domingo, 12 de fevereiro de 2017


Anticristos

 

                            Embora Jesus tenha prevenido sobre um anticristo em particular, é certo que existiram muitos, todos os que se chocaram contra sua mensagem, que no final são todos os seres humanos, porque ninguém pode ser perfeitamente cristão, perfeitamente paralelo à mensagem de Cristo, exceto ele mesmo, até por definição.

                            Dentro e fora da Igreja (católica e ortodoxa) e das seitas protestantes, os próprios seguidores e simpatizantes se tornaram com o passar do tempo ferozes opositores do núcleo da mensagem de Jesus, embora na forma estivessem seguindo-a. A Igreja cometeu barbaridades tais que ela mesmo pode, naqueles extremos, ser considerada anticristã.

                            Seria preciso tomar cada passagem da mensagem de JC e compará-la com os atos geo-históricos espalhados no espaço e no tempo, para ver que cores tomam, distanciamento de 1 a 100, porque de 1 a 10 seria pouco. Colocar uma linha vertical e nela marcados os extremos em todas as civilizações e em cada nação particular. Assassinatos, perseguições, torturas, humilhações, negações, de tudo mesmo.

                            O que nós podemos fazer em nome de pessoas boas e excelentes não está no gibi, é de arrepiar mesmo.

                            Vitória, segunda-feira, 14 de abril de 2003.

Aliens Selvagens

 

                            Num certo planeta, civilização completa segundo o modelo (PESSOAS: indivíduos, famílias, grupos e empresas delineadas; AMBIENTES: municípios/cidades, estados, nações, mundo perfeitamente desenhados) – veja os textos do modelo sobre alienígenas -, uma expedição sai para descobrir mundos e eventualmente chega à Terra do presente, onde depara com a nossa cultura atrasada e violenta, sendo mostrados sucessivamente nossos inúmeros vícios. O desenho daquela civilização deve ser apurado porque será preciso voltar a ela de vez em quando.

                            Depois do primeiro filme virá a série, onde podem ser abordados os nossos costumes e nossas leis selvagens, a título de uma visão de fora, certamente ressaltando os bons exemplos dos iluminados (Cristo, Buda, Salomão, Gandhi, Moisés, Vardamana, Clarice Lispector, Maomé, etc.), mas apontando as páginas dos jornais, os aliens tentando compreender nossos procedimentos.

                            Aí investigariam nosso Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática) pela pontescada tecnocientífica, passeariam pelas 6,5 mil profissões, pelas 22 tecnartes, pela Bandeira Elementar (ar, água, terra/solo, fogo/energia, no centro Vida, no centro do centro Vida-racional), pela Bandeira da Proteção (lar, armazenamento, saúde, segurança, transportes), pelas pessoambientes, pelas políticadministrações, pelos governempresas, por tudo. Naturalmente eles são afetados também, regressivamente – alguns deles se tornam mais primitivos, adotam o gênero de liberdade maligna que temos.

                            Olham a nossa Psicologia (figuras ou psicanálises, objetivos ou psico-sínteses, produções ou economias, organizações ou sociologias, geo-histórias) - para tal sendo necessário agregar uma quantidade de psicólogos ao projeto, especialmente treinados segundo as linhas do modelo.

                            Essa visão de fora com o tempo se esgotará, mas a própria necessidade dos envolvidos de ver do exterior nossa existência, nossa forma de pensar e proceder, nos ajudará a ver nossos erros mais brutais e até a consertar alguns. Nenhuma visão externa realmente chocante será possível, porque quem estará fazendo os filmes ainda portará defeitos humanos, mas em todo caso será bom.

                            Vitória, domingo, 13 de abril de 2003.

A Morte das Bruxas

 

                            Como se sabe, na Idade Média (476 a 1453) e na Idade Moderna (1453 a 1789) os religiosos caçaram as bruxas e os bruxos, principalmente aquelas, e as assassinaram aos milhares, de toda forma terrível possível.

                            Além de serem bruxas eram pesquisadoras.

                            Evidentemente muitas estavam envolvidas com rituais (= CRIAÇÕES = COMPOSIÇÕES, na Rede Cognata) satânicos (= POTENTES), com toda essa podridão (= SATANÁS, na RC) da subversão (= SATANÁS, na RC). Estavam mesmo e ameaçavam efetivamente a cristandade.

