quarta-feira, 11 de janeiro de 2017


Atlas de Estilete

 

                            Os Atlas ou Mapas Mundi que temos são muito primitivos, até porque há pouco tempo eram só de papel, não se podia pedir muito. Eram planos, de poucos recursos, não-interativos, ao passo que agora podem ser espaciais, redutivos ou ampliativos, fornecendo linhas, como distâncias entre A e B (pelo solo, por ar, por mar – linhas reais ou as trançadas -, de turismo ou de carga, como for), com multiplicativos vários (preços, condições de embarque, documentos a apresentar na Alfândega, etc.), dependendo só de imaginação. Na realidade os mapas estão em sua infância, são primitivíssimos.

                            Poderíamos imaginar um globo terrestre onde tocássemos com um estilete (na tela do computador mesmo, mas de preferência um globo real que fosse tela de computador), para saber várias coisas, para ampliar imagens, para ver as estradas de ferro, as rodovias, as pontes, os tamanhos das coisas, as áreas das fazendas, suas produções, hospitais por perto, suas fotos, seus endereços reais e virtuais, nossa! - como somos atrasados, meu Deus! Poderíamos pensar num Atlas ligado a endereços de Internet, bastando tocar na tela, abrindo-a para pesquisas interativas.

                            Traçar distâncias entre Vitória e Linhares, ES, ver se a estrada é asfaltada e as condições atuais dela. Sondar hotéis, ver as condições de tempo, os ventos de balneários, os mercados da região, toda a Bandeira da Proteção (lar, armazenamento, segurança e saúde, e transporte), a Bandeira Elementar (ar, água, terra/solo e fogo/energia, e no centro a Vida, e no centro do centro a Vida-racional).

                            Só de pensar nas possibilidades tenho frêmitos a respeito de um prazer de saber que estamos ainda relativamente longe de possuir. E se falássemos com a tela, então? Quanta coisa há a fazer.

                            Vitória, sábado, 07 de dezembro de 2002.

As Doenças do IC e das FH

 

                            Em seu livro, Os 100 Maiores Cientistas da História, Rio de Janeiro, Difel, 2002, p. 364, John Simmons diz: “LOUIS PASTEUR [5] e ROBERT KOCH [44] desenvolveram a teoria da doença causada pelos germes, e Paul Ehrlich é o responsável pela generalização de que a doença é, essencialmente, química”, colorido meu.

                            Não é apenas isso, a doença existe em toda a pontescada tecnocientífica e, aliás, em todo o Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia e Ciência/Técnica, menos na Matemática, que é centro). Existe na pontescada científica: doenças físicas/químicas, doenças biológicas/p.2, doenças psicológicas/p.3, doenças informacionais/p.4, doenças cosmológicas/p.5 e doenças dialógicas/p.6. Existem em todas as fitas de herança, FH, como o ADRN, que é a FH dos replicadores.

                            Elas estão presentes na micropirâmide (campartícula fundamental, subcampartículas, átomos, moléculas, replicadores, células, órgãos, corpomentes), na mesopirâmide (nas pessoas: indivíduos, famílias, grupos e empresas; nos ambientes: municípios/cidades, estados, nações e mundos), na macropirâmide (planetas, sistemas estelares, constelações, galáxias, aglomerados, superaglomerados, universos, pluriverso). Tudo adoece.

                            Há dois gêneros de doenças: as estáticas e as dinâmicas.

                            As ESTÁTICAS são DEFEITOS DE FORMAÇÃO, de objeto, de forma, de desenho, de replicação da figura. As DINÂMICAS são DEFEITOS DE PROCESSO, não de objeto, de replicação do processo ou programa, como o do ADRN, quando é ele copiado defeituosamente, incompleta ou excessivamente.

                            Um quadro que esteja sendo copiado e tenha deslocado nem que seja um pixel ou ponto apenas tem um defeito de forma. Mas se o programa que controla a máquina que faz o quadro têm um furo qualquer este é um defeito de programa. Obviamente há a reunião deles, os defeitos estaticodinâmicos, ou mecânicos, de formestrutura.

