segunda-feira, 16 de janeiro de 2017


As Pessoambientes Desativadas


 

No livro de Michio Kaku, Visões do Futuro (como a ciência revolucionará o século XXI), Rio de Janeiro, Rocco, 2001, p. 270, ele diz: “No pólo oposto, os cientistas talvez tenham encontrado, no cromossomo X, o gene que causa o crescimento descontrolado dos pêlos, a chamada ‘síndrome do lobisomem’. Pessoas que sofrem de hipertricose generalizada congênita têm pêlos cobrindo a maior parte da metade superior do corpo e rosto e, no passado, acabavam se tornando atrações de circo. (Os cientistas acreditam que os seres humanos tiveram outrora uma camada protetora de pêlos, mas em algum momento de nosso passado evolutivo uma mutação desativou esse gene. Isso, por sua vez, talvez signifique que ainda carregamos centenas de genes desativados há milhões de anos e que representam os corpos de nossos ancestrais primitivos) ”.

Veja só que, pelo Modelo da Caverna, mulheres eram coletoras e homens eram caçadores. Estes, que viviam ao sol, deviam ter alguma proteção, ao passo que ela seria um inconveniente muito grave na quentura da caverna. A mutação deve ter surgido nas mulheres, além do mais porque, como eu disse, elas têm óvulos toda a vida, ao passo que nós homens fabricamos espermatozóides continuamente. Os raios gama vindos do espaço e os raios X vindos das redondezas incidirão mais tempo nos óvulos.

Ademais, mutação que anulasse os pêlos antes de haver roupas seria problemática. As roupas só surgiriam para quem, tendo perdido os pêlos, sentisse necessidade de pele artificial, as roupas, por exemplo, mulheres sem pêlos saindo das cavernas. De forma que as mulheres devem ser as inventoras das roupas – razão pela qual elas, até hoje, gostam tanto delas.

O motivo do artigo, no entanto, é este: a hipertricose que recorrentemente aparece em alguns humanos não é a única reminiscência genética, naturalmente. Os íntrons, seções inativas da fita de herança genética, devem conter centenas e até milhares de variações desnecessárias. Como as pessoas (indivíduos, famílias, grupos e empresas) não existem senão em ambientes (municípios/cidades, estados, nações e mundo) como pessoambientes, se segue que para pessoas diferentes tínhamos ambientes distintos, e vice-versa. As pessoas mudam quando os ambientes se alteram e o contrário. ENTÃO, esses MAPAS DE ÍNTRONS serão objeto de pesquisas paleontológicas, para descobrir as PALEOPESSOAS e os PALEOAMBIENTES. Nos equivalentes naturais biológicos/p.2 também há tais MI, com PALEOFUNGOS, PALEOPLANTAS e PALEOANIMAIS. Os mapeamentos não devem, consequentemente, dar-se apenas ao nível das partes ativas dos genes, porém em todos os reinos, PORQUE o cruzamento dos antigos fungos, com antigas plantas, com antigos animais e antigos humanos nos darão antigos cenários e isso é, obviamente, MUITO INTERESSANTE.

As pessoambientes desativadas nos farão compreender melhor o passado humano e de toda a Vida. Nos permitirão sondar a páleo-geo-história da Terra, admitindo medições muito mais precisas de tudo.

Vitória, segunda-feira, 23 de dezembro de 2002.  

Armas das Forças

 

                            Este assunto é tão esquisito que inicialmente eu não tinha título e este que apareceu é desconfortável.

                            Por forças quero entender as quatro forças básicas da Física, como anunciadas pelos cientistas, ou seja, forças GRAVITACIONAL, ELETROMAGNÉTICA, FRACA e FORTE. Modifiquei-as, como já disse em artigos dos outros livros, para ELÉTRICA, MAGNÉTICA, FRACA e FORTE, e pelo centro (convergência de todas) a GRAVINERCIAL, composta de GRAVIDADE e INÉRCIA, em soma zero.

                            Quantas armas GERAIS podemos ter?

                            Claro, tantas quantas as forças e mais algumas.

                            Armas elétricas, magnéticas, fracas e fortes, e gravinerciais. O assunto das fracas e fortes é tão difícil que não o abordarei agoraqui. Um pulso magnético, durante a explosão de uma bomba atômica (de fissão de plutônio) ou nuclear (de hidrogênio, que é de fusão), acaba por fritar os circuitos eletrônicos todos das redondezas, devido ao disparo de um campo magnético muito potente, mas isso é conseqüência da operação ao nível das forças fraca e forte.

