terça-feira, 2 de outubro de 2018


A Escola do Amor

 

No decorrer dos séculos e dos milênios ora o amor foi valorizado ora foi desvalorizado. Quando acontece um caso ou outro? Quando há pressão do ódio, este pode levar a absorção de 95,0 %, os quais, somando com sua parte pode chegar a 97,5 %, acossando o amor, ameaçando matá-lo, certamente arruinando-o, digamos em chacotas.

Estamos numa época (2012) em que o amor foi avacalhado, considerado piegas. De tanta fúria e ódio, falar em amor é atrair a desconsideração do próximo, as zombarias, o deboche, o escarnecimento, o escárnio.

Sob o açoite unilateral da darwiniana “luta pela sobrevivência” (se esqueceram da “cooperação pela sobrevivência”, que o simples anúncio do esquecimento mostra como verdadeira) - o furor da luta a tudo justificando -, o amor começou a ser visto como fraqueza e não como fortaleza, o que de fato é, dado ele ser (como vimos no artigo anterior Do Amor, o Amor) a locomotiva que leva o trem de ondas do futuro.

Grassou o ódio.

Contaminaram-se as consciências da falsa liberdade de praticar o ódio e verberar, invectivar, repreender o amor. Este foi acossado em toda parte, em todo lugar tornando-se quase que anátema, quase que excomungado.

O amor foi visto como excessivamente sentimental.

Não foi mais abordado pelos filmes, nem pelo teatro, nem pelas músicas, nem pelas poesias, nem por nada mesmo.

Vi a marcha disso desde quando tinha oito anos (para somar 50 e chegar aos 58 que tenho): quem abordava o amor era visto como fraco, como inapelavelmente bobo, como inquestionavelmente superado, rococó, barroco, arcaico, antiquado, obsoleto – era um “quadrado”, não rolava, não acontecia. Pertencia a era ultrapassada.

E não é nada disso.

O amor não morre, NUNCA, por mais espremidinho que fique.

E já que só ele leva (a si mesmo e aos demais) ao futuro e à sobrevivência na luta-cooperação, é evidente que ele deve ensinar, deve elaborar uma PEDAGOGIA DO AMOR com a equivalente Escola do Amor, sem qualquer receio de não ser de bom-tom, pois é. Acima da Pedagogia do Oprimido de Paulo Freire está esta, bem antiga, pois teve o mais elevado representante em Cristo.

É NELA que devem ir se formar os pedagogos do ensinaprendizado e os epistemologistas e é a ela que devem ir pedir orientações os governantes do Executivo, os políticos do Legislativo, os juízes do Judiciário, os empresários e todos mais, inclusive a ONU.

Serra, quinta-feira, 17 de maio de 2012.

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