terça-feira, 1 de agosto de 2017


A Expansão do Saara e a Tensão Povo da Direita

 

                            A PRESENÇA MACIÇA DO SAARA HOJE


Será que foi sempre assim?

A EVOLUÇÃO DO SAARA

·       Durante os 100 milhões de anos dos primatas;

·       Durante os 10 milhões de anos dos hominídeos;

·       Durante os 200 mil anos desde a Eva Mitocondrial e o Adão Y.

Pois os tecnocientistas descobriram que o Saara não somente vem se expandindo muito como, também, foi no passado, não tão remoto, área verdejante. De fato a Teoria dos Lobatos previu que deve ter existido um grande canal Lobato passando em L invertido de baixo a cima bordejando a cadeia de montanhas que vai da África do Sul até o Marrocos, em todo o leste e por todo o norte.

Imaginamos que dos cinco povos dois em especial foram importantes, em cada era: 1) o povo da esquerda, que andou pela margem esquerda do Nilo desde a Forquilha no Quênia, Etiópia e outros países até o Egito, a Líbia, a Tunísia, a Argélia e o Marrocos; 2) o povo da direita, mais significativo de todos, mas do qual não falaremos agora, que ficou na margem direita e saiu da África.

O povo da esquerda, embora menos importante, também foi bastante significativo ao se compor mais tarde – quando a canoa foi inventada – com o PD para formar o Egito pré-histórico. Esse PE foi soberbamente pressionado quando o Saara começou a expandir. Onde há problemas há soluções e onde há grandes problemas as soluções são espantosas. Então, esse PE não foi como os povos do sul ou como o povo da Forquilha, que viviam a boa vida sem pressões e sem muitas crises, exceto eventualmente. Esse PE sofreu muitas tensões e crises de superpopulação, certamente, e com isso teve de “se mexer”, teve de inventar muitas soluções ousadas, inclusive descendo pela esquerda (eles andavam muito, muito mais do que imaginamos) bordejando o Atlântico, avançando sobre o deserto, retornando ao Nilo, descendo pela margem esquerda de volta ao centro. Eles procuraram saídas de suas crises, porque a pressão era extraordinária, e eles não eram de modo nenhum acomodados como os do sul.

Daí que essa sobretensão provocasse grandes avanços. Quando eles foram se unir ao PD não estavam propriamente de mãos vazias; rastros dessa movimentação devem ser encontradas nas lendas egípcias, se procurarem bem, se revirarem as dos primórdios, aquelas lendas da criação. Então, diferentemente dos povos do sul e da Forquilha esse PE comporta interesse para a definição da Europa e da Ásia. Sem falar que os sapiens devem ter mais tarde passado pelas colunas de Hércules. Não era um povo fracote – foi longamente treinado pela dureza da existência.
Vitória, quarta-feira, 20 de outubro de 2004.

A Civilização da Margem Direita

 

                            QUATRO POVOS NÃO SAÍRAM DA ÁFRICA

1.       O POVO DA FORQUILHA (que permaneceu e nunca se aventurou):


2.       O POVO DO CENTRO, SUBSAARIANO (que povoou o centro da África, acima das florestas tropicais, abaixo do Saara):


3.      O POVO DO CENTRO, SUL (que desceu até a atual África do Sul):


4.      O POVO DA ESQUERDA, que colonizou o norte da África e que, seguido pelos sapiens dos mais recentes 200 mil anos, encontrou uma passagem, finalmente, através das colunas de Hércules:


Somos descendentes quase exclusivamente do POVO DA DIREITA que avançou para a margem direita do Nilo e nessa faixa se instalou, indo dali repetidamente - tanto os sucessivos hominídeos quanto os sapiens depois - pelas trilhas tróficas uns dos outros.

NOSSOS ANTECEDENTES E ANTEPASSADOS (os restos e                                        os rastros devem ser buscados nessa faixa)


Eles ficaram encurralados ali.

A FORQUILHA E O CURRAL QUE OS ACOSSOU

1.       Atrás a Forquilha e as crises sucessivas de que partiram;

2.       À esquerda o Nilo e à direita o mar, ambos intransponíveis;

3.      Isso os levou diretamente à Passagem que dava para o Sinai, antes que tivessem canoas; dali andaram milhares, dezenas de milhares, centenas de milhares de quilômetros em cinco milhões de anos.

Na medida em que os primeiros foram os que vinham atrás seguiram as trilhas tróficas, os caminhos de passagem, onde eram definidos os tipos de alimentos e animais disponíveis, deixados pelos migrantes anteriores.