                            As armas elétricas não as temos, ainda. Cada porção do espectro poderia gerar uma. O espectro eletromagnético vai de 107 a 10-14 m, desde as ondas muito longas até as muito curtas, com a chamada Janela de Visão mais ou menos no centro. Teríamos, em ordem decrescente do comprimento de onda: armas de rádio, armas de TV, armas de microondas, armas de radar, armas IV (infravermelhas), armas de luz (o laser é uma, ainda não totalmente operacional enquanto tal), armas UV (ultravioletas), armas X, armas gama e armas cósmicas. Se as ondas de radar servem para medir posição servem igualmente para destruir, se forem concentradas, tornadas coerentes, como o LASER faz com a luz. Veja o extremo potencial disto.

                            Depois, teríamos as gravinerciais. Essas se dividiriam em dois subgrupos, a saber, as ARMAS GRAVITACIONAIS e as ARMAS INERCIAIS. São tão ou mais difíceis de trabalhar que aquelas outras que eu não desejei comentar agora. Enviar ondas de gravidade para tornar objetos superpesados, simulando um campo gravitacional material verdadeiro é algo que não sabemos fazer, porque sequer podemos identificar as ondas gravitacionais. Já tratei da chamada “gravidade artificial” num dos artigos de antes, queira procurar.

                            Por último, temos essas armas físicas muito mais simples, as de vetores mecânicos, citando as de impacto (revólveres, metralhadoras, canhões, granadas, etc.), que no fundo apelam à inércia, transferindo quantidade de movimento.

                            Haveria também a arma de calor, que pudesse manipular a Estatística de Gibbs. Nossa abordagem disso é brutal, desde a pré-história, começando com jogar flechas incendiárias, o “fogo grego”, óleo ardente, tochas, coquetéis molotov, etc. Abordagem primária, benza-nos Deus.

                            E isso só no plano da Física, sem entrar no restante da pontescada científica (armas Físicas/Químicas, armas Biológicas/p.2, armas Psicológicas/p.3, armas Informacionais/p.4, armas Cosmológicas/p.5 e armas Dialógicas/p.6). Os vírus de computador não são propriamente armas informacionais, porque atacam apenas a memória de máquina, que é um agregado nosso, não é verdadeiramente MIC (memória/inteligência/controle) artificial.

                            Veja só, desponta disso que não temos uma avaliação completa das armas, nem de longe. Como em quase tudo a humanidade foi superficial. Parece que o Conhecimento de como matar está avançado, mas, graças ao Céu, não está.

                            Vitória, sábado, 21 de dezembro de 2002.

Ambiente Interno

 

                            No livro Os 100 Maiores Cientistas da História (Uma Classificação dos Cientistas mais Influentes do Passado e do Presente), Rio de Janeiro, Difel, 2002, John Simmons diz, p. 101 (sobre Claude Bernard & a Criação da Fisiologia Moderna, que o classifica como 13º): “Por volta de 1857, começou uma fase nova e mais madura de sua carreira, em que desenvolveu os princípios gerais da fisiologia, dando suporte a suas descobertas. Introdução ao Estudo da Medicina Experimental foi publicado em 1865, e, dois anos mais tarde, um trabalho apresentando uma teoria unificada da fisiologia, baseada na idéia de milieu intérieur (ambiente interno). Neste, Bernard fez a grande generalização de que o corpo, como organismo vivo, protege-se do mundo exterior pela criação de um ambiente interno estável, regulado pelo sistema nervoso”, colorido e grifo meus, itálicos no texto.

                            A chave, naturalmente, é AMBIENTE INTERNO.

                            No modelo temos a micropirâmide (campartícula fundamental, subcampartículas, átomos, moléculas, replicadores, células, órgãos, corpomentes), a mesopirâmide (indivíduos, famílias, grupos, empresas, municípios/cidades, estados, nações, mundos) e a macropirâmide (planetas, sistemas estelares, constelações, galáxias, aglomerados, superaglomerados, universos e pluriverso). O campartícula fundamental não tem partes, porisso devemos começar dos átomos, cujo AMBIENTE INTERIOR é constituído de subcampartículas. Arthur Koestler chamava de hólons (holo, TODO, e on, PARTE, no grego; TODOPARTE OU PARTODO, como digo no modelo), digamos as moléculas, que são todos constituídos de átomos, e são partes dos replicadores.

                            O AI das moléculas é constituído de átomos. Pela REGRA EXTENDIDA DE BERNARD, chamemos assim, os átomos deveriam proteger-se pela criação de um ambiente interno estável (AIE). Se acontece ou não eu não sei, deveríamos perguntar aos físicos. E quanto às famílias, qual é seu AIE, constituído de pessoas? Como eu chamarei atenção noutro texto, tendo tempo de escrever, devem existir colas e facas. No caso das colas ou cimentos a denominação alternativa é VÁLVULAS K (de Koestler), que impedem que os ambientes externos desfaçam sua estabilidade.

