terça-feira, 2 de outubro de 2018


Mal e O/Mal (Bem)

 

Continuando de Imanência e Transcendência, poderíamos concluir que o Mal é maior que o O/Mal? Não é, é um par polar oposto-complementar, o Negror e o Pálido (onde cabem todas as cores, inclusive o branco, que é cor; o negro é que não é, embora digam que preto e branco sejam ambos não-cores; pela lógica a ausência de todas as cores, o negror, é que não é cor; o branco, presença de todas elas, é, pelo menos soma) são de mesma dimensão 50/50.

Ainda que o negror (= MAL) envolva todas as cores, toda a existência, ele é metade; é quantitativo, enquanto O/MAL, o Bem, é qualitativo, concentradíssimo, como na relação entre energia e matéria, E = mc2, na proporção de 1/1016: para fazer o Sol foi preciso carrear enorme quantidade de matéria. A matéria é quantitativa, a energia qualitativa.

O Mal não envolve e não domina o Bem; aquele é inerte, este é ativo.

O Bem, Deus-Natureza emerge do negror enquanto universos manifestados como possíveis.

E dentro d’O Bem as pessoas não participam do Mal, do negror, mas podem se inclinar para ele, pois tudo é 50/50; podem propender, podem pender, podem inclinar-se para ele, podem dobrar-se, podem curvar-se.

Não são obrigadas, mas há o livre arbítrio, há o livre-querer.

É porisso que não existe o Demônio enquanto competidor de Deus: o que existe são programas e subprogramas que os seres humanos geram para inclinar-se naquela direção-sentido. O que chamei GAP (gerador de autoprogramas) INCLINA-SE por vontade própria, independente; o conjunto APARENTE dessas inclinações parece ser independente PORQUE somos seres e dilatamos nosso ser para parecer ser.

O Demônio é uma projeção da humanidade.

Deus não é projeção, é um dos nomes que damos (os árabes têm muitos, 99) a essa condição de pareamento com a Natureza em Deus-Natureza, que é um só. Isso não quer dizer que as mitologias estejam erradas, podem ter havido várias competições altas que trouxeram memórias a nós.

Serra, domingo, 29 de abril de 2012.

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