sábado, 8 de julho de 2017


Supermente e Superverbalização

 

SE FARINHA FOSSE AMERICANA (seria esterilizada e perderia todo gosto de liberdade de comer com os dedos). Disciplina é bom, mas demais enjoa. Tirada da Internet. Cantada por Sivuca, Dominguinhos e Xangai

(Juraildes da Luz)
 
Se farinha fosse americana
mandioca importada
banquete de bacana
era farinhada

Andam falando qui nóis é caipira
qui nossa onda é montar a cavalo
qui nossa calça é amarrada com imbira
qui nossa valsa é briga de galo
Andam falando que nóis é butina
mais nóis num gosta de tramóia
nóis gosta é das minina
nóis é jéca mais é jóia
mais nóis num gosta de jibóia
nóis gosta é das minina
nóis é jéca mais é jóia

Se farinha fosse...
Andam falando qui nóis é caipira
qui nóis tem cara de milho de pipoca
qui o nosso roque é dançar catira
qui nossa flauta é feita de tabóca
nóis gosta de pescar traíra
ver as bichinha gemendo na vara
nóis num gosta de mintira
nóis tem vergonha na cara
ver as bichinha chorando na vara
nóis num gosta de mintira
nóis tem vergonha na cara

Se farinha fosse...
Andam falando que nóis é caipora
qui nóis tem qui aprender ingrês
qui nóis tem qui fazê xuxéxu fóra
deixe de bestáge
nóis nem sabe o portuguêis
nóis somo é caipira pop
nóis entra na chuva e nem móia
meu ailóviú
nóis é jéca mais é jóia

Um problema correlato (a resolver depois; pois, como se sabe agora, resolver problemas é chegar ao futuro) de afinar a lógica será que tudo cairá em trilhos muito certinhos e contidos, o que se deve evitar em termos de exageros, pois isso mataria a liberdade, o que seria intolerável.

Pois caminhamos via PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) e AMBIENTES (cidades/municípios, estados, nações e mundo) para níveis cada vez mais altos de superlógica e superdialética que comprimem o ser, dado que cada vez mais afinadas e apuradas; as SAÍDAS EMOCIONAIS, os escapes devem ser preparados com extrema atenção dos governempresas.

No momento em que as expansões info-cibernéticas da mente proporcionarem a superverbalização ou supercontrole ou supercomunicação teremos uma nova classe de seres, mesmo antes de chegarmos à MICA (memória, inteligência e controle artificiais) dos seres-novos. Tais novas criaturas, muito mais eficientes, tenderão a desconsiderar os elementos do passado como primitivos, como fazemos sempre, mas numa altura muito maior. Se você pensa que isso está muito longe está enganadíssimo, pois desde sempre, desde o começo da civilização e principalmente com os computadores, já temos supermemórias (embora não superinteliências e supercontroles). Esse futuro está a um passo de distância.

A emoção deve ser mais valorizada do que nunca.

Vitória, quinta-feira, 29 de julho de 2004.

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