sexta-feira, 20 de janeiro de 2017


O Custo da Obesidade


 

                            Em Michio Kaku, Visões do Futuro (como a ciência revolucionará o século XXI), Rio de Janeiro, Rocco, 2001, p. 269, o autor diz: “O impacto da obesidade sobre a economia do sistema de saúde é imenso. Segundo epidemiologistas da Harvard Medical School, a obesidade custou à nação 45,8 bilhões de dólares em contas médicas em 1990, ao que se somam 23 bilhões de dólares em empregos perdidos, ajudando a fazer os custos do sistema de saúde excederem o orçamento”.

                            Nem de longe é só isso.

                            Ele esquece de contar que pelas mortes foram pagos seguros, e que os seguros não suprem a falta totalmente. Sem contar que a ausência de um nos tira tudo que criaria no futuro, e todas as exponenciais multiplicações, uma infinidade de mundos.

                            Agora, pelo modelo o ser humano não é físico/químico nem biológico/p.2 apenas – é também psicológico/p.3, quer dizer, é principalmente razão, é definitivamente segunda natureza, tem muito pouco de corpo. A obesidade NÃO É somente do corpo, é do corpomente, é principalmente uma MENTE GORDA, conforme já disse.

                            Sinta agora, com total pavor, que é UMA NAÇÃO INTEIRA GORDA, 59 % de obesos. Não é uma gordurinha aqui e outra ali, um pneuzinho ou outro, são pneus de caminhões fora de estrada. É um povo inteiro ultra fixado em comidas, bebidas, pastas e temperos, num vício mais pavoroso que qualquer outro, como bem sei. Diz o texto que 300 mil americanos morreram devido a causas ligadas à obesidade. Embora a conta a seguir não seja precisa, veja que a renda americana é de 8,5 trilhões de dólares de renda anual divididos por 270 milhões de americanos, cerca de 30 mil dólares/ano por pessoa, vezes 30 anos de sobrevida = 270 bilhões de dólares. E isso a cada ano, descontadas outras causas. Em 30 anos morrerão nove milhões de indivíduos, só devido à obesidade, sem falar que ela causa depressão mental, numerosíssimos distúrbios na alma, tanto as psicopatias quanto as sociopatias, desde as leves até as extremas.

                            Eu creio que deveríamos construir toda uma pedagogia contra a obesidade, simplificando os hábitos de vida, tirando-nos do sedentarismo, levando-nos ao campo, fazendo-nos conversar mais, pagando psicólogos e sociólogos, construindo universidades anti-obesidade, implantando institutos de pesquisa & desenvolvimento teórico & prático com toda uma nova percepção tecnartística que nos leve individual e coletivamente à cura desse mal universal. Documentários, teses, programas, filmes, um trabalho planetário muito agudo mesmo, permanente, insistente, de salvação não apenas dos americanos e sim de todo o mundo. Ensinar técnicas de suavização de consumo, de tranquilização, de tudo aquilo que venho pedindo. Um MUNDO MAGRO seria muito melhor para as pessoas (indivíduos, famílias, grupos e empresas) e diminuiria as pressões sobre os ambientes (municípios/cidades, estados, nações e mundo). Ensinar contentamento com o que já temos, ENSINAR MAGREZA, delicadeza, simplicidade, afeto por pessoas e cuidado com coisas. Os americanos acham estranho não haver tantos gordos na França, mas é porque desde 200 a 300 anos atrás os valores franceses mudaram, eles deixaram de ser tão “primeiristas”, digamos assim, tão obcecados com serem os primeiros em tudo. Essa angústia é que leva os americanos ao estresse. Como são conseguem nem haveria jeito de conseguirem, a autopunição é a sobre alimentação, que leva a outras doenças em círculo vicioso. Convém desestressá-los.

                            Isso passa por reeducação geral das pessoambientes, dos governempresas, dos políticadministradores, das mídias, das universidades, dos conhecimentos, das 6,5 mil profissões. Diria que a obesidade é o inimigo número zero do mundo, hojaqui, antes mesmo de qualquer inimigo número um. O custo foi muito porcamente medido. Ele é muito maior do que pensávamos antes.

                            Vitória, quinta-feira, 27.dezembro.2002.

O Advento


 

No livro já citado no artigo Deus e Perfeição, deste Livro 18, os autores dizem na página 209 (sobre os adventistas e suas crenças): “Estamos vivendo os ‘últimos dias’ antes do advento do Senhor, do reino de mil anos, o milênio, e do julgamento final. O nome da comunidade é uma referência à crença de que Jesus voltará à terra (advento significa ‘chegada’), crença que os adventistas compartilham com outros cristãos. Porém, há duas coisas que caracterizam sua antecipação do advento: crêem que Jesus voltará em breve e que são capazes de acelerar esse processo”, colorido meu.