NÃO HAVIA ESCAPATÓRIA, eles tinham mesmo de chegar à Passagem. Passando ou não, realmente criaram a Civilização da Margem Direita, a primeira congregação que o mundo já viu e um poder inteiramente novo dos hominídeos, depois repetido pelos sapiens. Devem existir ali muitos fósseis, muitas ruínas de pré-cidades, vastíssimo número de construções – dezenas e centenas de anos de anos de pesquisas pelos paleontólogos, antropólogos, arqueólogos e geo-historiadores.

Vitória, terça-feira, 19 de outubro de 2004.

A Civilização da Margem Direita Esbarra no Mar e Inventa a Massa Crítica

 

                            Vá ler os livros em que falo da Civilização da Margem Direita e do Povo da Direita, margem direita do rio Nilo, na África, terminando no Egito e tendo o Oceano Índico a leste e o Mar Vermelho à direita, como já apontei neste Livro 99 e no anterior. Veja, particularmente, A Civilização da Margem Direita.

                            O cenário que estou vendo em minha mente a partir da Teoria da Forquilha é muito diferente daquele mundo simplório desenhado pelos tecnocientistas de até agoraqui; de modo algum a civilização do Egito despontou já pronta, nem foi Jericó a primeira cidade, nem a Margem Direita esteve relativamente desocupada até os mais recentes sapiens terem se projetado pelo Sinai para conquistar a Europa e a Ásia. Pelo contrário, devia haver relativo superpovoamento, muita aglomeração, primeiros esboços de cidades, certa efervescência, muita competição, tremendo dinamismo, incrível pulsação (não para nossa época, mas para o que vinha antes, sim). Afinal de contas deve ser sempre gerada uma superincompetência que projete adiante os incomodados, os descontentes, os que não se deixam dominar pelos pessimismos paralisantes.

                            Como toda certeza ali foi o lugar mais populoso da Terra por muitos e muitos milênios, porque era o lugar de menor área, separada naturalmente pelo Nilo e pelo mar, então não-ultrapassáveis porque não havia canoa. Estava entupido de gente, muitos milhares, talvez centenas de milhares pouco antes de Jericó, mais que na restante África toda, mais que na Europa e mais que na Ásia, pouco antes do neolítico, lá por 15 a 10 mil antes de Cristo (Jericó é de 9 mil a.C.).

                            Era preciso fabricar a MASSA CRÍTICA, a explosão que dá seqüência, logo depois da crise, ao status quo ante, a situação anterior, emperrada que estava nos moldes da ortodoxia. O disparador foi claramente a Margem Direita. Não que não saísse eventualmente um ou outro, que ia a toda parte, seguindo as trilhas tróficas; é que não saíam grandes grupos invasores como o que foi fundar Jericó pouco depois. Eram todos negros, lembre-se, pois os “brancos” (brancos, amarelos e vermelhos) foram inventados na Glaciação de Wisconsin. A Margem Direita construiu essa massa de gente que foi de roldão tomar o mundo todo abaixo do que eram os gelos, para torná-lo, até então, todo negro – até o Paralelo 45 (que os futuros brancos foram tomando logo depois do fim da GW).

                            Vitória, segunda-feira, 25 de outubro de 2004.

A Arábia Vai Até Jerusalém

 

ÁGUA DE UM LADO E DO OUTRO (de um lado o Mediterrâneo imenso, do outro a água menor mas também intransponível do Golfo Pérsico)


                            O OBSTÁCULO PANTANOSO DA MESOPOTÂMIA


                            Depois de milhares de anos de moroso e persistente trabalho humano, virou um paraíso na Terra, um dos berços da civilização, mas antes disso – como afirma a dialética – era o inferno total, um pântano contínuo com o limite muito para dentro de onde se encontra hoje.

                            O que sobraria para quem avançasse?

ELES SE VIRAM EM APUROS (na esquerda montanhas, no centro um deserto, na direita um pântano – eles devem ter ficado ali muito tempo; nesse ínterim criaram Jericó/Jerusalém. Não é à toa que os árabes reivindicam a cidade; não são os mesmos moradores da época, mas estão na mesma região.


ELES PEGARAM O ÚNICO LUGAR ONDE HAVIA VEGETAÇÃO NAS PROXIMIDADES


Assim, fora os povoamentos que devem estar enterrados debaixo das areias do Egito, tanto na margem esquerda quanto na margem direita, os de Jericó tendiam mesmo a ser os primeiros nas trilhas tróficas dos hominídeos seguidas pelos sapiens. Não tinha como escapar.

