quarta-feira, 31 de janeiro de 2018


O Umbigo de Daniel e a Nobreza de Giles

 

Lembrei-me de Giles, poderia ter sido “qualquer um”, um filósofo, uma pessoa dedicada ao Conhecimento (Magia-Arte, Teologia-Religião, Filosofia-Ideologia, Ciência-Técnica e Matemática) ou a uma das 6,5 mil profissões. Esse “Daniel” é qualquer nome, o primeiro que veio à lembrança, há centenas ou milhares, minha memória é ruim (não posso usar nomes de amigos ou parentes, porque poderia parecer indicação). Pois Daniel fica remoendo em volta do umbigo, o antigo canal de alimentação.

NO QUE DANIEL PENSA OBSESSIVAMENTE

·       COMO PESSOA:

1.       Em si mesmo:

a)      Em contar vantagens aos amigos e às namoradas;

b)     Em satisfazer o corpo (e, quem sabe, a mente) – cabeça, tronco e membros - através dos sentidos, para os quais seriam necessários 15 e não apenas cinco;

c)      Em transar com as mulheres;

d)     Em comprar carro;

e)     Em ter casa;

f)       Em ir “se divertir” (Daniel consegue imaginar milhares de modos disso);

g)     Uma variedade enorme de pulsões da origem genética que Daniel sente o mais extremo prazer em atender;

2.       Em sua família;

3.      Em seu grupo;

4.      Em sua empresa;

·       COMO AMBIENTE:

5.      Em sua cidade-município;

6.      Em seu estado;

7.       Em sua nação;

8.      Em seu mundo (talvez).

Do outro lado, claro, Giles Deleuze trabalhou. SE bem ou mal a posteridade é que julgará. Em todo caso, alguns trabalham dia e noite durante décadas para apurar o conhecimento geral ou para produzirorganizar. Por 30, 35, 40, 45, 50 ou mais anos essa gente sem esmorecer fuça o que já existe para achar uma brecha através da qual engrandecer a humanidade de saberes.

Então, existe essa distinção notável entre os trabalhadores e os aproveitadores. É evidente que Giles também se diverte. É certo que Daniel deve, trabalhando (ou vivendo de trabalho amealhado por que lhe tenha deixado herança), sustentar suas taras, mas a distância das médias é grande demais. Os Daniel consomem o mundo mais do que lhe dão; os Giles somam irremediavelmente, para dar mais tempo ao mundo.

Vitória, sábado, 06 de maio de 2006.

 

GILES DELEUZE

Biografia

EDUCAÇÃO & REALIDADE

Vol. 27, nº 2 jul/dez de 2002

Faculdade de Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul


O Tiro que Morales deu no Próprio Pé

 

Um dos textos abaixo declara que o PIB da Bolívia em 2005 foi de US$ 24 bilhões, dos quais 15 % da Petrobrás ou US$ 3,6 bilhões. Da renda visível do Brasil o PIB do Espírito Santo é de 2,5 % de US$ 800 bilhões ou US$ 20 bilhões. Contando o invisível seria de uns US$ 50 bilhões. Só o petróleo extraído em 2010 pelas minhas contas renderá US$ 10 bilhões por ano em solo capixaba.

Certamente aconselhado por Chávez, e este por Fidel, Morales decidiu dar o golpe no Brasil, do que a Veja 1.955 ano 39 nº. 18 de 10 de maio de 2006 (semana que vai de 03 a 10) reclamou com matéria de capa mostrando Lula de costas com um pé na bunda e o título “O Ataque à Petrobrás: Essa Doeu! ”. A Gazeta de segunda-feira 08 de maio em editorial da página 03, “Impulso no crescimento” diz que o investimento da Petrobrás no Espírito Santo de 2006 a 2010 será de um US$ bilhão por ano, enquanto na Bolívia de 1996 a 2004 foi no total de um US$ bilhão, quer dizer, investirá no ES a cada ano o total boliviano de oito anos.

Aquilo que estava nas mãos de Morales passará a ser interno-brasileiro e especialmente do ES. Renderá royalties ao estado.

Lula não parece tão bobo assim, no final de contas. A dependência em relação ao exterior, em especial em relação a um país fraco e instável como a Bolívia, o estado boliviano, deixará de existir em quatro anos. A Bolívia estará de quatro dentro de apenas alguns anos. Acho que o conselho de Fidel não foi tão bom assim.

Vitória, terça-feira, 09 de maio de 2006.

