sábado, 14 de outubro de 2017


A Vantagem do Conhecimento de uma Vida

 

                            Nesse filme, numa das cenas finais o personagem de Delroy Lindo diz a sua namorada que não daria o conhecimento de uma vida inteira, justamente o que me preparei para fazer, pois acreditava na humanidade até que me perseguiram durante oito anos, abrindo seis processos indevidos contra mim; até que tomaram o pouco que era meu e eu devia ter dado aos meus filhos, como qualquer um deve fazer como mínimo; até que por duas vezes o chefete JAR inconstitucionalmente me proibiu de prosseguir o curso de matemática na UFES: então declarei que aos linharenses, aos capixabas, aos brasileiros não dou mais nada – só vão ter se pagarem. Como não quero impedir definitivamente que linharenses, capixabas e brasileiros tenham acesso ao que fiz, poderão fazê-lo pagando (o que iria sair de graça e tantas vezes saiu).

                            Mas, eis aí, o conhecimento de uma vida inteira vai para onde?

                            Vai para as PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) e para os AMBIENTES (cidades/municípios, estados, nações e mundo). Não pode deixar de vazar ao cabo de algum tempo – eis a sabedoria do sistema de premiação, pois se não houvesse o estímulo de conservar para si e os seus (filhos, esposa, amigos, parentes, colegas, pessoas de qualquer forma próximas) esse conhecimento não seria manifestado ou mostrado. Não passa de um engodo, já que de outra forma todas as patentes e conhecimentos ainda estariam dentro das pessoas, caso elas sequer tivessem se disposto a pensar a fundo para condensar a informação que se transformou em conhecimento, o conhecimento que se aglomerou como sapiência no dizer de Edgar Morin, que seguiu outros, como já retratei.

                            Ainda bem que os conhecimentos de vidas inteiras vazam, mesmo quando alguns bandidos se interpõem no caminho de quem os cede de uma maneira ou de outra.

                            Vitória, julho de 2005.

 

O Assalto, Título Original: Heist
País: Estados Unidos e Canadá
Ano: 2001, Duração: 111 minutos, Ação / 14 anos
Direção
: David Mamet
Elenco: Gene Hackman, Danny DeVito, Delroy Lindo, Sam Rockwell e Rebecca Pidgeon.

Um ladrão à beira da aposentadoria acaba se deixando filmar pelas câmeras de segurança naquele que seria seu último assalto. Para receber sua parte de seu receptador, ele precisa convencer seus companheiros a realizarem mais um assalto. Dirigido por David Mamet (Deu a Louca nos Astros) e com Gene Hackman, Danny DeVito e Delroy Lindo no elenco.


A SCTE Cobra D’Água Empresarial-Governamental

 

ASSIM, COBRA DE DUAS CABEÇAS (cabeças antagônicas-propícias)

Elipse: Clube do não
Elipse: Clube do sim
                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                    

 




 

 

São duas SCTE (sala, cadeiras e telão de ensinaprendizado) fundidas uma com a outra, esperando-se que do debate da turma favorável à idéia com a turma contrária surja um acordo entre ambas. Uma é a afirmadora do projeto, outra a negadora dialética. A bola central indica a comunhão. A elipse externa ser o espaçotempo um só e que ambas as turmas trabalham PARA RESOLVER e não para empacarem ou obstaculizarem, ou para guerrearem uma com a outra. Ambas devem combater, com o propósito explicitado de produzir viabilidade e operação. Mas enquanto estão combatendo devem dar amigavelmente tudo de si para ver na idéia do outro lado oposto/complementar desperdício, confusão, arbítrio, erro (porque só assim se livrarão dessas coisas).

Do lado da Turma do Sim (TS) um chefe comandará, ocupando a tribuna, cedendo-a nos apartes; do lado da Turma do Não (TN) a mesma coisa. Ambos TS/TN serão comandados por um terceiro, o mediador, que impedirá a escalada dos conflitos, mantendo tudo civilizado.

É evidente que nada nem semelhante a isso existiu, senão as empresas teriam avançado mais depressa. Todavia, como se pode pensar uma coisa assim tão boa com tão elegante dispositivo pode também desandar, se não for mantida em rédeas curtas.

Vitória, julho de 2005.

A Presidência e a SCTE


 

                            Assim como propus a SCTE (sala, cadeiras, telão de ensinaprendizado) para o governatório, o novo lugar de onde se governará, proponho agora programáquina muito maior para a Presidência, a instituição que dá apoio ao presidente.

