do Livro 24, que a Bíblia deve obedecer à lógica, como depois verificamos no artigo A Bíblia é Lógica? - Livro 26, onde concluímos que ela é, de fato, pelo menos num ponto.

                            Ela é inteiramente lógica?

                            Vejamos, com auxílio da Rede Cognata (q. v. artigo Rede e Grade Signalíticas, Livro 2).

                            Corvo = CAVADOR = CRIADOR = GERADOR e pomba = SONDA = PILOTO = PLANETA, etc., várias traduções. Noé enviou primeiro um corvo, depois uma pomba, que voltou com um “ramo de oliveira”. Quarenta dias e quarenta noites de chuva, mesmo se houvesse água suficiente, se TODOS os gelos do mundo derretessem, eu calculei, não fariam subir o nível dos oceanos mais que 60 ou 70 metros (o que vi depois nalgum outro cálculo). Ora, monte Ararat = MONTE G (= C = K = Q, por exemplo, o monte K2, mais alto que o Everest, segundo dizem – faria sentido, não fosse o fato de que ele estaria MUITO ACIMA do máximo das águas dos gelos derretidos) = MUNDO G (de Geia).

                            Diz-nos a Barsa eletrônica que 99 % da atmosfera se situa até 20 km de altura; restaria calcular pela densidade quanto de água isso significa, mas não pode ser muito, pois o padrão de uma atm (atmosfera) representa 76 cm (ou 0,76 m) da coluna de mercúrio; como a densidade deste é de 13,55 g/cm3 = 13,55.10-3 kg/(10-2)3 m3 = 13,55 ton/m3, cada m2 de atmosfera equivale a 0,76.13,55 = 10,3 toneladas de água (equivalentes sobre nossas cabeças), porque um metro cúbico de água tem uma tonelada de massa. Como a superfície da Terra é de 510 milhões de km2, cada km2 tem (103)2 m2 = 106 m2, cada m2 equivalendo a aproximadamente 10 toneladas, há aí (510.106.106.10 = 5,1. 1015) toneladas. Por outro lado, numa profundidade de, digamos, três quilômetros de água nos oceanos, em 2/3 dos 510 milhões de km2 de superfície (340 milhões de km2 por três km de profundidade estimada) ou um bilhão de km3 de água há 109.109 m3 = 1018 m3 = 1018 toneladas, do que resulta 1018/5.1015 = 200, querendo isso dizer que há de água nos oceanos tanto quanto 200 vezes o que haveria equivalentemente na atmosfera (mas ela é composta de 70 % de nitrogênio). Mesmo se um congelamento desenfreado congelasse tudo na Terra, como parece acontecer de 600 em 600 milhões de anos, a fonte de submersão não seria também essa, porque a coluna acrescentada de neve não passaria de alguns metros de altura. No hemisfério norte parte dele é coberto de muito mais neve que isso, mas não os oceanos, nem grande parte do hemisfério norte, nem qualquer porção do hemisfério sul. E vice-versa, no inverno do sul.

                            A fonte de lógica da Bíblia não seria a neve.

                            Nem neve nem água.

                            Uma coluna de vários metros de neve cobrindo a Terra inteira mataria quase toda a vida, como acontece de fato nos congelamentos desenfreados, quando sobra só um tiquinho, quase nada, para recomeçar.

                            O sentido não pode ser esse.

                            Assim, se a Bíblia é lógica, como parece ser, a interpretação não é nem pode ser essa, de que a Terra tenha sido completamente coberta de água, até o mais alto cume. Nem muito menos de neve. Tem de ser outra. Se é lógica não é lógica fácil.

Em todo caso arca = BARCO = BURACO = TELA = TERRA, na RC, daí TERRA DE NOÉ, um determinado lugar mais alto, talvez fortificado. Talvez a Barca de Noé seja um artefato alienígena, como presumi, ou um certo lugar elevado, pois são possíveis muitas interpretações (e talvez tudo deva acontecer, ou tenha acontecido, em vários planos da realidade).

                            Vitória, segunda-feira, 24 de março de 2003.

A Guerra como Amuleto

 

                            Lá em Pequiá, distrito de Iúna (consta no dicionarienciclopédico Koogan/Houaiss, Rio de Janeiro, Edições Delta, 1993, como tendo a cidade 5,4 mil e o município 37,8 mil habitantes), que deve ter na sede distrital no máximo uns mil habitantes, tanto de gente que cabe em quatro prédios de vinte andares (4 prédios x 20  andares por prédio x 4 apartamentos por andar x 4 indivíduos por apartamento = 1.280 moradores) na cidade grande, constituindo por alto uma quadra, vive Lair, que bebe muito e é muito boa gente.

