As Mãos do Atlas de
Toque
Quando se diz “uma
gota no oceano” e vemos distância quantitativa entre a gota
pequena e o oceano enorme o que há de fundo é a proximidade qualitativa,
o fato de ela e ele serem parentes através da água (= EQUILÍBRIO na Rede Cognata,
veja Livro 2, Rede e Grade Signalíticas).
Serem parentes garante uma transição suave e sem choques. A quantidade que
separa é contraposta pela qualidade que aproxima.
Do mesmo modo em
relação ao Atlas de Toque (veja textos dos livros): as MÃOS (aqui não se
trata somente das individuais; mãos das PESSOAS: de indivíduos, de famílias, de
grupos e de empresas; mãos dos AMBIENTES: municípios/cidades, estados, nações e
mundos) devem ser um programáquina, algo que facilite a entrada do ponto
terminal, de qualquer pessoa ou ambiente.
As mãos individuais
são estas que temos - externas as que vemos, internas os programas mentais que
as controlam. Se sou um indivíduo devo poder acessar as incomparáveis memórias
do AT (= G) com facilidades típicas, isto é, FLUIÇÃO INDIVIDUAL (que será
diferente de todas as outras). Para os oito níveis citados acima, α (alfa -
indivíduo), β (beta - família), γ (gama - grupo), δ (delta - empresa), ε (épsilon
– município/cidade), ζ (zeta - estado), η (eta - nação) e θ (teta - mundo)
significando restrições e facilidades especiais, conforme sejam ou não
pesquisadores do Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião,
filosofia/ideologia, Ciência/Técnica e Matemática, Geometria-Álgebra, 10
grupos, como os dez dedos), sejam ou não dos governos (governantes do
Executivo, políticos do Legislativo, juizes do Legislativo). Como temos dez
dedos cada um pode servir para um tipo específico de conhecimento, ao passo que
o dorso da mão e o punho podem ser mais duas entradas (2 x 2 = 4), assim como a
lateral dela, lado de fora, e o lado de dentro, polegar fechado, fazendo 2 + 4
= 4 também, daí 10 + 4 + 4 = 18. O
polegar direito seria, digamos, a Álgebra; o esquerdo Geometria; e assim por
diante.
O ACESSO INDIVIDUAL
α (alfa) se dividiria em α (i) (alfa-i, i de 1 a n) acessos,
conforme a importância atribuída, porque há a democracia de massa, que é
quantitativa, que é para todos, e há a democracia de elites, que é qualitativa,
que comporta níveis de restrição, porque as utilizações são diferentes. Não
adianta dar o acesso mais precioso a todos porque seria um desperdício: há
gente cujo tempo é muito restrito para tudo que tem de fazer e há gente com
tempo de sobra e que fica angustiada de não ter o que fazer.
Você pode ver com
toda clareza que as “mãos” do AT são um programa-máquina que toca o AT de certo
modo. Para o indivíduo podem ser tanto as mãos que temos quanto o mouse ou quaisquer
mãos eletrônicas, luvas preparadas. Em todo caso serão sempre FACILIDADES DE
TOQUE relativas à representatividade; se ele toca por si mesmo é uma coisa, se
representa o estado, se é a governadora, é outra.
É isso que
precisamos entender: as “mãos” são da ordem daquela FACILIDADE DE FUSÃO do
primeiro parágrafo, a relação entre a gota e o oceano, o dom de penetração, a
destreza de manipulação, a prontidão de resposta do AT, conforme o usuário e
sua habilitação. O dedo indicador pode abrir uma tela, digamos a Magia, ele em
combinação com as palavras da voz os inúmeros patamares dela, e assim por
diante, em inumeráveis variações.
Não adianta ter uma
fome enorme e alimento suficiente, mas uma boca e um estômago pequenos, ou ao
contrário ter uma boca gigantesca, com um estômago onde cabe tudo, e só um
sanduíche miúdo. É preciso que haja uma porta grande para dar vazão – a
passagem é tudo, é ela que controla o fluxo e diz de sua utilidade.
Assim sendo, as
“mãos” do AT são uma questão crucial, que dirão do sucesso ou do fracasso do
AT.
Vitória, domingo, 09
de novembro de 2003.
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