sábado, 1 de abril de 2017


Comida Dinâmica

 

                            A leitura dinâmica tem certas técnicas que desconheço e que permitem passar pelo texto muito rapidamente. Não sei a eficácia do aprendizado nem se se pode reter as informações durante muito tempo. Não sei quase nada dela, exceto que se lê em diagonal. Quantas vezes tão rápido se lê nela o tanto que lemos na leitura corriqueira? Ademais, não achamos ruim lermos mais rápido que os analfabetos que estão iniciando, de forma que qual seria a razão de acharmos ruim lermos nela mais rápido que lemos agora?

                            Entretanto, que sentido há numa supertécnica capaz de nos alimentar dez vezes tão rápido quanto o fazemos agora, quando estamos degustando os grupos e as misturas ou cada comida individual lentamente? Talvez com ela possamos gastar apenas cinco minutos em vez de meia hora, ou com essa supertécnica possamos apreciar os alimentos tanto quanto na falta dela, mas eu ainda prefiro seguir devagar.

                            Será que valeria a pena introduzir isso nas escolas de primeiro e segundo graus, de forma que todos os seres humanos possam desde cedo ler dinamicamente e muito mais que agora por unidade de tempo? Acharíamos inconveniente serem introduzidas - as matérias todas que precisamos saber - através de chips de memória diretamente em nossas mentes, em vez de passar pelo lento e por vezes tão doloroso processo comum de aprendizado?

                            Não sou pessoa particularmente fechada com relação às novidades e seria uma coisa a discutir a hipótese da LEITURA DINÂMICA UNIVERSAL, para todos e cada um, em todas as nações, o que poderia ter sido feito antes. Agora estamos praticamente na ante-sala da terceira natureza e dos seres novos, com nova arquiengenharia de memorinteligência, mas talvez ainda faça sentido.

                            Porém eu mesmo prefiro sempre a lenta degustação das frases e das palavras. Talvez eu seja um romântico e um passadista, mas sigo nessa crença do prazer lento, dessa leitura longamente aprendida.

                            Vitória, sexta-feira, 07 de novembro de 2003.

Cama Suja da Internet

 

                            Na Rede Cognata (veja Livro 2, Rede e Grade Signalíticas) podemos ver que Kama Sutra (o clássico indiano de ensinamento de sexo) = CAMA SUJA, como já delineei desde o modelo. Já pedi também que se faça uma classificação da Internet Sexual, os sítios de sexo, segundo as considerações do modelo. É importante, porque somos agora uns 6,3 bilhões estimados de indivíduos, metade (vou considerar assim) adulta, digamos uns 3,2 bilhões precisando de injeções quase que diárias de sexualidade para se manterem desalucinados e equilibrados, o que os brâmanes arianos da Índia compreenderam milhares de anos atrás. Sobram muitas horas por semana, como já mostrei repetidamente. Como dizia mamãe, “cabeça desocupada, oficina de satanás”.

                            Embora a Internet esteja dando vazão a muitos instintos escamoteados e ocultos, e esteja atacando a família, o que deploro abertamente, de público, é verdade que é mais uma válvula de escape, podendo-se usá-la sozinho ou bem acompanhado.

                            De tal forma que é muito indicado os sábios ocidentais se debruçarem sobre o assunto, classificando-o e balizando-o com a ajuda do modelo, de modo a oferecer uma ÁRVORE DA SEXUALIDADE, tal como foi sugerida uma ÁRVORE DO CONHECIMENTO. Como entro freqüentemente, extraí uma lista de um dos sítios (são muitos). Onde tínhamos em 1995 uns poucos agora são centenas de tópicos, que tornaram praticamente impraticável a visitação proveitosa.

                            Não é se recusando a ver que os governempresas poderão usar a IS (Internet sexual) para governar. É preciso atacar os problemas de frente, limitando o que é francamente daninho e facilitando o que é benefício que a ninguém fere realmente. É ruim os G/E se recusarem a enxergar.

                            É preciso fazer a tarefa logo.

                            Vitória, domingo, 0 de novembro de 2003.

Bomba π

 

                            Com a Rede Cognata (veja Livro 2, Rede e Grade Signalíticas) podemos compreender coisas a que de outro modo nem remotamente nós teríamos acesso. Por exemplo, sepultura = PLANETA = HORIZONTE = PIRÂMIDE = SANTO = PODER = ENERGIA = ANJO, etc. Em particular a conversão ressalta que os planetas são equiparados a sepulturas. Então, em tese, aqui estão os mortos de outro lugar, os que foram enterrados (estando vivos em outra vida), os que foram banidos, colocados em prisão, o que parece confirmar as lendas.

