quarta-feira, 2 de agosto de 2017


A Tomada da Índia desde a Mesopotâmia e a Saída para o Noroeste e o Nordeste

 

                            TRÊS SAÍDAS DESDE A ARÁBIA


Não admira mesmo nada que os fósseis tenham sido descobertos na China e na Europa, mais que em qualquer lugar; e na Europa do Norte, onde não os esperaríamos. Veja que a saída para oeste pelo sul é imprópria, porque há a temida água, que os hominídeos não sabiam vencer porque não tinham a extraordinária racionalidade da canoa.

A FALSA SAÍDA (atrás da Turquia e do Mar Negro)


Porque, pode não parecer, mas havia ali mar.

CRUCIAL ENFRENTAMENTO (até que os sapiens inventassem a canoa os hominídeos perderam sistematicamente – tão perto e tão distante; mas isso nos diz que os sítios de assentamento ali são antigos. Os sapiens chegaram ali logo a seguir a Jericó. Esta é de 11 mil anos atrás, enquanto a cidade mais antiga da Turquia, Çatal Hüyük, é de 8,5 mil anos passados) – menos de dois km no ponto mais próximo no Estreito.

Seta: para a Esquerda: Aqui

                            AINDA MAIS PRÓXIMO (mas, lembre-se, o mundo antigo era diferente, os lugares não eram os mesmos nem estavam tão próximos) – nos de 500 metros, umas braçadas, mas provavelmente eles não sabiam nadar, tendo do lado de cá a Turquia e do outro lado a Península Balcânica


A conclusão imediata que se pode tirar é que SE NÃO PASSARAM foi ali que criaram e por ali devem existir ruínas, muitas delas. Cidades ou pré-cidades, ocupações, restos de plantações, fortes para defesa, todo tipo de fóssil de hominídeos e sapiens (que seguiam os rastros dos primeiros). Acaso iriam retornar sobre seus passos para aqueles lugares de onde tinham saído, retornando às crises das quais tinham se afastado e ao deboche dos que ficaram? Esse GRUPO DO OESTE ficou empacado ali.

Agora, e quanto aos outros, os do leste?

O GRUPO DO LESTE (outro parentesco)


Seria fatal que o Grupo do Leste se dividisse em dois: Grupo da Índia e Grupo das Estepes, que bordejaria o Mar Cáspio pelo leste, seguindo pela margem esquerda do rio Darya (Amu Darya), pelo Platô Ustyurt à esquerda do Mar de Aral, onde devem existir também antigas povoações, menos que as que ficaram para trás, mas mais velhas que as da China e da Europa.

O GRUPO DO CENTRO, por outro lado, seguiu uma via intermediária, entre o Mar Negro e o Mar Cáspio, encontrando adiante o Don e o Volga e se constituindo nos primeiros habitantes das regiões frias do norte, de onde sairiam depois porções da miscigenação ariana confusamente chamada “pura” (centenas de misturas ela sofreria ao longo de milhões de anos hominídeos, depois nos milhares de anos sapiens).

O GRUPO DO CENTRO SE ESPALHA


E assim temos cenários muito diferentes dos simplórios que nos foram impostos. De fato, a coisa toda parece extraordinariamente mais complexa e esperta do que nos disseram. Os hominídeos, primeiro, e os sapiens seguindo suas TRILHAS TRÓFICAS (ou caminhos determinantes de apossamento da energia) se apoderam do mundo de forma muito lógica, tangidos por suas necessidades na frente e pelas crises atrás. Foram para todos os lugares, andando continuamente, ultrapassando todo gênero de obstáculo. Foram valentes, destemidos, não deixaram nada a desejar às nossas aventuras. Espalharam-se, trabalharam à bessa – a geo-história deles é outra.

Somos descendentes desses três grupos, fora os outros.

Precisamos descobrir suas trilhas.

Vitória, segunda-feira, 18 de outubro de 2004.

A Sobrevivência da Ferocidade Mais Apta

 

                            Assim como as mulheres escolheram os homens mais altos (e eles as mulheres mais baixas) como forma de dar ao coletivo maior chance de sobrevivência, também selecionaram os homens mais ferozes, mais agressivos, mais intrépidos, mais destemidos, mais ousados, mais tudo que se projetava.

                            Pois é a lógica.

