sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017


Magia Ofensiva

 

                            Fala-se em magia negra e magia branca.

                            Vamos ver, deste o começo.

                            O Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática) tem a Magia como arte alta e a Arte como magia baixa, em primeiro lugar. É “baixa” não no sentido pejorativo, mas no de ser degrau menor do Conhecimento, menor operativo, menos poderoso, menos eficaz.

                            A Magia, propriamente, se dividiria em positiva = PRETA e negativa = NEGRA, na Rede Cognata, aquela a favor, esta contra, controladora: M+ e M-, digamos. Ambas podem ser ofensivas, ambas podem ajudar, PORQUE a dialética, o TAO e o modelo dizem que as coisas tomam rumo contrário – querendo-se provocar um efeito pode-se conseguir o contrário, dependendo do ciclo, já ou depois, sempre.

                            Se uma é ofensiva = MÁ = RUIM, a outra é defensiva = DUPLA = TRAIÇOEIRA, tomadas ofensivo e defensivo como antônimos (não são anticognatos na Rede). A Magia Negativa ou Negra, por oposição à outra, Magia Positiva ou Preta (dita Branca), operaria com o quê? O QUÊ abre-se, enquanto retrato dos acontecimentos, na Psicologia (figuras ou psicanálises, objetivos ou psico-sínteses, produções ou economias, organizações ou sociologias, espaçotempos ou geo-histórias) da Magia, que tem, como em toda Teoria do Info-Controle ou Comunicação, informação e controle ou comunicação. Isso presume o EMISSOR DA MAGIA, o MEIO DA MAGIA e o RECEPTOR DA MAGIA. Pressupõe o CAMPO DA MAGIA e as PARTÍCULAS (ou energias) DA MAGIA. Ademais, a Magia repete do seu modo a pontescada científica: Física/Química (primeira ponte), Biologia/p.2, Psicologia/p.3, Informática/p.4, Cosmologia/p.5 e Dialógica/p.6, além da pontescada técnica.

                            Então a Magia Negra ou Negativa ou Ofensiva deveria ter um mago-emissor, um meio ou espaçotempo de transferência da magia e um mago-receptor. Já que a Magia é praticada indiscriminadamente, todos devemos ser mago-receptores, isto é, parceiros involuntários dos atos de magia. Uns mais, outros menos, numa escala centesimal de um a cem. Devem existir pessoas extremamente suscetíveis, influenciáveis por qualquer toque mágico, enquanto outras seriam praticamente isentas. O modelo diz que 2,5 % da humanidade jamais poderiam ser atingidos por qualquer disposição mágica. Magia = NEGRA, de modo que a Magia Positiva ou Preta ou Defensiva está sempre em ponto menor, na defensiva mesmo. Ou seja, a Magia é sempre negra, ativa, ofensiva. Evidentemente ela obedece a todos os pares polares opostos/complementares, por exemplo, ela fala em PAL/I, palavrimagens, tanto se serve de figuras quanto de conceitos, tanto de formas quanto de estruturas, quer dizer, ELA PENSA. E deve ter pensado muito, no decorrer dos milênios, pois começou primeiro, é o conhecimento primogênito, o primeiro que foi gerado.

                            Vê-se que um mínimo de raciocínio através das regras do modelo já nos permitiu ver muito mais da Magia.

                            Vitória, sábado, 22 de fevereiro de 2003.

Insula

 

                            Como já disse noutro texto, que a Terra recebeu esse nome porque o dominante racional tem sua base operacional em terra. Se a tivesse no mar o planeta teria sido chamado Oceano, Mar, Água, qualquer coisa assim. Se houvesse um mundo virtual com muito líquido e pouco solo, talvez o nome desse mundo fosse Insula, Ilha ou o que fosse.

                            Em todo caso, seria muito interessante.

                            Como poderia se desenvolver uma civilização num mundo assim e como eles poderiam desenvolver o Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática) geral, em especial a pontescada tecnocientífica, nela a pontescada científica: Física/Química, Biologia/p.2, Psicologia/p.3, Informática/p.4, Cosmologia/p.5, Dialógica/p.6? Poucos fungos, plantas animais, humanóides. Poucas árvores para construir navios e muitos peixes logo adiante. Mundo superoxigenado pelos ficto e zôoplanctos, muitas nuvens e chuvas, tempestades terríveis, pouca água potável em rios, lagos e lagos, no lençol freático (fontes, minas).