                            Assisti um filme perfeitamente bobo com Kevin Spacey e Juliana Moore, Chegadas e Partidas, onde um suposto feiticeiro colocava na porta da casa um barbante para afastar os ventos; acontece que barbante = VENTO = BOMBA = TEMPESTADE = TORMENTA = TEXTO (pense nos quipos dos incas) = TESTE = JUMANGI = DOMINADO, etc. Será que os índios tinham razão?

                            Acontece também que tempestade (TMPSTD = JLGMNT) = JULGAMENTO, etc., e Pi = CHAVE = SOL = FINAL, etc., de modo que “julgamento final” = TEMPESTADE FINAL = TEMPESTADE PI = TORMENTA FINAL = BOMBA PI (3,141592...) e π seria uma chave que abriria uma porta = SEPULTURA, um planeta. Então a abertura de Pi equivalerá à soltura de uma bomba na Terra. O sentido seria mais ou menos de uma coisa explosiva e destrutiva (mas toda destruição abre um espaçotempo novo de construções). Talvez velhos ET sejam fechados para liberação de outros futuros, que de modo diferente não se fariam.

                            Em todo caso a abertura de π - é o que configura a RC - trará o Julgamento Final previsto nos textos canônicos do cristianismo. Quem poderia imaginar uma coisa dessas? O mundo é muito mais surpreendente do que a mais desvairada FC poderia ter vislumbrado, nos delírios ficcionais mais livres.

                            Que estouro!

                            E nem podemos nos furtar, porque uma vez que tenhamos deparado as pessoas serão atraídas pelo Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática) prometido.

                            Vitória, domingo, 09 de novembro de 2003.

Bancos de IC

 

                            Naturalmente já mostrei que a Economia (agropecuária/extrativismo, indústrias, comércio e serviços) tem como centro os bancos, que são bombeadores do sangue vital da informação-controle ou comunicação ou info-controle ou IC. Como a Economia é uma das psicologias (psicanálises ou figuras, psico-sínteses ou objetivos ou metas, economias ou produções, sociologias ou organizações, geo-histórias ou espaçotempos), resulta que O QUE ESTÁ SENDO BOMBEADO É O SANGUE DA ALMA ou da racionalidade, a informação-controle. IC é, portanto, o que alimenta as células-alma de racionalidade.

                            O bombeador disso para a Economia, o motor mecânico disso tudo é o Banco geral. Contudo, a Economia não é tudo, ela é parte do processobjeto ou programáquina do Conhecimento (Magia-Arte, Teologia-Religião, Filosofia-Ideologia, Ciência-Técnica e Matemática), estando a Matemática no centro; porisso Matemática e Banco estão fortemente coligados, como já disse.

                            Para o Conhecimento o bombeador é a Escola geral e a Economia é apenas uma das escolas. A Escola é o roteador, o centro para onde vai e de onde sai o IC representado pelo saber, mas é a bomba dinâmica, enquanto os DEPÓSITOS DE SABER seriam: 1) museus, 2) bibliotecas. Estas são públicas (a que todos podem ter acesso, se desejarem) e privadas (a que poucos tem acesso). As públicas podem ser governamentais e de empresas, que podem abri-las ao público.

                            AS BIBLIOTECAS

A)    PESSOAIS

·       De indivíduos

·       De famílias

·       De grupos

·       De empresas

B)     AMBIENTAIS

·       Municipais/urbanas

·       Estaduais

·       Nacionais

·       Mundiais (só existe uma, incipiente, a da ONU)

Evidentemente não existe uma classificação geral nem plaquetas estilizadas com cores indicativas, porque as bibliotecas devem ser distinguidas, dado que poderiam ser individuais-públicas (alguma alma caridosa abriria seus livros à mutilação alheia) e individuais-privadas (dos que sabem que a multidão não tem consideração, a menos que vigiada).

Pois então, os governempresas não só não sabem que as bibliotecas são bancos estáticos de conhecimento, que transferem informação-E-controle sobre as almas ou racionalidades, como não se prepararam para reger esse IC com mão firme. São amadores, não-profissionais, o que é um bem relativo. Quando lemos um livro ou de qualquer forma tomamos conhecimento de algo estamos aumentando nossas chances de controlar os outros – e é exatamente isso que todos e cada um de nós pretende.

Ora, raciocinar sobre os estoques de IC e como se dá o trânsito até eles, como o IC é protegido, como é administrado, como é politizado ou problematizado é compreender a tática-estratégia dos estados e dos seus proprietários. Pense em onde está o Conhecimento geral e ao identificar suas linhas de acesso e cessão você estará compreendendo a questão geral da civilização, ou seja, da doação de poder ou saber: a quem? Quando? Onde? Em razão de quais preferências?