 

A BOLÍVIA NA PETROBRÁS

 
Bolívia
Bolívia, república da América do Sul. Limita-se ao norte e a leste com o Brasil, a sudeste com o Paraguai, ao sul com a Argentina e a oeste com o Peru e com o Chile. A Bolívia não tem saída para o mar. Sua superfície é de 1.098.581 km2. A capital constitucional é Sucre e a administrativa, La Paz. Microsoft ® Encarta ® Encyclopedia 2002. © 1993-2001 Microsoft Corporation. Todos os direitos reservados.
Em Cima da Mídia
Domingo, 30 de Abril de 2006
Na Bolívia, o pior ainda pode estar por vir
Neste fim de semana, revistas e jornais parecem ter acordado para as dificuldades das relações do Brasil com vários de seus vizinhos. A exceção foi a Veja, que não tratou do assunto.
Chávez da Venezuela e Morales da Bolívia tramando (capitaneados por Fidel):

O Santos e os Pecadores

 

Depois de tantos anos pensando, finalmente ouso me pronunciar sobre a polêmica sobre precedência entre Santos Dumont pelo Brasil e os irmãos Wright pelos Estados Unidos. Já escrevi outras vezes a favor de Dumont, mas não terminantemente. De 1903 a 1914 vão 11 anos e de 1906 a 1914 apenas 8 anos e foi o quanto bastou para os aviões de experimentais estarem voando e carregando metralhadoras a grandes distâncias. É espantoso.

Os Wright tiveram a vantagem de serem práticos em oficina e de estarem numa economia dinâmica, futura líder do mundo, então fabricando a todo vapor. Santos Dumont era o teórico, o intelectual interessado na idéia numa Europa dissociada do crescimento violento dos EUA.

Quando a gente vê-lê a revista-álbum Ás Inimigo (Um Poema de Guerra), São Paulo, Abril Jovem, 1995 (sobre desenho original de 1990), de George Pratt repara que os aviões seguiram o desenho dos Wright e não de Santos Dumont, por uma razão só, a Europa acompanhou a economia pulsante dos EUA, que era prática-direta e não teórico-rebuscada como a do Brasil de então. O mercado foi atrás da eficiência minimax, o máximo com o mínimo.

Os Wright, querendo registrar a patente, mantiveram segredo, esconderam de todos; quando viram o grande anúncio de Dumont montaram na carona sem qualquer prova. Como a repetição do vôo fracassado deles mostrou, catapultaram o planador. Dumont voou mesmo, mas não na prática-de-mercado.

Vitória, domingo, 07 de maio de 2006.

 

O ÁS DO INIMIGO (eles seguiram o que era eminentemente prático e não o teórico e estavam certos; abandonaram Dumont porque embora ele pudesse ter sido mesmo o primeiro propunha uma visão romântica do espaço)

 

COLUNAS DO SANTOS E DOS WRIGHT

Santos Dumont x Irmãos Wright
A polêmica sobre o primeiro vôo
Alberto Santos Dumont - O Pai da Aviação
A polêmica estabelecida com relação à prioridade do vôo do “mais pesado que o ar”, envolvendo o brasileiro Alberto Santos-Dumont e os americanos Irmãos Wright (Wilbur Wright e Orville Wright), deve ser apreciada com a atenção que merece, tendo em vista a documentação da época e as pesquisas desenvolvidas por diversos historiadores.
Cel-Av R/R Fernando HIPPÓLYTO da Costa
Natal (RN), 20 de maio de 2002
 
Centenário Errado
David Jordan relembra a trajetória do homem que os brasileiros reivindicam como o verdadeiro pioneiro do vôo mecânico.
Matéria publicada no History Today - Londres - (www.historytoday.com) Dezembro / 2003
Seção Front Line - Páginas 4 e 5
Enviado por Rodrigo Moura Visioni
 
Flyer na lama
Tentativa de repetir vôo histórico dos irmãos Wright dá errado
 

O Melhor da Doença

 

A gente (porque não era só eu, eles vendiam no mundo inteiro, principalmente nos EUA, mas também no Brasil) gostava porque esses autores debochavam do “estabelecimento” (establishment) do Capitalismo geral, daquelas coisas “certinhas” dos caretas. Toda a esquerda devorava essas oposições, inclusive eu, que era e permaneço anarco-comunista.

Contudo, olhando retrospectivamente, era o retrato de uma doença geral lavrando alegremente no mundo e contaminando a todos. Vivíamos de deliciar-nos com essas impudicícias, sem notar o tanto de crueldade explícita e implícita delas. Junto duas revistas, uma de Crumb e outra de Shelton. Está por ser feita a análise da psicologia dessa doença coletiva.

O que levou tantos através do mundo a se deliciarem com esses apelos incomumente perversos? Foi a oposição à negação contida no Capitalismo. Porém não era uma oposição que levasse a nada, pois também vivia das rendas da exploração.

Vitória, domingo, 07 de maio de 2006.

