sábado, 8 de julho de 2017


Universidade Rural

 

                            DUAS UR (uma no distrito, outra na cidade)

·       Do campo para a cidade, aprendendo a usar a cidade para potencializar o campo;

·       Da cidade para o campo, no sentido de aprender a ver o campo com novos sentidos (novos olhos, novos ouvidos, novas línguas, novos narizes, novos tatos).

DOIS LEVANTAMENTOS

·       Para que precisamos da área rural?

·       Para que necessitamos de cidades?

Pode ser que pareça que sabemos isso, mas não sabemos, nem superficialmente, quanto mais profundamente!

DOIS GRUPOS-TAREFAS

·       A problemática da roça (os novos conhecimentos estão criando o Novo Campo, muito mais avançado em todos os sentidos; mas o Velho Campo não deve ser destruído, nem muito menos ameaçado de extinção);

·       A problemática da cidade (a pressão interna a elas e a INDEVIDA pressão sobre o interior).

O OLHAR COMPLETO DO CONHECIMENTO E DA MATEMÁTICA SOBRE AS ROÇAS (isso significa realizar congressos urgentes e oficinas de trabalho, guiados por grupos-tarefa encomendados pelos governempresas; o debate deve começar o quanto antes)

·       DO CONHECIMENTO ALTO: da Magia, da Teologia, da Filosofia, da Ciência;

·       DO CONHECIMENTO BAIXO: da Arte, da Religião, da ideologia, da Técnica.

Veja só: pensávamos que Universidade Rural fosse aquela “bobaginha”, como diz o povo: e não é, de jeito algum. Supõe-se que a UR atrelada à Cidade geral baste e de nenhum jeito é o caso. A autonomia dessa dupla-universidade é fundamental, para que ela responda aos REAIS INTERESSES do Campo geral. Os governempresas devem mirar isso.

Vitória, terça-feira, 27 de julho de 2004.

Uma Estátua para Bacon

 

                            No livro já citado de Lou Marinoff, p. 84, ele diz de Francis (não confundir com o Roger) Bacon: “(...) o foco de Bacon no conhecimento empírico fincou os alicerces de uma nova maneira de experimentar – e fazer experimento com – o mundo”. E mais abaixo: “Ele afirmava que tanto a experiência quanto a razão eram necessárias para se conhecer o mundo. O mundo tem uma dívida de gratidão com Bacon por ele nos ter dado o método científico”, citando Bacon: “O conhecimento humano e o poder humano são um só, pois onde a causa não é conhecida, o efeito não pode ser produzido. A natureza, para ser comandada, deve ser obedecida... A sutileza da natureza é muitas vezes maior que a sutileza dos sentidos e da compreensão”.

                            Vamos por partes.

                            PARTE UM

·       O conhecimento não-empírico [empírico no Aurélio Século XXI digital: Adj.  1. Relativo ao, ou próprio do empirismo.  2. Baseado apenas na experiência e, pois, sem caráter científico.  3. Derivado de experimento ou de observação da realidade.  4. Filos. Diz-se de conhecimento que provém, sob perspectivas diversas, da experiência. (Cf., nesta acepç., racional)] , teórico, se tornou abusivo depois de uma certa quantidade de séculos seguindo sua trilha. Como tudo é ciclo, diz o modelo, é como se fosse uma senóide (ou uma cossenóide; depende de onde começa), há altos e baixos; o conhecimento experimental se tornará abusivo, também. Não se trata de tornar preferencial um método ou outro, mas de propor o equilíbrio salutar e crítico de ambos. Agora, ele ter colocado o foco na experiência nos deu alguns séculos de prosperidade, porque nos afastou do excesso de introspecção bizantina. Isso foi bom, isso foi precioso.

PARTE DOIS

·       Claro, tanto uma quanto a outra, tanto a experiência quanto a razão. Porque a experiência é a razão exterior e a razão é a experiência interior, íntima, no mundo-introjetado, representado, muito econômico (mas também muito sujeito a erros). E foi realmente Bacon que desenhou o método para nós, não Galileu nem Descartes

PARTE TRÊS

·       Uma tradução do dito de Bacon (“onde a causa não é conhecida, o efeito não é produzido”) seria ONDE A CAUSA É CONHECIDA, O EFEITO É PRODUZIDO; e onde a causa é superconhecida, até as profundezas últimas, os efeitos todos são superproduzidos (com perfeição). Realmente, nosso tempo foi de aprimoramento constante.