                            Qual é o tamanho mínimo necessário de terras emersas para sustentar o aparecimento do racional dominante? Qual a relação entre águas e terras emersas (A/T)? Teríamos mundos A/T 100/0 (como Europa, toda recoberta de gelo), 90/10, 80/20, 70/30 (como o nosso), 60/40, 50/50, 40/60, 30/70, 20/80, 10/90 e 0/100 (como a Lua). Tais exercícios, por colocarem os problemas, farão aparecer soluções, que comparemos ou cotejaremos com a que conhecemos na Terra. Pesquisas nunca são desperdício mesmo. Estas serviriam para rever nossas posições terrestres provincianas.

                            Vitória, terça-feira, 25 de fevereiro de 2003.

Inelasticidade Governamental

 

                            Se há algo que marca TODOS os governos é a falta de elasticidade e de pronta resposta. Os governos NÃO SÃO, por natureza, revolucionários: eles hesitam, titubeiam, vacilam, balançam, mas não seguem em frente, mormente com a rapidez desejada.

                            Veja, os governos poderiam facilmente dividir-se em 75 % de permanência e 25 % de renovação, ou 50/50, como seria o mais desejável, entre a continuidade, o passado, e a reinvenção do presente que vai se tornar passado, o futuro. Porque, é patente isso, o hoje de agoraqui está vivo, mas o hoje que se tornou ontem começou a morrer. É preciso reinventar, o que equivale a dar novas respostas a novos problemas, continuamente.

                            Todavia, o que vemos?

                            Os governos não inventam, não fazem nada de novo, eles não vão buscar os problemas para resolvê-los, esperam até que acumulem a ponto de ruptura, até o clamor se tornar tão alto que a mídia vá atrás e o exponha gritantemente aos ouvidos a partir daí sensibilizados da grande massa; e nisso os problemas já se tornaram tão grandes que é muito difícil resolvê-los sem gasto de grandes quantidades de dinheiro.

                            Além disso, os governos deveriam ESTAR ESTIMULANDO o nascimento de idéias, de sensações, de novidades que capturassem as imaginações e as razões das pessoas. Para tal deveriam chamar os revolucionários, em lugar de se oporem a eles. Primeiro, porque eles já não seriam oposição demandante de verbas duras, militares e policiais de um modo geral. Segundo, porque SERIAM SOLUÇÃO, isto é, uma quantidade de novas linhas de desenvolvimento e progresso. Solução para si, para os governos, para as empresas, para as pessoas outras, para os ambientes todos. Muitas patentes, muitos cruzamentos de idéias, fertilização, explosão supersônica de humores e de amores.

                            Como eu já disse tantas vezes, fico estarrecido com a falta de visão de governantes, deputados e juizes.

                            E se, de tudo eles tiverem medo, que deixem entrar apenas 25 % de revolução contra a barreira de 75 % de evolução, ou seja, de conservação e conservadorismo. Tal corresponderia a criar departamentos, secretarias, ministérios para essa nova inventividade.

                            Vitória, quarta-feira, 26 de fevereiro de 2003.

Imaginário Árabe

 

                            Em seu livro, A Descoberta, Rio de Janeiro, Record, 1984, Steve Shagan diz de passagem na página 188: “No mundo árabe, a imagem é tudo”. Essa simples passagem me fez relacionar muita coisa.

                            Como o Alcorão (al-corão, O Livro) proíbe imagens os árabes voltaram-se desde 622, ano da fuga de Meca que marca o início do calendário muçulmano, para a caligrafia rebuscadíssima, de que existem exemplos maravilhosos através de todo o mundo Árabe.

                            Então, para todos os efeitos, poderíamos dizer que evitaram as imagens? Não fosse essa simples passagem de Shagan eu teria afirmado que sim. Agora, veja, eles não retratam pessoas ou animais, mas constroem edifícios de cinco bilhões de dólares e outros monumentos, compram carros luxuosos, enfeitam-se à bessa, constroem palácios – de modo que não evitaram a armadilha, renegaram a palavra de Deus. Caíram direitinho, procurando evitar a todo custo.