                            Diante de um mundo de ferozes animais carnívoros dos quais eram preciso se defender e aos quais era preciso atacar, ou diante de animais herbívoros mansos que sob ataque se defendiam com fúria inaudita era preciso interpor uma massa de homens que não recuassem, porque as mulheres estavam cuidando de outras coisas, com um bebê nas mãos e outro na barriga a caminho do nascimento, dada a extrema necessidade de multiplicação da espécie. Assim, é cristalino que as mulheres selecionaram os homens mais brutais (enquanto os mantinham o mais longe possível da tribo), mais selvagens, mais violentos, mais hostis, mais combativos, mais aguerridos, mais bestiais. Tudo que avançasse sobre o inimigo (biológico/p.2 e psicológico/p.3), que o despedaçasse, que o arrebentasse, que o estraçalhasse.

Evidentemente a soma é zero e esses homens se voltaram (segundo a Curva do Sino ou das Distribuições Estatísticas ou de Gauss EM TUDO) para dentro também, contra as mulheres e suas crias, e os resultados estamos presenciando até hoje. Se de fato os homens desse modo projetados permitiram ganhar espaçotempo na criação ou evolução da Terra, também é certo que causaram numerosos problemas às mulheres e aos rebentos, batendo e espancando. Quando as mulheres inventaram as primeiras bolhas cavernícolas que foram as precursoras das cidades nascentes há dezenas de milhares de anos atrás, inventaram também a sedentarização dos homens e a internalização da ira. A ferocidade evolui, salta, reevolui, como qualquer objeto; ela muda, ela se reinventa, ela se distende, incorpora novos pensamentos e emoções, ela se traveste, ela de alonga em novos modos de ser e fazer. Ao longo da geo-história temos visto todos os exemplos possíveis e imagináveis.

As mulheres ganharam, claro, mas também perderam. Pois depois de milhões de anos dilatando os primatas através dos hominídeos até chegar aos sapiens, não é mais possível recuar e reinventar molecularmente os homens, a não ser através da reengenharia genética e mais à frente. Por enquanto defesas psicológicas sociais devem ser antepostas.

Vitória, domingo, 24 de outubro de 2004.

A Separação dos Níveis

 

                            Quando fui expor a pontescada científica (Física/Química, Biologia/p.2, Psicologia/p.3, Informática/p.4, Cosmologia/p.5 e Dialógica/p.6) aos colegas, me perguntaram dos critérios de escolha. Embora no decorrer do modelo eu tenha exposto isso repetidamente, na medida em que ia fazendo, é verdade que não foi explicitado nestes livros.

                            O primeiro nível, da Natureza Zero, é aquele em que decisões não existem, o avançar se dá imediata e inteiramente ao acaso daquelas leis desse nível, leis físico-químicas. Não interferem metas, não existe destinação, não se mira o objeto. Nenhum objeto que se move tem dentro dele algo que decide por ir. Do outro lado, na Biologia/p.2 todo ser vivo toma decisões, decide operar ou não. No nível psicológico/p.3 da segunda natureza é ainda mais agudo e refletido, ainda menos dependente de forças exteriores. Se um macaco fosse objeto F/Q ele seria movido de um lado para outro sem qualquer reação e não se moveria para cima de árvores, subindo e descendo; não tomaria decisões de se alimentar, nem de evacuar, nem de fazer sexo nem nada. Seria completamente dependente de forças exteriores para os movimentos; ou de explosões interiores, que acabariam por fracioná-lo. Se você olhar uma criança verá que ela toma decisões de entrar e de sair de um ônibus. Nada toca nela e, no entanto, ela se move. E assim é com cada objeto B/p.2 e P/p.3. Uma capa de CD não se fecha e se abre sozinha, algo a movimenta. Uma ameba se orienta sozinha.

                            Qual a diferença entre os objetos B/p.2 e P/p.3?

É que o objeto P/p.3 pensa. Não é possível explicar no nível mais baixo o que é pensar, não cabe nele. Mas essa é a diferença, o pensamento, a capacidade antecipatória de alta potência. Leões antecipam, porque sem isso não seria possível caçar ou praticar qualquer ato biológico. Ele deve prever onde estará a caça no segundo seguinte. A diferença do pensamento é que a antecipação humana é de horas ou dias, até de décadas, embora sem total segurança, porque são muitas as variáveis. O mundo psicológico/p.3 é uma fantástica REDE DE ANTECIPAÇÕES, com os nós e as linhas mutuamente presas e dependentes. As pessoambientes (PESSOAS: indivíduos, famílias, grupos e empresas; OS AMBIENTES: cidades/municípios, estados, nações mundos) estão firmemente presas.

Poderíamos continuar, mas não é necessário, vá ler no modelo, onde está explicitado de outra forma. As separações permitem prever para frente e para trás e é isso que dá sua potência e verdade.

Vitória, domingo, 24 de outubro de 2004.