Assim, por vários motivos, Bacon merece uma estátua, enquanto investigador (ainda não existia a palavra cientista, nem ele se reconheceria nela).

Por outro lado, foi socialmente um pérfido, um sujo.

Então, minha sugestão é que sua estátua tenha uma grande cabeça, com um corpo minúsculo; ou um lado grande e outro pequeno, para denotar nossa dupla natureza (não pense que o julgamento é só sobre ele – todos nós cometemos erros -, no fundo a estátua é da humanidade inteira).

Vitória, quinta-feira, 29 de julho de 2004.

Superpoder do Superconhecimento

 

                            BACON PÓS-CONTEMPORÂNEO NA Internet

Bacon e a Casa de Salomão
Ulisses Capozoli
Quase quatrocentos anos depois de ter escrito seu Nova Atlântida, mais que nunca é verdadeira a frase de Francis Bacon (1561-1626), "conhecimento é poder". O julgamento histórico faz de Bacon uma figura controvertida, mas poucos se recusam a conceder-lhe o mérito de fundador da ciência moderna e do empirismo, o que significa dizer que ele é o pai da big science, embora essa expressão tenha surgido só recentemente, cunhada por Derek de Solla Price.

                            FRANCIS BACON NA BARSA DIGITAL 1999

Por sua ênfase na observação e na experimentação, o filósofo inglês Sir Francis Bacon já foi chamado de "o profeta da era industrial", época em que sua metodologia passou a ter plena aplicação. Francis Bacon nasceu em Londres em 22 de janeiro de 1561. Sua educação orientou-o para a vida política, na qual alcançou posições elevadas. ©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.

                            O SUPERCONHECIMENTO (segundo o modelo)

·       Supermagia / superarte;

·       Superteologia / supereligião;

·       Superfilosofia / superideologia;

·       Superciência / supertécnica;

·       Supermatemática.

Se você pensa que isto está longe se enganou redondamente, porque desde o começo da civilização o Conhecimento geral, mesmo incipiente, foi se fazendo super, na medida em que fomos passando pelas PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) e pelos AMBIENTES (cidades/municípios, estados, nações e mundos). O super, agora, significa SUPER mesmo, hiper, além de tudo que tínhamos visto antes.

Ora, tal superconhecimento conduzirá ao superpoder.

QUEM SUPERPODE (e quem supergeme: “quem pode, pode, e quem não pode, sacode (geme)”, diz o ditado)

·       SuperExecutivo (com supergovernantes);

·       SuperLegislativo (com superpolíticos);

·       SuperJudiciário (com superjuízes);

·       SuperEmpresas (com superempresários).

Coloco isso porque as elites e o povo precisam se defender, tornando-se superelites e superpovo, também com superconhecimento. Evidentemente as elites sabem se defender melhor, mas o povo, não, está abandonado, como sempre, pois o consórcio governamental serve às elites, exclusivamente, fingindo atuar em favor do povo.

Agora mesmo estamos presenciando os fatos novos que nos levarão (para os que sobreviverem, lógico) àquele incompreensível mundo novo.

 

SUPERCIÊNCIAS

·       Superfísica / superquímica;

·       Superbiologia / p.2;

·       Superpsicologia / p.3;

·       Superinformática / p.4;

·       Supercosmologia / p.5;

·       Superdialógica / p.6.

SUPERTÉCNICAS

·       Superengenharia / X1;

·       Supermedicina / X2;

·       Superpsiquiatria / X3;

·       Supercibernética / X4;

·       Superastronomia / X5;

·       Superdiscursiva / X6.

Veja, se não somos capazes nem de suportar as pressões de hoje, quanto mais as do futuro! Algum gênero de anteparo deve ser proporcionado, contra os desmandos ATIVOS e PASSIVOS desse superpoder derivado do superconhecimento.