                            Não apenas no nível físico/químico há defeitos, há-os em todos os patamares. Mas os F/Q só podem ser de forma, pois nesse nível não há propósito. Somente no nível biológico/p.2 é que podemos falar de defeitos de processo, digamos DEFEITOS DO PROGRAMÁQUINA DO ADRN. Do biológico para cima temos informação-controle ou comunicação, info-controle, IC, daí DEFEITOS MECÂNICOS DE IC, quanto há troca de IC, por exemplo, quando há transferência de IC entre um programáquina e outro. Vírus de computador são doenças informacionais DE MEMÓRIA, pois não existe ainda inteligência artificial.

                            Ora, veja, onde existe doença tanto pode haver cura quanto intenção de infecção, por exemplo, agressões externas motivadas, como as guerras, o que coloquei já no modelo, do tipo das guerras psicológicas, guerras químicas, guerras biológicas. Aliás, as GB e as GQ são na verdade guerras psicológicas – todas o são, guerras humanas, racionais, psicológicas (em que são atacadas as figuras ou psicanálises; os objetivos ou psico-sínteses; as produções ou economias; as organizações ou sociologias; as geo-histórias ou espaçotempos). Um ataque à figura ocorre quando um desprevenido ministro britânico é pego noutra cama que não a da esposa e a publicação escandaliza. Um ataque à economia pode ser uma compra agressiva de empresa ou outra qualquer.

                            Ela é química porque podemos voltar na pontescada. Poderíamos achar uma base física, ou biológica, etc. No fundo mesmo as doenças são vetores de desagregação da troca de IC entre um e outro conjunto, independentemente de quem esteja numa e noutra ponta. Genericamente é isso. Como tais as doenças, no sentido mais lato possível, estão ou deveriam estar dentro da Teoria da Informação (ou do Info-Controle, falando mais propriamente), investigando-se então o emissor, o meio de transmissão e o receptor do IC corruptor. A Pedagogia (em maiúscula conjunto ou família ou grupo de pedagogias) ou teoria da transferência de IC por meio da domesticação classista, isto é, com interesse de classe, dita educação não passa de um processobjeto corruptor, em que a pessoa que entra é forçada progressivamente a adotar os trejeitos de produçãorganização de classe, agoraqui o capitalismo de terceira onda.

                            Como é que as multinacionais transferem suas heranças de IC? Fazem-no com gente treinada a evitar as infecções psicológicas presentes no Meio geral. Elas preparam suas FH cuidadosamente, sem sequer perceber que o estão fazendo, e transferem diariamente o seu precioso info-controle, muito ciosamente, com muito, com extremo cuidado, do mesmo modo que os ouriços caixeiros espinhentos fazem amor, com muito cuidado. Quem está passando e quem está recebendo nem sabe disso, não vê o IC mudando de cabeças, e sem fosse chamada sua atenção ficariam surpresos. Automaticamente tomam suas injeções antidoenças pela doutrinação empresarial antinfecciosa. Do mesmo modo procedem os governos e todos os demais conjuntos.

Paul Erlich (Alta Silésia, então Polônia, agora Alemanha, 1854 a 1915, 61 anos entre datas) viu uma parte, o que foi um grande feito. Ninguém ainda forneceu o cenário completo, que apenas desenho levemente aqui e no modelo. É preciso ter uma visão do grande quadro. Qual é o mecanismo comum às doenças informacionais e de controle?

                            Vitória, sexta-feira, 06 de dezembro de 2002.

Absurdo e Verdade

 

                            Em seu livro Dialética (Teoria Práxis), São Paulo, Globo, 1983, Gerd A. Bornheim diz, página 154: “Vimos que, do ponto de vista histórico, a dialética metafísica não só se justifica como foi necessária. Assim também, a dialética pode ser a arte do diálogo, ou a lei do real, ou de certos setores do real. Talvez a dialética seja ainda outras coisas. Mas não é essa a perspectiva de consideração que nos interessa aqui; se o fosse, teríamos de nos esforçar por atingir uma espécie de conciliação de todas as possíveis determinações – o que parece uma empresa mais ou menos absurda”, colorido meu.

