Mal e O/Mal (Bem)
Continuando de Imanência e Transcendência, poderíamos concluir que o Mal é maior
que o O/Mal? Não é, é um par polar oposto-complementar, o Negror e o Pálido
(onde cabem todas as cores, inclusive o branco, que é cor; o negro é que não é,
embora digam que preto e branco sejam ambos não-cores; pela lógica a ausência
de todas as cores, o negror, é que não é cor; o branco, presença de todas elas,
é, pelo menos soma) são de mesma dimensão 50/50.
Ainda que o negror (= MAL) envolva todas as
cores, toda a existência, ele é metade; é quantitativo, enquanto O/MAL, o Bem,
é qualitativo, concentradíssimo, como na relação entre energia e matéria, E =
mc2, na proporção de 1/1016: para fazer o Sol foi preciso
carrear enorme quantidade de matéria. A matéria é quantitativa, a energia
qualitativa.
O Mal não envolve e não domina o Bem; aquele
é inerte, este é ativo.
O Bem, Deus-Natureza emerge do negror
enquanto universos manifestados como possíveis.
E dentro d’O Bem as pessoas não participam do
Mal, do negror, mas podem se inclinar para ele, pois tudo é 50/50; podem
propender, podem pender, podem inclinar-se para ele, podem dobrar-se, podem
curvar-se.
Não são obrigadas, mas há o livre arbítrio,
há o livre-querer.
É porisso que não existe o Demônio enquanto
competidor de Deus: o que existe são programas e subprogramas que os seres
humanos geram para inclinar-se naquela direção-sentido. O que chamei GAP
(gerador de autoprogramas) INCLINA-SE por vontade própria, independente; o
conjunto APARENTE dessas inclinações parece ser independente PORQUE somos seres
e dilatamos nosso ser para parecer ser.
O Demônio é uma projeção da humanidade.
Deus não é projeção, é um dos nomes que damos
(os árabes têm muitos, 99) a essa condição de pareamento com a Natureza em
Deus-Natureza, que é um só. Isso não quer dizer que as mitologias estejam
erradas, podem ter havido várias competições altas que trouxeram memórias a
nós.
Serra, domingo, 29 de abril de 2012.
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