                            Ora, nos dizem a dialética, o TAO e o modelo que quanto maior for a pressão para um lado, maior ela será para o outro, na soma zero. A mola ou tensor dialético é armada (o), de tal modo que é como puxar um tecido de borracha: cria-se um buraco ou uma montanha, significando tensão em toda a volta – essa multidão de pequenas flechas forçará o tecido a voltar a seu estado natural, e quanto maior for a violência para um lado maior ela será para o outro, oscilando poderosamente em torno do centro ou equilíbrio. Toda proibição significará escape, contornando-se a interdição. Quando Alá proibiu, por seu emissário Gabriel, as imagens no mundo Árabe não disseram o que seria isso; os islamitas, achando que fossem apenas as imagens dos seres, dinâmicos, criaram imagens estáticas, de coisas, passando a venerá-las, negando com isso a Alá da maneira mais abjeta, pior que a dos cristãos. Como eu já disse, a adoração antiga das imagens evoluiu para o uso delas como retrato da Divindade e dos santos. A imagem é apenas o roteador da memória. Como diz o TAO: o que parece não é e o que é não parece. Rio bastante disso tudo.

                            Vitória, segunda-feira, 24 de fevereiro de 2003.

Filmes Vitoriosos

 

                            Por dois exemplos de desastres talvez comecemos a montar uma receita para a vitória, especialmente se pudermos ter uma comparação filmográfica de feição tecnocientífica.

                            Em Final Fantasy (Fantasia Final, e espero que seja mesmo o primeiro e o último) o herói morre no final, o prometido amor com a heroína não se cumpre para a constituição da família, há uma solitária águia (uma só, sem par familiar) vagando sem rumo no céu, a Terra apresenta-se quase totalmente devastada, o cenário é um lixo só, bem ao estilho destrutivista do rock pesado trash, puro entulho mesmo.

                            No detestável filme de Stephen Spielberg, AI (do inglês, Artificial Intelligence, IA, Inteligência Artificial em português), o robô sobrevive vários milhares de anos para ser depois descoberto por alienígenas arqueólogos no fundo de geleiras, sendo posto para funcionar de novo numa Terra vazia, aparentemente sem humano algum.

                            Ô vontade que essa gente tem de acabar com a Terra, sô!

                            Como diz o povo, “deixa ela, seu! ”

                            O universo existe porque há amor, porque um primeiro átomo juntou-se a um segundo e assim por diante, vindo dar em nós. O vetor da continuidade da espécie é o amor familiar no ninho de criação. Conseqüentemente o amor romântico, que funde o par fundamental, é essencial em todo filme = AMOR, na Rede Cognata. E que prazer teremos em ver a Terra sendo destruída, como em Titã, da Disney, creio? Lá também, logo de cara o planeta é destruído, depois no final sendo construída uma Terra II, sei lá, fiquei com raiva. Que prazer terei em ver minha casa sendo arrasada e indo morar no estrangeiro?

                            Enfim, esse tipo de filme está fadado ao fracasso, mesmo se os nomes de proa de direção, de produção, de ação (atores e atrizes) nos levam a vê-lo. Virá a decepção. O oposto dessas porcarias são os filmes vitoriosos, os das grandes sagas para juntar homem e mulher, etc., tudo aquilo que Hollywood já soube fazer.

                            Vitória, segunda-feira, 24 de fevereiro de 2003.

Filmando os Clássicos Hindus

 

                            A Barsa eletrônica nos diz que o Ramayana (Gesta de Rama) foi escrito por volta de 300 a.C. e fala em 24 mil dísticos, em sete livros, da vida de Rama, sétima encarnação de Vishnu. O Mahabharata (Grande – guerra dos – Bharata; fala da tremenda disputa entre os Bharata), composto por volta de 400 a.C., tem 300 mil versos, sendo o Baghavad–Gita (Canção do Senhor) uma seção sua. Dessa seção um filme ocidental foi feito, muito belo, mas incompleto em seu apelo e sua descrição de uma batalha épica e divina em suas proporções.

                            Para comparação Os Lusíadas, obra de Luís Vaz de Camões (português 1524/5 a 1580, 56/55 anos entre datas), que embasa a criação de Portugal através de uma epopéia de fundo propiciatório divino, tem 8.816 versos em 10 cantos.

                            Comparativamente temos R = 2,72. L e M = 22,69.L.