Vitória, segunda-feira, 18 de outubro de 2004.

Trilhas Tróficas

 

                            Trófico é relativo a nutrição, um termo usado na ecologia. “Níveis tróficos” são os patamares alimentares. Por exemplo, a humanidade está situada no mais alto NT porque se alimenta de tudo, é onívora. Esse conceito é fundamental na Expansão dos Sapiens, no Modelo da Caverna, e nós o usaremos para esclarecer os caminhos que seguiram os seres humanos ou racionais ou psicológicos.

                            DOIS CAMINHOS TRÓFICOS

·       Trilhas de caça;

·       Trilhas de coleta.

Em ambos os seres humanos e a natureza adotiva (inicialmente cães de caça e de coleta, este os de boca pequena que as mulheres treinaram; e os gatos, pelos quais os homens nunca se interessavam) iam urinando e defecando, neste caso deixando sementes das frutas que comiam. De modo que tanto fizeram prosperar as espécies pelas quais se afeiçoaram quanto desaparecer as detestadas.

Como eu já disse antes, isso permitirá identificar as cavernas, porque ali existiram espécies assemelhadas, mudadas no convívio de milhares de anos dos sapiens e de milhões de anos dos hominídeos e primatas. E permitirá, PELO DEPURAMENTO ESTATÍTICO-PROBABILÍSTICO, separar através dos países os caminhos preferenciais seguidos pela humanidade EM EXPANSÃO RACIONAL, que deixa TRILHA RACIONAL, quer dizer, as composições não eram apenas as de antes, biológicas/p.2, passaram a ser psicológicas/p.3, dizendo respeito aos interesses de humanização do mundo.

SIGAM AS TRILHAS ALIMENTARES (de coleta e de caça e                                        depois de plantio)

·       Caça e coleta primata;

·       Caça e coleta hominídea;

·       Caça e coleta sapiens.

São diferentes interesses e diferentes rastros, de menor ou maior racionalidade. Você pode dizer hoje onde foram os descendentes de europeus apenas seguindo seus modos transplantados de vida.

Vitória, terça-feira, 12 de outubro de 2004.

Superincompetência

 

                            Como já vimos desde o texto A Primeira Superpopulação da Forquilha neste Livro 98, superpopulação é sempre julgamento, e indício de crise do Conhecimento.

CRISES DO CONHECIMENTO (levam a julgamentos de superpopulação, conflito entre a frente tecnocientífica insuficiente e a extração pretendida – pois se desejássemos menos sempre sobraria para os outros. Se os 60 % física e mentalmente obesos americanos comessem menos outros teriam até demais)

·       Crise mágica/artística (os magicartistas não conseguem motivar as pessoas com alegria suficiente e necessária);

·       Crise teológica/religiosa (os teo-religiosos não têm bastante amor pelos povelites ou culturas ou nações);

·       Crise filosófica/ideológica (os filósofos não pensam bastante, os ideólogos partidários não motivam suficientemente);

·       Crise científica/técnica (a tecnociência não consegue fabricar instrumentos de extração bastante potentes);

·       Crise matemática (os matemáticos deixam-se cair na prostração).

Resulta disso que os de baixo, do povo, não conseguem ver nenhum futuro; e os de cima se apropriam indevidamente da maior parte dos recursos para si mesmos, não estimulando os de baixo. Cristo conseguiu evitar durante muito tempo o fechamento do horizonte em razão do amor que imprimiu fortemente, abrindo a fenda que se fechava entre as elites e o povo.

Assim, quando Malthus (economista britânico, 1766 – 1834) estabeleceu seus princípios na realidade estava falando da incompetência da sua era (e de todas e cada uma).

Assim, doravante, devemos investigar as crises como DECLARAÇÕES DE INCOMPETÊNCIA, isto é, como pedidos de clemência dos incompetentes, que jogam a culpa nos outros. Incapazes de promover a expansão do Conhecimento eles atribuem ao universo, às conspirações, às insurreições sexuais dos estrangeiros e a todo tipo de desumanidade mental DOS OUTROS as dificuldades que enfrentam.

Seguramente a época de Malthus era uma encruzilhada britânica, indicando esgotamento do modelo anterior de crescimento. Certamente esse período findou e quando a Grã-Bretanha voltou a crescer as vozes malthusianas calaram-se.