A PRESIDÊNCIA QUADRIPARTITE (pelo cenário que teorizei será oportuno construir com no máximo quatro ministérios verdadeiros, dois pseudoministérios – duas pastas – políticadministrativas auxiliares do centro presidencial do governante-presidente)

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                       

 

 

 

Cada pétala é uma SCTE de um ministério, enquanto entre elas estão as áreas de trabalho geral. Quando for tratar com os membros todos do ministério específico o presidente se sentará na posição do professor, enquanto o ministro-expositor se colocará na tribuna de fala. Quando for o ministro a ouvir ele ficará na condição de professor.

Para as reuniões mais íntimas só de presidente e ministros (1 + 2 + 4) haverá uma SCTE bem menor, assim como outra para o Conselho de Segurança (onde não estão todos, mas alguém mais além dos ministros), o Conselho Político, o Conselho Socioeconômico e assim por diante.

Vitória, terça-feira, 19 de julho de 2005.

A Prancheta Ilimitada


 

                            Há lá em casa uma prancheta dessas antigas de estudante de engenharia que é como outra qualquer, trivial. Contudo, estava deitado meditando e pensei nas reais dimensões dela. O aglomerado de que é feita a cobertura foi elaborado por máquinas complexas num demorado processo, de que cuidam os trabalhadores vindos todo dia de longe, tomando ônibus. É cortado com extrema precisão por outras máquinas também complexas. Os trabalhadores são alimentados no restaurante da companhia, que por sua vez é conjunto complicado de programáquinas. Os alimentos vêm de longe, da agropecuária atual muito mecanizada que adota várias posturas avançadas. Os canos são feitos em siderúrgicas e dobrados em metalúrgicas. A composição deles está longe de ser simples, como era antes na Idade Média, digamos. Professores universitários, engenheiros e técnicos os estudam quanto ao conteúdo e quanto à dobradura de forma. A composição do metal foi demoradamente estudada para que o cano comportasse o mínimo de material com o mínimo de energia gasto para modelagem.

O plástico que cobre a tampa é a ponta de uma antiga busca e poderíamos continuar a análise indefinidamente, passando de processo a processo, de objeto a objeto, numa árvore de ilimitadas derivações. Quanto mais fôssemos olhando mais galhos veríamos ligando-se uns a outros, sem qualquer limite. De fato, de onde quer que partíssemos chegaríamos sempre a ELI, Ela/Ele, Natureza/Deus, ao extremo, ao incompreensível, pois tudo está ligado ao princípio do universo. Se partíssemos de uma vulgar borracha retornaríamos a Deus, pois o universo inteiro deságua em cada coisa particular, em todas e cada uma.

                            A prancheta é ilimitada porque tudo é.

                            Tudo leva de volta ao começo porque é um círculo de criação.

                            Tudo se liga ao Big Bang.

                            As pessoas em geral nem se dão conta da riqueza que está disponível para todas e cada uma delas.

                            Vitória, segunda-feira, 18 de julho de 2005.

A Posição dos Ricos


 

                            Meu filho Gabriel reparou que os ricos são insulares ou peninsulares, quer dizer, encantonam-se em ilhas (todos os lados livres de pobres) e em penínsulas (pelo menos três lados, muitas vezes restando um fiapo de ligação fortemente barrada por proteção policial).

É UMA BARRA A VIDA DOS RICOS (Barra da Tijuca no Rio de Janeiro)


OS RICOS NÃO SÃO UMA ILHA (ex-Ilha do Frade e ex-Ilha do Boi em Vitória; foram construídas ligações com o continente, mas numa delas, Ilha do Frade, há barreira policial)


Os pobres, até por faltar espaço (e tempo), encantonam-se, formam aglomerados.

POBRES AGLOMERADOS (indistintamente juntos) NÃO CONSTRÓEM NADA DE DURÁVEL (nesse nível, pois tudo é demolido)

 
 
Veja em anexo (centro do Rio de Janeiro)

Ora, se isso havia sido observado não havia sido revelado, não li em parte alguma; talvez tenha sido, mas não li. Seria interessante alguém seguir a trilha da observação dele, avaliando detidamente os AMBIENTES (cidades/municípios em todos os estados, todas as nações, no mundo inteiro – quanto de partição percentual existe para miseráveis, pobres, médios, médio-altos e ricos?)

Vitória, Quinta-feira, 21 de Julho de 2005.

A Mãe Dominante e a Saudade do Grupão


 

                            Siga o texto anterior O Pai de Todos e o Sentido de Grupo neste Livro 128 para ver aqui o oposto/complementar com características próprias. Já falei muito da mãe dominante, mas o assunto é tão interessante que sempre há algo de novo a dizer.

