domingo, 1 de janeiro de 2017


Escola do Ímpeto

 

                            Ímpeto (= IM0PT = ENNT = ENT = ENG) = ENERGIA, na Rede Cognata, então Escola da Energia.

                            Raciocine que há uma média, abaixo da qual estão os aproveitados e acima os aproveitadores. Por minha natureza, sendo anarco-comunista, nunca desejei ser um aproveitador, porisso nunca tive até agora (por convivência e preocupação com os filhos, terei) poupança ou qualquer posse, que significa passar ao lado “de cima”. Sendo a soma zero, estar acima é o mesmo que estar abaixo, em algo. Como sempre desejei e pratiquei a liberdade = igualdade, nunca desejei estar mais que ao nível geral, de todos e cada um. Infelizmente este mundo é muito primitivo e não há jeito de fazer a obra sem ter recursos para meus filhos.

                            Então, veja, ESCOLA já é outro nome de ELITES, ou seja, escolas formam elites. Quem faz o primeiro ano do fundamental de oito anos está acima de quem não cursou nenhum ano, pelo menos sabe ler, o que já é uma vantagem. Uma SUPERESCOLA quer dizer uma superdiferença, distanciamento apuradíssimo, estar necessariamente acima da média e até MUITO ACIMA da média.

                            A Escola da Energia significará sempre que, não estando na média materenergética, nem sendo estática, densa e pesada matéria popular, sendo dinâmica, volátil e leve energia das elites, tal energética porção ativa, diligente, esforçada, executiva prosperará mais rápido, acumulando mais, e então crescendo ainda mais rápido, exponencialmente.

                            Criando tal escola, atraindo pesquisadores, estadistas e santos/sábios, miraremos o lado estridentemente aplicado, significando superacumulação, que deve ter do outro lado um mecanismo de redistribuição. Acoplada a ela, é claro, deve existir um Escritório de Registros, um Escritório de Desenhos, uma Oficina de Patentes, toda uma série de instrumentos para aproveitar as idéias e patentes, até financiando-as através de um banco próprio coligado. Os professores ali formados irão ensinar em outras escolas dessas espalhadas pelo mundo e nas empresas.

                            Vitória, quarta-feira, 09 de outubro de 2002.

Escola do Futuro e Futuro da Escola

 

                            Foi tremendo erro geo-histórico (pois se deu em toda parte, em todos os tempos) as pessoas acharem que nós ensinávamos sobre o passado ou o presente. Embora seja verdade, conforme demonstrei repetidamente no modelo, que só existe o ponto, a linha, o plano e o espaço do presente, é certo que na Vida da Escola, a das elites, a da pedagogia, a da tecnociência da transferência compacta e teórica do Conhecimento (escolas mágica/artística, teológica/religiosa, filosófica/ideológica, científica/técnica e matemática), fala-se do futuro, e não do passado, como na Escola da Vida popular, prática.

                            Note que a Psicologia (figuras, objetivos, produções, organizações e espaçotempos) que é abordada pelo povo na Escola da Vida é a do passado, a que já foi referenciada, mastigada, dominada, das comodidades, das repetições (repetição das figuras, repetição dos objetivos, repetição das produções, repetição das organizações, repetição dos espaçotempos – enfim, uma vida de segunda mão). A das elites, a que é abordada na Vida da Escola, é a do futuro (figuras do futuro, objetivos do futuro, produções do futuro, organizações do futuro, espaçotempos do futuro). Como as elites poderiam continuar suplantando o povo e se superando se estudassem o já sabido, o que foi dominado até a exaustão? Na linha do presente o povo volta-se para o passado, para a conservação do que têm. As elites, sabendo que o que têm escorrerá de suas mãos rapidamente, tratam de re-inventar o futuro, pois é nele que estará a sustentação nova.