                            Nada disso vem à tona, nem pelas mãos dos ocidentais, nem pelas mãos dos orientais, sequer pelas dos próprios hindus, que fazem hoje milhares de filmes por ano – mas não dão atenção ao embasamento lendário de sua coletividade. Não é tão triste, isso?

                            Em compensação fazem milhares de filmes porqueiras no mundo inteiro, com gasto de bilhões de dólares, para chateação eterna da humanidade. Lá está um dos melhores roteiros de todos os tempos, no total com 225 mil versos; se forem explorados na base de cinco mil versos por filmes podem ser feitos 45. Fonte inesgotável, fora as lendas dos demais países, que não conhecemos de perto. Podemos passar 50 anos fazendo filmes, sem nunca pararmos de nos divertir, introduzindo recursos sempre mais complexos e perfeitos. No entanto, somos submetidos a essas chatices inqualificáveis. É fundamental constituir um consórcio oriental, agora que os países de lá dispõe de grandes recursos (aplicados, todavia, na emulação do Ocidente).

                            Somos obrigados a assistirmos terrificados a essas superficialidades americanas e européias (mas há coisas excepcionalmente boas, a crítica só vai aos coisas ruins), quando poderíamos obter variedade ilimitada continuamente expressa de um lado desconhecido e cheio de maravilhas. Poderíamos ver uma interpretação integral do fundo geo-histórico e mitológico do mundo inteiro e não só da Europa e dos EUA.

                            Toda a humanidade, até a européia e a americana está esperando por isso, praza Deus façam logo.

                            Vitória, domingo, 02 de março de 2003.

Em Busca do Altar de Adão

 

                            No livro de Daniel Lifschitz, O Paraíso Perdido (A Hagadá sobre Gênesis 3; Hagadá é explicação ou discurso, Gênesis = CANOPUS = CRIAÇÃO = COMPOSIÇÃO, na RC), São Paulo, Paulinas, 1998, p. 62, o autor coloca essa frase: “Adão ergueu, então, um altar e trouxe uma oferenda a Deus que consistia NUM ANIMAL VERDADEIRAMENTE ESPECIAL, UM BOI COM UM ÚNICO CHIFRE NO MEIO DA TESTA. Deus misericordioso acolheu de bom grado a sua oferenda”, maiúsculas coloridas minhas.

                            Quando aplicamos a Rede Cognata (veja Rede e Grade Signalíticas, no Livro 2), podemos fazer esta tradução (são várias possíveis): (Adão construiu um altar) NUM PAÍS ALTAMENTE ESPECIAL, UMA TERRA COM UM ÚNICO SOL NO MEIO DA BANDEIRA. A única bandeira que tem um Sol no centro é a do Japão. Ora, no mesmo livro, p. 59, o autor diz, “Adão percorreu a terra em toda a sua longitude e latitude”.

                            Sempre pensamos em Adão como estando em Israel, enquanto ele pode ter surgido na Suméria, onde hoje é o Iraque. Como vimos no artigo É a Lógica, neste mesmo Livro 24, o Dilúvio deve ter se dado no ano 1750 ou mais tarde, contando de algum zero desconhecido. Acontece que Abraão viveu lá por 1800 a.C., que somados (1800 + 1750) dão uns 3,5 mil antes de Cristo, que é a data do Vaso de Warka (veja no neste Livro 24 o artigo Arca de Noé), pela datação, apenas uma coincidência. Entrementes, entre Noé e Abraão aconteceram várias gerações, o que prolongaria um pouco para trás. Então, o Dilúvio deveria ter acontecido lá pelo quatro ou quinto milênio antes de Cristo, a julgar pela Bíblia.

                            Adão, podendo de alguma forma viajar pelo mundo inteiro, plantou um altar no Japão, teoricamente. Acontece que temos hoje um Japão super-rico e supercapaz de promover as buscas, que obviamente devem coincidir com as da deusa Amaterasu, cognato de SANTOS e de ANJOS.

                            Se o Japão tem lá o Altar de Adão, onde está? O que significa? É um artefato ou um lugar? Como descobri-lo? Não sabemos nem por onde começar, pois não há indicações, depois de seis ou sete mil anos (que, por coincidência, é a antiguidade pretendida pelo povo japonês, contestada pelos estudiosos, mormente os ocidentais).

                            Vitória, domingo, 02 de março de 2003.