                            Do outro lado da soma zero situava-se a pesquisa & o desenvolvimento de uma        LINHA FEMININA de busca, que foi rejeitada, fazendo a sociedade atrasar-se de seu enfrentamento no que é daninha (como, do outro lado, a linha masculina também tem seu lado nocivo), quer dizer, a teoria e a prática femininas de P&D, especialmente no patamar biológico/p.2.

                            Tudo isso foi engolfado e o desenvolvimento feminino (que depois desandou tardiamente nesse feminismo, sendo todo “ismo” doença do info-controle mais apto, agoraqui a humanidade) foi retardado por seis séculos ou mais, desde 1400 até agora. O que perdemos nestes 600 anos? Mais proximidade entre homens e mulheres, do par fundamental homulher. Maior compartilhamento, maior identidade, mais perfeito conhecimento um do outro. Perdemos parceria, amizade, maior fusão no amor, perdemos amigas na frente de P&D, no Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática) geral, nas instituições, nas universidades, nos governos, nas empresas, em tudo mesmo. Demoramos 500 anos ou mais até tomarmos coragem de iniciar a fusão.

                            Como a soma é zero, do outro lado ganhamos alguma coisa, também, não devemos esquecer, embora aqui estejamos raciocinando sobre o que perdemos.

                            Assim sendo, a distância ou fosso entre os pares de opostos/complementares demorou mais para ser diminuída, os pares ficaram mais tempo separados (o que, pela dialética, nos diz que a TENSÃO DE UNIÃO é maior também, quer dizer, a velocidade de aproximação será maior e a fusão mais completa do que seria a relativamente indiferente de antes).

                            Vitória, domingo, 20 de abril de 2003.

A Finitude do Espaçotempo do Real

 

                            Como é que nós saberíamos, antes da prova de Stephen Hawking sobre a Propriedade Métrica da Matéria (que chamei sucessivamente de PM da Materenergia e de Campartícula Fundamental, entre outros nomes) ser o limite DESTE universo Uo?

                            Bem, os paradoxos (além-da-opinião), sobre virem de definições ruins, isto é, de delimitações lógicas mal-feitas, desvelam as profundidades do universo. No caso de Zenão de Eléia, grego de Eléia (atualmente cidade da Itália, Lucânia, antiga colônia grega na Magna Grécia), entre 490 e 485 a 430 a.C., há o paradoxo de Aquiles e a Tartaruga, um dos falam contra o movimento, que Aristóteles contestou e só recentemente via Matemática foi definitivamente explicado, com a convergência das séries.

                            Ele diz que sendo Aquiles o maior corredor da Grécia ele não poderá ultrapassar nunca uma tartaruga, animal sabidamente lento, por mais rápido que vá, começando atrás qualquer distância. Porque deve ultrapassar metade da distância, X/2, que o separa da tartaruga, independente de quanto esta ande (poderia ser uma lesma ou um micróbio ou um infinitésimo ambulante); quando tivesse andado a metade da antiga distância deveria percorrer metade da nova e assim por diante. Poderia dizer 1/3, 1/8, 7/8, qualquer fração, e jamais se completaria.

                            Agora veja que tal universo virtual da Matemática e o universo real onde estamos são disjuntos, além de diversos, aquele estando EM POTÊNCIA, este realizado. Se os dois coincidissem jamais poderíamos medir uma cama, porque mediríamos X/n (qualquer “n” real), depois (X/n) /p e assim por diante, jamais conduzindo a mais corriqueira das medidas até o fim, como dizem que são fractais os idiotas as costas dos países, desdobrando-se indefinidamente. Não são, porque as costas SÃO REAIS, enquanto os desdobramentos fractais justamente não o são, são virtuais. Os desdobramentos reais dão-se limitadamente no real, enquanto os desdobramentos matemáticos fractais dão-se em virtual, no espaçotempo de configuração, indefinidamente.

                            Por conseguinte, ao mostrar uma impossibilidade, Zenão demonstrou que há separação entre o virtual matemático e o real no qual fomos montados, objetos e seres. Não se confundem nem devem ser confundidos. O espaçotempo real termina em algum ponto, o espaçotempo virtual não, prossegue para sempre.

                            Assim sendo, o espaçotempo real, de Zenão (chamaremos em homenagem a ele de ETZ, espaçotempo-de-Zenão), é aquele no qual as partículas terminam em algum lugar, aquele que Hawking determinou, nas distâncias ditas de Planck. Se o espaço termina, o tempo igualmente termina, porque temos a equação-de-ligação V = X/T, velocidade igual a espaço dividido pelo tempo, a velocidade-de-ligação sendo a velocidade da luz no vácuo, co, para este universo Uo. Onde espaçotempo real nos dá o campartícula fundamental, componente de todas as demais, inclusive os quarks, ali termina nosso universo Uo, o que está implicitamente dado pelo paradoxo de Aquiles e da Tartaruga.

