E Se os Combustíveis
Fósseis Acabassem Amanhã?
Na realidade OS
COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS VÃO ACABAR AMANHÃ. Não o primeiro dos amanhãs, mas em
algum amanhã, não demora muito. Aliás, poderíamos e deveríamos estabelecer o
PROJETO AMANHÃ, para vários propósitos, um dos quais seria calcular com os
dados de que dispuséssemos, todo ano, quando chegaria presumivelmente esse
amanhã fatídico.
Num artigo do Almanaque Superinteressante 2002, São
Paulo, Abril, 2002, p. 68, no artigo E Se
... Todo o Petróleo do Planeta Acabasse no ano que Vem? - eles miram o
petróleo, que dizem constituir 40 % do consumo mundial atual, junto com 23,2 %
do carvão (dito mineral), mais 22,4 % do gás derivado de hidrocarbonetos. Somam
40,0 + 23,2 + 22,4 = 85,6, digamos 86 %, sobram 14 % para todas as outras
fontes. Conforme já disse no modelo, felizmente o Brasil não seguiu um modelo
tão amplamente dependente dos combustíveis fósseis, que todos eles são, e não-renováveis.
Nosso país depende mais de fontes renováveis.
Veja que o ponto de
união é combustíveis fósseis (petróleo, gás, carvão, xisto betuminoso, etc.) e
eles vão acabar nalgum amanhã, num ano que vem qualquer.
No texto um certo
Saul Suslick, professor do Instituto de Geociências e coordenador associado do
Centro de Estudos de Petróleo da Universidade de Campinas, (Unicamp), diz:
“Sinais precursores da escassez, como a elevação dos preços, motivariam o
surgimento de um arsenal de tecnologias e energias alternativas para que a
substituição ocorresse de maneira gradual”.
Veja só quem está
falando!
Como se não
tivéssemos tido no Brasil em tal “aumento gradual” o multiplicador maior e
continuado da hiperinflação brasileira, durante duas décadas de escassez de
petróleo, inflação exagerada que tanto mal causou principalmente ao povo, mas
também às elites, na medida em que estas se tornaram não-produtivas,
parasitárias. Tal política introduziria no mundo inteiro inflação crescente que
finalmente dispararia, com os resultados previsíveis: escassez de negócios,
conflitos, guerra geral, destruição da humanidade.
É certo que os
combustíveis fósseis vão acabar, é certo que eles precisam ser substituídos com
certa urgência, mas falar disso seria um erro total. É preciso que os
governempresas se empenhem a fundo – NA SURDINA, NA CALUDA, como diz o povo de
Linhares.
Vitória, domingo, 29
de dezembro de 2002.