                            Vamos utilizar a Rede Cognata para ver as traduções.

·        Advento = CRISTO = ADEPTO = AUGUSTO = CENTRO = GOVERNADOR = CANTO = CONTAR = COMUNIDADE, etc. “advento do Senhor” = CRISTO DO PAI.

·        Julgamento final = TORMENTO FINAL = BOMBA FINAL, etc.

·        Chegada = SACADA = SECRETA, etc.

Agora, como já vimos no modelo, não existem nem passado nem futuro, tudo se concentra no presente. Quando digo Tela Final, onde Deus consegue harmonizar todas as verdades numa única Verdade convergente, totalmente coerente = CENTRAL, numa esfera perfeita, não está essa Tela no fim de uma linha, está agoraqui mesmo, neste pontinstante. Não CAMINHAMOS para chegar lá, em algum lugar e tempo remotíssimo, caminhamos PARA VER, para abrir os véus de nossa irracionalidade.

                            Progressivamente, com extraordinária lentidão, vamos descerrando os véus que, supostamente, o “pecado original” colocou diante de nossos olhos. Como disse São Paulo, em algum momento veremos de frente, sem ser por espelho, inversamente, trocadas esquerda e direita, veremos de frente e falaremos a “língua dos anjos”, mas só se tivermos amor. Para quê Deus cederia liberdade ou livre arbítrio à humanidade? É para que aprendamos, é evidente, para que aprendamos A VER. Que deixemos de ser cegos e enxerguemos o que está diante de nós. CAMINHAR PARA DEUS não é ir para o futuro, É CAMINHAR PARA VER.

                            Por outro lado, veja as conseqüências de os adventistas dizerem-se capazes de “antecipar o Advento” = ANTECIPAR O CRISTO. Se Cristo é Deus junto com o Pai, então isso quereria dizer que meros racionais não podem forçar o Não-Finito a se manifestar, seja com rezas, choradeira, gritos, o que for. Veja que todo o universo é partícula de poeira perto do não-finito; o que dizer da gritaria na Terra? Veja a pretensão = SATANÁS = CHARLATÃO = SOBERANIA = SOBERBAS = PERDIÇÃO disso!

                            Se Cristo não é Deus, como advogar para ele o chamado Primeiro Poder, de ressuscitar as pessoas (Lázaro e outros)? Se ele não ressuscita aos outros, como ressuscitará a si mesmo? Se não foi ele, se foi Deus, externamente a ele, ele não é mais que um profeta, como Maomé e outros. É um dilema, cuja única solução é pensar mesmo que Jesus = DEUS, Cristo = ABOLUTO seja mesmo o Deus Central incognoscível, incompreensível, onisciente, onipotente, onividente – QUE NÃO PODE DE MODO ALGUM SER APRESSADO. Ele faz o que quer, quando quer, porque quer – sem dar satisfação a ninguém!

                            PORTANTO, se segue que o Advento não pode ser precipitado (nem retardado, por mais força que façam contra). E o Advento não está em algum lugar do futuro ou do passado, ELE SEMPRE ESTEVE e agoraqui mesmo, neste pontinstante. A humanidade é que não vê. Cristo não está no passado nem estará no futuro, ele SEMPRE ESTEVE naquilo que Clarice Lispector chamou de o-é-da-coisa, o É. Cristo não foi, coisa que passou; não será, coisa que ainda não é. Ele é AQUI MESMO, desde sempre e para sempre.

                            Como conclusão lógica das premissas.

                            Vitória, quinta-feira, 26 de dezembro de 2002.

O ADRN de Frankenstein


 

                            O romance de Mary Shelley (inglesa, 1797 a 1851, 54 anos entre datas), Frankenstein, data de 1818 e tem como subtítulo Prometeu Moderno. Brinco dizendo que é Frank/EINSTEIN, sendo Einstein considerado o maior dos cientistas contemporâneos. Freqüentemente refilmam e a estória é muito conhecida. Um cientista do século XIX toma partes mortas de corpos, reúne-as e com um raio como fulcro energético o ressuscita. Além da aparência monstruosa ele se torna mal quando, sendo-lhe dada uma noiva, como Eva bizarra, esta morre, tornando-o furioso com a solidão.