                            O modelo mostra que a dialética pode fazer parte da pontescada magicartística, daí ser uma arte, como faz parte da pontescada tecnocientífica, daí sendo uma técnica. Ela não é uma lei, pois a Matemática é que é o centro de tudo, englobando a lógica-dialética, a dialógica.

                            Tomando os pares polares opostos/complementares cada par se resolve num terceiro, tese e antítese se resolvendo em síntese, como é posto desde o começo, e depois indo até um quarto, a anti-síntese, que é a antítese da síntese. Formam TRÍADES sucessivas, conjuntos de três que devem formar uma geodésica “infinita” (cujo raio seria a capacidade resolutiva do racional, sua aptidão lingüística para evoluir), a ESFERA de TRÍADES.

                            Se segue que a conciliação de todas as determinações que Bornheim parece temer é não somente necessária como fundamental, é a solução necessária e suficiente. Ela é a própria esfera, que tendo raios diametrais que se opõe pelo centro têm nesse centro sua solução inesgotável, PORQUE a esfera tem infinitos diâmetros ou possibilidades. Entrementes, essas possibilidades não se tornam devido as suas oposições inconciliáveis, exatamente porque seu projeto é aquele, de pela oposição possibilitarem a esfera.

                            Aliás, na Rede Cognata absurdo = CENTRO, o que é bem coerente = CENTRO = GOVERNANTE = ADMINISTRADOR = GERENTE e outras traduções, vá ver. Notavelmente o absurdo não só é verdadeiro como é a única condição de suporte de tudo.

                           Vitória, segunda-feira, 09 de dezembro de 2002.             

A Sesta Mexicana

 

                            Durante séculos os mexicanos dormiram logo após ao almoço, nas duas horas mais quentes do dia, quando a temperatura por lá chega aos 40º C ou mais à sombra, como também no Rio de Janeiro. O Brasil seguiu essa prática ibérica em várias partes do país e ela ainda subsiste em grotões do Nordeste e mesmo no ES. Meu pai dormia sempre depois do almoço e meu irmão assassinado, Ary José Gava, fazia-o também fechando o comércio em Linhares, ES, de meio-dia às duas horas.

                            Durante esses mesmos séculos os anglo-saxões, especialmente os americanos, sempre tão espertos, zombaram da prática, debocharam, tripudiaram com gosto, até o momento em que agora as empresas mais avançadas” dos EUA estão admitindo não apenas essa dormidinha pós-almoço como também até cedendo espaço e colchões. Compreenderam que a interrupção do ritmo acelerado e abusivo de trabalho contribui para a recuperação do bom humano e para maior produtividade geral. As pessoas rendem mais depois, já que estão descansadas e alegres. Reina a paz. Porque não prestaram atenção antes? Foi porque julgavam o México bobo e incapaz de ensinar qualquer coisa ao gigantes do Norte. Feita pelos americanos a siesta ou sesta parece avançada e exportável. O mundo todo acabará por adotá-la.

                            Chamei a isso “paralisar a vida”, interromper o ritmo, que lança o corpo numa retroalimentação positiva cujo desfecho é o estresse.

                            Deveria ser amplamente reimplantada no Brasil, mas agoraqui ao ritmo dos brasileiros, como controle da hora do rush (da pressa), em diferentes pontos, até na entrada da noite, quando todos estão correndo para casa – antes de enfrentar filas, até de entrar os ônibus para enfrentar engarrafamentos. Arranjar tarefas intermediárias de conversação sobre os problemas das empresas e das demais pessoas (grupos, famílias, indivíduos), praças onde estar, deslocar os trabalhos, começar mais tarde e terminar mais tarde, começar mais cedo e terminar mais cedo, trabalha das 16:00 para frente até de madrugada,               procurando driblar a hora de pico. Há milhões de arranjos a fazer. Haverá gente que desejará trabalhar aos domingos, aos sábados, nos feriados, a partir da tarde, só de manhã, mas começando bem cedo), as empresas que desejarem poderão ser bem flexíveis e muito mais sadias.