                            Se segue que antes da prova de Hawking poderíamos ter sabido, desde Zenão, que os dois espaçotempos são diversos, não devendo ser confundidos; que o espaçotempo real tem um campartícula fundamental, que os gregos chamaram corretamente de ÁTOMO, não-divisível, o que os ocidentais-europeus confundiram com o átomo da química, mergulhando o mundo na confusão, atraso de 2,5 mil anos. Que os filósofos e os cientistas ocidentais bobearam horrivelmente, capitularam diante do real, misturando a realidade e a ficção matemática, para grande desgosto nosso.

                            Vitória, segunda-feira, 21 de abril de 2003, Dia de Tiradentes, o Mártir Esquecido (o Brasil esquece todos os seus grandes homens, só lembra dos heróis dos outros – só falta a gente comemorar George Washington).

Xiscópio de Tela

 

                            Para não dizer telescópio (longa/visão) e microscópio (pequena/visão), coloquei x/scópio, com Xn e X1/n, o que servirá tanto para multiplicar exponencialmente quanto para igualmente dividir.

                            Veja uma tela com um conjunto de pontos Am x Ln, A sendo altura, L largura, m e n quaisquer números reais, até m = n = 1, A x L um retângulo. Normalmente um monóculo tem um círculo de visão, não um retângulo; um binóculo dois círculos onde chega a luz, que é concentrada pela lente e focada no olho, multiplicando a imagem tantas vezes.

                            Quando não tínhamos os processadores, muito menos os processadores hiperconcentrados do tipo PC (que caminham para ser supercomputadores de casa), o processamento seria tão lento a ponto de inviabilizar, mas agora podemos pegar tal tela e redividi-la em retículos que serão os pontos ou pixels dos cruzamentos de retas ortogonais. Tais retículos seriam novamente divididos e assim sucessivamente, conforme o princípio acima, digamos AAAxLLL, de modo que podemos pegar qualquer densidade de imagem.

                            Se tolerarmos um pequeno retardo (de qualquer modo o processador age a uma velocidade que é de bilionésimos ou trilionésimos de segundo, o tempo padrão humano), o computador pode processar sucessivamente as telas que entram, analisando cores, distâncias, preto&branco, ABRINDO A IMAGEM tanto quanto se queira, por exemplo, 10, 20, 40, 80, 160 vezes ou diâmetros. Então não precisaríamos mais de telescópios refratores ou refletores, nem de microscópios óticos, o tunelamento e a sondagem eletrônica servindo como memória primária. Se deslocarmos a tela AL um tanto, ALξ, criando duas, poderemos simular o efeito estereoscópico dos olhos humanos, criando paralaxes mínimas, no geral, máximo em órbita com a abertura da Terra 365,25/2 dias afastada podendo obter imagens tridimensionais do universo. Ou mais ainda se enviarmos telescópios para o escoramento gravitacional de Netuno ou Plutão e sua posição contrária, do outro lado da órbita.

                            Vitória, segunda-feira, 07 de abril de 2003.

Visitador de Ambientes na Internet

 

                            Os ambientes são no modelo os municípios/cidades, os estados ou províncias, as nações e o mundo.

                            Naturalmente a Internet, tornando-se pública a partir de 1989, nesses 14 anos já deu o que falar e mudou completamente o mundo, no maior fenômeno dos últimos 100 anos, creio, até agora publicado. Milhões, centenas de milhões, bilhões de páginas foram colocadas à disposição, existindo como memória remota em algum lugar. Há coisas inúteis, chatas, boçais, todo tipo de porcaria, mas há também coisas fantásticas, maravilhosas, como já comentei à farta.

                            A riqueza disso foi mal explorada, se é que foi, e certamente o Brasil está atrasado, mormente os governos daqui, que não colocam aquilo que chamei “beliscadores”, pessoas encarregadas de buscar na Internet as informações relevantes, estocando-as ou imprimindo-as para leitura pelos hierarquicamente colocados acima, com triagem do que é relevante. Para legisladores ou políticos do Legislativo, governantes do Executivo, juizes do Judiciário, e fora do Estado político para o Estado administrativo, quer dizer, para as empresas, enfim, na totalidade para os governempresas.