                            Então, como visão divisória, às elites interessa a Escola do Futuro, enquanto ao povo cabe viver do Futuro da Escola, isto é, do que a escola presente, virando-se para o passado, herdará das elites, como conhecimento ultrapassado, mas ainda válido para amealhar o passado. Passado e ultra-passado, obsoleto, caduco, arcaico.

                            As elites não podem viver disso, porisso a sua pedagogia característica é o ramo psicológico que denominaríamos Pedagogia do Futuro. As elites estão sempre sendo ensinadas a se futuralizar, a ver para frente, e não para trás. Nenhuma fábrica está pronta, ela está se fazendo a cada segundo, e se ela não mirar o futuro em termos de concorrência, morrerá na luta pela produção mais apta, sendo selecionada para morrer.

                            Então a locomotiva do processo é a Escola do Futuro, sendo vagões o Futuro da Escola (que é discussão pedagógica atrasada) e por último a Escola. A questão toda é que as elites devem ser DESENSINADAS do passado, a des-vestirem-se de suas roupas arcaicas, de suas consciências já formadas. E serão tanto mais elites e tanto mais aptas quanto mais se desvestirem das coisas antigas, do que foi rejeitado pelo novo. Isso não quer dizer, de modo algum, não guardar o passado (pois isso é um gesto sempre renovado).

                            Vitória, quarta-feira, 09 de outubro de 2002.

Escola de Ecologia

 

                            Como tudo que diz respeito ao ser humano é Psicologia, portanto percepção ou conhecimento da alma humana, ou seja, OLHAR SOBRE O SER HUMANO e deste SOBRE A NATUREZA que rodeia cada um e todos, isso corresponde a PERCEBER AS FIGURAS ou psicanálises, PERCEBER OS OBJETIVOS ou psico-sínteses, PERCEBER AS PRODUÇÕES ou economias, PERCEBER AS ORGANIZAÇÕES ou sociologias, PERCEBER OS ESPAÇOTEMPOS ou geo-histórias.

                            Devemos nos perguntar: como as pessoas (indivíduos, famílias, grupos e empresas) e os ambientes (municípios/cidades, estados, nações e mundo) vêem a ecologia? Como cada ser que pensa encara a ecologia? Como vêem os fungos, as plantas, os animais e os outros seres humanos? Quais são as ligações S-E (Ser-ecologia)? Sendo os níveis sete (povo, lideranças professores, pesquisadores, estadistas, santos/sábios e iluminados), como cada patamar vê a ecologia? Como perguntam a respondem aos biomas? Como enxergam as espécies?

                            E as escolas comuns de primeiro, segundo, terceiro graus, de mestrado, de doutorado e pós-doutorado estão se adaptando com suficiente presteza às novas concepções de proteção e desenvolvimento ecológicos? Existe já uma PEDAGOGIA ECOLÓGICA? Os governos e as empresas, as políticas e as administrações, os ambientes e as pessoas estão se adequando e sendo adequadas à percepção da primeira natureza biológica/p.2? Quantos livros, documentários, filmes, reportagens foram feitos? Quais são as participações qualitativas e quantitativas, relativas e absolutas, da mídia (TV, Rádio, Revista, Jornal, Livro e Internet) no projeto? Quantos partidos verdes há no mundo e qual a participação percentual nas representações? Quantas leis foram passadas de proteção ambiental?

                            Veja que a Escola de Ecologia está ainda muito atrasada, na Escola geral mesmo, quanto mais por nem existir uma escola especial onde empresários e governantes façam cursos, aonde diretores e professores de escolas cheguem a se reciclar, onde jornalistas e pesquisadores em geral estejam aprendendo.

                            Vitória, quarta-feira, 09 de outubro de 2002.

Escola de Defesa

 

                            Quando há um paradigma dominante, por exemplo, o do grande ou o do novo, ou ambos, todos seguem naquela direção e sentido, como lemingues em busca do prazer da Festa do Suicídio nas Brenhas do Precipício. Digamos, vão fazendo submarinos nucleares cada vez maiores e mais caros, mais sofisticados e de maior poder de fogo, com mais gente, quando a miniaturização, a cibernética/robótica/mecatrônica está às nossas portas, com GPS’s, com telemática, com tudo que nos permitiria enviar virtualmente o poder destrutivo (não queira Deus). Que cérebros!