Evidentemente os estados não têm uma idéia muito clara disso tudo, até por não conhecerem o modelo, mas praticam de qualquer jeito, e conseguem ir tabelando, com ou sem sabedoria perfeita. Dão conta do recado, como se diz. Mas fariam muito melhor se estudassem detidamente a assunto, sob a ótica dos bancos de IC, tanto os dinâmicos da Economia, quando os estáticos e dinâmicos do Conhecimento. Os bancos politicadministram nossas almas, essa é a verdade. E nós nunca prestamos a menor atenção a isso.

Vitória, domingo, 09 de novembro de 2003.

As Mãos do Atlas de Toque

 

                            Quando se diz “uma gota no oceano” e vemos distância quantitativa entre a gota pequena e o oceano enorme o que há de fundo é a proximidade qualitativa, o fato de ela e ele serem parentes através da água (= EQUILÍBRIO na Rede Cognata, veja Livro 2, Rede e Grade Signalíticas). Serem parentes garante uma transição suave e sem choques. A quantidade que separa é contraposta pela qualidade que aproxima.

                            Do mesmo modo em relação ao Atlas de Toque (veja textos dos livros): as MÃOS (aqui não se trata somente das individuais; mãos das PESSOAS: de indivíduos, de famílias, de grupos e de empresas; mãos dos AMBIENTES: municípios/cidades, estados, nações e mundos) devem ser um programáquina, algo que facilite a entrada do ponto terminal, de qualquer pessoa ou ambiente.

                            As mãos individuais são estas que temos - externas as que vemos, internas os programas mentais que as controlam. Se sou um indivíduo devo poder acessar as incomparáveis memórias do AT (= G) com facilidades típicas, isto é, FLUIÇÃO INDIVIDUAL (que será diferente de todas as outras). Para os oito níveis citados acima, α (alfa - indivíduo), β (beta - família), γ (gama - grupo), δ (delta - empresa), ε (épsilon – município/cidade), ζ (zeta - estado), η (eta - nação) e θ (teta - mundo) significando restrições e facilidades especiais, conforme sejam ou não pesquisadores do Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, filosofia/ideologia, Ciência/Técnica e Matemática, Geometria-Álgebra, 10 grupos, como os dez dedos), sejam ou não dos governos (governantes do Executivo, políticos do Legislativo, juizes do Legislativo). Como temos dez dedos cada um pode servir para um tipo específico de conhecimento, ao passo que o dorso da mão e o punho podem ser mais duas entradas (2 x 2 = 4), assim como a lateral dela, lado de fora, e o lado de dentro, polegar fechado, fazendo 2 + 4 = 4 também, daí 10 + 4 + 4 = 18.  O polegar direito seria, digamos, a Álgebra; o esquerdo Geometria; e assim por diante.

                            O ACESSO INDIVIDUAL α (alfa) se dividiria em α (i) (alfa-i, i de 1 a n) acessos, conforme a importância atribuída, porque há a democracia de massa, que é quantitativa, que é para todos, e há a democracia de elites, que é qualitativa, que comporta níveis de restrição, porque as utilizações são diferentes. Não adianta dar o acesso mais precioso a todos porque seria um desperdício: há gente cujo tempo é muito restrito para tudo que tem de fazer e há gente com tempo de sobra e que fica angustiada de não ter o que fazer.

                            Você pode ver com toda clareza que as “mãos” do AT são um programa-máquina que toca o AT de certo modo. Para o indivíduo podem ser tanto as mãos que temos quanto o mouse ou quaisquer mãos eletrônicas, luvas preparadas. Em todo caso serão sempre FACILIDADES DE TOQUE relativas à representatividade; se ele toca por si mesmo é uma coisa, se representa o estado, se é a governadora, é outra.

                            É isso que precisamos entender: as “mãos” são da ordem daquela FACILIDADE DE FUSÃO do primeiro parágrafo, a relação entre a gota e o oceano, o dom de penetração, a destreza de manipulação, a prontidão de resposta do AT, conforme o usuário e sua habilitação. O dedo indicador pode abrir uma tela, digamos a Magia, ele em combinação com as palavras da voz os inúmeros patamares dela, e assim por diante, em inumeráveis variações.

                            Não adianta ter uma fome enorme e alimento suficiente, mas uma boca e um estômago pequenos, ou ao contrário ter uma boca gigantesca, com um estômago onde cabe tudo, e só um sanduíche miúdo. É preciso que haja uma porta grande para dar vazão – a passagem é tudo, é ela que controla o fluxo e diz de sua utilidade.

                            Assim sendo, as “mãos” do AT são uma questão crucial, que dirão do sucesso ou do fracasso do AT.

