Conhecimento Alexandrino
Os
modos políticadministrativos são o Escravismo, o Feudalismo, o Capitalismo, o
Socialismo, o Comunismo e o Anarquismo, cada um com quatro ondas, a quarta de
um sendo a primeira de outro; estamos na terceira onda do Capitalismo geral,
quase passando à quarta, quer dizer, a primeira do Socialismo.
Os
modos do Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia,
Ciência/Técnica e Matemática) são seis também, com a Geometria e a Álgebra
sendo o quinto e o sexto, ou vice-versa. Cada modo políticadministrativo
transita nos modos de conhecer, a dominância plena do conhecer tecnocientífico
se dando apenas no Socialismo mais profundo.
Na
Antiguidade também transitaram de uma antiguidade mágica a uma antiguidade
científica, esta expressa em Alexandria, fundada por Alexandre Magno (356 a 323
a.C.) em 332 a.C a 208 km do Cairo. Ela foi capital dos Ptolomeus, depois se
mantendo como a segunda cidade do Império Romano, de acordo com a Barsa
eletrônica, tendo sobrevivido até o século IV, quando a biblioteca foi
novamente incendiada. Com a chegada dos árabes houve novo retrocesso, até um
certo e desprezível sultão (que seu nome seja esquecido) queimá-la mais
adiante. Chegou a contar com 700 mil volumes, segundo alguns, e muito mais,
segundo outros.
Acontece
que os cientistas sonham com Alexandria e suspiram por sua perda. De fato, que
grande tragédia acontece sempre que os idiotas queimam as fontes de
conhecimento! Porém os cientistas suspiram muito, eles de fato soluçam e choram
essa perda. Embora ela tenha sido terrível, não devemos esquecer que nem os
greco-romanos nem a dinastia han, na China, nem os gupta na Índia, que
iniciaram um movimento tecnocientífico de peso, fizeram-no prosperar PORQUE,
como já mostrei, as bases a que destinavam o conhecimento não era bastante
ampla.
Eles
não tinham povo, tinham escravos, e escravos não tendo alma não têm também
atenção, daí não possuem máquinas, porque não é errado, para quem pensa assim,
submeter os seres humanos a maus tratos. Pelo contrário, pessoas respeitáveis,
cristianizadas, devem ser cuidadas o máximo possível.
Então,
o conhecimento alexandrino foi uma perda irreparável, mas ele não estava mesmo
levando a nada, porque reservado apenas aos sábios, aos pesquisadores, não tendo
sido vertido ao desenvolvimento de produtos, não servindo ao crescimento do
povo. Se acontecer de novo esse distanciamento podemos esperar, infelizmente,
novas perdas.
Vitória, sexta-feira, 11 de outubro de
2002.