                            Pensemos que as coisas podem ser muito pequenas, pequenas, médias, grandes e muito grandes, supergrandes (são cinco os modos), quando ao tamanho (comprimento, largura, profundidade); podem ser de tempo curtíssimo, curto, médio, largo e larguíssimo (outros cinco modos), na relação x/t de (5 x 5 = 25 modos de) velocidade maior ou menor. E CONFORME A UTILIDADE. O QUE SE DESEJA? Como eu disse noutros textos, podemos fazer navios teleguiados, aviões teleguiados, trens teleguiados.

                            Além de tudo, veja: o Japão, impedido de se militarizar, usou o dinheiro para desenvolver largamente sua economia e sociologia, educando profundamente seu povo, tirando-o da quase barbárie até ser um dos mais avançados do mundo. Isso é ou não é defesa? E defesa, claro, é desmonte preventivo do ataque. Quem iria atacar o Japão, fazendo soçobrar a sua socioeconomia?

                           Além do que a Defesa geral é, necessariamente, Conhecimento: defesa mágica/artística, defesa teológica/religiosa, defesa filosófica/ideológica, defesa científica/técnica e defesa matemática. Agora mesmo os EUA estão atacando o Brasil via missionários das secções cristãs. Já faz muitas décadas, bem debaixo de nossas barbas.

                            Enfim, a Escola de Defesa não é, no Brasil, escola, por não existe uma Pedagogia da Defesa, nem é defesa, porquanto não há raciocínio sobre o par polar oposto/complementar defesataque. É totalmente risível, de meter medo na gente, a incapacidade dessa gente de pensar as CONDIÇÕES DE DEFESA. Fico tão irritado que nem quero continuar.

                            Vitória, sexta-feira, 11 de outubro de 2002.

Escola da Escola

 

                            É claro que já existe uma escola que ensina às escolas, professores de professores, formação superior dos professores de segundo grau, mestrado para o ensino de terceiro grau, e assim por diante. Há a pedagogia, tudo isso é sabido.

                            Contudo, como o modelo mostrou, há dois dicionários e duas enciclopédias. No que tange aos dois dicionários, há o lado bom e o lado ruim. E há também as várias coisas do modelo, que não foram incorporadas aos métodos de ensinar e aprender. Como a escola tradicional é a Vida da Escola, teórica, por oposição e negação da Escola da Vida, prática, há abordagem apenas de um lado na pedagogia, aquele que interessa às elites e à classe dominante, a burguesia. Não há como a burguesia ceder espontaneamente seu poder, nem como a convencermos disso.

                            Porém, se ela melhorar um pouco, pode ser que isso signifique avanços socialistas. Aqui, portanto, podemos propor à chinesa uma ESCOLA DE DUAS VIAS, tanto ordenada, o que agrada à burguesia, quando desordenada, deixando entrar novos modos de ser e estar, que permitirão a penetração lenta e progressiva do povo. O desânimo cotidiano da Vida na Escola junto com o ânimo da Escola da Vida.

                            Fazer novas perguntas: como a Escola geral pode reoxigenar permanentemente os negócios, os governos, as empresas, as economias ou produções (agropecuárias/extrativistas, industriais, comerciais, de serviços e bancárias) e as sociologias ou organizações? Como as duas escolas podem ser fundidas em prateoria interativa, como Vida da Escola da Vida? Como as duas culturas/nações podem se encontrar também nisso?

                            Ora, em primeiríssimo lugar seria preciso realizar um CONGRESSO UNIVERSAL DA ESCOLA, correspondendo à globalização da Escola, com seções de Jardim, Primeiro Grau, Segundo Grau, Universitário, Mestrado, Doutorado, Pós-Doutorado e Pesquisa & Desenvolvimento. Mandar delegados, criar mídia associada (TV, Rádio, Revista, Jornal, Livro e Internet). Depois incorporar as Duas Pedagogias. Formar os novos professores da Dupla-Via. E assim por diante.