                            A questão posta é que uma Ciência incompleta, sem equilíbrio sentimental e amoroso, que não têm visão de tudo, pode produzir um mundo monstruoso. Mais que isso, começa a despontar que o ADRN de uma monstruosidade geraria monstruosa prole em evolução, por vezes mais competente, hábil e selecionável que nós. O modelo diz que pessoas (indivíduos, famílias, grupos e empresas) e ambientes (municípios/cidades, estados, nações e mundo) frankensteinanos começariam a surgir e prosperar, com culturas/civilizações/sociedades F, com as 6,5 mil profissões F, com a Bandeira F de Proteção (lares F, armazenamentos F, seguranças F, saúdes F e transportes F). Em resumo, haveria uma propagação infindável dos vetores F.

                            E o F não vai sempre feio daquele jeito. Pode ser belo e nada compassivo, sendo monstruosidade psicológica com belo corpo e rosto físico.

                            A pergunta de Mary Shelley não foi respondida, nem de longe, está cada vez mais atual, sem falar que a profundidade dela, de uma Ciência corrupta em seus propósitos, tirana em suas vontades, covarde em seus ocultamentos, está mais atual que tudo. E hoje mesmo foi anunciado o nascimento não de um bebê de proveta, como há 25 anos atrás, mas de verdadeiro clone, uma menina. Valha-nos Deus!

                            Vitória, sexta-feira, 27 de dezembro de 2002.

Nova Dutra

 

                            Depois de 1987, quando entrei na então AFES (Associação do Fisco Espírito-Santense), desde 1990 Sindifiscal (Sindicato do Grupo TAF no ES), só passei além do Rio de Janeiro de avião. Mas lá por 1973, no bojo do Projeto Mauá (OPEMA) fui como estudante a São Paulo, de forma que devo ter trafegado na Avenida Dutra de então. Não lembro de nada, a gente vai e volta dormindo.

                            Em todo caso os motoristas falavam horrores dela, e depois deles a mídia. Há alguns anos foi privatizada e nunca mais se fez comentário negativo nenhum. A nova administração, privada, que se autodenominou Nova Dutra, distribui folhetos mostrando as melhorias. A gente nunca sabe, mas parece que melhorou significativamente mesmo.

                            O que aconteceu?

                            O que acontece sempre: na empresa privada o DESVIO DE VERBAS se chama LUCRO e há responsabilidade perante o consumidor, que pode reclamar diretamente ou deixando de usar os serviços ou os produtos. Da empresa pública monopolista ou oligopolista favorecida em lei não podemos reclamar, pois é “gratuito”, quer dizer, quem paga é o povo, via 58 tributos brasileiros. Os dirigentes estatais não têm responsabilidade nenhuma – desviam o dinheiro e não pode haver reclamação. Quer melhor do que isso? Vem daí tantos pilantras quererem pertencer aos quadros do Estado.

                            Por quê não passar logo tudo à iniciativa privada? É que a soma é zero para tudo, portanto o lado bom da privatização tem um lado ruim, um lado bem negativo. O outro lado é bem podre, não vou discorrer sobre ele agoraqui. Em todo caso, os trens, sempre deficitários no Brasil, desde a privatização do material rodante em estado calamitoso conseguiram fazer crescer o percentual de participação no total de cargas até mais de 30 %, o que é uma façanha, em termos do nosso país. Sem falar no sucesso retumbante das telecomunicações. É claro que a coisa não é risonha, os aumentos constantes de tarifas, conluiados com os representantes governamentais, estão aí para provar.

                            Entretanto, é bem visível que há roubalheira a nível governamental e que a privatização é um caminho, desde que a socioeconomia não perca a ponta da corda da vigilância coladinha.

                            Vitória, segunda-feira, 30 de dezembro de 2002.

Máquinas Estrangeiras

 

                            Há aqui um aparelho de som Gradiente, que é empresa brasileira, que estragou. Tivemos um outro que estragou também. Embora tivessem sido montados no Brasil, as peças vêm de fora, pois a Gradiente é quase uma maquiadora. A tecnociência é quase toda estrangeira, como para quase tudo nas opções do terceiro e do quarto mundos.

                            Mas há um TV Zenith, (acho que marca americana comprada pelos japoneses) de 43 polegadas, creio, que deu defeito também. Há um videocassete Mitsubishi em que mal conseguimos ver os vídeos. Os computadores são montados no Brasil sobre bases estrangeiras. Só um que tivemos foi consertado 18 vezes, porque os programas davam “pau”. Fora os drivers de CD, que estragam um após o outro. Um Casio Planeo (Color Digital Diary) que já veio com defeito, custou R$ 550 quando o dólar estava a 1,50/1,00, acho, foi há uns cinco ou seis anos, ou mais.