                            Podemos perguntar como governempresas constituem seus ambientes internos estáveis a partir de pessoas em pessoambientes. Veja que o conceito de P/A já pressupõe estabilidade em todos os níveis. Podemos perguntar também como as políticadministrações em geral fazem isso. O que é que constrói essas estabilidades? E qual é, em cada caso, o SISTEMA NERVOSO (SN) de cada AIE? Bill Gates propôs o SN DIGITAL, SND, que valeria para a futura socioeconomia digital ou informacional. Que tipos de estabilidades são construídas em cada nível?

                            Há muito trabalho esperando pesquisadores ousados, capazes de realizar o salto revolucionário interpretativo que reúna todas as peças numa interpretação de conjunto.

                            Vitória, domingo, 22 de dezembro de 2002.

A Cozinha do Olimpo


 

                            Quem é que cuida de limpar a Mansão dos Deuses (deve ser enorme), servir os pratos aos desocupados, cozinhar, limpar as roupas? Sempre vimos o Olimpo, morada dos deuses pagãos dos gregos antigos, pelo lado da festa da burguesia de lá, nunca pelo lado dos trabalhadores.

                            Seria divertido criar um roteiro mirando a rapaziada que entra no Olimpo pelo “elevador de serviço”, a turma dos fundos, que cuida para que a sujeira dos brilhantes deuses nunca transpareça e eles possam se vestir de seda e linho para aparecer nas infindáveis festas.

                            Evidente que é uma metáfora dos tempos modernos, porque, veja, no Brasil a FIBGE (Fundação IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostrou do Censo 2000 que o um por cento de brasileiros mais ricos reduziu-se a 0,6 % e aumentou muito sua fortuna. Estão com mais para menos gente – enfim, os ricos estão cada vez mais ricos à custa dos outros. Nos EUA as décadas dos 1980 e dos 1990, desde Reagan, foram concentradoras de riqueza, em proporção ainda maior. Deve ter acontecido no mundo inteiro, que se mira sempre nos exemplos dos americanos sacanas.

                            Com isso os cineastas poderão mostrar que a vida e prazer dos Os-Limpos faz-se à custa de Os-Sujos, os de trás, que garantem a permanente alegria dos da frente. É possível fazer um roteiro consistente, mostrando os deuses falando de ações de planetas, de fábricas, de turismo nos mundos, abordando algumas questões bem marcantes e visíveis de alguns países, fazendo paralelo com a geo-história recente da Terra.

                            Vitória, terça-feira, 24 de dezembro de 2002.

Chave de Harry Potter

 

                            Com o auxílio da Rede Cognata podemos traduzir as palavras e as frases dos filmes (e dos livros, que não li) que já assistimos, o I e o II, agoraqui o II. A menos da transliteração seria isto;

PALAVRA/FRASE                      SIGNIFICADO NA R.C.

Língua de cobra                                      língua do criador

Herdeiro de Sonserine                          criador de pi (do universo)

Basilisco                                                     besta

Coruja                                                         carteiro

Câmara Secreta                                       átomo primordial

Quadribol                                                  futebol

Lord Voldemort                                      G Cristo

Malfoi                                                         mal

Siga as aranhas                                       siga as mulheres

Howgarth                                                  Terra

Floresta Negra                                        pirâmide modelo

As traduções possíveis são muitíssimas, q. v. o Livro 2, Rede e Grade Signalíticas. Com elas você pode variar bastante as combinações acima. Veja abaixo:

·        Língua = SACO = SANGUE = PIRÂMIDE, etc.

·        Cobra = CAÍDO = CRIADOR = GERADO = RETO = CURVA = CERTO = CORRETO = HERDEIRO = CORUJA = LORDE, etc.

·        Basilisco = BOMBA = BRANCO = TEMPESTADE = TORMENTA, etc.

·        Câmara = CRIME = COMUM = CRIMINOSO = LADRÃO = ADÃO = GUARDIÃO = CAOS = COSMOS = ORDEM, etc.

·        Secreta = PIRÂMIDE = SANTO = SANDÁLIA = PANQUECA = SINAGOGA = SANGUE = PADRE = PASTOR = SACERDOTE = ANJO = AMADO = SOLDADO, etc.

·        Voldemort = CENTRO = GOVERNANTE = ATLANTE = ADEPTO = COMUNIDADE, etc.

·        Siga = PIQUE = SANGRE = SECRETA, etc.

·        Aranhas = MÁS = RUINS = MISSÕES = MALSÃS = MILHARES = MENORES = MAIORES, etc.

·        Floresta = PIRÂMIDE = SUJA = SOBERBA = SURTO, etc.

·        Negra = MORTAL = ESSENCIAL = HOSTIL = ESCURA, etc.