                            Os governos (como as empresas, do outro lado) deveriam constituir grupos ou quadros encarregados dessa busca cotidiana; com o prosseguimento das atividades eles se tornariam bem proficientes ou competentes em ver imediatamente e separar as informações relevantes.

                            As coisas estão lá, basta saber buscar e separar.

                            Empresas e governos podem buscar os ambientes ou as PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas).

                            Vitória, sábado, 12 de abril de 2003.

Visão Búdica

 

                            Quando Buda (Sidarta Gautama, Índia, século V a.C.) foi iluminado, o que aconteceu?

                            Veja que a mesopirâmide (PESSOAS: indivíduos, famílias, grupos, empresas; AMBIENTES: municípios/cidades, estados, nações, mundo) é um trânsito – adiantamento e subida, patamar após patamar -, tudo significando congregação, reunião em níveis cada vez mais altos de sabedoria e capacidade de construção, formando células cada vez mais complexas. Como indivíduo Buda não poderia ter subido todos os degraus, completando todas as razões, porque elas são complexas demais para qualquer um, mesmo ele.

                            Veja também que o Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática) geral é composto de oito vértices e um centro, pelo lado da pontescada tecnocientífica, seção da pontescada científica (Física/Química, biologia/p.2, Psicologia/p.3, Informática/p.4, Cosmologia/p.5, Dialógica/p.6) implicando a continuação de minuciosas pesquisas & desenvolvimentos teóricos & práticos, que nenhum ser humano poderia percorrer desde o início. Ora, mesmo Jesus, ESTANDO NO CORPO, é humano, segundo a teoria das duas naturezas, portanto humanamente limitado.

                            Então, nem no caso de Jesus nem no de Buda nem de qualquer outro iluminado, EM NENHUM CASO foi pelo lado da razão. Com isso sobra apenas o sentimento, o inconsciente. Vemos no modelo que a Natureza caminha para ser na Tela Final Deus, que se torna de novo Natureza, para ser completo e total. Já chegamos à conclusão de que pelo menos NUM CASO, o deste universo no pluriverso inteiro, está demonstrado que há Deus, por haver Natureza, quer dizer, há um Plano da Criação ou Desenho de Mundo, como prefiro dizer.

                            O que Buda viu?

                            Temos sentidinterpretadores externinternos, olho-de-fora e olho-de-dentro, ou seja, sentidos externos e interpretadores internos. Olhando com os olhos, sentindo com os sentidos de fora ele veria e sentira as mesmas coisas que todos vêem e sentem, lá na sua época, dois e quinhentos anos passados. Os sentidos externos são limitados, porisso não pode ter sido pelos sentidos externos - então NECESSARIAMENTE ele os fechou, bloqueou-os e olhou para dentro. Acontece que “dentro” não há nada, não podemos ver nossos órgãos, tecidos, células, replicadores, nem adiantaria se os víssemos. Esse “dentro” deve significar o inconsciente.

                            Não há tempo hábil que dê para investigar todo o desdobramento do imenso, incomensurável Plano da Criação, com todas as suas linhas de programação, enfim, ele não “roda” em nenhuma consciência humana atual, muito menos de dois mil e quinhentos anos atrás, por mais respeito que tenhamos por Buda.

                            Assim sendo, devemos concluir que Buda OLHOU DIRETAMENTE PARA NATUREZA/DEUS, Ela/Ele, ELI, isto é, extraiu de ELI toda a compreensão, fundindo-se com ela, mirando o não-finito, observando a Tela Final onde ELI está postado (a).

Como fez isso?

Não pode ser amarrando-se às imagens que estavam à sua volta, PORQUE ELAS NÃO SÃO TODAS AS QUE PODEM EXISTIR; poderiam existir infinitas modelações ou variações imaginárias em todos os mundos racionais do universo e do pluriverso. Então, evidentemente, ele olhou os conceitos, as equações contidas no que está sendo chamado Teoria de Tudo (na Física), mas entãolá ou láentão TTM, Teoria de Tudo, Mesmo (para todo o Conhecimento). Ele obteve diretamente da Fonte um super-resumo, uma condensação formidável, bem compacta mesmo, daí o sentimento de exultação. Mas essa compactação, para caber num cérebro humano, deve ser MUITO COMPACTA, bem resumida de fato, e é quanto basta para saber que as coisas são uma só, como dizem os místicos.

E isso é a Visão Búdica. Pode-se chegar a ela, mas é o Fim do Jogo, Game Over, perde-se o interesse – porém, de qualquer forma, fica depois um mundo por construir.

Vitória, segunda-feira, 07 de abril de 2003.