A Resistência e o Manual do Gênio

 

                            O gênio comporta uma grande desvantagem externa: ele é rebelde e nunca satisfaz as ambições dos não-gênios, porque sistematicamente se recusa a fazer o que lhe pedem e seguir o caminho pelo qual é mandado. O gênio comporta uma desvantagem interna ainda maior: ele sofre com a falta de genialidade do ambiente, de tudo que lhe é externo.

                            Gênios não vem com manual, não é fácil lidar com eles.

                            Gênios são esquivos, incompreendidos, revoltados com tudo que a falta de genialidade faz ao mundo.

                            Gênios resistem, basicamente,

                            Pois é fácil pensar: se é genial, é novidade, e se é novidade se opõe ao velho, que é esposado por quase todos ou a maior parte – assim, por definição, os gênios recebem em cheio a oposição de quase todos e quase cada um. A grande felicidade é estar numa ciência tão alta (como Einstein, judeu-alemão naturalizado americano) que quase ninguém o compreende nem pode repreender. Ou numa arte suposta tão baixa (como Fernando Pessoa, português) que todos pensam compreender e assim ninguém se opõe.

                            Todos falam do gênio depois de sua vitória, depois que ele se consagrou ou foi consagrado. Não falam da época em que ele estava sendo crucificado (quer gênio maior que Jesus?), apedrejado, fritado nas grelhas (como os santos, cuja genialidade se faz através das religiões), flechado, jogado aos leões, excluído da coletividade pelo ostracismo, torturado e de mil modos repudiado. Vários se mataram, muitos enlouqueceram (como Nietzsche), outros se retiraram para mosteiros ou atividades incompreendidas até décadas ou séculos depois.

                            Se vier com manual não é gênio, é qualquer um se esforçando ao máximo para deixar pistas que levem à sua suposta e inexistente genialidade fabricada. Se vier com manual é propaganda, por vezes da mídia encomendada. Porque gênio DÁ TRABALHO, é aborrecido, é enjoado, é um pé no saco, é uma mala para carregar, e todos dão graças a Deus quando ele morre. Depois disso, aliviados, todos batem palma, com um conforto difícil de descrever. Porque aí, morto, o gênio já pode ser reduzido à compreensão que dele oferecerão os não-gênios aos ainda menos gênios. Enquadrados pelos caixões, não podendo reclamar, os gênios podem ser interpretados em manuais. Daí nascem toneladas e toneladas de livros sobre eles.

                            Vitória, segunda-feira, 25 de outubro de 2004.

                           

FERNANDO PESSOA FALA NA Internet

"Não conto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso. Só quero torná-la grande, ainda que para isso tenha de ser o meu corpo e a minha alma a lenha desse fogo. Só quero torná-la de toda a humanidade; ainda que para isso tenha de a perder como minha."

EINSTEIN FALA

"O único lugar onde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário."
 "Grandes almas sempre encontraram forte oposição de mentes medíocres." 

A Reformulação do Sistema Solar e os Terrestróides Tolhidos

 

                            Em Modelo Cosmogônico Solar, primeiro texto das posteridades, desenhei sistemas de um determinado jeito: o primeiro joviniano estabelece a borda ou limite do sistema interior. No caso do sistema solar Júpiter limita a presença do Sol.

                            Pode ocorrer, entretanto, que o primeiro jupiteriano esteja tão colado na estrela que nem tenha satélites, porque estes girariam em virtual POR DENTRO da estrela e seriam realmente consumidos. Então, é claro, não haverá terrestróides, planetas com a forma da Terra, maciços e terrosos, quentes (núcleo fumegante, como a Terra, Vênus e Marte) ou frios (como a Lua ou, talvez, Mercúrio, que não têm atmosfera) entre o joviniano e a estrela, como acontece aqui. Nesta condição os terrestróides nascerão DEPOIS do primeiro jupiteriano, já que este, obrigatoriamente, não os terá. Resta saber quanto tempo a inércia do joviniano o manterá circulando, porque com a grande massa a atratividade ou gravidade entre a estrela e ele será grande e poderá facilmente precipitá-lo já nas primeiras centenas de milhões de anos.

                            Restará então o segundo, no nosso caso Saturno, que terá uma quantidade de satélites grandes, todos eles recebendo grande quantidade de energia tanto da estrela quanto do próprio planeta. E o terceiro, o quarto e assim por diante. Será um sistema muito frutuoso, com uma penca de satélites-planetas nos demais gigantes, todos potencialmente na faixa da vida. Tenho lido os tecnocientistas que dizem que estrelas binárias, trinarias e outras não comportariam planetas, muito menos capazes de produzir vida e razão. Por quê não? Se girarem como o segundo jupiteriano ou o terceiro ou quantos forem, sim, a chance é até maior. Muitos fatores intervêm. Se são grandes ou pequenas estrelas, muito ativas ou baças, muito próximas ou não e assim por diante. Como uma parte minúscula das estrelas parece ser de solitárias, 10 % ou menos, a chance maior será dos outros sistemas serem desenhados e nós sermos a exceção. Seria muito mais vistoso e mais coerente logicamente.