                            Vitória, domingo, 09 de novembro de 2003.

As Faces do Desamor

 

                            Quando a gente vai à UFES, Universidade Federal do Espírito Santo, depara com uma quantidade de construções dos mais variados estilos e épocas, tudo desencontrado, assim como o são os passeios feitos em variadíssimas épocas – uns de placas, outros de paralelepípedos, outros de pedra-sabão, outros de materiais diversos, é um total desencontro. Uns possuem telhados e outros não, com margens de plantas ou sem, retos ou curvos, nada suaves.

                            Enfim, é um desacerto total.

                            Os prédios seguem as mais estranhas orientações e posições no terreno e a gente vê logo, mesmo sem ter vivido próximo à Universidade, que não houve uma definição unificada de fundo para a arquiengenharia e a urbanização do lugar, que não houve nunca um Conselho de Construções que uniformizasse o todo e as partes. Nos vários centros construíram de vários modos, desde as imitações americanas do Centro de Artes até as construções modernosas da Engenharia. Ofendem o nosso senso estético. Mesmo os que não são arquitetos e artistas se sentirão agredidos.

                            De onde veio isso senão do desamor?

                            Porque, veja, a UFES recebe do governo federal 120 milhões de reais por ano, que é mais do que a grande maioria das prefeituras têm à disposição (seria preciso ver com relação às 78 do ES e até mesmo comparar com as 5,5 mil do Brasil). É dinheiro demais. Não há nada que justifique tanto horror arquitetônico, principalmente por não faltar realmente dinheiro e competência construtiva, ali presente, ou que poderia ser fartamente solicitada aos governos, especialmente o federal, de que a UFES é dependente administrativamente.

                            Desamor, desamor, desamor. Eis a face do desamor, na UFES como em qualquer lugar. Eis o que a falta de atenção, de dedicação, de amor, pura e simplesmente, pode fazer a um lugar. Se a mesma quantidade de dinheiro tivesse sido dada à iniciativa privada, particular, cinco ou seis vezes tanto quanto teria sido conseguido, e sem dúvida muito maior beleza. Veja que não sou apologista da iniciativa particular, pelo contrário, então sinta meu desespero. Tamanha feiúra não faz da UFES Alma Mater de ninguém, é o inverso, as pessoas estão doidas para se formarem e saírem correndo de lá, esquecendo-se de tudo que lá viveram, ou quase tudo, exceto as amizades, que podem ser conseguidas mesmo nos lugares mais rudes.

                            Vitória, quinta-feira, 06 de novembro de 2003.

Arqueo/Loja

 

                            O povelite/nação ou cultura toda sente interesse pelo seu passado, pela geo-história de antes, ou até quando não havia psicologia ou alma ou racionalidade humana, desde os tempos paleontológicos e arqueológicos, quando não geológicos, de modo que os governempresas deveriam financiar de suas verbas muito mais à Arqueologia geral, incumbindo a Academia (universidades e institutos) geral das pesquisas & desenvolvimentos teóricos & práticos correlatos.

                            Um modo de conseguir chamar a atenção é replicando os objetos, tanto os que estão no Brasil quanto os que podem ser conseguidos no estrangeiro, a serem colocados em LOJAS DE ARQUEOLOGIA junto às instituições de ensino, sejam universidades ou escolas isoladas. As pessoas poderiam comprar não os objetos arqueológicos, que são muito caros, sejam privados ou públicos, mas suas réplicas, suas cópias autorizadas, gerando todo um subsetor de reproduções seladas pela legalidade. Poderiam colocar sobre móveis ou em paredes, em protetores apropriados, sentindo a presença da antiguidade do mundo.

                            Isso, por sua vez, carrearia dinheiro para P&D prateórica tanto em solo brasileiro quando no estrangeiro. A arqueologia não precisaria pleitear apenas dinheiro dos governempresas – ela se tornaria relativamente independente. Com produtos do México e América Central, do Peru, do Egito, do Oriente Médio, do Oriente, e de toda parte, mais a ajuda insistente da mídia (TV, Revista, Jornal, Livro, Rádio e Internet), haveria uma espécie de cruzada nacional pró-arqueologia, dela participando tanto PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) quanto AMBIENTES (municípios/cidades, estados, nação brasileira, e talvez todo o mundo).

                            As pessoas pensam que tudo já foi descoberto, mas novidades que aparecem ano após ano mostram que estamos longe do esgotamento. Há sem dúvida muito por descobrir. O dinheiro arrecadado com essas vendas multiplicaria as atividades da arqueologia brasileira por 10 ou 100, sei lá.

                            Vitória, terça-feira, 11 de novembro de 2003.