Critérios da
Utilidade
Certa vez, 30 anos
atrás o César irmão de Soneca perguntou “que utilidade têm isso para a humanidade?
” - o que vem me guiando desde que eu soube.
QUE UTILIDADE TEM ISSO?
·
Utilidade
formal (enquanto apresentação visual);
·
Utilidade
conceitual (que estrutura algo novo ou re-estrutura a velha realidade – o que é
novidade também).
UTILIDADE
DO CONHECIMENTO
·
Utilidade
mágica/artística;
·
Utilidade
teológica/religiosa;
·
Utilidade
filosófica/ideológica;
·
Utilidade
científica/técnica;
·
Utilidade
matemática.
LUZ
CINTILANTE (diz a
música) – deveríamos nos perguntar como podemos melhorar nossos serviços ao
coletivo até o ponto dele brilhar, tanto o coletivo quanto principalmente nosso
serviço (porque isso mostra amor ao próximo, como aconselhou Jesus)
·
Cintilante prática: como podemos ajudar todos e cada um a
melhorar a apresentação e o desenvolvimento dos objetos?
·
Cintilante teoria: como podemos aprimorar o olhar que
reflete e recondiciona o mundo para os seres viventes? Não são apenas os
humanos, você sabe.
Então, de cada vez fiquei pensando se
as coisas que estava escrevendo tinham uma utilidade imediata ou mediata, para
logo ou para depois. Havia qualquer gênero de re-nov/ação (ato permanente de
re-novar, atualizar)? Fosse por uma lógica mais apurada ou pela mesma lógica
boa - se ela não podia ser ultrapassada - o significativamente novo que
melhorava o rendimento particular e geral se apresentava e estávamos
acrescentando? Essa inquietante pergunta me faço sempre: é útil, procura
ajudar, melhora em algo, se pode extrair novas gratificações para os vivos?
Claro que tal utilitarismo, sendo “ismo” ou excesso ou doença de superafirmação
da humanidade não se põe senão com uma reserva muito sensível: não se vá elevar
isso à categoria de placa sobre a mesa do escritório ou pendurada na parede,
mas pelo menos pode ficar no fundo de nossas consciências.
Vitória, domingo, 17 de outubro de
2004.