Veja neste Livro 17 Indicações da Rede Cognata, As Tarefas de Adão, Capital Secreta do Mundo, Cruz de Caravaca. As traduções das palavras são muitas e as combinações mais ainda.

Começa a ficar bem evidente que os filmes (e todas as tecnartes) são indicações bem precisas. Por quem e porque são passadas, e em que condições eu não sei. Já chave = PI = UNIVERSO = SOL. Harry Potter = A PORTA. No conjunto, A Chave de Harry Potter = A CHAVE DE A PORTA, a chave da porta.

Vitória, domingo, 22 de dezembro de 2002.

A Casa dos Lordes

 

                            Ontem, 16.12.2002, eu estava trabalhando no Posto Fiscal da SEFA no Aeroporto de Vitória, que chamo de Aeroposto, quando entrou um despachante de empresa aérea. O colega agente fiscal falou com desfeita do futuro governo de Lula, o despachante ficou brabo, e disse: “ah, tá, melhor seria se fosse a casa dos lordes”.

                            Então eu compreendi que os ambientes todos (municípios/cidades, estados, nações e mundo) e até as empresas são casas dos lordes, dos inimigos de classe dos proletários. A gente já sabia há muito tempo, desde pensar e desde ler Marx e outros, mas ali estava um claro anúncio popular da separação, que jaz no fundo, oculta por reverências e salamaleques. E, é claro, o povo vai se decepcionar (de novo), como já analisei alhures.

                            O povo tem justa raiva de entrar sempre pela cozinha e pelo elevador de serviço, enquanto as classes “altas” se banqueteiam no salão principal. E ruge lá dentro uma angústia não só de separação, mas de diminuição, de redução, de distanciamento e desprezo. Lá dentro queimam misérias acumuladas em centenas, em milhares de anos. Quando abre uma pequena brecha a gente sabe que é aquela vazão incontida. Bonita Casa dos Lordes, sempre prestes a ruir (porque o tempo do povo é como o geológico, dado que a coisa só termina no fim).
                            Vitória, terça-feira, 17 de dezembro de 2002.

Viagem Espacial

 

                            Quando a gente vê filmes de viagens espaciais há muitos botões. Quanto mais antigas as naves mais botões aparecem, em quadros infinitos. Justamente mostraram uma reportagem (que comentei no artigo Complexidade do Concorde, Livro 10) onde dão a causa do fracasso dele como sendo, entre outras coisas, a complexidade dos painéis. E é um avião destinado a viajar a Mach dois ou pouco mais (cerca de 2,6 mil km/h = 0,7 km/s), não 1/3 da velocidade da luz, 100 mil km/s, ou mais, perto de 14 mil Mach. Sem falar no tal “fator de dobra”, ou “velocidade WARP”, ou o que seja. “Dobra um” deve ser uma potência de dois, tipo 21 = 2, 22 = 4 e assim por diante, de forma que por último na FC de Jornada nas Estrelas os motores já estão conseguindo “dobra sete”, talvez 27 = 128 vezes a velocidade da luz. Imagine só, uma piscadela e a nave já ultrapassou uma constelação, já bateu em um bilhão de cometas, meteoritos, planetas, etc.

                            Evidentemente é preciso uma capacidade de computação extraordinária, porque a dobra sete seria 128 x 300.000 km/s = 38,4 milhões de km/s (em três ou quatro segundos teria saído do Sol e chegado à Terra, 150 milhões de quilômetros, uma UA, unidade astronômica). Se não for mais, porque eles atravessam não apenas distâncias interestelares como até as intergalácticas. Olhou para o lado, conversou um pouco já estaria em Júpiter. O segundo sendo mais ou menos o tempo de uma batida de coração humano, seria preciso processar na base do pico ou do femtosegundo. Em resumo, o ser humano, com seu tempo de reação, não pode dirigir nada no espaço exterior.

                            Têm de ser computadores superápidos.

                            Então, quando penso em naves agora, vejo as mãos humanas (quando der para ser) operando luvas virtuais, com capacetes virtuais lendo os pensamentos, o corpo pendurado no espaço (porque sentar em cadeiras se há o conforto da gravidade “zero”; na realidade ela nunca é zero, mesmo, seria mais  v residual = 0 – ξ, zero menos épsilon), em salas totalmente desprovidas de quaisquer coisas que distraíssem a pessoa - e isso para velocidades menores e em naves que pudessem suportar choques (serão trilhões de microchoques por hora). Na realidade uma nave viajando no espaço seria mais uma escavadora de minérios que outra coisa, mesmo no espaço intergalático, que é mais rarefeito.

                            As pessoas não se deram ao trabalho de pensar nas viagens espaciais, muito menos os ficcionistas.
                            Vitória, domingo, 15 de dezembro de 2002.