 

CRUMB E SHELTON ONTEM E HOJE


R. CRUMB (não esquecer ser ele excepcional desenhista)

 
O MESTRE DO QUADRINHO UNDERGROUND
Finalmente chega ao Brasil uma publicação com o principal personagem de Robert Crumb, o gato Fritz
por Luiz Pattoli (luiz@rabisco.com.br) editora Conrad lançou em dezembro o livro Fritz The Cat, do desenhista norte-americano Robert Crumb.

O Gato que Late

 

No Modelo da Caverna para a Expansão dos Sapiens (MCES) vimos compreendendo que os homens-filhos levaram os cachorros de boca grande nas caçadas enquanto as mães-mulheres ficavam com os gatos vigiando as cavernas contra os insetos e também com os cachorros de boca pequena (CBP), tanto para vigiar quanto para pegar a chamada “pequena proteína”.

RESULTAM DISSO VÁRIAS COMPREENSÕES (foi Gabriel quem usou o título: “o gato que late” para o cachorro da vizinha)

·       Os CBP devem ter sido selecionados para perder o instinto de sair na Natureza mais vasta caçando por conta própria (eles devem ouvir e obedecer a voz-da-mãe);

·       Gabriel reparou que eles andam em linha reta e pouco param para cheirar o chão;

·       Devem conviver tranquilamente com as crianças, sem brincadeiras abrutalhadas (ou de outra forma as mães os matariam);

·       Devem caçar ratos e animais domésticos daninhos;

·       Teriam assimilado as qualidades do gato (atenção, vigilância, estancamento, postura);

·       Pouco ou nada saem de casa;

·       São dóceis, etc.

Enfim, o CBP será um gato que late, equivalendo a um cachorro que mia. Se for verdade, as mulheres transformaram algumas raças em animais cavernícolas, podendo viver em cavernas juntos de bebês de tenra idade sem mastigá-los e sequer sem lambê-los muito.

NÃO PARECE MUITO OFENSIVO


Vitória, sábado, 06 de maio de 2006.

 

CBP (Cachorro de Boca Pequena: mas é preciso pesquisar: para ter boca pequena é preciso ter língua pequena ou não caberia na boca; pode se tratar apenas de cachorro que cresceu pouco)


O Funil do Garotinho

 

Olhando um garoto na rua qual a chance dele chegar a qualquer lugar? Todos os seres humanos podem potencialmente ser varredores de rua, não sendo cegos, ou aleijados de qualquer modo impeditivo, ou incapacitados. Devemos imaginar que em grau de dificuldade seguinte alguma profissão só possa ser exercida por 1/40 ou 2,5 %; num terceiro patamar 1/40 de novo e assim por diante. Na quinta exponencialização já teríamos apenas 62,5 indivíduos dos 6,4 bilhões de seres humanos de hoje. A maior chance é aquele garotinho ser o micro-respingo no balde na superfície da água que milimetricamente vai subindo enquanto cultura; raramente será a centelha que disparará alguma tempestade humana. Pior ainda se não tiver num dos cinco mundos as condições ambientais de desenvolver seu potencial. E ser diferente é muito difícil, pois os imponderáveis no caminho são terríveis.

O FUNIL DO GAROTINHO


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Qual a chance dele atingir o topo?

O CRIADOR PERFEITO (o pessoal e o ambiental casam-se perfeitamente)

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                          

 

 

AMBIENTAL

·       Há boas escolas? É boa ou excepcional a formação?

·       O que se pede é de acordo com o que ele pode oferecer?

·       As informações são as mais fartas e ao mesmo tempo oferecidas em módulos mais compactos?

·       Os instrumentos, máquinas, aparelhos, programas são os melhores?

·       A alimentação é a mais equilibrada para aquele corpo?

·       O apontamento dos objetivos é claro, transparente, cristalino, lógico? (E assim por diante).

AMBIENTAL

·       Os genes são propícios? (Nenhum gato, por mais esperto que seja, conseguirá aprender a ler);

·       O corpo e a mente são sadios?

·       A carga de trabalho é a conveniente?

·       O local de estudo e percepção é apropriado? (E assim por diante).

A combinação dos quesitos é multiplicativa (ou exponencial): 10 X 10 = 100. Se o ambiental quer o melhor deve não somente oferecer as melhores condições como primar pela seleção das melhores pessoas. Tem acontecido de os talentos terem despontado, não se sabe se os mais adequados: o mundo vai caminhando e se fazendo na presença do caos. A Natureza está muito longe de ter proporcionado as melhores conjunções, racionalmente falando: são os tijolos-pessoas menos aptas na construção das casas-ambientes menos apropriadas.

Porisso a montagem do mundo é tão interessante.

Vitória, quarta-feira, 10 de maio de 2006.