                            Vitória, sábado, 07 de dezembro de 2002.

A Canção de Eru Iluvatar

 

                            No Silmarilion, de J.R.R. Tolkien, o autor do espantoso O Senhor dos Anéis, ele conta o que se passou na Primeira Era, antes do SA, que fala da Terceira Era (a qual, segundo JRRT, situava-se seis mil anos antes de nossos tempos, portanto quatro mil antes de Cristo, nos alvores da civilização). A Primeira Era teria acontecido uns seis ou sete mil anos antes da Primeira, daí há dez ou onze mil anos de agoraqui, na época da suposta destruição de Atlântica, segundo o mito platônico no Timeu.

                            ERU ILUVATAR, o Deus nos livros de Tolkien, é, na Rede Cognata, = ELI (como chamei Ela/Ele, Natureza/Deus, ELI) G = CRIADOR = CRIADORA.

                            Acontece que Eru Iluvatar tem no Silmarilion uma canção, A Canção de Iluvatar, e canção = CAMPOSIÇÃO = CRIAÇÃO, daí a COMPOSIÇÃO DE ILUVATAR ou a CRIAÇÃO DE ILUVATAR, que um dos Valares, não conhecendo inteira, procurou imitar, com efeitos desastrosos, gerando anões feios, baixos, carrancudos, mal-humorados, desafiadores. Um outro Valar, Melkor ou Morgoth (são cognatos) = MODELO = ESPÍRITO = EXÉRCITO = NEGRO = MORTAL = HOSTIL = MESTRE = ESTRELA (é o equivalente da Estrela da Manhã) rebela-se contra Eru Iluvatar e sofre naturalmente sucessivas derrotas nas mãos dos demais “espíritos angélicos”, que têm servos, eles mesmos, os Astaris = ESTRELAS = MORTOS, dos quais Gandalfo (na primeira versão brasileira) ou Gandalf (na segunda) é apenas um.

                            N’O Senhor dos Anéis há uma Atlântida que afunda, Númenor, e depois em terras que seriam as africanas Gondor = ATLÂNTIDA = AUGUSTA (o nome antigo do Egito era Aiguptus) = CENTRO = GOVERNANTE = GERENTE. Por conseguinte, ou os livros de Tolkien são uma rememoração real ou mitológica ou são um paralelo notável com as nossas próprias lendas e geo-histórias da Criação, do Plano da Criação de Deus. Ou é imitação consciente ou inconsciente. Como ele não poderia saber nem do modelo que comecei a criar em 1992 nem da Rede Cognata, que principiou em 1994, coisa de oitenta anos depois do início de suas composições, evidentemente há aí algo.

                            Vitória, sexta-feira, 06 de dezembro de 2002.

                                         

Velocidade da China

 

                            De passagem li um artigo de Roberto Garcia Simões, o Bubu, n’A Gazeta, de Vitória/ES, falando de como a China cresceu EM MÉDIA nada menos que 8,7 % de 1980 a 1999, portanto, 20 anos, incluído 1980. Noutro artigo citado em A Gazeta Mercantil o Orlando Calimam é citado dizendo que o ES cresceu dois por cento a mais que o Brasil a partir de 1975, creio. A precisão dos números não é importante aqui, mas se você desejar investigar, faça isso.

                            Veja, na fórmula y = xn temos n = 20 e x = 1,087 para a China, y = 5,3, grosso modo cinco vezes. Para o ES n = 27, x = 1,02, y = 1,7, quase setenta por cento acima da média brasileira, de 4,4 % ao ano no período, daí tomando lugar aos demais estados, como venho falando desde 1987. Para o Brasil n = 27, x = 1,044, y = 3,2. De 1980 a 1999, teríamos para o Brasil n = 1,044, x = 20, y = 2,4. Daí 5,3/2,4 = 2,2, quer dizer, a China ultrapassou o Brasil em todas as medições e distanciou-se muito, assim como o ES em relação à media nacional.

