Partenoy, o Respeito
Devido ao Povo
Não foi no Japão,
nem no Canadá, nem na Suécia, nem em qualquer das novas supervilas
tenocientificamente mais avançadas, mas numa vila cheia de casas velhas no
interior da França, Partenoy, se não escrevi o nome errado, visto num desses
canais Discovery.
A prefeitura decidiu
assumir o projeto de avanço computacional e coletivo, passou cabos de fibra
ótica por baixo de todas as ruas antigas de paralelepípedos, instalou
roteadores poderosos, seu próprio portal, facilitou a compra de computadores e
TODOS, todos os habitantes que tenham condições de usar (menos os bebês muito
jovens) estão conectados, com resultados espantosos em termos de amadurecimento
socioeconômico.
No Brasil em muitas
cidades pequenas e ricas de São Paulo e do Sul inteiro (Paraná, Santa Catarina,
Rio Grande do Sul), até mesmo do Espírito Santo e Rio de Janeiro, de Minas
Gerais, de Goiás, do Mato Grosso do Sul e outros estados tais experiências
poderiam estar sendo levadas a cabo se os prefeitos e seus assessores não
estivessem interessados em roubar o patrimônio público, se governantes do
Executivo (federal, estaduais e municipais/urbanos), políticos das Assembléias,
da Câmara de Deputados e do Senado, enfim do Legislativo, e juizes do
Judiciário não estivessem tão a fim de botar a mão no alheio.
No Brasil não
respeitam o povo (sequer as elites).
Talvez por lá eles
tenham ganhado o respeito à base de sucessivas revoluções e conflitos, que não
se deram no Brasil em quantidade e qualidade suficiente, mas talvez seja apenas
o caso de surgir gente que veja a necessidade de crescimento GERAL e não
somente do particular. Que vise além das PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos
e empresas) que lhe estão próximas os AMBIENTES (municípios/cidades, estados, nações
e mundo) logo depois dos particularismos, as superafirmações do particular.
Em todo caso fica a
constatação: em Partenoy, França, fizeram o dever de casa corretamente e com
isso mereceram os aplausos.
Vitória,
quarta-feira, 05 de março de 2003.