O GRUPÃO E DENTRO DELE O GRUPINHO DAS MÃES EM VOLTA DA MÃE DOMINANTE (siga os textos dos livros para ver o desenho mais preciso disso)


Elipse: O grupinho das mães em volta da mãe dominante não se misturava com a Caverna geral     

O grupinho         dos guerreiros
 

 


                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                

 

 

 

 

O grupão, o time (time e grupo são anticognatos na Rede Cognata, um o oposto/complementar do outro) das mulheres era imenso, tendo nas menores cavernas dezenas de indivíduos (80 a 90 % de todos) e nas maiores até milhares, segundo imagino.

É nesse grupão que as mulheres foram formadas pelo domínio da mãe dominante durante cinco milhões de anos ou mais, tempo em que dá para construir moléculas que delimitam comportamentos; de forma que com certeza elas foram modeladas assim. Não é algo de que se lembrem, está nos genes como comportamento indelevelmente marcado; se uma mãe dominante autêntica lhes der ordens elas obedecerão cegamente sem nem saber que o estão fazendo, pois a marca é incontornável, não dá para fugir. Como as mulheres todas falam a chamada Língua da Mulher (além de usarem os rostos, como já mostrei), basta a mãe dominante falar as “palavras secretas” (chamemos assim; nem sei se a MD tem consciência de quais são) e elas obedecerão, como as ovelhas de Babe, o Porquinho Atrapalhado.

Além disso, elas vão sentir uma saudade louca do grupo, de viver no coletivo, no grande grupo de mães, mulheres e meninas (que tinha os outros todos, com os queridinhos no centro), um grupo imenso como um coacervado distinto daquele dos homens.

Está na alma delas marcado a ferro e a fogo.

Quando veio a civilização para multiplicar tudo por 500, elas cederam o poder e com isso foram partidas, rebentadas, estando suas almas retalhadas até hoje, sentindo-se todas e cada uma muito mal. São as apostas, não há do que reclamar, mas está lá, de qualquer jeito.

Vitória, terça-feira, 19 de julho de 2005.

A Lavra da Bacia de Vidro

 

                            Chamei de Grande Bacia de Vidro (ou Bacião) a Grande Bacia Australiana, porque como vimos ela se origina da queda de um grande meteorito. Não podemos saber como era o elipsóide (tem a forma de batata, porisso seria conveniente assumir “batatóide”, por mais estranha que pareça a palavra); em todo caso não é uma esfera e assumir que é será transitar em erro. Contudo, fazendo isso e levando em conta que a frente de choque tem 1/10 a /20 (um décimo a um vigésimo) das dimensões da cratera medida e como medimos com instrumento de Measure do Google Earth que a largura entre as paredes internas é de pelo menos 1.200 km, o meteorito teria tido de 60 a 120 km de largura no eixo menor.

                            Supondo que o raio fosse de 30 a 60 km (para a pseudo-esfera) e sendo a porção 4π/3 pouco mais que quatro (4,2), o volume em metros seria [ (30.000)3 =] de uns 100 trilhões de metros cúbicos até oito vezes isso (porque quando o raio dobra o volume é multiplicado por oito), quer dizer, de 100 trilhões a um quatrilhões de metros cúbicos. Como cada metro cúbico de ferro pesa cerca de oito toneladas e cada tonelada de minério de ferro está a US$ 30, potencialmente na Austrália estão (100 x 8 x 30 =) nada menos que 25 quintilhões de dólares e até 10 vezes isso. Ferro vindo diretamente do espaço; ou outros dois materiais, como podem ser compostos os meteoritos, veja o artigo anterior neste Livro 128 Os Lucros do Panelão de Afonso Cláudio. Tudo grosso modo, os tecnocientistas saberão apurar até o detalhe, porque a Rocha Ayers e os Rochedos Olga são pontas do “rabo” da flecha (meteorito ou cometa) que caiu na Austrália sabe-se lá há quanto tempo e a composição pode ser estudada livremente.

                            Enfim, a Austrália tem pelo menos 1/7 de seu território como uma gigantesca mina de ferro. Será que nos outros lugares o minério de ferro também corresponde a quedas de meteoritos? É algo a pesquisar com o Google Earth ou mapas mais precisos.

                            Vitória, julho de 2005.

 

                            MINÉRIO DE FERRO JÁ DESCOBERTO NA AUSTRÁLIA

Friday, 1 de July 10:12 AM

Rio Tinto compra metade de mina na Austrália

Por James Regan
SIDNEY, 1 de julho (Reuters) - A Rio Tinto <RIO.AX> <RIO.L> informou nesta sexta-feira que vai comprar 50 por cento das ações do projeto de mineração de 1,3 bilhão de dólares australianos Hope Downs. Com a iniciativa, a companhia expande sua produção de minério de ferro no oeste do interior da Austrália.