                            Vitória, quinta-feira, 29 de julho de 2004.

Supermente e Superverbalização

 

SE FARINHA FOSSE AMERICANA (seria esterilizada e perderia todo gosto de liberdade de comer com os dedos). Disciplina é bom, mas demais enjoa. Tirada da Internet. Cantada por Sivuca, Dominguinhos e Xangai

(Juraildes da Luz)
 
Se farinha fosse americana
mandioca importada
banquete de bacana
era farinhada

Andam falando qui nóis é caipira
qui nossa onda é montar a cavalo
qui nossa calça é amarrada com imbira
qui nossa valsa é briga de galo
Andam falando que nóis é butina
mais nóis num gosta de tramóia
nóis gosta é das minina
nóis é jéca mais é jóia
mais nóis num gosta de jibóia
nóis gosta é das minina
nóis é jéca mais é jóia

Se farinha fosse...
Andam falando qui nóis é caipira
qui nóis tem cara de milho de pipoca
qui o nosso roque é dançar catira
qui nossa flauta é feita de tabóca
nóis gosta de pescar traíra
ver as bichinha gemendo na vara
nóis num gosta de mintira
nóis tem vergonha na cara
ver as bichinha chorando na vara
nóis num gosta de mintira
nóis tem vergonha na cara

Se farinha fosse...
Andam falando que nóis é caipora
qui nóis tem qui aprender ingrês
qui nóis tem qui fazê xuxéxu fóra
deixe de bestáge
nóis nem sabe o portuguêis
nóis somo é caipira pop
nóis entra na chuva e nem móia
meu ailóviú
nóis é jéca mais é jóia

Um problema correlato (a resolver depois; pois, como se sabe agora, resolver problemas é chegar ao futuro) de afinar a lógica será que tudo cairá em trilhos muito certinhos e contidos, o que se deve evitar em termos de exageros, pois isso mataria a liberdade, o que seria intolerável.

Pois caminhamos via PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) e AMBIENTES (cidades/municípios, estados, nações e mundo) para níveis cada vez mais altos de superlógica e superdialética que comprimem o ser, dado que cada vez mais afinadas e apuradas; as SAÍDAS EMOCIONAIS, os escapes devem ser preparados com extrema atenção dos governempresas.

No momento em que as expansões info-cibernéticas da mente proporcionarem a superverbalização ou supercontrole ou supercomunicação teremos uma nova classe de seres, mesmo antes de chegarmos à MICA (memória, inteligência e controle artificiais) dos seres-novos. Tais novas criaturas, muito mais eficientes, tenderão a desconsiderar os elementos do passado como primitivos, como fazemos sempre, mas numa altura muito maior. Se você pensa que isso está muito longe está enganadíssimo, pois desde sempre, desde o começo da civilização e principalmente com os computadores, já temos supermemórias (embora não superinteliências e supercontroles). Esse futuro está a um passo de distância.

A emoção deve ser mais valorizada do que nunca.

Vitória, quinta-feira, 29 de julho de 2004.

Quadros de ASC

 

                            É preciso organizar todas as sugestões novas, vindas do modelo, das posteridades e das ulterioridades, para a composição de Adão Sai de Casa.

                            ENQUADRANDO ASC                           

ELEMENTO ANTIGO
PAÍS/
NAÇÃO
REELABORAÇÃO DO MODELO COMO:
APLICAÇÃO
Cabala
Hebreia
Rede Cognata
Decifração das redes de palavras, contidas na Língua geral
Chapéu dos magos
Suméria
Cone astronômico
Posições no sistema solar
Círculos de pedras
Europa
Calculadoras de pedras
Posições astronômicas
Horóscopos de Hórus
Egito
Revalidação
Cálculos dos ciclos de pessoas
I Ching
China
O Interior
Diálogo com Natureza/Deus (através das probabilidades)
Kama Sutra
Índia
Cama suja
Tecnociências de supercontrole do Estado
Livro dos Mortos
Egito, Tibete
Equilíbrio do modelo
Técnicas de meditação
Pirâmides
Egito e toda parte
Movimento pendular
Várias utilidades
Representação popular dos dragões
China
Idem
Cálculos de ciclos
Sistema sexagesimal
Suméria
Sistemas de contagem
Readequação das métricas do mundo
Taboa das Esmeraldas, de Hermes Trimegisto
Egito
As tabelas do modelo, com sua prateoria de ciclos
Cálculo dos períodos de todas as coisas
Tao te King, de Lao Tsé (autogoverno através do yin/yang)
China
Têmpera física e mental
Reequilíbrio pessoal e tecnociência de governo
Tarô
Egito
Reequilíbrio pelas cartas
Outro diálogo com Natureza/Deus (mas posicional)