                            Vitória, sexta-feira, 11 de outubro de 2002.

El Niño

 

                            Primeiro eu tinha ouvido falar que os cientistas anunciaram que o fenômeno meteorológico do El Niño era conseqüência dos destemperos humanos, quer dizer, tinha aparecido em virtude do efeito estufa, supostamente provocado pelo aumento do dióxido de carbono resultante das emissões de gases por automóveis e fábricas.

                            Depois descobriram que ele possivelmente tinha quinhentos anos ou mais, havendo relatos da época dos incas sobre as chuvas torrenciais provocadas por ele.

                            Agora descobriram em lagos peruanos, retirando amostras do fundo deles, que na realidade ele têm QUINZE MIL anos ou mais. Nada tem realmente a ver não só com a poluição atmosférica provocada pela civilização industrial como é mais antigo que qualquer índice civilizatório humano, por mais remoto que seja.

                            Em resumo, os cientistas jogaram a culpa sobre nós. Claro que a poluição é terrível, é desprezível, e seus responsáveis, que são em primeiro lugar a economia capitalista e em segundo lugar os desejos de produtos de todos e cada um, são culpados mesmo. Porém a coisa é incomparavelmente mais antiga, remonta a eras quando a humanidade sequer era uma força minimamente significativa em termos planetários.

                            Isso nos alerta sobre quão perigoso é levantarmos hipóteses favoráveis ou desfavoráveis, e quão daninha pode ser a Ciência geral quando a serviço do voluntarismo humano acobertado por tais ou quais desejos de classe e outros. As forças universais e terrestres são extraordinárias, são gigantescas mesmo. Para se ter uma idéia a Grande Mancha Vermelha em Júpiter é um redemoinho que SÓ DO TEMPO QUE A HUMANIDADE OBSERVA já tem trezentos anos ou mais. Não que não estejamos afetando a Terra, mas precisamos ter mais cuidado com nossas afirmativas.

                            Vitória, segunda-feira, 21 de outubro de 2002.

Ecoeficiência

 

                            Não sei se na Conferência Rio + 10 (o dez significando 10 anos depois da Rio 92, reunião ecológica realizada no Rio de Janeiro em 1992) que surgiu esse conceito de ecoeficiência. Quero expandi-lo.

                            Pensemos no eixo no qual Deus/Natureza, Ele/Ela, ELI, vendo da Tela Final, em máxima compreensão, pudesse conduzir o universo em minimax, fazendo o máximo com o mínimo. Por contraposição as decisões humanas são sempre falhas, mais ou menos. Serão de maior rendimento quando comportarem menos falhas, e vice-versa. De maior rendimento serão aquelas que, agindo no presente, causarem menos danos ao futuro. Por exemplo, se uma empresa joga efluentes no leito de um rio, poluindo-o, sua eficiência atual é conseguida à custa de ineficiência futura, até maior esta que aquela, em custo coletivo de correção do rio, em desaparecimento de espécimes e de espécies, em doenças humanas tratadas ou não em hospitais – a chamada “distribuição social do prejuízo”, com aproveitamento pessoal do lucro.

                            Então, para cada grupo de empresas, deve ser estimado o CUSTO FUTURO, a par do LUCRO PRESENTE. Tal custo futuro pode ser tão imenso que não valha a pena manter aquela atividade no presente. É nesse sentido que a ecoeficiência deve ser medida. E eco-efi/ciência, ciência da eficácia ecológica. Quanto ESTAS contas forem feitas veremos que na realidade certas empresas não dão lucro, dão prejuízo. E aí iremos fechá-las, porque quem deseja o lucro privado contra custo público muito maior? O público não se sobrepõe ao particular?

                            Vitória, quarta-feira, 09 de outubro de 2002.