Quando as vozes falam de superpopulação estão dizendo de uma contração no sentido do centro, o que implica exclusão dos “desfavorecidos”, os de baixo potencial ATUAL (segundo os julgamentos dos julgadores) de sobre-vivência. Ou seja, se é para sobreviver e não dá para todos, “farinha pouca, meu pirão primeiro”. Dizendo de outro modo, OS OUTROS ESTÃO SEMPRE SUPERPOPULANDO. Ou supercopulando.

Vitória, segunda-feira, 11 de outubro de 2004.

 

MALTHUS/ALÉM (ele caducou, por sua compreensão imprecisa e inadequada da realidade) – na Internet

Thomas Robert Malthus nasceu na Inglaterra em 1766. Era o penúltimo dos sete filhos de Daniel e Henrietta Malthus. Ele tinha um irmão e cinco irmãs.Seu pai era amigo do filósofo escocês David Hume e do filósofo suíço Jean-Jacques Rousseau e um profundo admirador de Condorcet e de Godwin. Malthus estudou na Universidade de Cambridge e ingressou depois na carreira eclesiástica como pastor anglicano.

SUPERINCOMPETÊNCIA NA Internet

Debate: Superpopulação

Desde a era Cristã, a população mundial não pára de crescer. Hoje, somos 6,2 bilhões de pessoas, segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), e mais de 170 milhões de brasileiros. Com os avanços da ciência e da tecnologia, a expectativa de vida também aumentou e, em alguns países desenvolvidos, ultrapassa os 80 anos.

Rota Alternativa de Saída da Forquilha

 

                            A saída natural por terra seria através da Península do Sinal na interface com o Egito. Devemos pensar que a África estava caminhando para o nordeste na base de 10 km por cada milhão de anos, grosso modo; e que tudo estava mais aberto nos 90 milhões de anos exclusivos dos primatas (90 x 10 =) 900 quilômetros; nos 10 milhões de anos exclusivos dos hominídeos (10 x 10 =) 100 quilômetros; nos 200 mil anos desde a EVA MITOCONDRIAL e do ADÃO Y (0,2 x 10 =) apenas dois quilômetros mais que agora, uma insignificância.

                            Os primatas nunca saíram, mas os hominídeos sim, digamos desde metade do tempo, desde cinco milhões de anos.

A SAÍDA NATURAL (pelo Sinai; mas devia ser um alagadiço tremendo, um pântano horroroso – onde devem existir muitos esqueletos sucessivamente depositados)

Seta: Pentágono: Portão principal

Em toda outra parte encontrariam água. Não sei quando teriam podido passar em canoas cavadas a fogo em troncos, mas bem cedo devem ter se acostumado a navegar em troncos cortados ou caídos, e em galhos, mais fáceis de transportar, remando com os pés e com as mãos ou com outros galhos. Neste caso haveria uma saída mais ao sul, pois o continente dista menos de 30 km da Península Arábica.

SONHANDO COM O OUTRO LADO (eles teriam visto essa passagem muito antes da outra, espacialmente posta mais acima; o que os seguraria seria justamente a água)

2º) cada 2 cm 50 km (do monte Musa Ali Terara de 2.063 metros de altura teria sido possível avistar o outro lado):


3º) cada 2 cm 10 km (justamente essa ilha tem o mesmo nome familiar-paterno de minha mãe, Perim): teria sido possível atingir a ilha, desde que ela já existisse, depois passar ao outro lado, fazendo uma parada no caminho


Um quarto caminho seria também ao norte, igualmente através da água, em qualquer ponto do Golfo de Suez.

Suez (cada 2 cm 50 km):


Suez, cada 2 cm 10 km (lugar mais estreito ao sul, boca do Golfo):


Esses seriam os lugares preferenciais, começando daquele em terra, até que tivessem aprendido a fazê-lo por água. Então, em cada um desses pontos de passagem devem ser buscados restos a partir de cinco milhões de anos atrás, principalmente depois de 200 mil anos, quando surgiram a EVA MITOCONDRIAL e o ADÃO Y.

Os restos e rastros estão ou na Península do Sinai ou na Península Arábica. Na verdade, como a Península do Sinai não passa de uma extensão da Península Arábica, que é muito maior, o PRIMEIRO MUNDO visitado a seguir à própria África foi a Península Arábica e nela devem estar todos os restos e rastros dos primórdios, dos primeiros hominídeos e dos primeiros humanos que saíram do África para a Expansão dos Sapiens.

São esses pontos preferenciais que devem ser pesquisados, escavados até as rochas. Procurando ali veremos as sucessivas camadas da formação da humanidade. Todos temos interesse nisso, de modo que a ONU deve conduzir um consórcio internacional, mundial.

Vitória, sábado, 09 de outubro de 2004.