sábado, 8 de julho de 2017


Projeções nas Paredes

 

                            Na Rede Cognata (veja Livro 2, A Construção da Rede e da Grade Signalíticas), paredes = PROGRAMAS = PROJETOS = PROJEÇÕES = INDUÇÕES = FILMES = PIRÂMIDES, etc.

                            Como tenho grade satisfação em ver filmes, vão aqui algumas idéias para realização deles.

PROJETANDO NAS PAREDES DAS CAVERNAS (= CINEMAS)

·       PINTANDO O SET: com base naquela cena de Matrix relativa à Dama de Vermelho (que parece uma constante no imaginário americano), a vida comum de todo dia vai se passando e de repente vindo do nada surge uma figura “muito avançada” (essas coisas de “seres de luz”), um espírito que entra em cena para alterar as roupas ou os adereços ou o corpo, ou tirar completamente um (uns) e colocar outro (s), mudando o cenário e dando nova direção e sentido à cena, tudo transcorrendo normalmente depois, sem que de dentro se saiba nada, aceitando-se as novas situações normalmente, daí seguindo-se a nova composição em novo rumo;

·       A MULHER DOS SEUS SONHOS: um homem sonha e de repente, numa viagem qualquer, depara com a mulher com a qual sonhou nitidamente; começa a cortejá-la, mas ela, obviamente, tem compromissos. Ele acredita que foi uma mensagem e não algo fortuito e passa a desejar ardentemente estar com ela, a cooptá-la para o seu lado, a tentar a todo custo atraí-la. Acontece que ela não quer, está bem na situação onde se encaixou, mas o homem insiste e atrapalha a mulher, a família, o grupo, a empresa e assim por diante, todos à volta dela;

·       ONDE ESTÁ TOCHIBA? das varandinhas do apartamento que nos foi alugado se vê o muro do prédio em frente, onde está escrito esse nome (e não Toshiba, a marca japonesa). É um grafiteiro qualquer que emporcalhou a propriedade alheia. Acontece de ser oferecido um novo produto que segue o rastro eletrônico subluminoso, infravermelho, mostrando em 3D (três dimensões) num cubo por onde seguiu Tochiba, agora considerado um psicopata; e vai dar na casa do rapaz, para constrangimento dos pais. Claro, imediatamente param de pixar os muros, mas em compensação se instala o terror, de todos serem vigiados a respeito de tudo. Se ganha algo e se perde algo, a pergunta sendo: vale a pena?

·       REGRESSÃO: essas bobagens (mesmo que verdadeiras) de regressão psicológica à infância, só que aqui o candidato vai ao psicólogo e COMEÇA A SE LEMBRAR DO AMANHÃ. Primeiro do dia de amanhã que, quando acorda e segue a vida, pode comprovar ser exatamente aquele; e depois semanas, meses, anos, séculos do futuro, com toda uma trama correlata, os governos tornando-o prisioneiro e extraindo dele informações sobre pessoas e ambientes inimigas, mas impedindo de revelar informações sobre si mesmos;

·       INDÚSTRIA DO SER: uma empresa com esse nome mesmo, aonde as pessoas vão para “mudar de vida” e mudam mesmo, literalmente, são completamente reconstruídas, dos pés à cabeça, adquirindo outras imagens e colocações, conservando a personalidade. Livram-se dos problemas antigos, mas associam-se a novos. Deu um episódio assim em No Limite da Realidade. Só que aqui seria uma indústria vista de dentro, ou seja, das preocupações dos executivos com as ações, o crescimento da indústria induzindo muitos a alterarem suas expectativas (o que explicaria o sumiço de tantos). Mas essas pessoas devem pagar o preço, nada espetaculoso, em 300 sufocantes prestações durante a sua vida futura mudada (é claro que a empresa guarda elementos da vida passada, como fotografias, documentos, etc., que indiciariam o recalcitrante, e daí vem a trama, quando alguém se revolta).

Vitória, quinta-feira, 29 de julho de 2004.

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