                            Administrava uma pousada e restaurante, Nora, mas abandonou o negócio, servindo agora, numa barraca com lona, café, sanduíches e bolos aos motoristas que são obrigados a parar em razão do Posto Fiscal Zito Pinel. Comentando que outro camarada também fechou as portas do Nora, disse que agora está difícil, é preciso esperar pelos resultados da Guerra do Iraque, o “movimento está muito parado”, como diz o povo. Os motoristas estão arrochados, contando moedas. Para ele tudo vem do conflito.

                            Na realidade sequer para o Brasil viria – tudo na verdade é resultado de imaginações férteis e da ganância dos oportunistas do dólar (que sobe sempre, chova ou faça sol, com guerra ou na paz, com fartura ou “faltura”). Mas a TV dando as notícias com tanta freqüência todos ficam assombrados, agitadíssimos, aflitíssimos, angustiadíssimos.

                            A guerra virou desculpa para todas as coisas, serve para explicar tudo, e tornou-se até amuleto, talismã, encantamento para alguns. Se o feijão não cresce a culpa é da guerra; se o leite talha foram os fluídos da guerra – que é agora o que os duendes foram no passado. Isso vem de a mídia ser atualmente onipresente na vida dos cidadãos. As pessoas não raciocinam mais. Nunca raciocinaram muito, mas antes eram obrigadas a ponderar mais, quando a TV não trazia mastigadinha a interpretação oficial. Os preços dos pneus subiram? Faltou fermento? A onda de seqüestros aumentou? Tudo, absolutamente tudo agora é a guerra, como quando, durante a ditadura brasileira superafirmava-se o (que nunca aconteceu nas proporções sugeridas pelos intelectuais) o amordaçamento do povelite brasileiro, que na realidade nem estava aí para as opressões militares.

                            Que chato!

                            Vitória, sexta-feira, 04 de abril de 2003.

A Europa Derrotada

 

                            O que seria depois a União Européia começou com a Comunidade Européia do Carvão e do Aço, CECA, criada a 18 de abril de 1951, caminhando para a união definitiva com o Tratado de Maastricht, assinado em fevereiro de 1992, efetivando-se em 1993 e completando-se com a implantação da moeda única, o Euro, em 1999. Eram nove, passaram a 12 países, depois a 15 e estão caminhando para acrescentar mais e mais (até 27, no planejamento atual).

                            Mesmo com 15 já rivalizam com a produção dos 50 estados dos EUA, quando estes já detiveram 45 % da renda mundial depois da Segunda Guerra, agora estando reduzidos a uns 25 %, recorrendo ao Canadá e ao México para ir além da Europa. Está “pau a pau” a competição, como diz o povo, ora uma cabeça na frente, ora outra, seria interessante investigar em detalhes.

                            A coisa toda ia bem (nosso amigo CUF lembrou que eu disse há uns três anos que o Euro seria a “moeda do futuro” – de fato, até agora ultrapassou o dólar, quando antes, na implantação, estava em queda, parecendo então incapaz de firmar-se) até essa tal Guerra do Iraque,  quando a Grã-Bretanha alinhou automaticamente ao lado dos EUA - o filho querido, o xodozinho da mamãe – e houve um bate-boca terrível entre o Reino Unido e a França, levando a que a União Européia por um nada quase fosse “pras cucuias”, como o povo expressa tão bem.

                            É fantástica a capacidade americana de arrebentar com o projeto dos outros. Nada parecia poder dilacerar a Nova Europa, depois de tantos séculos de tentativas de reunião desde a queda do Império Romano do Ocidente em 476, mil e quinhentos anos de rebentação. Bastou uma cunha bem cravada e a recém-constituída União estourou em pedacinhos que se acusam uns aos outros. Está bem claro que a Grã-Bretanha é mais americana (um 51º estado) que européia. É impressionante como o jogo americano de divisão, como antes o romano, ainda consegue “dividir para reinar”, colocando todos contra todos e cada um contra todos os demais.

                            Por enquanto eles parecem invencíveis.

                            Mas só parecem.

                            Nem sei se vale a pena combater um poder que tem essa utilidade tremenda de por enquanto conseguir ir levando e que, afinal de contas, tem essa vitalidade, ainda que dúbia, de promover os rachamentos. Quem pode combater sem rir esse poder tremendo?
                            Vitória, quinta-feira, 03 de abril de 2003.    

A Guerra Americana

 

                            No mesmo livro de Juan Enriquez, página 153, eis o que ele diz:

                            “Os anos 1990 foram caracterizados pela baixa inflação... Mas o número de milionários americanos aumentou... De 1,3 milhões em 1989... para mais de 5 milhões em 1999... E se quisermos contar os bilionários... Em 1992 havia 13... e em 2000, haviam mais de 250”.

                            Milionários multiplicados por três, bilionários por 20.