E outras coisas que estiverem em ASC.

Cada uma destas deve ser disposta de modo a parecer (ou ser) uma explicação pós-contemporânea (que supostamente seria confirmada por ulteriores pesquisas & desenvolvimentos teóricos & práticos das tecnociências) do passado, mostrando a este como mais desenvolvido nos descendentes adâmicos que na atualidade (pelo menos na cabeça dos sentimentais ou emocionais – e atraindo os racionais para pensamento mais aprofundado). De preferência, seria interessante poder coordenar todos os elementos incógnitos do passado num superdesenho (que não tenho certeza de poder fazer).

Vitória, terça-feira, 27 de julho de 2004.

Psicologia Filosófica

 

                            Em seu livro Mais Platão, Menos Prozac (A Filosofia aplicada ao Cotidiano), Rio de Janeiro, Record, 2002 (sobre original de 1999), Lou Marinoff coloca sua filosofia a serviço das gentes. Teve pelo menos esse mérito de, depois de séculos, servir o povo menor. Tendo a Filosofia 2.500 anos, comparados com os 500 da Ciência, é de espantar que tenha tardado tanto, ao passo que esta última se colocou a serviço imediatamente, sem maiores proclamações (é porisso que gosto mais da Ciência geral que da Filosofia geral).

DUAS FILOSOFIAS (como duas de tudo; é um dos pares polares opostos/complementares)

·       Filosofias práticas;

·       Filosofias teóricas.

Naturalmente a filosofia, como já disse, deve abordar todos os outros pólos altos e baixos do Conhecimento.

ABORDANDO O CONHECIMENTO ALTO

·       Magia, Teologia, Filosofia (auto reflexa, inclusive), Ciência;

ABORDANDO O CONHECIMENTO BAIXO

·       Arte, Religião, Ideologia (sua contraparte baixa), Técnica.

ABORDANDO A MATEMÁTICA

·       Álgebra, Geometria, Geometrialgébrica.

AS CIÊNCIAS A ABORDAR: Física/Química, Biologia/p.2, Psicologia/p.3, Informática/p.4, Cosmologia/p.5 e Dialógica/p.6.

AS TÉCNICAS A ABORDAR: Engenharia/X1, Medicina/X2, Psiquiatria/X3, Cibernética/X4, Astronomia/X5 e Discursiva/X6.

AS PSICOLOGIAS A ABORDAR

1.       Filosofia das figuras ou filo-análise (em lugar de psicanálise);

2.       Filosofia dos objetivos ou filo-síntese (em lugar de psico-síntese – que nem existe, ainda);

3.      Filosofia das produções ou filo-economia;

4.      Filosofia das organizações ou filo-sociologia;

5.      Filosofia dos espaçotempos ou filo-geo-história.

Então, ele está fazendo FILO-ANÁLISE, sem o saber (até porque não havia classificação); ela pode ser FA-PRÁTICA e FA-TEÓRICA. Ele pratica, então faz FAP, enquanto se pode também teorizar na FAT.

Eis que somente 2,5 mil anos após é que se vislumbra a aplicação da Filosofia aos assuntos do povo. Pelo menos Lou Marinoff teve o grande mérito de, junto com outros, se interessar pelo povo, o que passou longe da preocupação dos filósofos maiores, menos tocados pela transformação geral que Jesus proporcionou. Esse é um julgamento negativo meu a respeito dos teóricos da Filosofia geral, que pesa sobre ela como uma acusação.

