A
Escola do Amor
No decorrer dos
séculos e dos milênios ora o amor foi valorizado ora foi desvalorizado. Quando
acontece um caso ou outro? Quando há pressão do ódio, este pode levar a
absorção de 95,0 %, os quais, somando com sua parte pode chegar a 97,5 %, acossando
o amor, ameaçando matá-lo, certamente arruinando-o, digamos em chacotas.
Estamos numa época
(2012) em que o amor foi avacalhado, considerado piegas. De tanta fúria e ódio,
falar em amor é atrair a desconsideração do próximo, as zombarias, o deboche, o
escarnecimento, o escárnio.
Sob o açoite
unilateral da darwiniana “luta pela sobrevivência” (se esqueceram da
“cooperação pela sobrevivência”, que o simples anúncio do esquecimento mostra
como verdadeira) - o furor da luta a tudo justificando -, o amor começou a ser
visto como fraqueza e não como fortaleza, o que de fato é, dado ele ser (como
vimos no artigo anterior Do Amor, o Amor)
a locomotiva que leva o trem de ondas do futuro.
Grassou o ódio.
Contaminaram-se as
consciências da falsa liberdade de praticar o ódio e verberar, invectivar,
repreender o amor. Este foi acossado em toda parte, em todo lugar tornando-se
quase que anátema, quase que excomungado.
O amor foi visto como
excessivamente sentimental.
Não foi mais abordado
pelos filmes, nem pelo teatro, nem pelas músicas, nem pelas poesias, nem por
nada mesmo.
Vi a marcha disso
desde quando tinha oito anos (para somar 50 e chegar aos 58 que tenho): quem
abordava o amor era visto como fraco, como inapelavelmente bobo, como
inquestionavelmente superado, rococó, barroco, arcaico, antiquado, obsoleto –
era um “quadrado”, não rolava, não acontecia. Pertencia a era ultrapassada.
E não é nada disso.
O amor não morre,
NUNCA, por mais espremidinho que fique.
E já que só ele leva
(a si mesmo e aos demais) ao futuro e à sobrevivência na luta-cooperação, é
evidente que ele deve ensinar, deve elaborar uma PEDAGOGIA DO AMOR com a
equivalente Escola do Amor, sem qualquer receio de não ser de bom-tom, pois é.
Acima da Pedagogia do Oprimido de Paulo Freire está esta, bem antiga, pois teve
o mais elevado representante em Cristo.
É NELA que devem ir
se formar os pedagogos do ensinaprendizado e os epistemologistas e é a ela que
devem ir pedir orientações os governantes do Executivo, os políticos do
Legislativo, os juízes do Judiciário, os empresários e todos mais, inclusive a
ONU.
Serra, quinta-feira,
17 de maio de 2012.
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