Escola de Defesa
Quando há um paradigma dominante,
por exemplo, o do grande ou o do novo, ou ambos, todos seguem naquela direção e
sentido, como lemingues em busca do prazer da Festa do Suicídio nas Brenhas
do Precipício. Digamos, vão fazendo submarinos nucleares cada vez maiores e
mais caros, mais sofisticados e de maior poder de fogo, com mais gente, quando
a miniaturização, a cibernética/robótica/mecatrônica está às nossas portas, com
GPS’s, com telemática, com tudo que nos permitiria enviar virtualmente o poder
destrutivo (não queira Deus). Que cérebros!
Pensemos
que as coisas podem ser muito pequenas, pequenas, médias, grandes e muito
grandes, supergrandes (são cinco os modos), quando ao tamanho (comprimento,
largura, profundidade); podem ser de tempo curtíssimo, curto, médio, largo e
larguíssimo (outros cinco modos), na relação x/t de (5 x 5 = 25 modos de)
velocidade maior ou menor. E CONFORME A UTILIDADE. O QUE SE DESEJA? Como eu
disse noutros textos, podemos fazer navios teleguiados, aviões teleguiados,
trens teleguiados.
Além
de tudo, veja: o Japão, impedido de se militarizar, usou o dinheiro para
desenvolver largamente sua economia e sociologia, educando profundamente seu
povo, tirando-o da quase barbárie até ser um dos mais avançados do mundo. Isso
é ou não é defesa? E defesa, claro, é desmonte preventivo do ataque. Quem iria
atacar o Japão, fazendo soçobrar a sua socioeconomia?
Além
do que a Defesa geral é, necessariamente, Conhecimento: defesa
mágica/artística, defesa teológica/religiosa, defesa filosófica/ideológica,
defesa científica/técnica e defesa matemática. Agora mesmo os EUA estão
atacando o Brasil via missionários das secções cristãs. Já faz muitas décadas,
bem debaixo de nossas barbas.
Enfim,
a Escola de Defesa não é, no Brasil, escola, por não existe uma Pedagogia
da Defesa, nem é defesa, porquanto não há raciocínio sobre o par polar
oposto/complementar defesataque. É totalmente risível, de meter medo na gente,
a incapacidade dessa gente de pensar as CONDIÇÕES DE DEFESA. Fico tão irritado
que nem quero continuar.
Vitória,
sexta-feira, 11 de outubro de 2002.