Acho que agora que ele abriu uma fenda, muitos outros se interessarão. Benza Deus. Antes tarde do que nunca.

Vitória, domingo, 25 de julho de 2004.

Projeções nas Paredes

 

                            Na Rede Cognata (veja Livro 2, A Construção da Rede e da Grade Signalíticas), paredes = PROGRAMAS = PROJETOS = PROJEÇÕES = INDUÇÕES = FILMES = PIRÂMIDES, etc.

                            Como tenho grade satisfação em ver filmes, vão aqui algumas idéias para realização deles.

PROJETANDO NAS PAREDES DAS CAVERNAS (= CINEMAS)

·       PINTANDO O SET: com base naquela cena de Matrix relativa à Dama de Vermelho (que parece uma constante no imaginário americano), a vida comum de todo dia vai se passando e de repente vindo do nada surge uma figura “muito avançada” (essas coisas de “seres de luz”), um espírito que entra em cena para alterar as roupas ou os adereços ou o corpo, ou tirar completamente um (uns) e colocar outro (s), mudando o cenário e dando nova direção e sentido à cena, tudo transcorrendo normalmente depois, sem que de dentro se saiba nada, aceitando-se as novas situações normalmente, daí seguindo-se a nova composição em novo rumo;

·       A MULHER DOS SEUS SONHOS: um homem sonha e de repente, numa viagem qualquer, depara com a mulher com a qual sonhou nitidamente; começa a cortejá-la, mas ela, obviamente, tem compromissos. Ele acredita que foi uma mensagem e não algo fortuito e passa a desejar ardentemente estar com ela, a cooptá-la para o seu lado, a tentar a todo custo atraí-la. Acontece que ela não quer, está bem na situação onde se encaixou, mas o homem insiste e atrapalha a mulher, a família, o grupo, a empresa e assim por diante, todos à volta dela;

·       ONDE ESTÁ TOCHIBA? das varandinhas do apartamento que nos foi alugado se vê o muro do prédio em frente, onde está escrito esse nome (e não Toshiba, a marca japonesa). É um grafiteiro qualquer que emporcalhou a propriedade alheia. Acontece de ser oferecido um novo produto que segue o rastro eletrônico subluminoso, infravermelho, mostrando em 3D (três dimensões) num cubo por onde seguiu Tochiba, agora considerado um psicopata; e vai dar na casa do rapaz, para constrangimento dos pais. Claro, imediatamente param de pixar os muros, mas em compensação se instala o terror, de todos serem vigiados a respeito de tudo. Se ganha algo e se perde algo, a pergunta sendo: vale a pena?

·       REGRESSÃO: essas bobagens (mesmo que verdadeiras) de regressão psicológica à infância, só que aqui o candidato vai ao psicólogo e COMEÇA A SE LEMBRAR DO AMANHÃ. Primeiro do dia de amanhã que, quando acorda e segue a vida, pode comprovar ser exatamente aquele; e depois semanas, meses, anos, séculos do futuro, com toda uma trama correlata, os governos tornando-o prisioneiro e extraindo dele informações sobre pessoas e ambientes inimigas, mas impedindo de revelar informações sobre si mesmos;

·       INDÚSTRIA DO SER: uma empresa com esse nome mesmo, aonde as pessoas vão para “mudar de vida” e mudam mesmo, literalmente, são completamente reconstruídas, dos pés à cabeça, adquirindo outras imagens e colocações, conservando a personalidade. Livram-se dos problemas antigos, mas associam-se a novos. Deu um episódio assim em No Limite da Realidade. Só que aqui seria uma indústria vista de dentro, ou seja, das preocupações dos executivos com as ações, o crescimento da indústria induzindo muitos a alterarem suas expectativas (o que explicaria o sumiço de tantos). Mas essas pessoas devem pagar o preço, nada espetaculoso, em 300 sufocantes prestações durante a sua vida futura mudada (é claro que a empresa guarda elementos da vida passada, como fotografias, documentos, etc., que indiciariam o recalcitrante, e daí vem a trama, quando alguém se revolta).

Vitória, quinta-feira, 29 de julho de 2004.