                            Enfim, as máquinas estrangeiras quebram, não são boas coisa nenhuma, nos escravizam também, tirando nosso dinheiro que não dá defeito por algo que quebra sempre. Sendo assim, penso que os brasileiros podem ousar enfrentar o mercado alienígena, porque as coisas feitas aqui não podem dar mais problemas que as feitas por lá.

                            Há essa afobada sensação de maravilhamento com as coisas de fora, mas é tudo bobagem. O colonialismo que ainda vive na alma dos brasileiros por defeito de transferência da pedagogia da autodependência da burguesia local nos faz arriar as calças para os estrangeiros. Não há um pinguinho de decência na burguesia brasileira, sempre ultra dependente. É uma chatice sem fim.

                            Vitória, domingo, 29 de dezembro de 2002.

Manuais Populares


 

                            Quando se fala “popular” a imagem que vem imediatamente à mente é de algo pobre, miserável, ordinário, quando sem preconceito seria apenas algo relativo ao povo. Pode ser algo de altíssima qualidade, ainda que dirigido às multidões. Pense em que gênero de pedagogia se desenvolveria no trânsito ou meio em que se desse a transferência de info-controle qualificado às 6,5 mil profissões.

                            Todo um gigantesco departamento de comunicação (ou controle) e informação tecnocientífica e dos demais modos do Conhecimento poderia cobrir o fazer humano ao nível do povo, seja na Bandeira de Proteção (lar, armazenamento, segurança, saúde e transporte) ou em tudo mais que está no modelo.

                            Fragilizada como se encontra pela falta de visão da dimensão correta das tarefas, a humanidade desviou-se do melhor senso e razão. Pense numa REDE DE INFO-CONTROLE (RIC) nacional, estadual ou municipal/urbana capaz de ligar todos os milhares ou dezenas de milhares de pontos desse fazer humano em alto grau de interesse. Espraie sua mente para alcançar as conseqüências! Qualquer pessoa com um mínimo de cérebro ficaria entusiasmada de poder dirigir ou participar de coisa de tal envergadura. Tudo começaria bem simples e iria crescendo até a estratosfera racional, contaminando todas as entidades, desde que sua expansão não fosse bloqueada pelo ciúme corrosivo, diante do sucesso esplendoroso. Pense em 30 anos conduzindo o povo até as mais elevadas alturas do fazer, começando como quem não quer nada e aos poucos indo até o Céu. Poucas aventuras seriam tão gratificantes. Um “Como Fazer” elevado à milésima potência.

                            Vitória, quinta-feira, 26 de dezembro de 2002.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017


Busca Pública de Patentes

 

Até que o modelo aparecesse, seria incompreensível ver que o povo não consegue atinar com o mundo além das formas, das superfícies, da Natureza. Vendo que tudo é 50/50 em formestruturas, em programáquinas, em processobjetos, em externinternos, agora podemos interpretar ambos os lados.

50/50, DOIS LADOS NA TRADUÇÃO DO MUNDO

50 %, DA FORMA.
50 %, DA ESTRUTURA.
O povo para nas formas, nas máquinas, nos objetos, nos conhecimentos superficiais, nas imagens.
As elites se interessam pelas estruturas, pelos programas, pelos processos, pelos conceitos, pelas palavras.
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O povo não vê uma residência como processo legal, lei-em-fluxo que é preciso atender/atender, só vê paredes, teto, janelas, etc.

Resumindo, o povo não consegue pesquisar conceitos e entende-los, é detido no exterior. Por conseguinte, não saberia fazer busca privada de patentes para saber se sua ideia já foi apresentada e, talvez, patenteada – só as elites têm essas iniciativas.

O Governo geral, expressão (não se firma nisso, é Escritório Geral do Capital) da coletividade, pago pelo povo, não tem proporcionado orientação popular. Há revistas de patentes, há o INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial), há despachantes privados, há Mineração de Dados (busca de patentes já registradas, de onde partir), porém nada disso serve à população.

Além dos Quadrângulos de Praça e do sugerido Conselho Municipal de Patentes, CUP, é preciso pajear, seguir junto como pajem, amparando, guiando em cada cidade-município, junto aos trabalhadores de empresas e às famílias.

Vitória, quinta-feira, 19 de janeiro de 2017.

GAVA.