                            A velocidade da China (veja as razões no artigo O Projeto Chinês, Livro 13), é tremenda, e continuará assim por muito tempo, salvo engano das minhas projeções, que são extremamente lógicas (mas forças e poderes podem fazer vazar o projeto deles). Como o crescimento americano é de cerca de 4 % historicamente, em 20 anos, n = 20, x = 1,04, y = 2,2, razão 5,3/2,2 = 2,1 de aceleração, sendo o PIB americano atual de US$ 10 trilhões, grosso modo, e o da China US$ dois trilhões, no mínimo (ninguém sabe, exatamente), 10/2 = 5, que divididos por 2,1 = 2,4 períodos de 20 anos, menos de 50 anos colocando a China à frente do mundo. Assim sendo, lá por 2050 estaríamos todos vendo filmes chineses, comendo com pauzinhos, estudando mandarim, pesquisando a vida de Buda, Confúcio e Lao Tsé, não fossem outras intervenções.

                            É espantoso o que a reunião do Oriente (versão chinesa do socialismo) com o Ocidente (versão chinesa do capitalismo) no Caminho de Duas Vias pode fazer em relativamente pouco tempo. E o que viria depois? Dado que os EUA constituem ¼ ou 25 % da renda mundial em mais 50 anos a China teria metade do PIB mundial, uma tremenda monocultura centrada no Reino do Meio.

                            Vitória, sexta-feira, 29 de novembro de 2002.

Unindo Gregos e Troianos

 

                            Alexandre Magno (o Grande) conquistador macedônio (que os gregos diziam grego) viveu de 356 a.C. a 323 a.C. Era filho de Felipe II da Macedônia e foi ensinado por Aristóteles, que deve ter transferido a ele sua percepção de mundo, bem como grande ambição. Morreu com apenas 33 anos, como Cristo, e em tão pouco tempo, a partir dos 18 anos, por conseguinte em apenas 15 anos conquistou grande parte do mundo conhecido até então, chegando até a Índia. Por onde passava adotava as religiões e deuses do lugar e fazia casar seus generais com as nobres da região.

                            Tanto levou a Grécia ao Oriente quanto trouxe a Índia ao Ocidente, fazendo o contrário daquilo que os gregos haviam feito na Guerra de Tróia, quando a destroçaram completamente, lá pelo século 12 antes de Cristo, portanto, uns 800 a 900 anos antes. Em vez de separar gregos e troianos, Ocidente e Oriente, uniu-os, o que foi muito positivo, como Cristo faria posteriormente de modo muito mais completo e proveitoso.

                            Por essa ótica a aventura de Alexandre nunca foi investigada. Depois de sua morte precoce e súbita seus generais repartiram o império recém conquistado, cada um ficando com uma grande porção. Ptolomeu se apoderou do Egito, que foi depois o celeiro de Roma e de todo a Europa por muitos séculos. Sua descendente, Cleópatra, juntou-se a César (100 a 44 a.C.); quanto este morreu bandeou-se para Marco Antônio (82 a 30 a.C.), derrotado pelo depois denominado Augusto (63 a.C. a 14 d.C.). Os ptolomeus tornaram-se completamente egípcios, naturalmente por instigação dos planos de Alexandre, que fundou no Egito o que viria a ser a maior biblioteca da Antiguidade, Alexandria, que, se não tivesse sido sucessivamente queimada por idiotas teria rivalizado com algumas contemporâneas.

                            Alexandre espalhou o que viria a ser conhecido como Civilização Helênica, o helenismo, que tanto deu quanto recebeu. Foi a primeira ponte entre Ocidente e Oriente, fora as invasões precedentes vindas das estepes. Foi um feito notável, mais do que suas conquistas militares, propriamente, o que foi pouco investigado, naturalmente. Visam mais os feitos guerreiros que as conquistas culturais garantidoras de futuro. São as misturas que geram novos potenciais de crescimento, como de cada vez que há queda de um baluarte (digamos, Queda de Constantinopla) e o conhecimento ali retido derrama-se por um campo virgem dele. Não é atoa que o chamaram de Grande, com uma vida assim tão curta e tão proveitosa, neste sentido.
                            Vitória, quarta-feira, 27 de novembro de 2002.