                            No Brasil a concentração de X % da renda nacional para o 1 % mais rico ficou nas mãos dos 0,6 % mais ricos, dobrando a concentração num determinado período, pouco importa qual seja; com certeza foi depois do fim da URSS em 1991, quando os EUA e o resto do “mundo livre” não precisaram mais se preocupar com revoltas. Agora, com a guerra contra o Afeganistão e o Iraque, e o temor geral diante da hiperpotência, menos ainda.

                            No modelo podemos ver muito bem que tanto existe GUERRA EXTERNA quanto GUERRA INTERNA – elas são travadas simultaneamente. A Veja de 23 março de 2003 noticiou que para cada bilhão gasto numa determinada guerra exterior os EUA ganham em contratos no país dominado seis bilhões de dólares. Portanto, se Bush Júnior está pedindo 100 bilhões, as empresas americanas contam ganhar 600 bilhões no Iraque.

                            Agora, quanto os governempresas americanos ganham DENTRO DOS ESTADOS UNIDOS, enquanto pacificação das vontades americanas, retorno ao redil do medo, e junto aos países aliados, tanto os de costura forte (como a dependência plural britânica) como os de costura fraca? Principalmente, quanto eles ganham como dissuasão políticadministrativa interna? O que significa silenciar as oposições internas (e também externas) em relação aos desmandos? Com a ameaça de terroristas, de presumida invasão externa, de tudo isso, quanto mais a concentração de renda poderá avançar?

                            Só saberemos daqui a vinte, trinta, quarenta anos, quando olharmos o passado e pudermos avaliar os números. Se, com o fim da URSS, avançou tanto, quanto mais avançará de agora em diante? O que preocupa é o que virá para o povo americano, na base, onde a ausência de serviços e produtos se fará sentir com maior força.
                            Vitória, sexta-feira, 28 de março de 2003.

Projeto Fisco na Estrada

 

                            A Kelly, auxiliar fiscal, entrou novinha e cheia de esperanças, o que renovou minhas expectativas quanto a melhoras.

                            Diz ela, os motoristas não têm atenção de ninguém.

                            De fato, meu pai foi motorista e porisso os observo bastante, embora nunca tenha tomado iniciativa igual à dela. A inquietação dela me fez pensar e junto elaboramos o projeto anexo de folder, que foi idéia primária dela. Quem sabe poderíamos fazer para cada grupo tratado no RICMS, como eu tinha pensado sem me movimentar faz um tempo para trás?

                            Segundo ela o Francisco, que agora está tocando adiante o projeto que já foi o Tributo nas Escolas e virou Consciência Tributária, se dispôs, antes da saída do trágico desgoverno JIF, até dezembro de 2002, a fazer com fundos perdidos ou esquecidos lá na SEFA/ES. A iniciativa pode perdurar, aprimorando este folder e fazendo outros, criando uma linha de comunicação ou controle, colocando os motoristas a favor do governo, conscientizando-os.

                            Como sei que os governantes e legisladores se apoderam de tudo sem dar crédito, acho conveniente registrar no protocolo da SEFA, em nome conjunto dela e meu, pois disso pode derivar uma empresa que repita melhor o desenho noutros estados.

                            Vitória, sexta-feira, 14 de março de 2003.

Programa de Fiscalização

 

                            Tendo entrado no Fisco estadual do ES em 02 de julho de 1984 e só agora me dedicando a modelar este programa em estágio completo, creio que demorei tempo demais, mesmo se com desculpa correta de estar há já dez anos escrevendo o modelo e sucessores. Para alguém que viu desde muito cedo ser o tributo como central na existência humana deixei muito a desejar.

                            Em todo caso, em cada nó do diagrama em anexo há uma atividade, que será oportunamente descrita no novo modo, diferente necessariamente das maneiras praticadas e teorizadas até agoraqui.

                            Este modelo pressupõe terem os agentes da autoridade da lei entendido a dimensão do projeto de dupla salvação, das elites em relação a seus erros de superacumulação e do povo em relação ao revide cruel e violento que se dá após qualquer reclamação popular em relação às condições de trabalho e de vida. Quer dizer, para tão grande projeto como necessita o Brasil, o Tributo (em maiúscula conjunto ou família ou grupo de tributos) geral é não apenas o motor conveniente como a única solução verdadeira. Diz da tibieza ou frouxidão moral dos governantes do Executivo, dos políticos do Legislativo e dos juizes do Judiciário, e da sua falta de visão que os mantém na pobreza relativa brasileira dos ricos e médios-altos brasileiros, não ter esse lado, sociológica e hierarquicamente, compreendido as potências transformadoras implícitas, nem ter tomado as iniciativas mínimas de recomposição da base tributária para os mais largos projetos de crescimento da civilização brasileira.

                            Vitória, quarta-feira, 19 de março de 2003.