                            Se tivéssemos os calculadores de somas gravinerciais (gravidade + inércia) saberíamos muito mais. Infelizmente os tecnocientistas da física e da astrofísica não se posicionaram quanto a isso.

                            Vitória, domingo, 24 de outubro de 2004.

A Raridade da Heterodoxia Válida

 

                            Quando você olha a mídia (TV, Revista, Jornal, Livro/Editoria, Rádio e Internet) vê logo como os assuntos são repetitivos. Gabriel percebeu nas revistas, especialmente, que de seis em seis meses os assuntos são repetidos, digamos a importância da Amazônia para o mundo, a diminuição da camada de ozônio, os problemas do coração e por aí afora. Veja como é curto um ciclo de seis meses, porque havendo 52 semanas num ano de 12 meses, temos 4,34 semanas por mês, o que dá em seis meses 26 semanas em média, ou um ciclo de esgotamento de 26 blocos de matérias.

                            E repetitivas também sãos as teses, em sua grande maioria apenas colagens umas das outras, publicadas em revistas tecnocientíficas e outras, com pequenas variações e às vezes sem nenhuma delas. A genialidade é rara, muito rara, raríssima mesmo. Apenas nas patentes, por dever de ofício (dado que o órgão registrador não aceita o que já foi feito e há todo um sistema de busca nesse sentido de proteção contra a repetição), as novidades “abundam”, relativamente ao velho, chamado “estado de arte”, a arte no instante anterior à pretendida novidade.

                            Nos esportes, no Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica – menos na Matemática, por dever de ofício também), nas 6,5 mil profissões, nas tecnartes, há em tudo muita repetição, excessiva, diríamos, a grande maioria, quase 100 %, 100 % menos um infinitésimo. Cada vez que surge esse infinitésimo, essa minúscula fração criativa, todos os predadores da criação se juntam em volta para se alimentarem, para beberem do poço, saindo para replicar lá ou acolá com maior ou menor profundidade ou percepção ou apossamento fracional da realidade.

                            Bom, isso é apenas uma constatação.

                            O que seria interessante, definitivamente, seria produzir um livro contando essa coisa por períodos, digamos da Idade Antiga ou Antiguidade (até 476) e assim por diante. Contar isso não apenas aponta para os raros inventores de novidades válidas como faz muito por exigir dos agentes da autoridade da Lei maior atenção ao foco e principalmente presteza no atendimento dos pleitos significativos.

                            Vitória, domingo, 17 de outubro de 2004.

A Primeira Turma Convidada para a SCTE

 

                            E também para o LV (Laboratório Virtual), para a AC (Árvore do Conhecimento), para o AT (Atlas de Toque), para a CP (ciberprancheta), mas só farei menção à SCTE (sala, cadeiras e telão de ensinaprendizado). A SCTE pede uma sala especial. Embora estejamos esperando que a SCTE sirva ao ensinaprendizado (sala e telão) e aos alunos/professores (cadeiras), deve ser uma turma muito especial. Na realidade devem ser várias turmas.

                            OBSERVADORES E CRÍTICOS

·       Grupo dos professores;

·       Grupo dos alunos;

·       Grupo dos diretores;

·       Grupo do Executivo;

·       Grupo do Legislativo;

·       Grupo do Judiciário;

·       Grupo de empresários;

·       Grupo dos pedagogos;

·       Grupos do Conhecimento (mágicos e artistas, teólogos e religiosos, filósofos e ideólogos, cientistas e técnicos, e matemáticos);

·       Grupos das 6,5 mil profissões;

·       Grupo de sindicalistas;

·       Grupo de pais e mães;

·       Enfim, todos que estão e devem estar interessados no processo de ensinaprendizado.

Porém, antes de todos e cada um o GRUPO DOS VENDEDORES, dos propagandistas, porque não se trata de propaganda agressiva, de empurrar o objeto, e sim de servir ao ensinaprendizado da forma mais alta e útil. Poderão ser eles convencidos de que a causa é boa? Sentir-se-ão satisfeitos e imbuídos de sua missão? Aprenderão a colocar as facilidades e a sondar as dificuldades remanescentes? Serão capazes de perdurar em sua missão de convencimento? Pois não é como empurrar enciclopédias. É mais como ser um missionário mesmo de uma Nova Era, uma era de altíssima capacidade de E/A.

Vitória, segunda-feira, 25 de outubro de 2004.